terça-feira, 31 de março de 2020

Musik in der Nacht

Guten Abend Freunde!
Um pouco de música na noite.
Hoje contamos com a contribuição do querido amigo de GroßkarolinenfeldKarl Beinhofer, que atendendo ao nosso pedido, apresentou uma coletânea especial de músicas para a noite.





Hertzliche Grüss.
Viele Dank Herr Beinhofer!

Bis Morgen!









segunda-feira, 30 de março de 2020

Poetas e Poesias - Blumenau - Santa Catarina - João Octaviano do Nascimento Ramos

João Octaviano do Nascimento Ramos
Fonte Fundação Cultural José Ferreira da Silva.
João Octaviano do Nascimento Ramos nasceu em São José SC, em 11 de março de 1882, mas como nós, viveu maior parte de sua vida na cidade de Blumenau. Juntamente com o ex prefeito de Blumenau José Ferreira da Silva, em 1926 fundou o jornal "A Cidade" em Blumenau, onde ocupava o papel de redator, além de ser agente postal-telegráfico de Blumenau. No jornal A Cidade, junto com Ferreira da Silva, desenvolveu intensa atividade, publicando contos, crônicas e comentários sobre acontecimentos da cidade e região. 
Antes de mudar para Blumenau, em 1896, fez um jornal em sua cidade natal, São José - conhecido por O Sulcom idade de 14 anos de idade. Uma imagem de propriedade de Mariella Caldas mostra que o jornal de São José, o primeiro jornal daquela cidade, foi todo escrito à mão, com pena.
Dois anos mais tarde, em 1898, Octaviano Ramos fundou o segundo jornal do município - A Penna, feito, como o primeiro, à pena.
Jornal O Sul que João Octaviano do Nascimento Ramos fez na cidade de São Jose, manuscrito Tinha 14 anos de idade. Fonte: Mariella Caldas.
Ficheiro:Curt Hering 1923 – 1927.jpg – Wikipédia, a enciclopédia livre
Ex-Prefeito de Blumenau
 Curt Hering
Em Blumenau, na época, João Octaviano do Nascimento Ramos passeava com José Ferreira da Silva, ele residia na mansarda no novo edifício de Correios e Telégrafos de Blumenau, localizado na Alameda Rio Branco - inaugurada em 1929, durante a gestão do ex Prefeito Curt Hering.
Edifício do antigo Correios e Telégrafos. Projeto do edifício  foi assinado  pelo Engenheiro Arquiteto alemão - Robert Holzmann - pai de Marga Holtzmann Nunes.

Em uma matéria assinada pelo fundador da revista Blumenau em Cadernos e seu companheiro no jornal - José Ferreira da Silva comenta um pouco sobre Octaviano Ramos nas páginas da 1° publicação da revista - Tomo I, N° 1 de novembro de 1957, o seguinte:



"Quando Octaviano era agente postal-telegráfico de Blumenau e dirigia, comigo, a "A Cidade", jornalzinho que nos custou muitas dores de cabeça, eu costumava visitá-lo todos os dias, à tardinha, em sua residência nos altos do prédio que Curt Hering, o prefeito benemérito, construíra para a agência do Correio. E quase sempre saíamos juntos, a dar uma volta a pé pelas ruas da cidade, comentando fatos da nossa mocidade, discutindo assuntos de literatura e mesmo de política do município e do estado. Ou íamos visitar o Bruder Pacômio, na pequena tecelagem dos franciscanos, ou filar umas pitadas de rapé do Bruder Hilário, no santuário em que êle fabricava altares de madeira que eram verdadeiras obras de arte. Certa vez, passamos pela atual Rua Alvin Schrader, defronte ao jardim da residência que fôra do Doutor Alfredo Luz, então uma das melhores da cidade. Naquela época, estando o proprietário internado num sanatório no Rio de Janeiro, o jardim que conhecêramos, outrora, muito bem cuidado, sempre cheio de flôres e folhagens, as mais delicadas estava em lamentável estado de abandono. O capim e as ervas daninhas haviam tomado conta de tudo. As belas roseiras enxertadas, desprendidas de seus suportes apodrecidos, jaziam pelo chão, uma ou outra tentando fazer desabrochar as suas flôres por entre malhas de "mata-pasto". José Ferreira da Silva
O quadro do jardim da residência de Alfredo Carlos da Luz vislumbrando por Octaviano Ramos e José Ferreira da Silva era desolador. Testemunhar este quadro impressionou-o tanto, que escreveu-o em versos.

Sombra e Silêncio

Este velho jardim que outrora eu vinha
Contemplar, junto à grade que o rodeia,
Abandonado e triste hoje é a mesquinha
'Sombra do que já foi, trágica e feia.

Não tem mais rosas. A última que tinha
Ainda se vê desfeita sobre a areia.
Cobre-o o manto vivaz da hera daninha,
Nem um pássaro mais nele gorjeia.

A imagem fiel agora me parece
Do nosso coração quando envelhece
E a dor o assalta, num constante assédio.

De sonhos ermo exânime se ensombra,
Muda-o o silêncio, transfigura-o a sombra
Num campo-santo de saudade e tédio.

Também o ex Prefeito de Blumenau e também responsável por boa parte da história material existente nesta cidade José Ferreira da Silva, escreveu um livro com o nome Octaviano Ramos, registrado e comentado em agosto de 1973, por Arnaldo S. Thiago e registrado nas paginas da Revista Blumenau em Cadernos.

João Octaviano do Nascimento Ramos casou-se e teve sua família em Blumenau. Seus poemas foram publicados no Anuário Catarinense. Foi charadista e jornalista (Desde sua infância em São José SC.). Tem seu nome em uma das ruas de Blumenau atual.
Faleceu em Canoinhas SC, em 6 de outubro de 1954, com 72 anos de idade. 

Alguns poemas de João Octaviano do Nascimento Ramos

Sonetos
Ascenção

Como o canoro pássaro liberto
Do cativeiro em que a penar vivia,
Batendo as asas, num revoar incerto,
Em gorjeios traduz sua alegria.

Também tu, pobre coração desperto
Do silêncio mortal que te angustia,
Ergue-te e deixa o cárcere deserto,
Foge a essa estância lôbrega e sombria!

Faz-te senhor em vez de ser. cativo!
Desfere e aos céus altíssimos levanta,
Um canto varonil, claro e festivo!

O voo alça, num místico transporte,
E no afago da luz unge-te e canta!
Canta a glória e a alegria de ser forte!

Versos à Mocidade

Mocidade feliz, que te espanejas;
Galante e alegre, como um passarinho,
Irradiando de ti, sem que tu vejas,
Jorros de luz, perfumes e carinho;

Serena segue, sob as benfazejas
Asas do amor, de puro e leve arminho,
Vendo os sonhos dourados que desejas
Docemente surgindo em teu caminho.

Abra o destino sobre os teus anelos
A profusão de graças e desvelos
De seu tesouro, que no céu fulgura!

Chovam risos e encantos em teu seio
E nele faça ouvir o seu gorjeio
A doce voz eterna da Ventura!

Os que vão

Pelos que vão tranquilos ao sol posto,
Depois de rude e pungitivo outono,
Não choreis, não lhes deis mais um desgosto,
Deixai-os quietos em seu doce sono.

Nenhum d'Eles verá jamais exposto
O próprio coração, como num trono,
Ao mal-querer dos outros, ao mau gosto
Do triste pouco caso e do abandono.

Deixai-os ir assim, de mãos cruzadas,
Ao reino azul de esplêndidas moradas,
Guiados pelos siderais faróis.

Ponde-os na cova estreita, mas serena,
Sem soluços, sem lágrimas, sem pena,
Que eles são mais felizes do que nós.

Hora de Luz

Ainda existe no mundo quem te queira,
Quem te abra um novo e rútilo horizonte
E te dê de beber, alvissareira,
Nessa do amor miraculosa fonte!

Tal uma ave a cantar, tua alma se abeira
Do lindo sonho que sorri defronte.
Ao vê-la vem-me à ideia uma roseira
Louçã, florindo em solitário monte.

Todo o teu ser em êxtase se inflama.
Cuida, porém, que a derradeira chama
Não se apague. É tão rápida e fugaz ...

Depois desfeito o encanto que te ilude
A invernia há de ser talvez mais rude
E a soledade muito, muito mais.

Partes um Jornal - A Cidade -  cujos Redatores foram Octaviano Ramos e José Ferreira da Silva.
Blumenau, 10 de maio de 1930









































Leitura Complementar:

Personalidades da História local, regional e estadual!












O Visconde de Sinimbu e a História da Colônia Blumenau - Sob olhar de Cristina Blumenau

Visconde de Sinimbu  - Pintura do catarinense Victor Meirelles - em 1879.
Um entre alguns artigos assinado pela filha mais velha de  ‎Hermann Bruno Otto  Blumenau - fundador da Colônia Blumenau - Cristina Blumenau está um, onde a autora descreve um personagem histórico nascido no estado de Alagoas, conhecido Visconde de Sinimbu e sua relação com a colônia fundada por seu pai.
Da Revista Blumenau Em Cadernos - Tomo I - Março de 1958.
De acordo com as declarações de Cristina Blumenau, João Lins Vieira Cansanção de Sinimbu, Visconde de Sinimbu tem seu nome ligado à história da colonização do Vale do Itajaí pelo apoio que este forneceu ao seu pai, Hermann Blumenau para materializar seus objetivos  em fundar uma colônia com o assentamento de imigrantes alemães. Lendo seu depoimento, percebemos que sabia muito pouco da biografia daquele que elogiava, mas o suficiente para reconhecer sua importância política no Brasil.
"Sinimbu foi um estadista de raros méritos, homem de convicções morais e políticas bem formadas, caráter forte, um varão exemplar." CB
João Lins Vieira Cansanção de Sinimbu.
Visconde de Sinimbu.
De acordo com a filha mais velha de Hermann BlumenauJoão Lins Vieira Cansanção de Sinimbu, natural de São Miguel dos Campos, Alagoas, nascido em 20 de novembro de 1810. Estudou em Olinda e também, na Universidade alemã Friedrich Schiller de Jena, localizada na cidade de Jena, na Turíngia. É uma das dez universidades mais antigas da Alemanha e foi fundada em 2 de fevereiro de 1558 por João Frederico I da Saxônia. A partir de então é fácil de compreender a proximidade do Visconde de Sinimbu, com as novas colonias alemãs que surgiam no sul do Brasil na metade do século XIX. Após sua estada na Universidade de Jena, o Visconde retornou ao Brasil  e foi quando foi eleito deputado provincial e vice-presidente de seu Estado, Alagoas. Nomeado ministro do Brasil no Uruguai, quando se destacou Guerra do Prata, também conhecida como Guerra contra Oribe e Rosas, uma disputa entre Argentina, Uruguai e Brasil pela influência do Paraguai e hegemonia na região do Rio da Prata. A guerra foi travada no Uruguai, Rio da Prata e nordeste argentino entre agosto de 1851 até fevereiro de 1852, entre as forças da Confederação Argentina e as forças da aliança formada pelo Império do Brasil, Uruguai e províncias rebeldes argentinas de Entre Rios e Corrientes. Depois deste fato histórico, foi Presidente de Alagoas, sua província natal e de algumas outras. Em 1857, foi eleito Senador do Império por Alagoas. Fez parte também de vários ministérios, que de acordo com a opinião de Cristina Blumenau, comprovava sua grande capacidade. Sempre apoiou Hermann Blumenau na Corte e procurou atender suas reivindicações, amparando-lhe através de seus projetos e atendendo as suas questões. Também de acordo com Cristina Blumenau, porque via em seu pai, um homem digno e capaz. E com isso Cristina afirma que este apoio e amparo do Visconde contribuiu   para o sucesso de Hermann Blumenau na administração de sua colônia, o que não confere, pois não demorou muito o fundador "vender" a Colônia para o Império e se tornar funcionário público, muito bem remunerado - Como seu administrador.
Em um livro que disserta sobre o Visconde de Sinimbu, afirma Cristina de Blumenau que Craveiro
Costa disserta sobre o mesmo, escrevendo: ''Era, realmente, uma figura impressionante pela invulgaridade da fisionomia como que esculpida em mármore. A sua presença infundia respeito e diante da sua energia dobravam-se as hostilidades mais encarniçadas e desfaziam-se até premeditações criminosas a que algumas vezes  esteve exposta a sua pessoa". E mais adiante: "Uma bronquite aguda prostrou-lhe o organismo e matou-o a 21 de dezembro de 1906, na sua bucólica
vivenda do Silvestre, cercado do carinho de suas filhas e da dedicação de velhos amigos. Vivera 96 anos. A república prestou ao grande estadista do Império as homenagens a que tinha direito pelos seus serviços à Nação". 

Achamos intrigante esta narrativa e fomos buscar mais sobre o Visconde de Sinimbu

João Lins Vieira Cansanção de Sinimbu, Visconde de Sinimbu. 
João Lins Vieira Cansanção de Sinimbu, Visconde de Sinimbu nasceu no engenho Sinimbu localizado em São Miguel dos Campos, Alagoas, em 20 de novembro de 1810. Seu pai foi o capitão de ordenanças Manuel Vieira Dantas e sua mãe, Ana Maria José Lins. Iniciou seus estudos em Direito na Academia Jurídica de Olinda. Depois seguiu para a Europa, onde em Paris cursou aulas de Baruel e Orfila. Por um ano estudou medicina legal e química. Em 1835, seguiu para a Alemanha, onde obteve o doutorado na Universidade de Jena. 
Retornando ao Brasil, fixou-se em Minas Gerais - na localidade de Cantagalo, onde assumiu a função de Juiz de Direito. De volta a Alagoas, foi eleito deputado para a 3ª legislatura e assumiu a vice-presidência e presidência da Província de Alagoas, então contava com 30 anos. Em 1846 se casou com Valeria Touner Vogler, que conheceu na Europa. Tiveram quatro filhos.
Após ocupar o cargo de presidente da Província de Alagoas, ocupou de outras províncias no território do Império Brasileiro. De Alagoas, foi presidente entre  19 de janeiro de 1840 até julho deste mesmo ano. De Sergipe, foi presidente entre 16 de junho a 1 de julho de 1841, de Rio Grande do Sul, foi presidente de 2 de dezembro de 1852 a 1 de julho de 1855 e da Bahia, de 1856 a 1858.
Datei:Universität Jena 1848.JPG – Wikipedia
Universidade de Jena - 1848.
Em 1843 foi ministro-residente do Brasil em Montevidéu. Em 1859, Ministro dos Estrangeiros do 15º Gabinete, presidido pelo Barão de Uruguaiana. Também ocupou o Ministério da Agricultura, Comércio, e Obras Públicas - 18º Gabinete, presidido pelo Marquês de Olinda, em 1862.
O Visconde de Sinimbu presidiu o 27º Conselho de Estado, ocasião em que ocupou interinamente  alguns ministérios, de 1878 a 1880. Nesta época,  uma colônia de alemães do Volga, em Palmeira e outra no Rio Grande do Sul, receberam seu nome - homenageando-lhe. Atualmente existe o município de Sinimbu no Rio Grande do Sul.
Município de Sinimbu - RS
Sinimbu RS - Igreja projetado pelo arquiteto alemão Simon Gramlich.
Como jornalista,  ocupou também o cargo de redator-chefe do Diário Oficial do Império. Assumiu ainda, a chefia de Polícia da Corte, o Ministério do Exterior, da Agricultura.
Em 1856 foi nomeado Senador da Província de Alagoas, cargo que ocupou até o golpe militar conhecido por Proclamação da República. Na época do Império, este cargo era vitalício. Ocupou, também, o cargo de Conselheiro Extraordinário, presidente do Conselho de Ministros e presidente da Câmara Vitalícia. 
Visconde de Sinimbu. 
Visconde de Sinimbu era da corrente Liberal, que fazia oposição a à ala Conservadora, na qual se dividiam os políticos monarquistas, no Segundo Reinado. Quando ocupava o cargo de Presidente do Conselho de Estado, foi acusado pela falência do Banco Nacional, do qual era diretor. Foi absolvido da acusação. Foi um dos incorporadores da Companhia Usina Cansanção de Sinimbu, fundada no dia 13 de abril de 1893. Com o golpe militar da Proclamação da República, foi enfraquecido politicamente. Como monarquista e muitos no Brasil, foi surpreendido com o golpe militar - em 1889, quando completaria 80 anos.

Os apelidos: Ferro, Cansação de Sinimbu e Cajueiro foram incorporados aos seus nomes, segundo o jornal Correio Mercantil de 12 de setembro de 1867, em 1831 “Do civismo dessa família, de seu brasileirismo, nasceu a adoção dos apelidos — Ferro, Cajueiro e Sinimbu — com que pretenderam exibir pela simples enunciação de seus nomes os seus caracteres patrióticos, naquela época de luta com o partido Corcunda que pretendia a restauração do primeiro reinado, e preponderância de Portugal nos negócios políticos do novo império”.

Palavras do Visconde de Sinimbu
“Sou monarquista, morrerei monarquista, mas nunca conspirei contra a República. Receio que o Brasil se fragmente em republiquetas, o que será uma desgraça”
Faleceu no Rio de Janeiro, em 21 de dezembro de 1906, com 96 anos, em extrema pobreza, em sua casa, localizada na Rua da Serra, zona rural do Rio de Janeiro. Para sustentar a família, vendia os seus livros, joias e condecorações.

Uma biografia que chamou a atenção de Cristina Blumenau - mesmo, na época, sabendo muito pouco da personalidade que auxiliou seu pai, Hermann Bruno Otto Blumenau.

Referências

História de Alagoas - João Lins Vieira Cansanção, o Visconde de Sinimbu. Disponível em https://www.historiadealagoas.com.br/visconde-de-sinimbu-joao-lins-vieira-cansancao-do-sinimbu.html. Acesso em: 29/03/2020, às 21:40h.
Secretaria do Estado da Cultura - Visconde de Sinimbu. Disponível em: http://www.cultura.al.gov.br/politicas-e-acoes/mapeamento-cultural/alagoanos-ilustres/visconde-de-sinimbu/. Acesso em: 29/03/2020, às 21:30h.
Revista Blumenau Em Cadernos - Tomo I - Março de 1958.


Leituras Complementares - Clicar sobre o título escolhido:












sábado, 28 de março de 2020

Musik in der Nacht

Guten Abend Freunde!!
Um pouco de música na noite...







Não há direito de expressão e a cultura primeira no Vale do Itajaí e responsável pela fundação das principais cidades desta região do Estado de Santa Catarina, sofre Bullying  no tempo presente. 
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Es gibt kein Recht auf Meinungsäußerung und die erste Kultur im Itajaí-Tal, die für die Gründung der wichtigsten Städte in dieser Region des Bundesstaates Santa Catarina verantwortlich ist, leidet derzeit unter Bullying. 
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Bis Morgen!!










quinta-feira, 26 de março de 2020

Princesa SC - Patrimônio Histórico Arquitetônico de Santa Catarina - Igreja Católica Linha Progresso



Igreja Católica Linha Progresso - Princesa SC.
A história das localidades localizadas na região do extremo oeste do Estado de Santa Catarina é muito recente, se comparada à história das localidades litorâneas, do Vale do Itajaí ou, dos países de origem das famílias de seus pioneiros. Para se atingir uma história centenária, milenar, é necessário - sem qualquer dívida, passar pelos 10, 20, 50 anos de história e destes períodos, guardar o material, paisagem, arquitetura presente na paisagem que sejam relevantes, já, nestes períodos. 
A sociedade do período presente é guardiã desta história, para que a do futuro possa ter acesso ao material histórico.  
Já escrevemos sobre a história, arquitetura e culturas das cidades de Itapiranga, São João do Oeste e de São José do Cedro - ambos limítrofes do país vizinho, Argentina. Para ler - os link's estão no final desta postagem.
Itapiranga - Primeira Igreja.








São João do Oeste.



São José do Cedro - Parque Fabril da ISMA.
Recebemos fotografias de uma pequena igreja católica de madeira localizada no interior do Município de Princesa, antigo Distrito de São José do Cedro, portanto, parte desta história até 1995, quando foi emancipado em 29 de setembro, tornando-se o município de Princesa.
princesa
Princesa - Foto Prefeitura Municipal.
São José do Cedro SC.
Para entender a importância deste patrimônio histórico arquitetônico é necessário lembrarmos de parte da história de São José do Cedro, cuja povoação teve início na metade do século XX
De acordo com informações do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a povoação de São José do Cedro teve início com a chegada de 21 pessoas oriundas da região dos Sete Povos das Missões localizadas no Rio Grande do Sul, em 1950. De maneira empírica, é sabido que o dia 19 de março é o dia consagrado ao Santo Católico São José, e especialmente neste dia os pioneiros, se reuniram na povoação que era chamada e conhecida como Cedro - o primeiro nome, para rezar um terço. Princesa foi um dos seus primeiros Distritos de São José do Cedro. 
Seu nome é aludido a um causo popular que dizia existir um homem conhecido por João Maria de Lara, que não era imigrante nem alemão e descendente e nem italiano e descendente. Por isso, no local é denominado caboclo, em alguns momentos de maneira pejorativa. Este "caboclo" residia  próximo ao Ribeirão Princesa - em uma casa de taipa, como viveram os primeiros pioneiros, imigrantes e descendentes de imigrantes alemães no Vale do Itajaí. Estes usavam esta técnica neolítica da Europa - primeira e rudimentar habitação, antes de fazer a casa permanente e o acréscimo de anexos, como narramos em nosso livro "Fachwerk - A Técnica Construtiva Enxaimel" de 2019. 
Figura 8 do livro – Maquete de casa neolítica com fechamento
em taipa - em território da atual Alemanha – Fränkische
Freilandmuseum Bad Windsheim.
Fotografia do dia 12 de maio de 2016.
João Maria contava a quem quisesse ouvir, que via uma princesa sobre a copa de uma araucária. A história ficou conhecida, dando origem ao nome do lugar do pinheiro da princesa, nome do atual município.
A povoação da região de Princesa foi resultado de negócios de terras. A Colonizadora Imobiliária Princesa Ltda, com sede em Santo Cristo  - no Rio Grande do Sul, foi a responsável pela venda das terras, através de um de seus sócios, o procurador Roberto Zeno Rockenbach, que depois, veio residir  na região.
A Imobiliária Princesa Ltda adquiriu suas terras da Colonizadora e Madeireira Bandeirante Ltda, com sede em Caxias do Sul, RS - região colonizada por italianos e talvez, este detalhe explique algumas características da arquitetura italiana presentes na pequena igreja histórica do interior de Princesa
O procurador era Ruy Luchesi – Gleba Pepery-Chapecó. Faziam parte da  Imobiliária Princesa Ltda as seguintes famílias: de Henrique Otto Drogemoller, Carlos Wieser, Roberto Zeno Rockenbach, Antonio Kuhn, famílias oriundas de Santo Cristo, RS. A colonizadora escolheu  o local para a sede, fazendo um projeto urbano com 40 quadras, formadas por 10 lotes urbanos de 1000m² cada, em um total de 400 lotes, com ruas e avenidas já demarcadas. Seria o que conhecemos hoje - de um loteamento, construído nos arredores de São José do Cedro.

Resultado de imagem para Princesa sc
O Desenho foi planejado, mas aparentemente, não foi feito o planejamento da ocupação do solo. É percebido a presença da ocupação de uso misto nas quadras, que contém desde plantações até construções industriais em meio às residenciais.
É muito curioso, pois Princesa tem uma população estimada de 2.924 pessoas - IBGE (2019), apresentando pouco adensamento. No entanto, as quadras do primeiro traçado projetado é a estruturação da malha urbana do município, mesmo que apresente quadras desocupadas de residencias urbanas, mas muitas vezes com plantações, juntamente com construções grandes - que não residenciais - caracterizando quadras com multiuso. Outras, muitas vezes, desprovidas de ocupação, podendo ainda serem planejadas, quanto a ocupação do  solo, para o futuro. 


No centro da malha urbana formada por quadras, existe uma quadra vazia, pois a colonizadora destinou esta para ser uma praça, e outra, para ser construída a igreja católica, doando as quadras. A quadra da praça, tornou-se um campo de futebol improvisado. Como já é sabido, contada na história de São José do Cedro, os primeiros colonizadores vieram atraídos pela exploração da madeira. 
Campo de Futebol na quadra destinada a ter uma praça.


Um pouco de História...

A nucleação urbana de Princesa, que ficava localizada no vale do Ribeirão Princesa, afluente do Rio Maria Preta, foi elevada à Distrito de  São José do Cedro em 15 de dezembro de 1958, através da Lei nº 7, d e sua Câmara de Vereadores. Na década de 1970, chegou a energia elétrica na região.
A igreja e a escola ocuparam por um tempo - o mesmo edifício e o primeiro professor foi Wilibaldo João Junges, que  começou a trabalhar em  1º de março de 1953.
Em 19 de março de 1995 é realizada pelo Tribunal Regional  Eleitoral do Estado de Santa Catarina, o plebiscito pró-emancipação de Princesa de São José do Cedro. Votos sim: 1301 votos (78,12%) e votos não: 353 votos (21,23%).
No dia 5 de outubro de 1995 uma comissão de deputados designados pela Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina visita o Distrito de Princesa, onde realiza a notificação das divisas.
Igreja Católica Linha Progresso - Princesa.
Em 28 de agosto de 1995, uma comissão pró-emancipação vai até a capital do Estado – Florianópolis, onde nesta oportunidade é aprovado pela Assembléia Legislativa, o projeto de resolução que cria o município de Princesa.
Em 29 de setembro de 1995,  foi sancionada e assinada a Lei nº 9.923 de 29 de setembro de 1995, que cria o Município de Princesa.
Parte desta história, que é muito recente, está na paisagem na forma de arquitetura, sendo as mais antigas, construídas pelos pioneiros locais, as de madeira, na década de 1950 e 1960 e 1970 - recente. E esta história precisa ser preservada, como história local. Nestaestá a Igreja Católica de Linha Progresso que dista, aproximadamente, 12 km do centro de Princesa.
Imagens do Google Earth

Localização da igreja histórica  na região do extremo oeste.
Arquitetura Igreja Católica Linha Progresso - Princesa SC

Edificação pertencente ao Patrimônio Histórico Arquitetônico do Extremo Oeste e do Estado de Santa Catarina foi construída com estrutura de madeira e também seu fechamento feito também, de madeira, material muito acessível em função da extração da madeira ocorrida na região, nas décadas de 1950, 1960 e 1970, de maneira indiscriminada, como também ocorreu no Vale do Itajaí, em década anteriores.
Sua tipologia é marcada pela planta retangular, contendo somente um ambiente. Sua cobertura é composta por dois panos de telhados, em duas águas, cobertas com - a princípio com telhado de zinco, muito comum na região, no período da colonização. As aberturas são de madeira, sendo a porta de acesso principal, frontal composta de duas folhas com bandeira com a forma de arco pleno,  ladeada por janelas do tipo guilhotina, acabadas na parte superior, com arco pleno,  arco de volta perfeita ou arco romano, caracterizando a presença da cultura italiana nesta comunidade. Cultura  italiana oriunda do Rio Grande do Sul, acusada pela presença da janela guilhotina e também pela simetria da fachada, característica do renascimento, período que deixou de adotar os vitais das catedrais góticas, período nacional dos povos germanos e que habitaram o território da atual Alemanha. Uma observação: o arco pleno tem sua origem  na Mesopotâmia no terceiro milênio a.C., muito comum na Arquitetura romana, que o difundiu por toda a Europa e Mediterrâneo, tornando-se numa das principais características da arte romana e dos estilos que nela se basearam como o estilo românico e, também, como comentado, muito usado na arte renascentista, criada pelos italianos.
 Igreja Católica Linha Progresso - Localidade de Princesa.
Basta ler este resumo anterior, para se ter a noção da importância desta tipologia isolada e esquecida em um ponto do município de Princesa SC.

A pessoa que nos enviou as fotos, assim escreveu:
Angelina, 
Estou entrando em contato porque preciso de uma opinião sua. Fique sabendo hoje, que uma Igreja antiga, que pertence a Linha Progresso, interior de Princesa-SC, está abandona e prestes a ser demolida. As fotos e os comentários estão no perfil de Memórias de São José do Cedro - fotos antigas. Fiquei triste...é mais um pouco da história do lugar que será perdida se isso acontecer. Acredito que essa igreja poderia ser restaurada e incluída no roteiro do Turismo Rural que o município está começando a desenvolver. 
Isso é Turismo Cultural, que está se desenvolvimento muito, criando empregos e aumentando a renda das famílias. Se restaurada ela seria um atrativo a mais...A opinião que queria de você é a seguinte...por onde começar, para sensibilizar as pessoas, poder público? O que achas? 
Posso até fazer um pré projeto e encaminhar  para a pessoa certa. Sei que essas coisas são difíceis, mas penso que vale a pena tentar.
Parabéns para você. Há pessoas sensíveis e cultas na comunidade. E não somente pela rentabilidade, que é fato, mas nunca devemos esquecer, de que somos guardiões da história do momento presente, para as futuras gerações. Isso que move, povos da Europa a reconstruir suas arquiteturas históricas a partir de ruínas, como vimos em cidades alemãs. Claro que a idade daquela história é muito maior, mas temos que passar pelos primeiros anos da história para chegar à história milenar.
Um comentário muito importante.
Concluindo...
A tipologia desta igreja localizada na Linha Progresso de Princesa SC, talvez seja uma das poucas tipologias construídas pela comunidade italiana na região. As demais igrejas, as antigas e não as atuais construídas com uma arquitetura de gosto duvidoso, entre elas a própria igreja de Princesa, são construídas dentro da cultura alemã - utilizando o estilo usual pelos alemães - gótico, neogótico e neoclássico. 
Antiga Igreja Matriz - demolida para a construção  de uma  nova
de alvenaria e arquitetura de gosto  duvidoso. Estilo Neogótico
 adotado pelo imigrantes e  descendentes de imigrantes alemães.
Resultado de imagem para Igreja de São josé do Cedro
Nova Igreja (Gosto duvidoso) de São José do Cedro SC
Igreja de São João do Oeste.
Igreja em estrutura enxaimel - com linhas neoclássicas - uso da
cultura alemã - Linha Popi - Itapiranga SC.
Igreja de Princesa SC - Arquitetura com gosto duvidoso.























































Informações de Princesa SC
Municípios limítrofes: Dionísio Cerqueira, Guarujá do Sul e São José do Cedro.
Área: 86,22 km²
População: 2.848 hab. est. IBGE
Altitude: 588 m
Vista Aérea de Princesa - Foto da Prefeitura Municipal - Primeiro plano: local da praça ocupado pelo campo de futebol e a Igreja - à direita.



















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Para ler - Leitura Complementares - Clicar sobre o título escolhido:
  1. Porto Novo - Itapiranga - Sua História - Nossa Palestra e Impressões
  2. São José do Cedro - Extremo Oeste de Santa Catarina - Um pouco de História de Santa Catarina
  3. São João do Oeste SC - Igreja Matriz São João Berchmans