quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Musik in der Nacht

Guten Abend Freunde!!
Será esta a última seleção do ano?
Não sabemos. Mas escolhemos uma seleção especial para os últimos momentos do ano de 2015
Que o Novo Ano seja um pouco melhor, nas mais diversas áreas das relações mundiais e nacionaisMúsica na noite.







De onde vem o "ponteado" gaúcho...





 Bis Morgen!!
Glückliches Neues Jahr!



quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Quando nossos Filhos voam – Por Rubem Alves

Navegamos e encontramos uma crônica que tenta explicar uma relação de amor dentro do recorte de tempo de uma jornada das pessoas envolvidas. Houve uma empatia tão grande com o texto de Rubem Alves que resolvemos compartilhar este.  
Esta crônica nos é muito familiar
Um pouco de literatura e filosofia neste espaço. 
Segue...

Quando  nossos Filhos voam


"Sei que é inevitável e bom que os filhos deixem de ser crianças e abandonem a proteção do ninho. Eu mesmo sempre os empurrei para fora. Sei que é inevitável que eles voem em todas as direções como andorinhas adoidadas. Sei que é inevitável que eles construam seus próprios ninhos e eu fique como o ninho abandonado no alto da palmeira…Mas, o que eu queria, mesmo, era poder fazê-los de novo dormir no meu colo…Existem muitos jeitos de voar. Até mesmo o vôo dos filhos ocorre por etapas. O desmame, os primeiros passos, o primeiro dia na escola, a primeira dormida fora de casa, a primeira viagem…Desde o nascimento de nossos filhos temos a oportunidade de aprender sobre esse estranho movimento de ir e vir, segurar e soltar, acolher e libertar. Nem sempre percebemos que esses momentos tão singelos são pequenos ensinamentos sobre o exercício da liberdade. Mas chega um momento em que a realidade bate à porta e escancara novas verdades difíceis de encarar. É o grito da independência, a força da vida em movimento, o poder do tempo que tudo transforma.É quando nos damos conta de que nossos filhos cresceram e apesar de insistirmos em ocupar o lugar de destaque, eles sentem urgência de conquistar o mundo longe de nós. É chegado então o tempo de recolher nossas asas. Aprender a abraçar à distância, comemorar vitórias das quais não participamos diretamente, apoiar decisões que caminham para longe. Isso é amorMuitas vezes, confundimos amor com dependência. Sentimos erroneamente que se nossos filhos voarem livres não nos amarão mais. Criamos situações desnecessárias para mostrar o quanto somos imprescindíveis. Fazemos questão de apontar alguma situação que demande um conselho ou uma orientação nossa, porque no fundo o que precisamos é sentir que ainda somos amados. Muitas vezes confundimos amor com segurança. Por excesso de zelo ou proteção cortamos as asas de nossos filhos. Impedimos que eles busquem respostas próprias e vivam seus sonhos em vez dos nossos. Temos tanta certeza de que sabemos mais do que eles, que o porto seguro vira uma âncora que impede-os de navegar nas ondas de seu próprio destino. Muitas vezes confundimos amor com apego. Ansiamos por congelar o tempo que tudo transforma. Ficamos grudados no medo de perder, evitando assim o fluxo natural da vida. Respiramos menos, pois não cabem em nosso corpo os ventos da mudança. Aprendo que o amor nada tem a ver com apego, segurança ou dependência, embora tantas vezes eu me confunda. Não adianta querer que seja diferente: o amor é alado.Aprendo que a vida é feita de constantes mortes cotidianas, lambuzadas de sabor doce e amargo. Cada fim venta um começo. Cada ponto final abre espaço para uma nova frase. Aprendo que tudo passa menos o movimento. É nele que podemos pousar nosso descanso e nossa fé, porque ele é eterno. Aprendo que existe uma criança em mim que ao ver meus filhos crescidos, se assustam por não saber o que fazer. Mas é muito melhor ser livre do que imprescindível. Aprendo que é preciso ter coragem para voar e deixar voar. E não há estrada mais bela do que essa."
O Autor...
Rubem Alves



Nasceu no dia 15 de setembro de 1933 na cidade de Dores da Boa Esperança em Minas Gerais, atual cidade de Boa Esperança. 
Com 12 anos mudou-se com a família para o Rio de Janeiro. Sofreu buling no colegio pelo seu sotaque mineiro. Buscou refúgio na religião. Tinh poucos amigos. Teve aulas de piano. Terminado o estudo de teologia e iniciou sua carreira dentro de sua igreja como pastor em uma cidade do interior de Minas Gerais. 
No período de 1953 a 1957 estudou teologia no Seminário Presbiteriano de Campinas (SP), tendo se transferido para Lavras (MG), em 1958, onde exerce as funções de pastor naquela comunidade até 1963.
Em 1959 casou-se e teve três filhos: Sérgio (1959), Marcos (1962) e Raquel (1975). 
Em 1963 foi estudar em Nova York, retornando ao Brasil no mês de maio de 1964 com o título de Mestre em Teologia pelo Union Theological Seminary. Denunciado pelas autoridades da Igreja Presbiteriana como subversivo, em 1968, foi perseguido pelo regime militar. Abandonou a igreja presbiteriana e retornou com a família para os Estados Unidos, fugindo das ameaças que recebia, onde  concluiu seu doutorado em Filosofia (Ph.D.) pelo Princeton Theological Seminary.
Sua tese  - “A Theology of Human Hope” foi publicada em 1969 pela editora católica Corpus Books é, no seu entendimento, “um dos primeiros brotos daquilo que posteriormente recebeu o nome de Teoria da Libertação”.
De volta ao Brasil, por indicação do professor Paul Singer, conhecido economista, é contratado para dar aulas de Filosofia na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Rio Claro (SP).
Em 1971, foi professor-visitante no Union Theological Seminary.
Em 1973, transferiu-se para a Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, como professor-adjunto na Faculdade de Educação.
No ano seguinte, 1974, ocupa o cargo de professor-titular de Filosofia no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), na UNICAMP.
É nomeado professor-titular na Faculdade de Educação da UNICAMP e, em 1979, professor livre-docente no IFCH daquela universidade. Convidado pela "Nobel Fundation", profere conferência intitulada "The Quest for Peace".
Na Universidade Estadual de Campinas foi eleito representante dos professores titulares junto ao Conselho Universitário, no período de 1980 a 1985, Diretor da Assessoria de Relações Internacionais de 1985 a 1988 e Diretor da Assessoria Especial para Assuntos de Ensino de 1983 a 1985.
No início da década de 80 torna-se psicanalista pela Sociedade Paulista de Psicanálise.
Em 1988, foi professor-visitante na Universidade de Birmingham, Inglaterra. Posteriormente, a convite da "Rockefeller Fundation" fez "residência" no "Bellagio Study Center", Itália.
A literatura e a poesia lhe forneceu a alegria que o manteve vivo nas horas não muito boas por que passou. Seus autores eram: Adélia Prado, Guimarães Rosa, Manoel de Barros, Octávio Paz, Saramago, Nietzsche, T. S. Eliot, Camus, Santo Agostinho, Borges e Fernando Pessoa, entre outros. Publicou vários livros, é foi colaborador em diversos jornais e revistas com crônicas, em especial entre os vestibulandos. 

Quando se aposentou, tornou-se proprietário de um restaurante na cidade de Campinas, onde deu vazão a seu amor pela gastronomia. No local do restaurante também ministrados cursos sobre cinema, pintura e literatura, além de contar com um ótimo trio com música ao vivo, sempre contando com “canjas” de alunos da Faculdade de Música da UNICAMP.
Membro da Academia Campinense de Letras, professor-emérito da Unicamp e cidadão-honorário de Campinas, onde recebeu a medalha Carlos Gomes de contribuição à cultura.
Parte no dia 19 de julho de 2014 com 80 anos de idade na cidade de Campinas. Por sua vontade foi cremado. 



Bibliografia:

Crônicas
  • As contas de vidro e o fio de nylon, Editora Ars Poética (São Paulo)
  • Navegando, Editora Ars Poética (São Paulo)
  • Teologia do cotidiano, Editora Olho D'Água (São Paulo)
  • A festa de Maria, Editora Papirus (Campinas)
  • Cenas da vida, Editora Papirus (Campinas)
  • Concerto para corpo e alma, Editora Papirus (Campinas)
  • E aí? - Cartas aos adolescentes e a seus pais, Editora Papirus (Campinas)
  • O quarto do mistério, Editora Papirus (Campinas)
  • O retorno eterno, Editora Papirus (Campinas)
  • Sobre o tempo e a eterna idade, Editora Papirus (Campinas)
  • Tempus fugit, Editora Paulus (São Paulo)
Livros Infantis
  • A menina, a gaiola e a bicicleta, Editora Cia das Letrinhas (SP)
  • A boneca de pano, Edições Loyola (SP)
  • A loja de brinquedos, Edições Loyola (SP)
  • A menina e a pantera negra, Edições Loyola (SP)
  • A menina e o pássaro encantado, Edições Loyola (SP)
  • A pipa e a flor, Edições Loyola (SP)
  • A porquinha de rabo esticadinho, Edições Loyola (SP)
  • A toupeira que queria ver o cometa, Edições Loyola (SP)
  • Estórias de bichos, Edições Loyola (SP)
  • Lagartixas e dinossauros, Edições Loyola (SP)
  • O escorpião e a rã, Edições Loyola (SP)
  • O flautista mágico, Edições Loyola (SP)
  • O gambá que não sabia sorrir, Edições Loyola (SP)
  • O gato que gostava de cenouras, Edições Loyola (SP)
  • O país dos dedos gordos, Edições Loyola (SP)
  • A árvore e a aranha, Edições Paulus (SP)
  • A libélula e a tartaruga, Edições Paulus (SP)
  • A montanha encantada dos gansos selvagens, Edições Paulus (SP)
  • A operação de Lili, Edições Paulus (SP)
  • A planície e o abismo, Edições Paulus (SP)
  • A selva e o mar, Edições Paulus (SP)
  • A volta do pássaro encantado, Edições Paulus (SP)
  • Como nasceu a alegria, Edições Paulus (SP)
  • O medo da sementinha, Edições Paulus (SP)
  • Os Morangos, Edições Paulus (SP)
  • O passarinho engaiolado, Editora Papirus (Campinas)
  • Vuelve, Pájaro Encantado, Sansueta Ediciones SA (Madrid, España)
Filosofia da Ciência e da Educação
  • A alegria de ensinar, Editora Ars Poética (SP)
  • Conversas com quem gosta de ensinar, Editora Ars Poética (SP)
  • Estórias de quem gosta de ensinar, Editora Ars Poética (SP)
  • Filosofia da Ciência, Editora Ars Poética (SP)
  • Entre a ciência e a sapiência, Edições Loyola (SP)
Filosofia da Religião
  • O enigma da religião (Campinas, Papirus)
  • L' enigma della religione (Roma, Borla)
  • O que é religião? (S. Paulo, Brasiliense)
  • What is religion? (Maryknoll, Orbis)
  • Was ist religion? (Zurich, Pendo)
  • Protestantismo e Repressão (S. Paulo, Ática)
  • Protestantism and Repression (Maryknoll, Orbis)
  • Dogmatismo e Tolerância (S. Paulo, Paulinas)
  • O suspiro dos oprimidos (S. Paulo, Paulinas)
Biografias
  • Gandhi: A Magia dos gestos poéticos (S. Paulo/Campinas, Olho D'Água/Speculum)
Teologia
  • A Theology of Human Hope (Washington, Corpus Books)
  • Christianisme, opium ou liberation? (Paris, Éditions du Cerf)
  • Teologia della speranza umana (Brescia, Queriniana)
  • Da Esperança (Campinas, Papirus)
  • Tomorrow's child (New York, Harper & Row)
  • Hijos del manana (Salamanca, Siguime)
  • Il figlio dei Domani (Brescia, Queriniana)
  • Teologia como juego (Buenos Aires, Tierra Nueva)
  • Variações sobre a vida e a morte (São Paulo, Paulinas)
  • Creio na ressurreição do corpo (Rio de Janeiro, CEDI)
  • Ich glaube an die Auferstehung des Leibes (Dusseldorf, Patmos VERLAG)
  • I believe in the resurrection of the body (Philadelphia, Fortress Press)
  • Je crois en la résurrection du corps (Paris, Éditions du Cerf)
  • Poesia, Profecia, Magia (Rio de Janeiro, CEDI)
  • Der Wind blühet wo er will (Dusseldorf, Patmos)
  • Pai nosso (Rio de Janeiro, CEDI)
  • Vater Unser (Dusseldorf, Patmos)
  • The Poet, the Warrior, the Prophet (London, SCM Press)
  • Parole da Mangiari (The Poet, the Warrior, the Prophet), Edizioni Qiqajon Comunitá di Bose (Itália)

Muito bom lermos o que vai na alma...
 através de um conjunto de letrinhas bem organizadas...
 por uma criança ou por um filósofo.























segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Musik in der Nacht

Guten Abend Freunde!
Um pouco de música na noite...





























Bis Morgen!!




Residência da Família Blumenau - Texto da Filha de Hermann Blumenau - Descrevendo a Casa Paterna

Residência da Família Blumenau
Christine Blumenau - uma das Filhas de Hermann Blumenau e de. Bertha Repsold deixou um  texto escrito a próprio punho, descrevendo a casa paterna (provisória). Deixou claro que a residência do fundador da cidade era provisória,  mesmo com o feitio de um vasto jardim, considerado por muitos de Jardim Botânico. A intenção do seu  pai era de construir uma nova e maior casa no terreno que possuia no Morro do Aipim - Terreno, no qual estava situado o antigo Restaurante Frohsinn.
O texto de Christine foi publicado no Jornal Blumenauerzeitung no ano de 1929 - traduzido do alemão.

Filhas de Blumenau, com membros da Comunidade em frente ao Salão Schützenverein Eintracht - 1937
1864 - Rua da Casa da Família Blumenau
Segue o Texto da descrição de Christine...

"Pequeno era nosso lar, pequeno e muito modesto, em que o nosso pai levou a nossa mãe em novembro do ano de 1869. Ele tinha muito pesar, por não poder oferecer a ela uma casa melhor, porque na casa grande que o pai dela possuía em Hamburgo, ela foi muito mimada. Mais de 4 anos o nosso pai esteve ausente de Blumenau e neste tempo a casa ficou abandonada e deu muito trabalho para fazer dela um lar aconchegante.
O nosso pai sempre tinha a intenção de construir uma linda casa no Morro do aipim, que pertencia a ele. Plantas desta casa ainda existe e si elas fossem realizadas, se erguia lá, com certeza, uma casa grande e bonita. Mas o tempo passou e a construção nova não se realizou e os meios financeiros foram necessitados para outros fins. 
Caso Hermann  Blumenau conseguisse construir sua casa no local que planejava, teríamos as características de muitas das cidades alemãs oriundas das cidades muradas medievais, onde o Senhor medieval se fixava, com sua família na parte mais elevada, com a melhor vista da povoação, maior segurança e com a vista para o rio. Rio que geralmente dava  a acessibilidade ao local (Exemplo - Vale do Reno). Esta tipologia de cidade surgiu com a Queda do Império Romano, quando os bárbaros ocupavam várias regiões da Europa. Não tinha mais a ordem estabelecida e o todo território foi tomado por assaltos. Por segurança, chefes de famílias ocupavam as partes mais altas dos terrenos e construiam sua fortaleza. Muitas vezes outro chefe de família pedia proteção aos mais fortes em troca da fidelidade, trabalho e parte da produção no campo, fazendo assim surgir um sistema social conhecido na idade média como feudalismo. Interessante o terreno que o fundador de Blumenau escolheu. Lembramos que o período medieval e o romântico foram adotados por excelência, como os períodos nacionais da Alemanha. Acreditavam que estes refletiam o que tinha de mais original no pais ao contrário do período internacional renascentista, vigente posteriormente e que, marcou o início da era moderna.



A nossa mãe sabia fazer agradável o ambiente em redor dela e ela se sentiu bem, apesar da solidão. Que vida feliz nós levamos neste lar, que era um paraíso para nós crianças, não só a casa, mas tudo ao redor dela.
A casa era de um andar e sem porão, mas tinha um fastígio em cima dos quartos. Como é uso por causa do calor e países tropicais. E também em Blumenau, as salas eram separadas da cozinha e um corredor na largura da casa, mas aberto dos dois lados ligando uma a outra. Dois aposentos existiam na casa da frente, que serviam de sala de estar e quartos de dormir, um terceiro quarto foi construído quando a família aumentou, ele era mais alto e tinha uns degraus, assim serviu o lugar em baixo como porão. Coberta era a casa de largas ripas de madeira, que deram a ela um ar aconchegante. Grande Guarda-ventos, pintados de verde em frente das vidraças protegiam contra o sol e calor. O edifício atrás da casa se compunha de uma grande cozinha e uma grande e bonita sala de refeição, na qual as crianças tinham os brinquedos e aonde nós mais parávamos. Nos fundos tinha mais dois quartos e isto era tudo. Os quartos de trás eram construídos um pouco mais altos com uns degraus. Assim o ar podia passar por baixo, isto era mais prático por causa do calor. Muito interessados e um pouco medrosos nós observamos os lagartos de mais de um metro de comprimento, que saiam e entravam lá embaixo. Tão modesta como os aposentos era também a pouca e escassa mobília, mas tudo era muito aconchegante. Eu me lembro ainda do bonito sofá de couro, onde sentado, o meu pai de noite, acostumava ler seu jornal, ao lado numa poltrona minha mãe, sempre ocupada com alguma coisa ainda na luz da lâmpada um quadro calmo e feliz. No harmônio elas nos alegrou com lindos cantos. Das paredes olhavam as fotografias dos parentes mais próximos para nós, apesar de (Nähtischchen) uma mesinha para costurar, um armarinho e cadeiras não tinham outros móveis na sala.
A casa achava-se longe da estrada num jardim e neste o nosso pai procurava descanso do trabalho e da fadiga do dia. Muitas vezes nós crianças fomos mandadas chamar ele, para as refeições, quando ele trabalhava no edifício da diretoria e não queria sair antes de acabar o serviço com o qual estava ocupado. Este jardim era o "hobby" de nosso pai e representava o seu maior interesse. Ainda me lembro, com que alegria todo domingo de manhã ele cortava as flores que depois minha mãe arranjava em lindo ramalhetes em cestas de arame dentro de vasos com água. Foi sempre uma alegria para ele escolher tudo que era preciso para isto. Como ele podia deleitar-se do perfume das rosas, talvez sua flor predileta, das quais ele preferia as vermelhas escuras e amarelas claras. O nosso jardim era mesmo uma jóia da qual se podia encantar.
O ilustre turista, embaixador suíço, Barão de Tschudi, elogiou com razão como Jardim Botânico e assim ele entrou na enciclopédia. hoje ele não existe mais, a enchente de 1880 destruiu-o.  




 Rose  e  Victor Gaertner,
pais d Edith Gaertner.  

1865 - Dia do casamento
Foto Clic RBS
De todos países estrangeiros foram buscadas as preciosas plantas cultivadas. Não só aqui no seu jardim meu pai plantou os seus favoritos, também no jardim de seu sobrinho Victor Gaertner ele plantou as mais diversas plantas para as quais não tinha lugar no seu jardim.
O amor para com a natureza saiu de meu pai para mim e para meus irmãos, eu podia ainda pintar, se eu soubesse, o nosso jardim, que tão intensivamente me impressionou, apesar de eu ser naquele tempo uma criança bem jovem.
Dias atuais - Jardim do Gaertner
Uma cerca coberta de lindas trepadeiras rodeava o jardim. Rosas vermelhas trepavam lá o lado da estrada. Jasmim com bonitas flores brancas como estrelas tirando os talos deixavam cair uma seiva leitosa, dracenas e arbustos em flor atrás e em cima, entrando pelo portão parecia um arco de triunfo, feito de uma trepadeira com grandes flores amarelas. Mais cresceram na cerca Fuccias, Heliotrop e camélias vermelhas, azaléas vermelhas e outras. Todos os canteiros eram beirados de uma espécie de erica que era de lá mesmo. Magníficas palmeiras davam sombra para um assento (Sitzplatz) e o fundo para um monte de pedras, que era plantado com Gloxínias, Caladius e o mais bonito, um grande Cactus com flores brancas, que atraiam os beijas flores, enfiar os bicos e tomar a seiva do mel. Muitas vezes nós observávamos estes pequenos, rápidos passarinhos nestas flores, que depois se tornavam bonitas frutas e também flores do Metrosideros eles festejavam.

Também um maravilhoso junco estava no jardim, existe uma foto do pai ao lado dele e também as singulares Pandanus, Violeta de cheiro doce e delicado, violetas cheia azul-claro e brancas, que minha mãe gostava tanto.
Camélias das mais finas variedades foram plantadas e protegidas em tempo ruim. o ar estava saturado de fragrância  delicada, a mais forte vinha de uma rosa (Polyantis) muito apreciada no Brasil.
É bem interessante, que as flores com o cheiro mais forte, geralmente são de cor branca, linda também as combinações de amarelo e vermelho de muitas flores. Nós tínhamos Magnólias com flores como pequenos repolhos, a maravilhosa Gardênia dobrada, os lindos lírios com flores como funis, estas não faltavam em nenhum jardim. De florzinhas pequeninas brancas, saia um cheiro doce,elas são cobertas de folhas brilhantes e verdes, elas se chamavam Olea fragan, no Brasil tem o nome de Flor d´imperador, porque era a flore preferida do falecido último Imperador Dom Pedro II. Aqui tem um canteiro de pés de Oleanda de todas as cores, de branco, em todos os tons de vermelho, até vermelho bem escuro, simples e dobradas. Lá  tem um canteiro com rosas maravilhosas, transportadas para cá com grande sacrifício, eu ainda encontrei uma lista de nomes destas rosas. eu me lembro de uma enorme, que nós admiramos e uma (Moosrose) rosa de musgo da qual a flor me encantou pela singular cor de rosa e as folhas finas num pé alto, nunca mais eu vi igual flor.  

Na lembrança ainda vejo eu e minha irmã com mãos dadas ante estas flores olhando e admirando. Murtinhos com folhas finas e grossas tem florzinhas brancas com fino cheiro e bagas gostosas. Tretona mostra sua florescência amarelo-vermelho, amarylis  e outras lindas plantas bulbosas encantavam os olhos, também Mibiscos com flores resplandecentes. Um caramanchão num canto do jardim formado de algumas árvores silvestres, uma destas tinha flores brancas como estrelas. Numa ocasião com flores vermelhas uma outra trerpadeira, a  Heseacentris, com cachos lindos em vermelho-amarelo. Outra trepadeira exisitia com cachos vermelho-amarelo, da qual esqueci o nome; todas estas trepadeiras não tinham cheior. Uma Bojavilla cobriu as árvores, mergulhando-as num mar de flores lilases. O que mais tinha no jardim eram raridades, das quais não me lembro bem e também não conheço os nomes. só me lembro de alguns cactus e filifolhas, das quais gostei mais da Odeamtus e de um arbusto ou uma árvore, que tinha num caule pendurado de mais ou menos 25 cm grandes flores fieto pompons, de rara beleza, como também Daturas com bonitas flores brancas e o gracioso ou precios Abutilon.
A linda e decorativa Pornsenteia com flores vermelhas e cheirosas também estava lá.
Em baixo de arbustos e outros lugares livres tinham a rastejavam ainda muitas plantas lindas, como em frente da casa e ao lado da varanda a bonita Tarenia. Lembro-me também do belo Partulack, que nós admirávamos porque as flores abrem com a luz e se fecham de noite para dormir. O mais bonito de todos trepava na varanda e na casa. Ao lado a floire de Dijou cheia de flores e uma Rosa-bouquet, que se chamava Rosa-violeta, de cachos de uma cor amarelo claro e com um perfume de viletas; ela era maravilhosa. Em frente da casa subiu até o telhado a Rainha da noite, Clerus grandifloras, cheia de botões na florescência, que meu pai cortou e botou na mesa para observar a flor que só se abre uma noite, enchendo a sala com seu perfume de baunilha. Na varanda trepava uma planta com folhagem avermelhada, ao lado Clerodentron, com cachos de flores com cálix-cáçis vermelho e florzinhas vermelhas e até bem alto a Haja carnosa. Flore de Cera, um nome significativo, porque as flores aveludadas parecem ser de cera. O cheiro era forte e doce e as gotas de mel que se formavam nós gostávamos de tirá-las.
De preferência nós sentávamos nesta varanda que tinha uma vista bonita para o jardim. As rosas mais bonitas estavam perto e nós tínhamos muito prazer, observando os beija-flores ligeiros, que voavam do Cactus para a Mosideros e de lá para cá. Muito aconchegado era quando chovia e se podia ouvir as gotas cair sobre os arbustos, eu gostava muito de ouvir isto. Então saiam grandes sapos e rás, dos recantos e pulavam em frente da varanda - como nós ficávamos contentes, que estávamos seguros longe destes monstros.
Este jardim era separado por uma cerca do pomar, que tinha uma baixada até o rio Garcia, afluente do Rio Itajaí. Nesta baixada, perto do rio, tinha um bambuzal, com bambus finos (taquara), que balançavam graciosamente ao vento e mais grossos, Bambu rei da Índia - No pomar tinha mudas de pés de laranja de diferentes qualidades, pés altos com galhos baixos, assim podia-se apreciar o perfume delicioso e com facilidade pegar as frutas.
Nós tínhamos laranjas vermelhas preferidas do meu pai e outras, uma laranja em forma de ovo no pátio de criação das aves com cerca de bambu, que amadureceu como última perto do Natal, uma pequena tangerina com casca fina e as maravilhosas mandarinas, mais algumas variedades de pêssegos, pés altos carregados de frutas, nos troncos trepavam maracujás, com frutas, que por dentro tinham uma massa gelatinosa de sabor delicioso. Tinha pitangas de um vermelho claro e outras mais escuras, frutas parecidas com cerejas, mas em vez de redondas, talhadas em forma de dentes e ligeiro sabor de terpentina. Assim talhadas eram as carambolas, amarelas e suculentas, cortando elas formavam cada roda uma estrala bonita.
Tinha uma estranha cereja, Gruminhma, Ameixa do Pará, Araça, um pé silvestre, Gabiroba com frutas pequenas amarelas e muito admirado um pé de maçã, não me lembro de ter visto mais variedades no viveiro de plantas do meu pai. Também presente estava a singular papja (mamão), com as grandes frutas amarelas lembrando melão.

Maravilhosas também eram as bananas de várias espécies não criadas aqui, mas destas sempre tinham cachos pendurados em compridas varas perto da casa, tais como os deliciosos abacaxis, que nós sempre tínhamos; as bananas eram amarelas e suculentas e não podiam ser comparadas com estas, que se podem comprar aqui na Alemanha. Si eu escrevi sobre tudo em extenso, é porque o nosso lar na minha lembrança era um paraíso, do qual sinto saudades e o tempo que eu passei lá, foi o melhor e mais bonito, que o amor paternal pode oferecer às crianças. O principal foi pintar um quadro preciso e fiel do lar, onde nosso pai viveu e onde ele tinha prazer em cuidar do ambiente.
Despedida da Família Blumenau - Blumenau em Cadernos agosto de 1958
Observações:

O terreno deste lar descrito por Christine Blumenau existe, sem a edificação. Está localizado ao lado do Museu da Família Colonial, no Boulevard  Hermann Wanderburg - atual rua das Palmeiras. O local tem um forte potencial histórico/cultural/ecológico. É usado como estacionamento e local para colocar tendas de apoio e de onde saem os carros para desfiles municipais e do Oktoberfest de Blumenau.



Também o terreno da família Blumenau, mencionado foi matéria de grandes debates na cidade nos últimos anos, quando a Prefeitura de Blumenau levantou a hipótese de vender o terreno doado pelo filho de Hermann Blumenau à Municipalidade. A edficação, em enxaimel existente sobre o terreno foi consumida por um incendio misterioso e atualmente está sendo reconstruído outra edificação sobre ele, que é chamado de restauro. Ninguem mais mencionou vender o patrimônio público e histórico. Deixamos aqui somente como registro.


Aqueles que desejarem compreender melhor esta história, basta clicar sobre:
Morro do Aipim e Frohsinn

Para saber mais sobre Hermann Blumenau e sua obra
Clicar sobre:
  1. Fritz e Hermann - Dois Personagens da História de Blumenau
  2. História - Blumenau e sua formação a partir dos meios de transportes
  3. Os antepassados - 163 anos de Blumenau - História
  4. Blumenau - do Stadtplatz ao Enxaimel
  5. Técnica do Enxaimel
  6. A Ferrovia EFSC
  7. Leitura - Detalhes da Fundação de Blumenau
  8. Kulturverein - Die Colonie Blumenau 
  9. Construção sobre Antigo Porto Fluvial em Blumenau ...
  10. Os Primeiros Caminhos no Vale do Itajaí e do interior
  11. A Prainha...Praça Juscelino Kubitschek de Oliveir...
  12. Primeiro Núcleo Urbano de Blumenau - Stadtplatz
  13. As embarcações no Rio Itajaí Açú - Blumenau
  14. Um dos grandes nomes da História de Blumenau Hermann Wuntenberg
  15. Centro histórico de Blumenau - Stadtplatz - Ontem e Hoje








Em Construção...



Réveillon - comemoração do Ano Novo 2016


O Reveillon - é a comemoração da transição -  do encerramento do ano que finda e as boas vindas do ano que inicia - Ano Novo. Este ano novo, que seja bem vindo, é ano de 2016.

O termo Réveillon tem origem no verbo francês Réveiller - despertar - acordar, "deixar de dormir". Do latim: velare - cuidar, velar, não dormir. O termo usado na França, é normalmente usado no período de natal. No Ano Novo, é usado a expressão: Réveillon de la Saint Sylvestre, pois dia 31 de dezembro é o dia de São Silvestre. 
Réveillon - De uma maneira geral, ao longo do planeta, é a expressão usada para denominar as comemorações  para receber o Ano Novo. 

As festividades de comemoração da passagem do Ano Novo são  muito antigas. Nasceu no seio do povo que inventou a escrita e a roda - berço da cultura ocidental: Mesopotâmia. Sua origem tem ligações com os rituais ligados à natureza, aos ciclos celestes e lunares e à agricultura. Ciclos - ligados a ideia do recomeço - como acontece, também nos dias atuais.
Os primeiros registros desta comemoração na Mesopotâmia, são de 2000 AC. A festividade era conhecida como Festival de Ano Novo. Na Babilônia, iniciava no equinócio da primavera.

Os assírios, persas, fenícios e egípcios comemoravam o Ano Novo no dia 23 de setembro. Os gregos, celebravam, o início do novo ciclo entre os dias 21 ou 22 de dezembro.
Os romanos, em 753 AC,  criaram uma data dentro de seu calendário,  para comemorar a grande festa de encerramento do ciclo anual e início de outro. Naquela época o Ano Novo iniciava no dia 1° de março. Depois, foi oficializado, através de um decreto do  Imperador Júlio Cesar, em 46 AC,  que o dia 1° de janeiro fosse o primeiro dia do Ano Novo.
Na época de Júlio Cesar, os romanos dedicavam este dia a Jano- Deus dos portões. A sua dupla face simboliza o passado e o futuro - uma voltada para frente (futuro) e a outra para trás (passado). O deus Jano é o deus dos inícios, decisões e escolhas. Seu nome deu origem ao nome do mês - janeiro. 
Moeda romana com a imagem do
 deus Jano
Antes do Império Romanotornar-se cristão, era politeísta - com a presença de vários deuses - herança oriunda dos mesopotâmicos. Os festejos de virada de ano era uma prática destes tempos entre esta cultura. não se tinha notícia que o povo judeu e os cristãos, comemorassem esta data, naqueles tempos.
A ordem dos meses, dentro do calendário romano, tinha a sequência de janeiro a dezembro, como o é na atualidade. Era assim desde o Rei Numa Pompilius, cerca de 700AC, de acordo com Plutarco e Macrobius.
Papa Gregório VIII
Durante a idade média, vários outros dias foram considerado  primeiro dia do Ano Novo, entre diferentes povos. Como por exemplo: 1° de março, 25 de março, 1° de setembro, 25 de dezembro. Em vários países do ocidente, o dia 1° de janeiro é considerado feriado nacional. Em 1582, a Igreja Católica de Roma adotou o calendário gregoriano criado pelo Papa Gregório VIII e então ficou consolidado a data de 1° de janeiro, como o primeiro dia do Ano Novo.

Em 1755, por exemplo, a Inglaterra e todos os países sob seu domínio, ainda consideravam que o Ano Novo iniciava no dia 25 de março. Depois desta data, os ingleses adotaram, também, o dia 1° de janeiro com o primeiro dia do Ano Novo. Com a expansão da cultura ocidental e o desenvolvimento tecnológico nas comunicações, foi adotado o calendário gregoriano e o seu significado de Ano Novo com as respectivas comemorações - no dia 1° de janeiro, em quase todo o globo.
A data do dia 1° de janeiro não é comemorada em alguns países, como por exemplo: Israel, Japão, China e Índia. Na China a festa da passagem do ano é comemorada no final do mês de janeiro, com desfiles e show´s pirotécnicos. No Japão, o Ano novo é comemorado nos três primeiros dias de janeiro. Os judeus comemoram o Ano Novo - o Rosh Hashaná - festa das trombetas - em setembro ou no início de outubro e dura dois dias. Os islâmicos celebram seu Ano Novo em meados de maio - corresponde ao aniversário da Hégira - emigração - cujo ano "zero" está relacionado com o ano 622, quando o Profeta Maomé deixou Meca e seguiu para Medina.
Em alguns países da América Latina, a partir do enfoque cultural, existe uma leque de tradições e crenças em torno desta data, inclusive no BrasilAlgumas tradições mais comuns:

Cor da roupa
Yemanjá

Cor Branca  (mais comum)

No Brasil e em alguns outros países - é resultado da influência da cultura e mitologia africana (Yoruba) - Umbanda Candomblé. No Brasil, o hábito de festejar junto ao mar tem origem da homenagem a Yemanjá - orixá africana que tem ligação com a expressão yoruba Yéyé omo ejá Mãe de todos os peixesYemanjá é filha de Olokun - Dono do mar e a orixá é considerada - Rainha das águas. Ficou popular no Brasil, a partir do Rio de Janeiro, cenário propagado pela televisão nacional, para todos os cantos do país. A celebração da virada de ano no Rio de Janeiro, com a presença de milhares de pessoas - quase sempre vestidas de branco, tem o tradicional banho de pipoca e o pulo de sete ondas -  maneira de pedir sorte à orixá. Estas práticas são propagadas e as pessoas repetem em grande parte do território nacional.
Geralmente as homenagens à orixá são feitas nas praias ou mesmo, dentro do mar, na virada do ano que termina para o Ano Novo, atualmente, não somente no Rio de Janeiro, mas na costa brasileira. 
Divulgação do sincretismo religioso e seus rituais, pela mídia.

Programa televisivo e seu apresentador, filmam na praia de Copacabana - Rio de Janeiro, oferecendo oferendas à Orixá - Yemanjá -  transmitido em Rede Nacional.


Dentro da mitologia africana, crenças e tradições foram trazidas pelos africanos que eram comercializados na costa da África por seu próprio povo e trazidos cativos para o Brasil através de navios negreiros para trabalhar para os colonizadores portugueses, que exploravam o país nesta época. A cor branca fez e faz parte dos rituais da religião trazidos por este povo e está presente no Brasil, até os dias atuais. Atualmente, a religião dos descendentes daqueles africanos recebeu influência e foi um pouco modificada, devido o contato com o cristianismo português, que fez surgir o sincretismo religioso, presente no país. Atualmente, a cor branca nas roupas é usada, com o mesmo significado dos tempos passados, embora muitos desconheçam-no e também, sua origem histórica.
Lavando as escadarias da Igreja do Bonfim - Salvador

Sincretismo 

Continuando...
Não importa o Orixá e nem o Santo, cada Filho de Santo se veste de branco, quando presta uma homenagem ao Pai e aos Orixás. Contam, que uma entidade da Umbanda, conhecida Caboclo das Sete Encruzilhadas, sugeriu que os médiuns, sacerdotes ou qualquer pessoa que participassem da sessão religiosa, vestissem roupas brancas.
cor branca sempre foi usada, por representar a paz e a fraternidade
Também nas antigas ordens religiosas do Oriente, a cor branca significa elevada sabedoria e alto grau de espiritualidade. Na antiga Índia, os Magos Brancos- utilizavam vestimentas brancas - eram assim chamados, por utilizarem sua magia para o bem. A cor branca também passa a sensação de limpeza, paz, harmonia, critérios observados para uniformes dos profissionais da área da saúde e do ensino. Sob o enfoque científico, pesquisa de Isaac Newton, constatou-se que a luz solar (branca), quando atravessa um prisma de cristal, desdobra-se nas cores do arco íris, concluindo que cor branca possui em si todas as demais cores.
Podemos concluir, que o costume de usar a cor branca  - no Brasil, durante as comemorações da virada de ano, tem origem no sincretismo religioso, a partir de duas culturas e atualmente está inserida na cultura do país e na religiosidade do país. Muitos participam das comemorações do Ano Novo, vestidos de branco, desconhecendo a origem e o significado do branco na indumentária.. 
Conhecer é preciso.

Prosseguindo...

Cor amarela - Uso recente e representa a prosperidade e riqueza material. Seu significado está  relacionado à cor amarela do metal - ouro.

Cor Verde - Uso recente e representa a natureza. Também tem relação com a prosperidade, através da renovação da esperança.

Cor Azul Uso recente e representa bonança e prosperidade.

Cores escuras (marrom, preto, cinza) De acordo com os credos, devem ser evitados no Réveillon, pois podem atrair, tristezas e mau agouros.

Alimentos, que não podem estar na mesa das festividades do final do ano, de acordo com as tradições e superstições, no Brasil, são:

Aves (inclusive peru e chester): Dizem que a felicidade voará de sua casa junto como a ave. Também observam que "ciscam" para trás, isto pode significar  um "retrocesso" à vista.

Louro - Acreditam, igualmente, que o louro chama dinheiro. Dizem que se colocar uma folha do vegetal na carteira, pode funcionar. Também, como tempero das iguarias da ceia de Réveillon.
Romã
Romã - Acreditam pela grande produção de sementes da fruta, pode trazer felicidades. Alguns dão a seguinte dica; Noprimeiro dia do ano, colocar uma semente de romã, na primeira panela de arroz que cozinhar e uma semente na carteira, que deverá permanecer na mesma, durante todo ano até o próximo Réveillon, quando poderá ser substituída.
Etc...etc...
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Existem outras tantas crenças práticas, as quais não listaremos aqui. Quem se interessar, vale a pena uma pesquisa, a partir da Antropologia. Nossa intensão e objetivo é provocar a curiosidade e motivar a busca do conhecimento, desprovida de etnocentrismo. Sabemos que há muitas práticas ainda que variam de região para região, de país para país, praticadas neste período do ano
Quanto às boas expectativas para o Ano Novo, nós acreditamos que, a partir de cada ação, "colhemos" as reações, boas e não tão boas. Se, não tão boas, observemos com atenção, pois pode tratar-se de "remédio amargo" útil na nossa jornada. Tudo realmente tem um sentido maior e os momentos não tão bons, se observados,  podem ser que não sejam tão ruins, como percebemos.

Desejamos muita sabedoria a todos, neste ano de 2016.

Que seja mais suave e tranquilo do que foi o ano de 2015!
Blumenau SC - Foto de Jaime Batista

Florianópolis SC



Passaremos a virada do Ano Novo na Grande Florianópolis - capital de Santa Catarina, na companhia de familiares e amigos. Durante a passagem de ano, entre abraços e lembranças daqueles que não estavam presentes, com votos de "um mundo melhor" a partir dos bons momentos, brindaremos.

Show pirotécnico - é uma prática que teve origem no Oriente. Vivemos e praticamos um conjunto de diferentes hábitos e costumes, repassadas, durantes muitos séculos, de pai para filho. Muitas vezes só repetimos, sem a consciência.  É importante conhecer para que não nos percamos da essência.
Prost Neu Jahr!
Feliz Ano Novo!




Em Breve fotos da virada  2015/2016 - Em Construção

Feliz 2016!
Glückliches Neues Jahr !!