Renascimento e Martinho Lutero - 500 anos de Reforma

Martinho Lutero pregando no Castelo de Wartbug.

Castelo de Wartbug  - com partes de sua construção do período medieval e partes do período do renascimento.

Castelo de Wartbug - com partes de sua construção do período medieval e partes do período do renascimento.

Escritório de Martinho Lutero no Castelo de Wartburg - divisórias de madeira
usada do período medieval.

Novos tempos despontavam na Europa Medieval durante a passagem do século XIV para o século XV e até o século XVI. O Renascimento  marca a culminância do processo histórico e social que se vinha sendo vivenciado nos três últimos séculos da Idade Média. As pessoas começaram a abandonar a prática da economia urbana e artesanal da Idade Média, pela economia manufatureira e artesanal dos Tempos Modernos. Com isso,  surgem novas  necessidades na sociedade. Necessidades que não podem ser satisfeitas pelo sistema econômico, social e político anterior. Os novos tempos "pedem" mudanças e o sistema existente até então, é inadequado às novas sociedades.

Surgem as necessidades  de liberdade de manifestação e comunicação e de maior circulação de riquezas entre as regiões que tenderiam a se tornar países. Ocorre a exploração  de novas riquezas naturais, desenvolvimento tecnológico e acumulação e concentração de capitais. Junto com grandes organizações industriais, comerciais e bancárias, que se tornam internacionais.

Juntos das antigas classes medievais: Nobreza, clero e povo, surgem outras classes, como a burguesia urbana e industrial, junto com o proletariado urbano assalariado, que sistematicamente substitui o servo da gleba medieval.

A partir das necessidades dessas novas classes sociais, as pessoas do continente europeu focam nos estudos das ciências exatas, do conhecimento da física, química, mecânica, o que lhes permitem conhecer e manusear melhor a natureza. É inventada a imprensa por Johannes Gutenberg e a cultura e o conhecimento deixa de ser privilégio somente do clero e da nobreza. A partir dos conhecimentos adquiridos e também, de outros interesses, além do religioso, naturalmente a sociedade passou a questionar os dogmas da Igreja Católica, que conseguia o controle a partir do medo e da opressão.

Imprensa de Gutenberg.

Edição rara da Bíblia de Gutenberg (traduzida por Martinho Lutero do latim  para o alemão)

De 1459 até o ano de 1500 passam a circular pela Europa, mais de 30 mil livros impressos, que não são livros de orações ou de vidas de santos, como acontecia no período medieval. São livros de tratados de medicina, mecânica, geologia - conhecimentos relacionados às letras, à ciência, tecnologia, economia e filosofia.

Inicia-se a época da exploração, conhecimento e conquista da Terra, a partir  das navegações iniciadas pelos portugueses e espanhóis, graças ao surgimento da bússola e a invenção do telescópio. Logo surge a figura importante de Copérnico. Nesse período, a população européia foi reduzida em mais da metade - consequência da peste negra.

Surge um homem mais atento e racional, voltado para as letras, artes e ciência. Também  no culto do espírito, na ânsia do saber universal a partir da escala humana.

Isso faz surgir novas possibilidades da ação humana. O homem despreocupa-se da morte, para ocupar-se com a vida. Há entusiasmo, força e alegria de viver na terra.  Não se foca tanto em Cristo e Santo sofredor, como o era na Idade Média. São seguros de si, pois refletem os sentimentos e ideais de uma sociedade  que se afirma.  Para os renascentistas, tudo poderia ser explicado pela razão e pela ciência e mais, tudo poderia ser provado por experiências científicas.

Paolo Veronesi

 Sandro Botticelli, 1483.

Esse contexto social, denota ao homem renascentista - uma mentalidade científica, racionalista e prática - diferente  da mentalidade mística, metafísica e visionária do homem medieval. O artista deixa de trabalhar exclusivamente para a Igreja Católica ou para o Rei. A arquitetura deixa de expressar-se exclusivamente nas construções religiosas. Não se constroem mais os monumentais templos medievais. São construídas edificações para atender as novas classes, além do clero e da nobreza, com arte e requinte, até então, somente acessível ao clero e a nobreza.

Palácio Médici Riccardi, construído em meados do século XV. A principio, seria construído por Brunelleschi, arquiteto que venceu um concurso em 1418 para construir a cúpula da Catedral Santa Maria Del Fiore. Cosimo Medici achou o projeto de Brunelleschi extremamente luxuoso. Com um projeto mais simples e modesto, Michelozzo di Bartolommeo foi o arquiteto responsável pelo Palácio.

Nesse momento desencadeia a concorrência e a ambição do adquirir e ostentar a aquisição. Essas novas classes da sociedade renascentista tinham interesses em "barganhar" com a Igreja Católica e com a nobreza para equilibrar poderes - uma nova estrutura social. Surgiram também, os banqueiros que emprestavam dinheiro tanto à Igreja como à nobreza - que passavam por problemas econômicos. Por isso, era interessante que dogmas antigo da Igreja Católica fossem quebrados e apoiavam toda e qualquer revolução ou reforma. 
Também, por isso Martinho Lutero não teve o mesmo destino que muitos outros que o antecederam - geralmente morte na fogueira. Recebeu a proteção de figuras distintas dentro dessa nova sociedade européia, não porque eram idealistas, mas porque tinham, igualmente interesses e somavam forças para enfraquecer o poder vigente até então. Não interessava aos novos ricos renascentistas continuar sustentando as mordomias da Igreja Católica, porque essas estavam também em seus planos, agora para si.

Poder  da Igreja Católica na Idade Média.

Igreja medieval do Sangue Derramado - St Petersburg - Rússia.

Monge Martinho Lutero

Relembrando que dentro dessa nova sociedade européia, é onde o homem reivindica a afirmação e liberdade de opções pautadas na razão e na qual surge o movimento da Reforma Protestante, entre outras reformas ocorridas em outras regiões do continente, mais ou menos nesse período. A Reforma Protestante foi lançada pelo monge Martinho Lutero (em alemão Martin Luther), em 31 de outubro de 1517. Foi consequência e resultante, a partir de todas essas mudanças, reagindo  contra os privilégios econômicos e políticos da Igreja Católica, sempre explicáveis na sociedade medieval, mas não mais, dentro da nova sociedade que se instalou na Europa no início do século XVI.

Nesse período, a Igreja Católica ditava as diretrizes da vida privada das pessoas sob um poder muito grande e Deus era visto como uma figura julgadora e rigorosa que delegava esse poder ao alto escalão da Igreja e às coroas totalitárias. Em nome de Deus, poderiam fazer qualquer coisa, como enganar, roubar e matar. Os reis eram o representante de Deus na terra. As administrações tinham ligações com a Igreja. Percebemos isso - na Colônia Blumenau, em pleno século XIX, quando o Padre José Maria Jacobs, não aceitava a perda do poder para o Estado, quando a Igreja não podia mais fazer alguns trâmites oficiais, como casamentos entre outros. Herança de uma cultura milenar.
Todo e qualquer acontecimento fora do entendimento dessa sociedade medieval era observado e julgado, como pactos não aceitos. Geralmente o transgressor ou o excomungado era condenado à morte na fogueira. Em terra, onde viviam, por séculos, povos que tinha uma religião anterior à chegada do Cristianismo, como na região da atual Alemanha, muitos foram queimados como bruxos e bruxas por práticas pagãs. Parte dessa religião foi resgatada na obra dos pesquisadores Irmãos Grimm, como conhecimento e cultura da identidade regional local.

Bruxas na fogueira - muitas vezes as mulheres eram condenadas por "enfeitiçar" os "coitados" dos homens com sua beleza - muitas vezes esses eram religiosos.

Martinho Lutero e muito outros religiosos não concordava com as ações da Igreja Católica medieval e sentiam-se constrangidos com as práticas. Tinham outros entendimentos sob a ótica dos novos tempos. Muitos tentaram e perderam suas vidas na fogueira. Martinho Lutero também, ao publicar 95 teses em 31 de outubro de 1517. Como outros da época que respiravam os ares dos novos tempos, pretendia buscar um Deus mais justo e humano, do que aquele mostrado pela Igreja da época. Não tinha intensão de formar outra Igreja, mas a partir do conhecimento e estudos, debater os problemas na Igreja Católica. Não foi isso que aconteceu. Houve  sim, uma revolução. 

Vamos conhecer essa história...

Eisleben - cidade do estado alemão de Saxônia-Anhalt.

O monge Martinho Lutero (em alemão - Martin Luther ) nasceu na cidade de Eisleben - cidade do estado alemão de Saxônia-Anhalt - em 10 de novembro de 1483. Seus pais foram Hans Luther e Margarethe Lindemann. A família se mudou de Eisleben para Mansfeld, onde seu pai trabalhava  em minas de cobre. Seu pai, talvez motivado pelos novos ares do continente, não desejava que seu filho  Martinho Lutero se tornasse camponês, como ele mesmo o fora, mas sim um funcionário público. Para isso enviou Martinho Lutero - já bem crescido, para escolas em Mansfeld, Magdeburgo e Eisenach.

Mansfeld no ano de 1650.

Em 1500, com 16 anos de idade, Martinho Lutero ingressou na Universidade de Erfurt. Era um músico da alaúde. ainda na Universidade estudou a filosofia de Ockham: 

"As palavras designam apenas coisas individuais e não atingem os “universais”. As realidades estão presentes em todos as pessoas, como por exemplo, a natureza humana. Em consequência, nada pode ser conhecido com certeza, pela razão natural, exceto as realidades concretas: esta pessoa, aquela coisa."

Essa filosofia delineava o estudo da harmonia multissecular entre a ciência e a fé - questionamentos dos novos tempos. 
Martinho Lutero se formou bacharel no ano de 1502 e com 22 anos de idade completou seu mestrado. Seguindo o conselho de sua mãe, em 1505 iniciou o curso de Direito na mesma Universidade. Nesse mesmo ano - em 2 de julho de 1505, Martinho Lutero presenciou uma tempestade de raios próximo de onde se encontrava, quando retornava da casa de seus pais. Assustado - teria gritado:  "Ajuda-me, Sant'Ana! Eu me tornarei um monge!". Santa Ana  é a santa protetora dos mineiros - classe do trabalho de seu pai. Subentendeu que prometera que se sobrevivesse, se tornaria um monge. E assim aconteceu. Lutero então se dirigiu ao Mosteiro dos Agostinianos Eremitas - na cidade de Erfut e pediu para entrar na Ordem.

A entrada de Lutero no Mosteiro dos Eremitas Agostinianos, em Erfurt - dia 17 de julho de 1505, duas semanas após o incidente da tempestade e dos raios. O referido mosteiro era de uma ordem muito austera. Em cerimônia especial, Martinho Lutero foi feito noviço ou principiante. Ajoelhado diante do prior – monge responsável pelo mosteiro – suplicou a Deus - a graça e a misericórdia. O prior lhe fez perguntas sobre a sua vida passada e relembrou-lhe de que a vida que estava para enfrentar seria difícil. Enquanto um coro de monges cantava um hino, Martinho Lutero vestiu o hábito branco e o manto preto por sobre ele. Um monge raspava o topo da cabeça, o que é conhecido como tonsura. Foi-lhe dado um pequeno solidéu preto para que o usasse todo o tempo. Desse momento em diante, foi chamado de “Irmão Martinho”. 

Mortificação - igreja medieval.

O novo monge Martinho Lutero era uma pessoa que cresceu dentro dos preceitos medievais, com isso temia não existir vida após a morte, buscava um Deus misericordioso e se sentia muito bem no Mosteiro.  Orava até seis horas por dia, jejuava e praticava meditação, mortificação (antiga prática católica que consistia em realizar um sacrifício mental ou físico por "amor" a Deus, com o objetivo de se unir à paixão e à cruz de Jesus Cristo -  portanto, como meio de participação na Redenção.) e confissão. Após a permanência de um pouco mais que um ano e meio no Mosteiro - com a idade aproximadamente  de 23 anos - no dia 4 de abril de 1507, Martinho Lutero  foi ordenado Padre. 

Padre Martinho Lutero.

O ensino teológico fazia parte de seus estudos e teve sua dedicação plena. Viveu no Mosteiro dos Agostinianos Eremitas  no período entre 1505 e 1511. Dentro desse período - em 1510 - precisou ir até Roma, representando a Ordem Agostiniana a negócios. Nessa época, a Cúria enfrentava problemas econômicos, por conta da nova construção da Basílica de São Pedro. A solução encontrada  pelos líderes da Igreja Católica foi a criação da venda das indulgências. 

A primeira basílica de São Pedro foi construída pelo imperador romano Constantino entre 326 d.C. e 333 d.C.  Através de estudos arqueológicos, descrições de peregrinos e textos históricos e desenhos antigos, se concluiu que a primeira basílica de São Pedro seguia a tipologia das igrejas do Império Romano – as quais seguiam o modelo da basílica cívica romana: um salão retangular, dividido em nave central e naves laterais, que oferecia espaço para a congregação dos fiéis. Relembrando que o templo católico, na antiguidade, foi o primeiro templo a permitir o acesso dos fiéis ao seu interior. Anteriormente, em outras religiões antigas, era permitido somente o acesso ao seu interior da casta de sacerdotes.
As cerimonias no altar eram realizadas na abside no fim da nave central, bem visíveis a todos.
A basílica construída na época de Martinho Lutero, seguiu o estilo renascentista e depois o barroco - contra reforma. Foi construída sobre a basílica antiga de São Pedro. No ano de 1452, o papa Nicolau V  teve a ideia de construir a nova basílica. Encomendou seu projeto aos arquitetos Leon Battista Alberti e Bernardo. O trabalho foi interrompido três anos depois da morte do Papa Nicolau, quando as paredes apenas haviam alcançado um metro de altura. Esse mesmo papa ordenou a demolição do Coliseu de Roma para retirar o material para a nova igreja. Até ao momento da sua morte, 2522 carradas de pedras haviam sido transportadas para uso da nova igreja.
Em 1505, sob orientação do Papa Júlio II, as obras foram retomadas, com o propósito de que o novo edifício fosse um marco importante e apropriado para acomodar o seu próprio túmulo. Foi feito um concurso para a continuação do projeto. No período do papa Júlio II (1503 a 1513) decidiu-se demolir a igreja histórica -  18 de abril de 1506. O arquiteto Bramante foi incumbido projetar a nova basílica. Tempo histórico, contemporâneo a Martinho Lutero.

O que seria indulgências? 

O cristão do início do século XVI poderia comprar o perdão de Deus e seu lugar no Céu, pagando por isso. Isso tinha validade também para aqueles que já tivessem falecidos. A família poderia pagar pelo perdão dos pecados do familiar a garantir que esse não estivesse em situação ruim após sua morte. Em sua viagem a Roma, Martinho Lutero assistiu a prática do "negócio" mais próximo e não tardou a emitir uma crítica à prática vigente. Ficara indignado.

Em 1512, não tinha ainda 30 anos de idade, terminou seu doutorado em Teologia, e mesmo com a pouca idade e já muito respeitado, tornou-se Professor na Universidade de Wittenberg.

Universidade de Wittenberg.

Seus questionamentos referentes a sua fé e à Igreja nunca tiveram respostas que o satisfizesse. Buscava um Deus misericordioso e não conseguia encontrar no seio da instituição que participava. Prosseguiu seus estudos bíblicos e se identificou muito com a carta de São Paulo à antiga Igreja Romana. Nesse momento delineava o que viria a ser o embrião da conhecida como Reforma Luterana:

Martinho Lutero conclui que Deus não seria apenas um juiz justo e severo, mas também um pai que ama as pessoas que criou e para isso - enviou seu filho ao mundo para pagar o preço do pecado que o estava separando das pessoas. Com isso, Matinho Lutero percebeu que enfim,  encontrou a resposta para seu questionamento - a partir de seus estudos bíblicos.

Martinho Lutero desenvolveu quatro princípios teológicos fundamentais, que são:

• 1° - Sagrada Escritura. Adotou a Bíblia como a única referência da verdade. A Igreja  Católica de sua época - também se baseava em textos de autorias de papas e do sínodos.
• 2° - A salvação só vem por meio da graça de Deus e não por boas ações. Com isso, a venda de indulgências tornava-se obsoleta.
• 3° -  Jesus Cristo, através de sua morte na cruz, pagou a pena por todos os pecados e portanto, é a única e verdadeira ligação entre os homens e Deus.
• 4° - As pessoas são salvas somente pela fé. "A vida cristã é inteiramente baseada na fé" - Lutero. "Pela fé, Cristo vive em nós. Pela fé em Cristo, a justiça de Cristo se torna a nossa justiça e o que é dele passa a ser nosso." - Lutero.

Essas reflexões do Teólogo, dentro do contexto renascentista, com novos tempos, lideranças, classes sociais e aspirações, revolucionaram a relação entre o profano e o espiritual. Sendo compreendido pela nova sociedade que também passava por mudanças, essa entendeu que os homens seriam aceitos por Deus e poderiam se aproximar dele sem um sacerdote como intermediário. A Igreja - dentro do cenário renascentista - já vinha perdendo poder, junto com a nobreza. Perdeu mais ainda, a partir dos estudos, reflexões e conclusões de Martinho Lutero,  a partir de  seus quatro princípios teológicos. Martinho Lutero não tinha a pretensão de revolucionar, mas sim,  restabelecer antigos princípios, presentes na bíblia - a qual muito estudou - e renegar novas e indesejáveis práticas.

Como professor universitário, dentro do novo contexto da sociedade européia e com novos ares renascentistas propagou sua visão teológica e apresentou sua argumentação pregando também aos seu alunos. Não foi excluído ou demitido de seus cargos, por apresentar idéias livres - diferente em algumas universidades atuais - que formam profissionais para obedecer o sistema, sem interferência intelectual.
No início não foi percebido de imediato, as consequências de suas ações dentro das cidades, até então, medievais e que "funcionavam" em torno de uma catedral, onde toda a população vivia em função das práticas religiosas e submetido ao que determinavam  lideranças religiosas - sem questionamentos e com medos.

Arcebispo de Mainz

 Alberto de Brandenburgo.

Martinho Lutero entendia, consciente e seguro,  com embasamento em seus estudos, de que deveria ser corrigida a teologia não bíblica da Igreja Católica e com isso, retornar à origem da fé cristã. Pretendia acabar com a venda das indulgências, prática muito comum na Alemanha e que constrangia muitos, que já respiravam os novos ares a partir da ciência e tecnologia.

No mês de outubro de 1517,  o Professor Martinho Lutero organizou um debate sobre a prática da venda das indulgências, no qual, ninguém compareceu. Não se intimidou mediante o acontecido. Organizou e enviou suas 95 teses diretamente ao Arcebispo de Mainz - Alberto de Brandenburgo. 
Não satisfeito,  Martinho Lutero fixou suas teses  também, no portão da Igreja de Todos os Santos, do Castelo de Wittenberg, tornado suas idéias públicas - propagando-as a quem quisesse ler. Foi bombástica o efeito em toda a sociedade.

As consequências foram impactantes e irreversíveis dentro da nova sociedade renascentista européia e principalmente - na sociedade da região - onde atualmente é o território da Alemanha.

O movimento desencadeou um debate que abalou os alicerces da Igreja Católica. Com a ajuda de uma imprensa, tecnologia ainda relativamente nova, Martinho Lutero, com a ajuda de alguns de seus alunos, panfletou sua  mensagem e a espalhou de maneira rápida por toda a região.

Historicamente, em 31 de outubro de 2017, aconteceu o 500º aniversário da Reforma feita por Martinho Lutero - conhecida Reforma Protestante. Ocorreu grandes mobilizações e iniciativas para comemorar a passagem histórica e religiosa, em volta do mundo.

Em 13 de abril de 2017, Brasil e Alemanha lançaram juntos,  um selo que homenageia Martinho Lutero pela passagem dos 500 anos da Reforma. Os selos, no Brasil e na Alemanha tem o retrato de Martinho Lutero e a frase: "No princípio era a Palavra" - frase adotada para os festejos dos 500 anos que teve seu ápice em 31 de outubro de 2017 -  dia que  Martinho Lutero pregou suas 95 teses na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, ponto de partida para a reflexão sobre a igreja da época, na nova sociedade renascentista. 

Lembramos que a partir da invenção de imprensa,por Gutenberg - amigo de Martinho Lutero, que  traduziu a bíblia do latim para a língua alemã, sendo essas publicadas por Gutenberg, tornado-a acessível a todos que desejassem assimilar seu conteúdo e conhecimento - sem interferência.
Seu conteúdo não era mais restrito somente ao Clero, mas a todos os interessados.

Local  estúdio onde Martinho Lutero traduziu a Bíblia do Latim para o alemão - para torná-la  acessível a todos - foto atual.
Existe ainda - Se fosse no Brasil, existiria?

Local  estúdio onde Martinho Lutero traduziu a Bíblia do Latim para o alemão - para torná-la  acessível a todos - foto atual.
Existe ainda - Se fosse no Brasil, existiria?

Bíblias traduzidas por  Martinho Lutero e confeccionadas por Gutemberg -
 em biblioteca de universidades alemãs. 

Pretendemos apresentar a Biografia do homem Martinho Lutero, que acreditou e fez diferença na História da Humanidade, ao lado de outros expoentes do período Renascentista.

Enquanto isso - deixamos o Filme da vida de de Martinho Lutero...

que transmite somente uma parcela bem resumida, do que fez em seu tempo, à História da Civilização.

Um Registro para a História!

Eu sou Angelina Wittmann, Arquiteta e Mestre em Urbanismo, História e Arquitetura da Cidade.

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