sábado, 30 de janeiro de 2021

"Parque Urbano Salto Grande - Readequação Edifício Industrial" - TCC - Arquitetura e Urbanismo para Ituporanga SC - Pesquisa e Projeto: Carla Micaéla Muniz - Orientação: Angelina Wittmann


Projeto - Portal de Entrada para o Parque Urbano Salto Grande - Onde está o Edifício Industrial Histórico - construído em madeira da década de 1940. Junto ao Rio Itajaí do Sul - Ituporanga SC.





Carla Micaéla Muniz.
A formanda do curso de
Arquitetura e Urbanismo, Carla Micaéla Muniz iniciou seu Trabalho de Conclusão de Curso - TCC no semestre anterior seguindo diretrizes totalmente diferentes daquelas que norteou seu trabalho final. Neste tempo não havia tido a noção exata da importância do local escolhido para desenvolver o seu projeto. Sob nossa orientação, aprofundou-se mais da origem histórica do local e concluiu, que não estava diante de uma fábrica comum - e que esta ainda está em operação. Foi a primeira fábrica da região, e foi responsável pela produção de energia elétrica, não somente para sua produção, mas para a comunidade de Salto Grande, nome inspirado no grande salto presente no Rio Itajaí Sul e o local onde surgiu o embrião urbano do município de Ituporanga, cujo nome é Salto Grande em Tupi-Guarani. Este local é o mesmo local, no qual os pioneiros da família Sens receberam terras junto ao salto do rio, como pagamento de serviços prestados na abertura da estrada entre a vila militar de Catuíra e Rio do Sul, que ainda não tinha acesso a eletricidade. Até o Salto Grande, o território pertencia a Palhoça que fazia limite com Blumenau. Carla Micaéla Muniz, entre outras coisas, trabalhou com questões ambientais (fábrica de papel localizada na APP do Rio Itajaí do Sul), espaço urbanos e naturais históricos (primeira nucleação de Ituporanga e o Salto Grande no Rio Itajaí do Sul), Patrimônio Histórico Arquitetônico local, regional e estadual (Antigo edifício fabril construído em madeira, prestes a ser demolido, com mais de 1000 m2 de área), integração espacial urbana através de meios projetuais (Novo parque urbano em obras na outra margem do Rio Itajaí do Sul, com áreas de APP degradadas pelo poder público através da  retirada da mata nativa ciliar, e a colocação de grama tipo japonesa, até mesmo, sobre nascentes expostas localizada às margens do rio maior), entre outras questões.
Estivemos no local do projeto, juntamente com Carla Micaéla Muniz em 29 de agosto de 2020. Após esta data e respeitando normas sanitária em período de pandemia, todo o trabalho de assessoramento seguiu via online pela plataforma Meet - Google, somando 20 vídeos com gravações variando entre uma e duas horas. Vídeo resumo no final desta postagem.
Visita ao local em 29 de agosto de 2020 - Ituporanga SC.
O trabalho se apresentará por si só, na sequencia a partir de seu projeto.
29 de agosto de 2020 - único contato presencial - visita ao local de estudo
















Mapa de Ituporanga e local estudado.



Proposta







"A paisagem, uma vez relacionada à identidade do lugar e criada a partir da relação do homem com seu ambiente, é também um patrimônio." (Laura Beatriz Lage)

1 Introdução

Ao percorrer a história da criação dos parques urbanos, percebe-se que os mesmos são um produto da era industrial (Lima & Rocha, 2009). 
Mesmo com a informação de que a cidade de Ituporanga seja muito bem provida de áreas de lazer e de contemplação, em ambientes abertos naturais, através da presença do Parque Municipal, do Parque Ingo Altenburg e do novo parque, em obras, localizado  na margem esquerda do Rio Itajaí do Sul, em frente à área de estudo deste trabalho e baseada na fala de  SILVA 2003, de que a criação dos espaços verdes são destinados, especialmente à promoção da qualidade de vida urbana no bem-estar das pessoas, e, esta proposta sugere a espacialização de um parque urbano locado na área onde está a atual fábrica de papel Águas Negras S.A. Indústria de Papel, localizada junto ao Salto Grande, no Rio Itajaí do Sul, área urbana de Ituporanga SC.
Para isto, faz-se necessário a realocação da fábrica de papel para a zona industrial da cidade. Historicamente, esta fábrica foi fundada por empresários, que não eram da comunidade (eram de Blumenau), em  1940, após um embate entre Blumenau e Palhoça, pela disputa da posse territorial do local, em função da existência do salto.
Esta proposta pretende  promover o resgate dos aspectos: histórico, geográfico/espacial e econômico do lugar, mais valorado, em recortes de tempo histórico passado, quando era apresentado como referência paisagística e fonte de energia mecânica, elétrica e de lazer,  mediante a presença do Grande Salto, a cachoeira locada de forma diagonal no rio e foi a inspiração para os nomes do município, em dois momentos históricos e, em duas línguas: Salto Grande e Ituporanga (em tupi-guarani: “Bela queda D’água”).
A região do Salto Grande e a fábrica de papel, em funcionamento por mais de 70 anos, de maneira impactante no entorno natural histórico, são os principais elementos que norteiam esta proposta do parque urbano. Este, munido de ambientes e equipamentos afins, juntamente com o resgate através de um novo uso para o antigo edifício industrial, construído em madeira, na década de 1940 e localizado no espaço fabril atual da fábrica de papel. Este histórico edifício industrial corre riscos reais de demolição. Os demais edifícios são construções recentes, irregulares (construídos na APP) e, de arquitetura com gosto duvidoso,  possuem estrutura pré moldada (concreto) e fechamentos de tijolos seis furos, desprovidos de reboco.
Edifício Histórico da Fábrica, construída em 1940, com uma área superior e mil metros quadrados.
As estruturas e complexos industriais obsoletos e abandonados embora estejam muitas vezes relacionados com os problemas da cidade atual, constituem simultaneamente uma parte integrante de um conjunto urbano com valor histórico e apresentam-se por isso, como elementos constituintes de uma imagem urbana com significado e valor. ESTEVAN, 2012.

Partindo do pressuposto, através da criação da Lei n. 9.985 (SNUC) em 2000, que afirma que o parque urbano no Brasil assume novo significado e função: preservação da biodiversidade para o bem coletivo, este espaço será destinado a um novo parque urbano para a região do Alto Vale do Itajaí.
A fábrica instalada no local, desde a sua fundação, sempre teve a mesma linha relacionada à produção e produtos de papel sob diferentes nomes, marcas e proprietários. O primeiro grupo que dirigiu a fábrica, a batizou como fábrica Salto Grande S/A, e foi inicialmente fundada em 1940. O segundo  nome, foi  Companhia Fábrica de Papel Itajaí, nominada a partir de nova sociedade em 1949. 
Em seguida, foi chamada de de Pinho Fibras Ltda - em 1972. Em 1974, passou a se chamar Induma Indústria de Madeira S/A e em 1976, novamente  de  Pinho Fibras Ltda. Em 1980, a fábrica mudou novamente o nome para sociedade anônima, passando a ser chamada de Águas Negras S.A. Indústria de Papel, nome que permanece até o momento  presente.
Desde a década de 1970, a fábrica de papel propaga estar alinhada à diretrizes voltadas para a não agressão ao meio ambiente, mediante  a manutenção de grandes áreas de reflorestamento com espécies exóticas, como pinus e eucaliptos, monocultura de espécies agressivas ao meio, cujo tema debatido a exaustão, nos setores ligados ao meio ambiente. 

Utilizamos o termo monocultivo de eucalipto e pinus por considerar que uma floresta abriga grande diversidade de espécies de plantas e animais, o que não ocorre no caso das plantações dessas árvores. Para matar as gramíneas e outras plantas que podem inviabilizar o plantio comercial, há uso intenso de agrotóxicos. 
Depois de um tempo, não cresce mais nada embaixo, e a plantação se transforma praticamente em um deserto – daí a denominação popular de “deserto verde”. BARROS, (2011)

Águas Negras S.A. Indústria de Papel informa em seu site que a predominância de sua produção é resultado de matéria prima oriunda de material de reciclagem de aparas, “com a preocupação de causar menor impacto no meio ambiente”. O que não ocorre de fato, percebido a partir da presença de suas áreas de reflorestamento (espécies exóticas) que reportam a produção tradicional de papel, o que implica às questões ambientais - esta localizada junto ao Salto Grande e dentro da área urbana da cidade de Ituporanga, conforme mostra as Figuras 1, 2, 3, 4 e 5.

No Brasil, 100% da matéria-prima utilizada é o eucalipto, o que significa que nenhuma árvore nativa é utilizada na produção de papel e celulose deve se levar em consideração todas as consequências oneradas por esse processo, quais se pode citar o uso elevado de água para o cultivo do eucalipto, o surgimento da monocultura, a perda da biodiversidade vegetal e animal, e a consequente  alteração do ecossistema dessas regiões, (SCHNEIDER et al, 2016). 

Geralmente as fábricas que impactam o meio ambiente com sua linha de produção, adotam o discurso ambiental em sua divulgação, como sendo uma de suas prioridades.

Historicamente, a empresa se preocupa profundamente com o meio ambiente, mantendo e protegendo milhares de metros quadrados de matas nativas, além de seus reflorestamentos. Além do uso de matéria prima que poderia se tornar lixo urbano, a empresa trabalha dentro de normas rigorosas de tratamento das águas e filtragem de eventuais fuligens da caldeira de vapor, buscando assim evitar qualquer dano ao meio ambiente local. Site da Fábrica.

Esta proposta apresenta a criação do Parque Urbano, munido de conteúdo inerente a um parque com este perfil, acrescido ao objetivo local de resgatar o local do Salto Grande,  referência para Ituporanga, e para toda a região, sendo este motivo de disputas históricas entre Blumenau e Palhoça, por estar no limite  entre os dois municípios, em tempos passados. Com isto, a proposta é implementada pelo realocação fabril da fábrica de papel Águas Negras S.A. Indústria de Papel para o setor industrial devidamente localizada dentro do município de Ituporanga, por apresentar ações e espaços contrários às diretrizes reguladoras do meio ambiente, em legislação federal, desconsiderado no Plano Diretor de Ituporanga que permite uso industrial nesta área junto ao rio e ao Salto Grande. 
Como marco histórico, o primeiro edifício industrial, construído em madeira, permanecerá no Parque Urbano, munido de readequação para um novo uso, espaços para hospedagens, através da organização espacial, a partir da técnica construtiva Wood Frame, cuja técnica deverá ser integrada à construção histórica, atualmente munida somente de cobertura, aberturas  e fechamentos.
O parque será munido de caminhos, equipamentos, reflorestamento, acessos, locais de gastronomia, hospedagem e a presença do Salto Grande, o principal elemento de ligação entre as margens direita e esquerda do Rio Itajaí do Sul. Na margem esquerda do rio, há obras de humanização e criação de espaços públicos requalificados às margens do rio, com o qual esta proposta pretende alinhavar integração espacial, qualificando um espaço somente, a partir do Grande Salto, ou, em Tupi Guarani: Ituporanga.

1.1 Problema e Justificativa

Para LIMA (1994), parque urbano é uma área verde, com função ecológica, estética e de lazer, entretanto com uma extensão maior que as praças e jardins públicos. Para o autor os espaços livres desempenham funções importantes em uma cidade, como, a estética, a social e a ecológica. Destacam-se nesse contexto, as contribuições ecológicas, pois à medida que os elementos naturais compõem esses espaços minimizam os impactos decorrentes da urbanização e principalmente, da industrialização.
A área que receberá esta proposta é formada por elementos importantes da paisagem construída e natural de Ituporanga, também na região, como: Salto Grande, Rio Itajaí do Sul, a edificação histórica da primeira fábrica de papel localizada às margens do rio e, a grande área verde (usada para plantio de espécies exóticas - pinus e eucalipto), sendo que parte desta área, está sendo destinada ao novo parque da cidade - que se encontra em obras - localizado na margem esquerda do rio. 
Em contrapartida, no interior do parque fabril há uma grande área construída (recente) sobre a APP localizado na margem direita do Rio Itajaí do Sul - sede da fábrica de papel, a qual possui mais de 70 anos de existência, neste mesmo local, com práticas e produção não alinhadas às diretrizes que regem as atuais condutas sustentáveis, e também, quanto ao uso do solo e legislações ambientais vigentes.  
O Salto Grande é uma cachoeira, ou como chamavam os pioneiros - salto, atualmente localizada na área urbana do município de Ituporanga e que ao longo da história local e regional, sempre teve importância, tendo sido objeto de disputa, entre Blumenau e Palhoça no início do século XX, local aproximado do limite destes municípios nesse período da história.

(...) o nome “Salto Grande” se tornou popular, e era justificado pela existência de uma queda do Rio Itajaí do Sul nas proximidades da vila. Inicialmente, pertencia ao município de Palhoça. Porém, houve certa discussão com o município de Blumenau, que reivindicava parte do território. Salto Grande, então, estava próxima do limite entre os dois municípios. FORMAGI,(2016).

A nucleação urbana em torno de Salto Grande tinha este mesmo nome até o ano de 1943, quando começou a ser chamada de Ituporanga, nome que também tem ligação com o local. De acordo com FORMAGI (2016), Ituporanga é uma palavra derivada do tupi-guarani, e significa: a “Bela queda D’água”. Também fazendo alusão ao antigo nome do local e ao salto, Salto Grande.   
Blumenau reivindicou o Salto Grande e seu entorno, por que tinha interesse sobre sua força motriz e sua capacidade de gerar energia elétrica, pois desde  1912, existia a Usina do Salto, localizada próximo ao Stadtplatz de Blumenau, que produzia  energia elétrica para indústrias locais e para as residências, a partir de um salto semelhante ao Salto Grande, que têm mais de 5 metros de queda. Empresários do município de Blumenau pretendiam utilizar a energia a partir das águas do salto.

A queda d’ água natural chamou atenção desde a chegada dos pioneiros a estas terras por sua beleza, por sua cachoeira e também como fonte de energia. SENS,(2005).

A história deste local está publicada no Site da fábrica de papel Águas Negras S.A., que apresenta a formação da primeira sociedade e da fábrica construída neste local da área desta proposta. 
Sua história inicia a partir da reunião entre os blumenauenses Curt Hering, Victor Kleine, Hermann Muller Hering, Victor Hering, Ingo Hering, Erich Steimbach, Ralph Gross, Max Tavares do Amaral e Adolph Schmalz que aconteceu em 18 setembro de 1940, na Companhia Hering, em Blumenau. Dessa reunião se formou a sociedade Salto Grande S/A, que fabricava pasta de madeira e, após 6 anos, também, foi inaugurada sua fonte de energia elétrica, a hidrelétrica que fornecia energia elétrica para a fábrica e, também, vendia o excedente para algumas residências da comunidade de Salto Grande.
Para a geração de energia no Salto Grande, de acordo com SENS (2005), Curt Klein, de Blumenau construiu a Companhia Hidroelétrica em 1946, no Rio Itajaí do Sul, e para isso, construiu a represa no local, existente até o tempo presente.
Imponente, uma das mais importantes atrações turísticas de Ituporanga é o Salto Grande, Conforme a Figura 6. Esta bela obra da natureza possui mais de 5 metros de queda e quase 80 metros de largura. Em 1946, foi construída por Kurt Klein a Hidrelétrica Águas Negras, que através da represa Salto Grande passou a produzir energia para a companhia. A eletricidade gerada atende até hoje a Indústria de Papel Águas Negras. SENS,(2012)
Em 22 de maio de 1949, a sociedade foi repassada para novos sócios e ficou conhecida como Companhia Fábrica de Papel Itajaí. A sociedade, então era formada por, Irineu Bornhausen, Hercílio Deeke e Abdon D. Schmitt, também residentes em Blumenau e em Itajaí. Novamente, não eram pessoas da localidade. A fábrica, nesse momento, era a Companhia Fábrica de Papel Itajaí.
Em 1972, o controle acionário passou para outro grupo, com o nome de Pinho Fibras Ltda, e o proprietário era Antonio Odorczick.
Em 23 de abril de 1974, a indústria foi adquirida por Induma Indústria de Madeira S/A de Rio do Sul. Esta empresa era familiar e os nomes eram: Diretor Presidente: Hermann Herinch Purnhagen e os demais: Geraldo Ricardo Siegel, Güinter Germano Purnhagen, Carlos Heinz Walter Purnhagen, Horst Gerhard Purnhagen, Germano Emilio Purnhagen, Gerold Roland Purnhagen e Manfred Georg Schonberger. A indústria, então, produzia, industrializava e comercializava pasta mecânica, papelão e produtos conexos e também começaram a plantar espécies exóticas como pinus e eucalipto, como modo de florestamentos e reflorestamentos – monocultura muito debatida nos setores ligadas às esferas ligadas ao meio ambiente.
Utilizamos o termo monocultivo de eucalipto e pinus por considerar que uma floresta abriga grande diversidade de espécies de plantas e animais, o que não ocorre no caso das plantações dessas árvores. Para matar as gramíneas e outras plantas que podem inviabilizar o plantio comercial, há uso intenso de agrotóxicos. Depois de um tempo, não cresce mais nada embaixo, e a plantação se transforma praticamente em um deserto – daí a denominação popular de “deserto verde”. BARROS, (2011)
Em 1976, após uma alteração societária, a fábrica passou a se chamar  Pinho Fibras Ltda. 
Em 1980, a fábrica mudou novamente à sociedade anônima, passando a ser chamada de Águas Negras S.A. Indústria de Papel. A informação encontrada em seu Site, é de que sua matéria prima principal é material de reciclagem de aparas, para causar menor impacto ao meio ambiente. questão não totalmente zerado, pois a produção existe, utilizando madeira (reflorestada) e ocorre a geração de lixo, gasto de água e poluição ambiental, junto à área urbana de Ituporanga, no momento presente, como mostra a Figura 7
No Brasil, 100% da matéria-prima utilizada é o eucalipto, o que significa que nenhuma árvore nativa é utilizada na produção de papel e celulose deve se levar em 
consideração todas as consequências oneradas por esse processo, quais se pode citar o uso elevado de água para o cultivo do eucalipto, o surgimento da monocultura, a perda da biodiversidade vegetal e animal, e a consequente alteração do ecossistema dessas regiões, (SCHNEIDER et al, 2016).

A fábrica de papel Águas Negras S.A. Indústria de Papel, de acordo com informações de seu Site, produz diversos tipos de papéis. Mantém uma área de reflorestamento (Pinus e eucalipto – alvo de pesquisa permanente por seu impacto à floresta nativa e ao meio ambiente - portanto nocivo ao equilíbrio ambiental), fonte de matéria prima para a fabricação de papel processo, altamente nocivo ao meio ambiente. 

Durante a produção de papel e celulose, diversas consequências podem ser identificadas. Pode-se citar, por exemplo, o despejo de químicos no ambiente, a poluição e contaminação do solo, água e ar e o grande consumo de água na produção de pasta de celulose, dentre outros. Para a produção de papel e celulose há a adição e despejo de componentes químicos, como cloro e agentes corrosivos, para o processo de branqueamento do papel, na água. Além disso, ainda conforme Miranda (2008), as principais emissões atmosféricas são provenientes dos processos de branqueamento, recuperação de produtos químicos, vaporação, caldeiras, forno de cal e secagem de polpa. ALVES (2018).

A história da implantação da fábrica no local, distando apenas aproximadamente 1000 metros da área central de Ituporanga atual, é consequência da prática extrativista e descompromissada com meio ambiente, comum no início da história da colonização da região do Vale do Itajaí e principalmente, do seu interior, decididas e resolvidas no antigo Stadtplatz (Centralidade em alemão) da Colônia Blumenau, entre as primeiras lideranças deste grande território, como de fato aconteceu, quando foi decidido sobre o limite entre Palhoça e Blumenau neste contexto, anteriormente mencionado.
O local apresenta grande importância sob o aspecto histórico, ambiental e geográfico pela presença do Salto Grande no Rio Itajaí do Sul, pela presença do rio na paisagem e pela grande extensão de área verde, atualmente parcialmente retirada, mesmo contrariando a legislação do Código Florestal Brasileiro (por estar em uma área de APP) pela municipalidade pública de Ituporanga e também, pela fábrica.
Há movimentações para a criação de um parque na margem esquerda do rio – de frente para a área estudada – onde uma das iniciativas já executada, foi a retirada de espécies nativas, Figura 8, deste local e a colocação de grama japonesa, em alguns locais sobre nascentes de água.


A localização da fábrica de papel reflete uma época onde os critérios usadas para definir seu local eram mais próximos aos condicionantes, como fontes de águas, no caso, também, do salto do rio, da energia (Hidráulica) e da matéria prima, abundante na Mata Atlântica, extraída em todo o Vale do Itajaí, de maneira indiscriminada, contando com a ausência de legislações ambientais, como no tempo presente, alinhadas às questões sustentáveis internacional e não somente ao plano diretor de Ituporanga, o qual, atualmente, permite que esta área histórica e natural seja local de uma fábrica. 

(...) partimos da hipótese que não existe um entendimento comum entre os órgãos envolvidos no manejo da paisagem, especialmente pelos órgãos de preservação cultural e ambiental e planejamento urbano e territorial, do que é uma paisagem, reduzindo sua compreensão a aspectos morfológicos, impactando negativamente as práticas relativas à sua proteção e manejo. LAGE,(2018).

No momento em que se está construindo o novo parque na margem esquerda do Rio Itajaí do Sul, poderia ser observado legislações ambientais das esferas federal e local, com questões ligadas a esta proposta, pois está na outra margem do rio, no entorno do Grande Salto – mais especificamente, na frente da área desta proposta. Legislações que através das Leis, como por exemplo, Lei nº 11.428, de 22 de dezembro de 2006 - Resolução CONAMA, nº 388 de 23 de fevereiro de 2007 – Denominada Lei da Mata Atlântica que fornece maior suporte ao Código Florestal Brasileiro. Este, oferece algumas questões que devem ser observados na área estudada, como por exemplo: APP (Área de Preservação Permanente). 
O Código Florestal Brasileiro considera áreas de APP aquelas áreas cobertas, ou não, por vegetação nativa, tanto na zona rural, quanto a zona urbana, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas. 
No Capítulo II, Seção I, Artigo 5°, parágrafo 3, o código prevê que pode ocorrer a preservação permanente, quando a área em questão for declarada de interesse social por ato do Chefe do Poder Executivo, as áreas cobertas com florestas ou outras formas de vegetação destinadas a uma determinada finalidade, com esta citada no item V – “proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico, cultural ou histórico”.
Quanto às Áreas de Preservação Permanente, para a área estudada, às margens do Rio Itajaí do Sul devem preservar uma faixa de 100 metros de APP, onde as áreas não são aterráveis e não edificáveis. Na área estudada, a caixa do rio apresenta aproximadamente 97,5 metros de largura, estando classificado na faixa de APP em 100m, entre 50 a 100 metros, conforme a Figura 9.
O parque fabril possui uma edificação de madeira, onde foi sediada a primeira fábrica de papel em 1940, conforme as Figuras 10 e 11. Como já foi mencionado, esta indústria foi fundada por investidores de Blumenau e seu nome era Indústria Salto Grande e fabricava pasta de madeira e produzia energia elétrica com o aproveitamento das águas do Salto Grande, também para a comunidade Salto Grande, primeira nucleação urbana de  “Bela Queda D'água”, ou Ituporanga.
Esta edificação fabril é uma tipologia industrial singular que marcou o período da industrialização do estado de Santa Catarina, construída em madeira. Encontra-se  em estado de conservação ruim, com ausência de manutenção, depreciada e com uso não muito adequado - depósito de materiais insalubres - diante de seu valor histórico local, regional e estadual. É uma das poucas tipologias deste tipo, existentes na atualidade, no estado de Santa Catarina.
As demais edificações do parque fabril de papel, foram construídas  com técnica construtiva atual, estrutura pré moldada, cobertura de fibrocimento e fechamento de tijolos 6 furos aparentes,  cujo conjunto é desprovido de qualidade arquitetônica e de lastro cultural e histórico, entre outras questões, justifica a realocação da fábrica para o setor industrial de Ituporanga, conforme a Figura 12.
Quanto ao aspecto urbanístico, ressaltamos, para concluir, que toda esta área estudada apresenta um valor imensurável sob os aspectos histórico e geográfico local, regional e estadual, por estar no caminho dos pioneiros que trafegavam entre as regiões do Vale do Itajaí, Serra Catarinense e da Grande Florianópolis - litoral. Além disso conta com a presença do Salto Grande, elemento de disputas entre as regiões, em vários períodos históricos e responsável pelo surgimento da  indústria no local - na década de 1940.
Mesmo que a paisagem seja munida de uma beleza natural, mediante a presença do salto, conhecido como um dos pontos turísticos (lazer e contemplação) da cidade e região  - este  não é devidamente aproveitado pelos moradores da cidade e visitantes, como poderia ser, pois é desprovido de infraestrutura e elementos necessários para o uso e melhor aproveitamento do local natural e histórico.
Para sintetizar, também lembramos o aspecto legal no que tange a  presença do parque fabril sobre a área de APP e o que fez esta proposta sugerir a realocação da indústria para o setor industrial - já mencionado, permanecendo somente a arquitetura fabril de madeira, como memória e marco histórico de um tempo histórico do local e também, regional. Favorecendo esta proposta, também observamos o entorno, com o uso totalmente residencial e que conta somente com a presença do parque municipal, e desprovido do acesso, com segurança, ao rio.
1.2 Objetivos
1.2.1 Objetivo Geral
Valorizar e resgatar a  importância do conjunto paisagístico e histórico do Salto Grande, formado pela paisagem natural, o salto, a mata e o primeiro edifício industrial, local da fábrica de papel, edificado em madeira, em 1940, munido de uma nova proposta de uso e integrado, na também proposta do Parque Urbano. Este, dotado de infraestrutura e equipamentos urbanos necessários, bem como, reflorestamento (Espécies da mata natural local) local e caminhos, apresentado na forma de anteprojeto
O parque proposto neste trabalho, contando com a sede da primeira fábrica de papel, estará integrado ao novo parque de Ituporanga, que está em construção à margem esquerda do Rio Itajaí do Sul, através da histórica barragem do Salto Grande, como mostra a Figura 13.

1.2.2 Objetivos Específicos
  1. Efetuar levantamento da área que receberá esta proposta com os principais elementos naturais e edificados, no caso a edificação histórica  da indústria e a torre;
  2. Efetuar, levantamento fotográfico local;
  3. Modelar Edificação Histórica da Fábrica e o terreno;
  4. Efetuar o zoneamento e o Programa de necessidades urbanístico;
  5. Efetuar o zoneamento e o Programa de necessidades arquitetônico;
  6. Desenhar planta baixa para o novo uso da  edificação histórica da indústria;
  7. Definir técnica construtiva, para readequação e uso no interior da edificação histórica da indústria.
  8. Desenhar planta baixa - em um novo projeto - do restaurante;
  9. Definir técnica construtiva para o novo edifício projeto para  restaurante;
  10. Definir arte, materiais e locais no desenho de equipamentos urbanos - do Parque Urbano;
  11. Definir rotas e caminhos no interior do parque urbano;
  12. Efetuar as elevações e demais projetos - parte do projeto arquitetônico - do restaurante e da edificação histórica;
  13. Efetuar o projeto urbanísticos e paisagísticos, na apresentação de anteprojeto;
  14. Efetuar detalhes do projeto arquitetônico necessários para execução do mesmo;
  15. Efetuar maquete eletrônica na escala macro e também na escala micro, destacando os principais pontos dentro do anteprojeto;
  16. Complementar o caderno que acompanha as pranchas do anteprojeto com informações técnicas relevantes e também a conclusão na forma de texto.
1.3 Delimitação do Tema

Elaborar um anteprojeto contendo a cachoeira Salto Grande (Figura 13.1) alinhada com a presença do edifício da Indústria de Papel Águas Negras, cujos espaços serão readequados a novos usos junto com um novo uso - introduzindo conceitos alternativos de recreação através do espaço de um parque urbano locais de preservação, história local, lazer e cultura, envolvendo a sociedade de Ituporanga e da região do Alto Vale do Itajaí, bem como visitantes de outras regiões.
4 Diagnóstico da Área
     4.1 Contextualização

O projeto do parque urbano com a readequação espacial do patrimônio industrial será implantado na cidade de Ituporanga, localizado nas proximidades do Salto Grande, no Rio Itajaí do Sul - microrregião do Alto Vale do Itajaí na área central do estado de Santa Catarina, Brasil, como mostra nas Figura 19, 20 e 21.


4.2 Análise do Entorno

O terreno foi naturalmente definido pela presença da indústria de papel e do Salto Grande, ícones naturais e históricos na cidade de Ituporanga. A localização do salto foi determinante também para a localização da indústria de papel.
A indústria mudou seu perfil algumas vezes, ao longo de sua história mas não totalmente alinhada às diretrizes sustentáveis internacional. A área está localizada próxima à área central  e da entrada da cidade e tem fácil conexão com outros municípios, com acesso facilitado. 
Foi realizado o recorte mencionado anteriormente, indicando estrutura viária, para facilitar a percepção da exata localização da área que receberá esta proposta, conforme a Figura 22.
4.3 Cheios e Vazios

A região urbana onde está inserida a área desta proposta é pouco adensada, com poucas edificações e com grandes áreas de vazios urbanos. 
De 100%,  4,52% dos terrenos possuem edificações e, 95,48% estão vazios, conforme a Figura 23. A maior parte do território é formado por áreas sem  edificações e geralmente fazem parte de áreas de preservação, de uso agrícola e o território do terreno desta proposta, no qual é usado para reflorestamento da indústria
O terreno desta proposta não está vazio e conta coma presença do parque fabril da  indústria de papel em pleno funcionamento, contando com mais de 300 funcionários.
4.4 Uso e Ocupação do Solo

Com relação às características de uso e ocupação do solo do entorno imediato da área desta proposta, observa- se que é composto por vários usos, sendo o uso predominante residencial, seguido de serviços, comercial, misto, em construção, institucional e templos, conforme a Figura 24.
Com  relação ao uso de serviço e comércio, no entorno imediato, há supermercado, loja de automóveis, mecânica, borracharia, loja agrícola, cerealista, hotel, lanchonete, restaurante, igreja e posto de gasolina. Em relação ao uso institucional na  área desta proposta, há e três escolas.
4.5 Gabarito

As Figuras 25 e 25.1 exibem as diferenças de altura de gabarito das edificações no entorno da área desta proposta, com predominância de gabarito baixo, edificações de um até quatro metros de altura, usado muito nas edificações de uso residencial Na sequência o maior número é de pavimentos, podendo chegar a 10 pavimentos, o qual também conta com presença de comércio, serviço. Institucional e misto, contudo não impactam no terreno do projeto.
4.6 Sistema Viário 
     4.6.1 Hierarquia das Vias

O sistema viário que estrutura o entorno do terreno e o mesmo, é formado por rodovias de várias hierarquias, como: arterial, coletora e local. A via de maior fluxo é a arterial - rodovia SC – 350, pois é a via que faz ligação para as cidades de Rio do Sul e Alfredo Wagner, então desembocam na SC – 350 e na BR – 470. 
O acesso ao parque se dará pela SC – 350 e pela Rua José Koerich. Todas as vias do entorno são de sentido duplo e recebem fluxos de carros, caminhões e motocicletas, quase todas sem fluxo intenso exceto a rodovia SC – 350 possui alto fluxo. A Figura 26 apresenta a hierarquia viária e o sentido das vias.
4.6.2 Pavimentação

Grande parte das rodovias são pavimentadas, como ilustra Figura 27. A rodovia SC – 350, as ruas 24 de setembro, Rua Carlos Jensen, Rua Presidente Juscelino e as avenidas Dep. Albino Zeni e João Paulo I são asfaltadas. A Rua José Koerich e a rua que dá acesso para a Indústria de Papel não é pavimentada, portanto não possuem separação entre a pista de rolamento e passeios, essa via precisa de manutenção frequente, por estarem mais sujeitas a intempéries e o tráfego, conforme a Figura 26.1. As vias como a Rua Irineu Bornhauser, Beco Prof. Nérica de Oliveira Sens e a Avenida Paraguai são pavimentadas com lajotas e a Rua Uruguai e a Rua Argentina são pavimentadas com paralelepípedos. Todos os passeios das ruas do mapa não possuem sinalização para pessoas com deficiência e não estão com seus pavimentos em bom estado de conservação.
No entorno não existe sinalização por semáforo, apenas lombadas físicas que servem como redutoras de velocidade, sinalização horizontal como faixas de pedestres e sinalização vertical como placas de trânsito. 
4.7 Infraestrutura Urbana

A infraestrutura da região onde está o local desta proposta é composta por rede de água, esgoto, energia elétrica e vegetações urbanas existentes na maior parte na avenida Paraguai e na rua Irineu Bornhauser por possuírem coqueiros no centro da avenida e árvores de pequeno porte em seus passeios, conforme a Figura 28. As redes de infraestrutura mostra-se eficiente, visto todas as edificações está sendo servida por estes sistemas.
A arborização é densa em áreas de preservação permanente. As calçadas são estreitas ou até mesmo não contém, sem mobiliário urbano, sem acessibilidade como rampas, piso tátil e a iluminação pública encontra-se bem sucedida em todas as ruas.
4.8 Transporte

O terreno de implantação está localizado em uma área munida da rota de transporte público, nas proximidades do portal na entrada e saída da cidade. Possui apenas duas linhas de transporte coletivo realizada pela empresa Haverroth e Imbuiense e ambas as linhas passam em frente o terreno na rodovia SC – 350. As linhas fazem ligação das cidades Imbuia, Ituporanga, Aurora e Rio do Sul. A Figura 29 mostra o trajeto do transporte coletivo e os pontos de ônibus, sendo um localizado na frente do terreno. A cidade possui apenas um ponto de táxi.
4.9 Localização do Terreno

O terreno da área desta proposta apresenta diferentes dimensões e apresenta uma forma irregular: na parte frontal: 223,18m,  na rodovia SC – 350, fundos:  401, 92m - para a Rua José Koerich, à esquerda - 891,97m - Rua 24 de setembro e à direita - 770,31m e não contém rua, apenas vegetação e o rio. A área é a propriedade da Indústria de Papel Águas Negras, totalizando uma área de 233.838,90m², possuindo acesso por duas vias, conforme a Figura 30.
Os ventos predominantes na região surgem na posição Sudeste (SE). 
4.10 Condicionantes Ambientais

Analisando a carta solar de Ituporanga, com latitude de 27° 24' 50,4" e solstícios de verão e inverno para o hemisfério sul, sobrepondo ao lote de estudo pode-se identificar as trajetórias do sol, conforme a Figura 31.
A Tabela 1 mostra a quantidade de horas que as fachadas recebem incidência solar. Após a análise da carta solar, pode- se verificar que a fachada norte recebe mais horas de radiação solar do que as outras fachadas.
4.11 Skyline

Foram realizados estudos em cada face do quarteirão, através de fotos feitas no entorno do terreno foi elaborado alguns perfis com a silhuetas dos imóveis e do terreno, para verificar o gabarito das edificações do entorno do terreno e o relevo da área de implantação.  A Tabela 2 e a Figura 31.1 apresentam os skylines das faces do quarteirão que na maioria são compostos por vegetações sendo que poucos contam com poucas edificações e se possuem, são edificações de pequeno porte.

















4.12 Legislação
        4.12.1 Novo Código Florestal Brasileiro

Parte das edificações do parque fabril da indústria de papel está inserida em uma Área de Preservação Permanente – APP, que é assegurada pelo o Novo Código Florestal Brasileiro (Lei no 12.651, de 25 de maio de 2012), na qual determina a proteção da vegetação nativa, com o objetivo de resguardar os recursos hídricos, a paisagem, fauna, flora e toda a biodiversidade do local.
As áreas de preservação permanente, cujo conceito são áreas protegidas, cobertas ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas, são determinadas no código florestal, considerando-se:
  • As faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima variável de 30 a 500 metros, de acordo com a largura do curso d’água;
  • As áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de 100 metros em zonas rurais e 30 metros em zona urbana;
  • As áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, decorrentes de barramento ou represamento de cursos d’água naturais, na faixa definida na licença ambiental do empreendimento;
  • As áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes num raio mínimo de 50 metros;
 4.12.2 Plano Diretor

O terreno desta proposta está localizado na zona urbana do município de Ituporanga, na Macrozona de Ocupação Urbana (MZU) com predominância no terreno o zoneamentos  ZU3 e ZU4, conforme a Figura 32 e a Tabela 2.


Segundo o zoneamento ZU3, a taxa de ocupação (TO) de até 50%, o índice de aproveitamento (IA) de 0,8 e o gabarito de até 2 pavimentos. Conforme Artigo 62, do plano diretor, o recuo frontal exigido é de 5 metros para uso residencial, 7 metros para edificações de uso industrial e para edificações comerciais ou serviços. A testada para vias superiores a 30 metros de larguras, o recuo é zero. 
Os recuos laterais e de fundos é de no mínimo 3 metros quando houver aberturas. 
E o zoneamento ZU4, a taxa de ocupação (TO) é de 60%, o índice de aproveitamento (IA) de 2,2 e o gabarito de até 4 pavimentos. O recuo frontal é de 4 metros, lateral e fundos 1,5 metros e a testada de 12 metros, permitindo o uso de parede cega somente no pavimento térreo.



4.12.4 NBR 9050

A Norma Brasileira 9050 diz respeito a acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos, proporcionando para pessoas com mobilidade física, percepção de qualquer idade e estatura, faça a utilização dos espaços com segurança, autonomia e sem nenhum obstáculo, tornando o parque acessível para todos os públicos. Alguns critérios importantes foram analisados para auxiliar no desenvolvimento do anteprojeto do parque juntamente com o reuso da indústria de papel, tais como: dimensionamento e cálculo para rampas, sanitários e vestiários. (Tabela 4). Rampas são todas superfícies de pisos com inclinações iguais ou superiores a 5% no sentido do caminhamento. A inclinação das rampas não deve exceder 8,33%. 
A área necessária para manobra com rotação de 90° é de 1, 20 por 1, 20 metro, a área necessária para manobra com rotação de 180° é de 1, 50 por 1, 50 metro e a área necessária para manobra com rotação de 360° possui diâmetro de 1,50 metro.
Os sanitários e vestiários devem estar localizados em trajetos acessíveis perto da circulação principal de preferência juntamente com os demais banheiros.
Quando os mobiliários estão localizados em rotas acessíveis em altura entre 0,60 metro até 2,10 metros de altura e mais de 0,10 metro de profundidade devem estar devidamente sinalizados com piso tátil.
A área necessária para manobra com rotação de 90° é de 1, 20 por 1, 20 metro, a área necessária para manobra com rotação de 180° é de 1, 50 por 1, 50 metro e a área necessária para manobra com rotação de 360° possui diâmetro de 1,50 metro, conforme as Figuras 33 e 33.1.
No mínimo 5% dos sanitários e vestiários devem possuir instalações acessíveis, respeitando o limite mínimo de uma instalação de cada. Em locais de shows e eventos deverá ter pelo menos um sanitário para cada sexo em cada conjunto de sanitários. 
4.13 Levantamento da Edificação Existente
         4.13.1 Indústria de Papel Águas Negras

Trata-se de galão grande de madeira, com valor histórico por representar a arquitetura pioneira na região, fundado em 1940 pelos associados Curt Hering, Victor Kleine, Hermann Muller Hering, Ingo Hering, Erich Steinbach, Ralph Gross, Max Tavares do Amaral e Adolfo Schmalz com o objetivo de substituir o trabalho escravo pelo assalariado e pela mecanização.
Primeiro galpão construído para o feitio de rolos de papel, o galpão possui dimensões e características industriais, pé-direito de 12 metros, totalizando uma área de 1012,00 m² no pavimento térreo e no sótão com 566,62m². Faz uso de materiais rústicos como  telhas de cerâmica e estrutura de madeira, como mostra a Figura 34.
 4.13.1 Indústria de Papel Águas Negras

O telhado foi projetado de forma simétrica com duas águas e com telhas de cerâmica. Suas esquadrias possuem traços do movimento arquitetônico art decó, conforme as Figuras 35, 36  37 e 38.














5 Partido Geral
     5.1 Conceito

O conceito tem
o princípio da ideia do renascer do uso da tipologia arquitetônica histórica do patrimônio industrial juntamente com a cachoeira a fim de unir as áreas ao meio urbano para dar uma função pública para o espaço. Sendo assim, cria-se um parque com um hostel que venha trazer para a população lazer, cultura, divertimento, e a recreação, um local que aproximará as pessoas, estimulará a socialização e interação com a sociedade valoriza a região da cidade e o bairro, tornando um local bem frequentado por todos. De modo que, obtém ambientes de contemplação da natureza juntamente com a preservação da primeira fábrica construída em madeira da Indústria de papel, trazendo a ideia de renovação e preservação do local, Figura 39. 
5.2 Diretrizes Arquitetônica
  • Conservar os elementos originais do galpão da Indústria, bem como utilizar materiais contemporâneos, de maneira que seja evitado a falsidade histórica;
  • Substituir materiais que não puderam ser conservados, por materiais distintos e de natureza reversível, que evidencie os diferentes períodos históricos, conforme 
  • Demolir edificações existentes no terreno da indústria, porém que se tratam de arquitetura duvidosa e de não ser históricas, deixando apenas a edificação em estudo com o intuito de preservar a originalidade de onde a indústria começou. As edificações demolidas não terão uso no projeto proposto, conforme a Figura 41.
  • Explorar os recursos naturais o rio através dos visuais que o terreno tem com a cidade e possibilitar a união dos ambientes do galpão com o espaço externo, bem como a união do conjunto com a cidade, conforme a Figura 42;
As diretrizes urbanísticas foram elaboradas a partir de informações coletadas no diagnóstico do entorno do lote de implantação, conforme a Tabela 3.
5.8 Zoneamento

O terreno desta proposta está localizado dentro da zona urbana do município de Ituporanga, na Macrozona de Ocupação Urbana (MZU) com predominância no terreno o zoneamentos  ZU3 e ZU4
As propostas de zoneamentos foram desenvolvidas a partir das análises realizadas do terreno e do entorno do local de implantação e conforme a legislação em geral ambiental e o plano diretor, considerando a orientação solar, os ventos predominantes, os visuais e o gabarito do entorno, conforme a Figura 59. 
5.8 Zoneamento
5.8.1 Zoneamento Macro

Esta proposta possui quatro acessos. Acessos para o parque municipal do Salto Grande, onde estão o hostel, restaurante, áreas de lazer e áreas esportivas e um espaços públicos abertos de encontro e de convivência.
O complexo existente está localizado próximo da testada leste do terreno e na parte central, não causando sombreamento nas construções do entorno, visto que na testada norte e oeste possui árvores, na testada leste possui a SC-350 e na testada sul possui residências de gabarito baixo. Os setores foram dispostos no lote para aproveitar a iluminação e ventilação natural.
As principais estratégias adotadas foram o uso de vegetação além de já possuir bastante áreas verdes no terreno para trazer conforto térmico, contato com a natureza e aconchego para os usuários, assim nas fachadas serão aplicados elementos como vidro e grandes aberturas, que permitem a permeabilidade visual. Para o isolamento e a minimização de altas temperaturas serão utilizados brises e na parte externa, vegetação. 
Os principais setores: o complexo de hospedagem, Salto Salto Grande e o Parque Urbano, serão conectados com uma área de convivência, restaurante, proporcionando aos usuários mais contato com os ambientais naturais e históricos simultaneamente e com áreas gastronômicas. O estacionamento ficou localizado perto da face sul  do terreno, como mostra a Figura 60.
A seguir, nas Figuras 61, 62 e 63, será apresentado a proposta de zoneamento interno do galpão da indústria, por meio da setorização dos ambientes, definindo o uso dos ambientes da edificação da Indústria de Papel Águas Negras, de acordo com o programa de necessidades.






Etapa II
6 Anteprojeto Arquitetônico - Urbano - Paisagístico

Na sequencia, serão apresentados o  anteprojeto proposto para a área usada pela indústria da papel, de forma a recuperar a área de preservação permanente com árvores nativas, que atualmente é dotada do cultivo oneroso à natureza, que é o reflorestamento com a espécie exótica  - o eucalipto. Também, parte do local onde foi retirada e mata nativa, com espécies que formam a Mata Atlântica, foi substituída com plantio de gramíneas, conforme as Figuras 64. A primeira sede histórica da fábrica construída no local, edificação industrial histórica - antiga e primeira sede da fábrica  papel do ano de 1940, construída em madeira, está em situação de conservação ruim e corre o risco de ser demolida. De maneira geral, também será recuperado o lugar histórico de Salto Grande, onde surgiu o embrião urbano de Ituporanga.
6.1 Anteprojeto Urbanístico

6.1.1 Sistema Viário 

A proposta do sistema viário buscou melhorar a mobilidade e acessibilidade do assentamento e as condições de conforto e segurança. As vias, que anteriormente não possuíam passeios e ciclovias, contando somente com a presença de rodovias. A proposta conta com estrutura de vias, caminhos com diversas escalas, fornecendo opções à comunidade e também, aos usuários do parque
6.1.1.1 Perspectiva da Rua  24 de Setembro
6.1.2 Equipamentos Urbanos

As cidades, a partir de seus espaços públicos, são dotadas, ou pelo menos deveriam, de espaços públicos de qualidade, para circulação, de encontros, contemplação, lazer, práticas de esportes, manifestações, entre outros, onde promove a atração de pessoas. Estes devem estar munidos de equipamentos urbanos, paisagismo, mobiliário, para que estas interações e práticas sociais devam ser praticadas e ocorram com um certo conforto para o homem, animais, sem danos ao meio ambiente. Com isto, a proposta prevê a inserção de equipamentos urbanos  e outros para atingir o objetivo de uma espaço público confortável e integrados aos espaços privados. Foram acrescidos bancos, lixeiras e arborização ao longo da via 24 de Setembro para incentivar as pessoas a prática de atividades físicas e o convívio da comunidade.
6.1.3 Iluminação

A proposta adotou a utilização do poste de energia solar - uma das fontes naturais  renováveis para a iluminação pública nas avenidas do parque. Nele, através do painel solar, é gerado a energia elétrica que ficam armazenados em baterias para o uso noturno. Mesmo para os dias sem sol, essas baterias são capaz de garantir um bom funcionamento contínuo. O mesmo funciona sem a necessidade de dispositivos elétricos, cabos e valetas. As lâmpadas são de LED na qual possui alta durabilidade.  
6.2 Projeto Arquitetônico
6.2.1 Patrimônio Histórico Arquitetônico/Cultural
6.2.1.1 Implantação
 6.2.1.2 Projeto de Restauro
 6.2.1.2.1 Técnica Construtiva Wood Frame

Na proposta foi utilizado o sistema construtivo sustentável Wood Frame. A estrutura da edificação foi reconstruída internamente deixando apenas  o “casco” do edifício - único existente, desprovido até mesmo de contrapiso. A técnica é composta por perfis  de madeira de reflorestamento estruturados, formando placas vazadas que são posteriormente fechadas por painéis de vedação normalmente de OSB onde são lascas de madeira reflorestadas coladas em diferentes direções.
 6.2.1.3 Cortes
  6.2.1.4 Fachadas
6.2.1.4 Perspectivas externas
6.2.1.5 Perspectivas Internas Áreas Sociais
6.1.1.1 Lavanderia
            Implantação
Plantas Baixas e Cortes
Fachadas
6.2.2 Edificações Novas
6.2.2.1 Restaurante
Implantação
Planta Baixa       
Cortes
Fachadas
Perspectivas
Implantação
Planta Baixa - Cobertura e Cortes

















Fachadas
Perspectivas do Parque
6.3  Anteprojeto Paisagístico
7 Considerações Finais

Paisagem, história, legislação ambiental, potenciais presentes no rio, na edificação do Patrimônio Histórico Arquitetônico- a primeira fábrica de papel na região, uma tipologia genuína  edificada em madeira de uma beleza plástica e também, dotada pelo valor da arquitetura pioneira na região. 
Não foi difícil sentar na margem do Rio Itajaí do Sul e observar todos estes elementos sob a ótica urbana e patrimonial e perceber os ajustes que deveriam ser feitos.
Em um primeiro momento, é claro, propomos a realocação da indústria de papel deste local, área de APP e localizada em um dos principais pontos focais e histórico da região o Salto Grande.
Respeitar a legislação ambiental, reorganizar o espaço priorizando a valorização dos elementos históricos construídos e naturais, o salto e patrimônio arquitetônico histórico industrial, com espaços complementares para apresentar não somente ao residente de Ituporanga, mas também, ao visitante que busca história e cultura.
É muito fácil manter uma paisagem equilibrada, organizada parte de uma cidade com o porte de Ituporanga, basta um olhar, respeitar e muitas vezes, somente fazer cumprir as legislações, que no Brasil são amplas e muitas.
8 Referências

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  • SCHNEIDER, A., GRA Sustentabilidade e Oportunidades para a Indústria de Papel na América Latina. Revista FAE, Curitiba, Edição Especial, v.1, p.47-59. 2016.
  • LAMBERTS, R; DUTRA, L; PEREIRA, F. Eficiência Energética na Arquitetura. São Paulo: PW Editores, 1997. Acesso em: 03 nov. 2020.

Vídeo do Processo do  Projeto - Nosso contato direto com Carla Micála - através do Meet Google - que rendeu 20 vídeos com o tempo de uma a duas horas de gravação. Resumimos neste de quase duas horas, com os melhores momentos do desenvolvimento desta proposta.
Vídeo do Projeto
Avaliação da Banca

TCC defendido em 9 de dezembro de 2020, pela plataforma meet do Google, entre os horários de 17:00 e 18:00h. 
A Banca examinadora, formada somente por docentes do quadro de Arquitetura e Urbanismo da UNIDAVI, coordenado pela professora Maristela Macedo Polezza e foi formada pelos professores e suas respectivas notas:
Maristela Macedo Polezza -  Nota:   7,57;   
Joice Warmling  - Nota: 7,65;
- Angelina Wittmann (Orientação) - Nota: 10,0 - equivalente a 20% nota final)
 Nota Final: 8,10.
Esperamos que esta proposta desenvolvida, agora, pela Arquiteta Carla Micaéla Muniz, contribua para que Ituporanga se torne uma cidade melhor efetivamente, a partir de iniciativas inspiradas neste trabalho. 
Parabéns Carla Micaéla. Gratidão por nos permitir participar deste processo social e criativo a partir da Arquitetura e do Urbanismo e suas variantes, agora para a História.
Outros TCC's orientados por nós neste mesmo período:
Leituras Complementar - Clicar sobre: