segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Paisagem da Rodovia e Ferrovia EFSC - Blumenau SC

Edificação da paisagem em 2020, que esteve em todas as três fotografias.
 A Estrada de Ferro Santa Catarina - EFSC, cujo primeiro trecho foi inaugurado em 3 de maio de 1909. estava localizada junto a Rua Bahia no Bairro Itoupava Seca, Blumenau SC.  O pinheiro e duas casas na rua, são as mesmas do início da década de 1970 até os dias atuais. Estavam presentes em três fotografias feitas no mesmo local em tempos distintos. Em 2020, é percebido a verticalização chegando ao local, que está sem a presença do trem desde 1971, quando foi desativado.


Recebemos em 3 de abril de 2022 de Bruno Kadletz.
"Caríssima Angelina e aficionados da nossa História.
Posto aqui uma foto feita por volta de 1910 a partir do morro dos Selliger, nos mostrando a via férrea cortando as terras de Wilhelm Seeliger e Theodor Hinsching, no que é hoje a rua Bahia, na mesma região do post acima (Foto deste post no primeiro comentária desta postagem).
À esquerda seguia-se em direção à Altona/Itoupava Seca e à direita em direção ao Salto do Norte.
Bruno Kadletz."


Em muito pouco tempo, a paisagem de...
 Blumenau foi totalmente modificada.





Leituras Complementares - Clicar sobre o título escolhido.

O Livro On line: A FERROVIA NO VALE DO ITAJAÍ - Estrada de Ferro Santa Catarina - 10 anos de publicação




domingo, 30 de agosto de 2020

sábado, 29 de agosto de 2020

Igreja Matriz Sant'Ana - Apiúna SC - Projeto do Arquiteto Simon Gramlich

Igreja Matriz Sant'Ana - Apiúna SC

Sempre que trafegamos na rodovia BR 470, que faz  ligação entre o litoral e região do trajeto para o oeste do Estado de Santa Catarina, e no momento que nos encontramos no território de Apiúna - avistamos a majestosa Igreja  Matriz Sant'Ana. A fotografia foi feita quando estávamos em trânsito, no interior de ônibus intermunicipal. Sempre olhamos o local, como se fosse a primeira vez. A igreja está localizada às margens da rodovia intermunicipal, com uma grande praça na sua frente - conhecida Praça da Matriz, que lembra a tradicional praça da igreja, herança do ágora grego, local público de encontros e contemplação.

Localização - Apiúna SC


Simon Gramlich

O projeto da
Igreja Matriz Sant'Ana  apresenta uma linguagem arquitetônica neogótica, com elementos característicos na sua composição, como a rosácea, vitrais, monumentalidade, uma alusão aos arcos botantes, arcos ogivais, entre outros. O neogótico é o estilo nacional da nação alemã, terral natal do arquiteto Simon Gramlich. 
A paróquia Sant'Ana - Apiúna foi criada em 14 de novembro de 1954, quando se desmembrou de Ascurra. Possui 16 comunidades e dois centros de atendimentos. Seu atual pároco é o padre polonês, Pe Marek Kempske.
Pe Marek Kempske antes da missa de sábado.


Gramlich foi um Engenheiro-arquiteto nascido na cidade de Herbolzheim - estado de Baden Würtemberg - Alemanha, em 7 de agosto de 1887. Há pouco registro sobre sua vida privada e profissional a não ser, sua vasta obra executada em muitas cidades do Sul do Brasil, composta de projetos com características  ecléticas da virada do século XIX para o século XX, Art Decó, neogótico, neoclássico e moderno - que variam de residências de todos os tamanhos, fábricas, escolas, espaços comerciais e muitas igrejas, como esta localizada na cidade de Apiúna SC.

Já escrevemos sobre Simon Gramlich. Para acessar o link sobre sobre sua breve biografia - Clicar sobre: Simon Gramlich (Simão Gramlich no Brasil) - Arquiteto alemão com uma obra imensurável no Brasil e vida cheia de mistérios

Paróquia Sant'Ana - Apiúna

Praça da Matriz: 12 - Cx. Postal 08 - 89135-000 - Apiúna - SC
Fone: (47) 3353 1171 
E-mail: santanaapiuna@yahoo.com.br   
Facebook: Paróquia Sant'Ana

Apiúna

Emil Odebrecht.

Apiúna é resultado da evolução urbana da colônia fundada por imigrantes alemães e italianos - denominada, inicialmente denominada Aquidabã. Foi um local de passagem dos pioneiros alemães que exploravam o Vale do Itajaí - praticamente a extensão territorial da Colônia Blumenau - a partir da sede da colônia em direção ao Alto Vale do Itajaí, Serra Catarinense e Oeste do estado de Santa Catarina. Neste local, geralmente pousavam, também, e estabeleceram residências, membros de famílias da sede da Colônia Blumenau, como é o caso da Casa Odebrecht, conhecida Casa Azul - local onde Emil Odebrecht descansava, quando saia para uma jornada de trabalho. A edificação pertencente ao patrimônio histórico arquitetônico regional foi construída pelo genro de Emil Odebrecht, Albert Zimber, que era esposo da filha do Engenheiro Odebrecht - Helene. Quando a família retornou para a Europa, Zimber vendeu sua propriedade para seu cunhado - Woldemar Odebrecht, também filho de Emil Odebercht. 

Figuras da História do Vale do Itajaí residiram em Apiúna, ainda no século XIX e início do século XX, como por exemplo o primeiro e segundo balseiro do Rio Braço do Sul - Südarm, local aonde surgiu a nucleação urbana de Südarm, Bela Aliança e depois, a atual cidade de Rio do Sul. Tanto o primeiro balseiro - Karl Schroeder, quanto o segundo - Basílio Correia de Negreiros,  nunca cortaram laços com Aquidabã, quando estiveram trabalhando na balsa em Südarm (atual Rio do Sul), e voltaram a residir em Aquidabã, atual Apiúna, quando deixaram de ser balseiros


Assim também ocorreram com outras famílias que tinham ligações com a Colônia Blumenau. A localidade era passagem dos viajantes que faziam o trajeto sentido leste/oeste e também o retorno. E de certa maneira, continua sendo assim, pois é neste local que grande número de caminhoneiros param para descansar dentro de seu percurso, sentido leste oeste e vice versa - dentro do estado de Santa Catarina.
A localidade se tornou  município, 110 anos após sua fundação - em 4 de Janeiro de 1988, quando foi desmembrado de Indaial SC, que havia sido desmembrado da Colônia Blumenau por um ato unilateral do Presidente Getúlio Vargas - durante o período do Nacionalismo - link no final desta postagem. 
Em 1º de janeiro de 1944, depois de uma revisão territorial, Aquidabã passou a se chamar Apiúna. Na língua tupi-guarani, Apiúna significa "cabeço negro", uma referência à montanha arredondada e escura que existe na região - o Morro Dom Bosco com 390 metros de altura.
Angelina Wittmann - Arte-Cultura-História e Antropologia : Comunidade  Neisse Central e o casarão - Sua origem histórica - Apíúna SCAngelina Wittmann - Arte-Cultura-História e Antropologia : Comunidade  Neisse Central e o casarão - Sua origem histórica - Apíúna SC

Conhecendo um pouco do cenário da Igreja Matriz Sant'Ana, a qual apresentaremos em imagens feitas em períodos distintos.

Imagens da Matriz Sant'Ana - Apiúna  SC






Trabalho do altar foi feito em escultura na madeira feita por um artista de Ascurra - da família Grava


A igreja à noite - sábado antes da missa.







Gato do Padre Marek Kempske na igreja.

Gato do Padre Marek Kempske na igreja.

Lustre.

Em uma reforma não muito feliz - foi retirado o coro.

Rosácea o elemento forte do neogótico e do gótico.

Antes da missa.

Característica do neogótico e gótico - arco ogival


Praça da Matriz à noite - que não deve ser cercada - correndo riscos.

Paisagem na frente da  Igreja Matriz Sant'Ana - Apiúna  SC. Característica edificação da região do Médio e Alto Vale do Itajaí, construídas nas décadas de 1950 e 1960. Utilizavam muito o estuque, a partir de gesso e ripas de taquara ou bambu trançados, para acabamentos de decoração e forros. Quase sempre o telhado era composto por quatro águas, sem a presença da característica mansarda e as aberturas recebiam cimalhas decorativas a partir de alvenaria. A estrutura era conseguida a partir de paredes autoportantes feitas com tijolos maciços com acabamento calfinado. Telhas, quase sempre eram o tipo francesas. Casa fotografada em Apiúna, município desmembrado de Indaial, que foi desmembrado da Colônia Blumenau.


 Padre Marek Kempske  recepcionando a comunidade um pouco antes de iniciar a missa de sábado à noite.




















Em Construção...