sexta-feira, 4 de julho de 2025

Um dos 17 primeiros imigrantes oficiais da colônia privada de Hermann Blumenau (1850) - Franziskus (Franz) Sallentien

Os primeiros pioneiros de Blumenau foram atraídos para a região através da propaganda do proprietário das terras, Hermann Bruno Otto Blumenau, que nem sempre apresentou, realmente o que propagou na origem destes pioneiros, motivando-os a mudar de região, no Brasil, ou mesmo, retornar para a Alemanha. Deixaram na Europa e o conforto e ajudaram a construir as cidades do Vale do Itajaí e de Santa Catarina. Sallentien, morou em Blumenau, Brusque, Itajaí e Florianópolis e retornou para sua cidade natal.

Franziskus  Sallentien, ou Franz Sallentien, como ficou conhecido, foi um dos 17 pioneiros que atenderam e acreditaram na propaganda do fiscal da "Sociedade de Proteção aos Emigrados Alemães" - Colonisation Vereins Hamburg - 1845/1846 - com sede em Hamburg, Hermann Bruno Otto Blumenau. Ele foi enviado para o Brasil em 1846 para averiguar a situação dos imigrantes alemães nas fazendas de café do sudeste do Brasil e resolveu abrir o seu próprio  negócio no Vale do Itajaí, construir uma colônia privada agrícola, quando teve contato com imigrantes alemães de São Pedro de Alcântara, que já residiam na região. 
Sallentien chegou na  foz do ribeirão da Velha, junto com outros 16 pioneiros. São eles, os 17 pioneiros:

  1. Reinhold Gaertner - 26 anos de idade, solteiro, natural de  Braunschweig, sobrinho de Hermann Bruno Otto Blumenau;
  2. Franz Sallentien - 24 anos, solteiro, lavrador - (não foi somente lavrador e sua profissão não era esta - o que todos teriam que ser ao chegar em um local desprovido de  infraestrutura), natural de Braunschweig. Era agrônomo formado e na região de onde nasceu e para onde retornou, ocupava um cargo burocrático;
  3. Paul Kellner - 23 anos, solteiro, lavrador, igualmente de  Braunschweig;
  4. Julius Ritscher - 22 anos, solteiro, agrimensor, natural de Hannover.
  5. Wilhelm Friedenreich - com 27 anos de idade, alveitar, natural da Prússia, casado com ...
  6. Minna Friedenreich - 24 anos de idade, possuindo o casal os seguintes filhos; 
  7. Clara Friedenreich - com 2 anos de idade; 
  8. Alma Friedenreich - com 9 meses.
  9. Daniel Pfaffendorf - 26 anos de idade, solteiro, carpinteiro, natural da Saxônia; 
  10. Friedrich Geier - 27 anos de idade, solteiro, marceneiro, natural de Holstein;
  11. Friedrich Riemer - 46 anos de idade, solteiro, charuteiro, natural da Prússia.
  12. Erich Hoffmann - 22 anos de idade, ferreiro, funileiro, também da Prússia;
  13. Andreas Kuhlmann - 52 anos de idade, ferreiro, igualmente da Prússia, acompanhado da esposa; 
  14. Johanna Kuhlmann - 44 anos de idade, e das filhas; 
  15. Maria Kuhlmann - 20 anos de idade; 
  16. Christine Kuhlmann - 17 anos.
  17. Andreas Boettcher - 22 anos de idade, solteiro, ferreiro, natural da Prússia.
Chegada dos 17 imigrantes, em 1950, na foz do ribeirão da Velha. Entre eles estava Franz Sallentien, chateado com a situação socioeconômica de onde residia. Ainda não existia Alemanha como nação. Resolveu ir atrás de seus projetos, que até então, pareciam interessantes.
 Braunschweig em 1850. Fonte: Wikipédia.
Franz Sallentien
nasceu em Braunschweig, cidade do centro-norte da  atual Alemanha (a nação só passou a existir em 1871) localizada no estado da Baixa Saxônia, em 12 de agosto de 1827. Seu pai foi pastor luterano da comunidade da Igreja de St. Martin de  Braunschweig.

Uma observação: Seu nome pode ter sido modificado, no Brasil. Encontramos registros de seu nome como Sallenthien, Sallenthin e também como Sallentin. O correto é aquele que está registrado nos seus documentos, mas não encontramos registros sobre eles. Denominaremos aquele que foi usado por José Ferreira da Silva em seu artigo, Sallentien.
Em primeiro plano a Igreja St. Martin, local onde trabalhou o pai de Franz Sallentien.


Igreja St. Martin, local onde trabalhou o pai de Franz Sallentien, que não era agricultor. Igreja localizada em Braunschweig, Alemanha. Foi construída a partir do século XII como a igreja paroquial do Stadtplatz da cidade. Sua construção começou por volta de 1190/1195, iniciada por Henrique, o Leão e originalmente era católica. 
Franz Sallentien era formado em Agronomia, com estágio feito em Niegrip. Na Alemanha, antes emigrar para o Brasil, trabalhava como  Inspetor, em Heinrichsberg, portanto, não era "lavrador", como especificado na lista da história dos 17  pioneiros que chegaram à região, com Hermann Blumenau, e fundaram sua colônia privada  Colônia São Paulo de Blumenau
Origem e região da Família  Sallentien.
Franz Sallentien, com 24 anos incompletos, ouviu falar das promessas de Hermann Blumenau, seu conterrâneo e desejou se aventurar e ampliar seus horizontes. Lemos que ele estava decepcionado com a situação político-econômica da Alemanha (que ainda não existia como nação). Coisas da idade, até os tempos atuais, pegar a estrada. Num rompante, inscreveu-se  para compor  a primeira leva dos 17 imigrantes, chefiada por Reinhold Gärtner, sobrinho do investidor e fiscal da "Sociedade de Proteção aos Emigrados Alemães" - Colonisation Vereins Hamburg, Hermann Blumenau
Partiu de Hamburg para o Brasil, no veleiro Emma & Louise,  em 7 de julho de 1850. Chegou em Nossa Senhora do Desterro, capital de Santa Catarina, no dia 2 de setembro de 1850, em um domingo.  

É sinceramente de lamentar que pouco, muito pouco mesmo, se sabia do destino e mesmo da biografia dos primeiros 17 imigrantes aportados em 2 de setembro de 1850, à barra do Ribeirão da Velha, para dar começo ao estabelecimento fundado pelo Dr. Blumenau. Entre esses imigrantes , como se sabe, veio um jovem de 23 anos, de nome Franz Sallentien. E graças a um bisneto desse pioneiro, Klaus Sallentien, residente em São Paulo, que se deu ao trabalho de pesquisar o passado de seu ancestral, viemos a conhecer dados muito interessantes relacionados com os primeiros dias da Colônia Blumenau. Klaus, além de fornecer-nos importantes dados bibliográficos de seu antepassado, cedeu-nos cópias de quatro cartas de Franz Sallentien a seus familiares e algumas fotografias destes. José Ferreira da Silva,  junho de 1970

Chegando ao local da sede da Colônia Blumenau, próximo a foz do Ribeirão da Velha, famílias de pioneiros oriundo de São Pedro de Alcântara os aguardavam e os auxiliaram nas primeiras providências para o assentamento dos novos moradores do local. Todos tiveram que pegar no trabalho pesado, pois muito havia para se fazer, também Franz Sallentien. Nesse momento nascia o embrião da cidade de Blumenau. 
Sallentien trabalhou na terra como todos, pois precisavam "colher" alimentos. Simultaneamente construíam engenhos de serrar  agricultura, ajudando Hermann Blumenau e os demais colonos no preparo das terras, na construção de engenhos de serrar e para a fabricação de açúcar.  Trabalho duro com os quais não estavam habituados no seu Heimat, na região onde está a atual Alemanha.
Como era um homem instruído, Franz Sallentien não demorou muito para discordar dos métodos adotados pelo fundador na ocupação de sua colônia particular, Hermann Blumenau. Mais um. O fundador dividiu a colônia em glebas de terra com áreas que variavas entre vinte a trinta hectares, que seriam vendidas às famílias dos imigrantes. Surgia, pela primeira vez na história, o comércio de terras na regiãoSallentien não estava de acordo com o tamanho do terreno, pois deseja adquirir mais terras. Considerava o terreno colonial apresentado por Hermann Blumenau muito pequeno para executar seus planos na região. Como agrônomo formado ele percebia que o território da colônia era muito grande e com muitas opções para construir e explorar. Não precisou dois anos para decidir se mudar da Colônia Blumenau, como também aconteceu com outros, inclusive com o próprio sócio de Blumenau, Ferdinand Ernst Friedrich Hackradt, com quem teve contato. Vendeu seu lote colonial para Paul Kellner, seu conterrâneo e tinham a mesma idade (mais tarde, tornaram-se compadres, talvez fossem amigos desde quando moravam em Braunschweig). Kellner não demorou a revender o terreno novamente, agora para Karl Julius Baumgarten
A história de Blumenau, das primeira décadas apresenta laços estreitos entre as famílias pioneiras. Karl Julius Baumgarten, que como Sallentien, também era filho de pastor luterano, se casou com a filha mais velha de Peter Wagner, Margarethe (chamada no seio da família de Gretchen), com 15 anos de idade. Os Wagner já residiam na "Colônia Blumenau", quando chegaram os 17 pioneiros oficiais que fundaram Blumenau.  E tem mais. Casaram-se quase junto com Franz Sallentien Johanne Osterland. Quem havia providenciado o pastor para o casamento, foi Sallentien, que entrou e contato com o Pastor de Joinville, o pastor Georg Hölzel. Casaram-se em 20 de março de 1855, uma semana depois do Franz Sallentien e Johanne  Osterland que se casaram antes, em 13 de  março de 1855, logo a seguir mostraremos como Johanne e Fritz se conheceram.
Mas retornemos, antes disto, em 1852, Sallentien adquiriu uma área de terra maior, do aquela que havia adquirido de Hermann Blumenau na sua colônia privada. Adquiriu terras junto às margens do Itajaí Mirim, local conhecido por Aguas Claras, parte do atual território de Brusque.
Localização da nova propriedade de Franz Sallentien, no território da atual Brusque, povoação de Águas Claras.
Sallentien foi um dos primeiros pioneiros da região de Brusque, pela localização de sua nova propriedade. No local, imediatamente ele construiu um engenho para serrar madeiras, o primeiro de três construídos inicialmente. Um dos seguintes a ser construído, foi construído às margens do Itajaí-Mirim junto com o seu sócio, seu conterrâneo e concunhado Reinhold Gärtner, o sobrinho de Hermann Blumenau e irmão de Victor Gärtner, aquele que pegou parte da colheita dos Wagner para munir seu comércio estabelecido no Stadtplaz da colônia que surgia, atual Centro Histórico de Blumenau.
Uma curiosidade - durante uma das chegadas de um determinado grupo de imigrantes, antes da subida do Itajaí a caminho de Blumenau, Hermann Blumenau anunciou: 

“Aqueles que pretendem dirigir-se à minha colônia, via porto de Itajaí, serão ajudados pelo Sr. Franz Sallentien”. 
Caminho até a Foz do Rio Itahahi - barra do rio, percorrido pelos imigrantes que chegavam pelo mar até o porto. Mapa de 1828 -  S. Sidney - Fonte: Pelos caminhos-antigos
Neste tempo os negócios Franz Sallentien  se desenvolviam próximo à barra do Rio Itajaí Açu (o que deveria ser Itajaí ou Navegantes atuais),  onde desembarcavam os novos imigrantes que vinham à Blumenau, em Itajaí. Neste local, Sallentien e seu sócio Reinhold Gärtner tinham a responsabilidade de recepcioná-los, desembaraçá-los, dos cargos alfandegários, de orientá-los, de proporcionar-lhes abrigo e alimentação. E nesse papel o moço solteiro conheceu uma moça que chegava e...
Foi em uma destas levas de imigrantes chegantes que Franz Sallentien conheceu Johanne Osterland, sua futura esposaComo já mencionado, casaram-se em 13 de março de 1855, no local, na Barra do Rio, em Itajaí.
Franz Sallentien descrevia sua experiências e vida transcorrida no Brasil. Nesta carta de 26 de agosto de 1854  comenta sobre a Johanne Osterland.

[...] Assim que Gärtner me arranjar as alianças na sua volta da cidade, festejarei meu noivado com Johanne Osterland, filha de um pobre trabalhador que vive nas proximidades de Neustrelitz. Tanto aspirei casar com uma moça afortunada, de índole rica e de virtude cristã, que estou muito feliz pela minha escolha. (...) 
Na sua chegada aqui em Itajaí eu fui o primeiro a ajudá-la, encorajando-a. Mais tarde ela viria a me dizer que ficara irritada com minha insistência sobre ela. Acompanhei-os até sua Colônia em Blumenau, onde havia somente uma casa, melhor dizendo, uma cabana. Ela começou a chorar amargamente, pois pensava que esta cidade fosse maior. Depois passei a observá-la melhor e vi que ela tinha um caráter ordeiro e aplicado. Seu cunhado logo percebeu que não dava para este trabalho na mata virgem e tratou de vender sua Colônia e vir cá para baixo (Itajaí) exercer sua profissão de marceneiro. 
Eu, na época, assumi o negócio de Meurer & Gärtner e deixei uma das casas de habitação para o marceneiro Hahn. (...) Resolvemos então, eu e Hannchen, vivermos um para o outro, não imaginem como nos amamos! Ela é uma boa moça, modesta, amável, uma alma magnificamente educada; ela é Hannchen, cara Hannchen, minha Hannchen, exclusiva. Façam uma imagem do seu caráter e índole, apesar de eu nunca desenhar ou pintar, imaginem esta figura de Hercules feminino. Sua idade é de 27 anos e ela exerce um poder sobre mim, em seus olhos castanhos vivos há um encanto mágico que me domina. Vou deixar o retrato inacabado e assim que houver uma oportunidade vou lhes mandar um retrato dela. No mais estou muito bem, bastante contente como podem imaginar e não poderia ser diferente ao lado de uma noiva tão amável. Com meus negócios também estou contente, há uma vida animada aqui, diariamente passam diante de minha casa carregamentos de madeira, que no momento têm um preço bem elevado. Mais detalhes sobre isso vocês saberão de minha carta para Heinrich. Por hoje me despeço e aceitem as mais cordiais saudações, minhas e de minha noiva. 
Gostaria de anexar algumas linhas para a avó, porem, por falta de tempo, fica para o próximo vapor. 
No amor de seu irmão, Franz Sallentien. Franz Sallentien - 26 de agosto de 1854.

Em 1855, a Colônia Blumenau ainda não tinha o seu próprio pastor luterano e foi somente em 1857, que a povoação  recebeu o pastor Oswald Hesse.  
É curioso que Reinhold Gärtner era casado com a irmã da esposa de Franz Sallentien, portanto eram concunhados. Ele escreveu sobre seu casamento para suas irmãs que estavam na Alemanha, em uma carta datada em 24 de março de 1855. Observem que menciona uma das tradições dos casamentos - que em alguns lugares é conhecida até a atualidade, a Schlachtfest, a qual poderia ser também o Quebra-Caco, em alguns lugares. Também ficou evidenciado que o pastor Hölzel viajou até a barra do rio, em Itajaí, para fazer o casamento de Fritz e Johanne e depois, subiu o rio Itajaí-açu, quando casou  Julius Baumgarten e a filha de Peter Wagner, na Colônia Blumenau, uma semana depois. Observem:

No sábado, dia 10 de março, veio o Pastor Hölzel, da Colônia Dona Francisca, a quem eu havia convidado anteriormente, para celebrar meu casamento. Nos dias 11 e 12 tivemos a festa da matança. A 13, nós comungamos, minha esposa e eu, a irmã dela e seu marido, Gärtner, e os dois Kellner. Inicialmente foi entoada uma canção; depois o Pastor nos proporcionou uma primorosa prédica. Foi um dia emocionante que me sensibilizou muito. Há quase 5 anos, foi a primeira vez que recebi a Santa Ceia sem vocês. Tive a sensação de que estavam aqui; muito me lembrei dos nossos pais, achando que o espírito deles olharia bondosamente por mim, dando a bênção para minha vida futura. Oh, como me senti divinamente feliz enquanto rezava fervorosamente pela memória de meus pais, prometendo guardar e seguir sempre o exemplo deles. 
Dia 13 de março foi o dia do casamento, que passou tranquilo e alegre. Nos dias seguintes viajamos com o Pastor Hölzel para a Colônia Blumenau, escutamos uma forte prédica sobre o destino do homem e festejamos no outro dia o casamento dos Baumgarten. (NR: Julius Baumgarten, aproveitando a presença do Pastor Hölzel, casara-se com Margarethe Wagner). Franz Sallenntien, 24 de março de 1855. 

Após o casamento, o casal Sallentien foi morar em uma casa que pertenceu ao ex-sócio de Hermann Blumenau,  Ferdinand Ernst Friedrich Hackradt, na Barra do Itajaí, onde Sallentied já trabalhava. Nesse local instalaram mais um comércio, além do trabalho que já tinham com as serrarias, agricultura e pecuária. Antes disto, em 1852, saindo da Colônia Blumenau, Sallentien se mudou para suas terras recém adquiridas, localizada às margens do rio Itajaí-Mirim, para adiante do Ribeirão das Águas Claras, onde montou uma serraria. Não demorou muito, vendeu tudo para o governo que fundou no local, a Colônia Príncipe D. Pedro. Franz Sallentien ainda era solteiro, portanto, antes de 13 de março de 1855.
Fotografia feita quando a família viajou
 para a Alemanha, 1861. 
Fonte: GERLACH, 2019.
Após 6 anos de casados, em 1861, Sallentien e sua família,  viajaram para a Alemanha, que já era formada com mais 4 filhos. Viajaram Fritz, Johanne e os 4 filhos, no veleiro Raleigh, onde nasceu a filha Minna Johanna Auguste Sallentin  em 5 de dezembro de 1861.
Um "lavrador", com 34 anos de idade, viajando com a família do Brasil para a Alemanha em 1861, o casal e três crianças, com uma à caminho, com direito a registro fotográfico do momento.
O comentário é para gerar a reflexão do quanto os pioneiros eram descriminados na região do Vale do Itajaí, por aqueles que residiam nas centralidades das povoações. Também Dr. Fritz Müller, foi humilhado em Nossa Senhora do Desterro, quando não foi aceito por alguns, para ser professor de seus filhos, por também ser "colono". Até bem pouco tempo, na região, testemunhamos o uso pejorativo da expressão "colono".
Vista de Braunschweig em 1861. Xilogravura de aproximadamente 1861.
Em 1866 a família Sallentien se mudou para Nossa Senhora do Desterro, capital da província. No local inaugurou uma casa de comércio atacadista de gêneros alimentícios e exerceu intensa atividade social, principalmente relacionado com o canto, quando fundou a Sociedade de Cantores "Euterpe", que trocou para Sociedade de Cantores "Germânia". Em  12 de setembro de 1868, Franz levou seus filhos mais velhos para serem educados na Alemanha: Luise Wilhelmine Sallentien (Nome da irmã de Franz) (11.11.1855), Franz Sallentien (08.05.1857) e Reinhold Paul Louis Sallentin (12.11.1859). Viajaram com o veleiro Elisabeth. Chegaram em Hamburg em 8 de novembro de 1868, quando. no início de 1869, Franz Sallentien regressou para o Brasil, para buscar o resto de sua família e foi residir definitivamente em seu Heimat, sua terra natal, em  Braunschweig.
Seu filho Franz Sallentien retornou para o Brasil e se estabeleceu em São Paulo onde abriu um comércio. O filho Franz compartilhou três cartas do pai Franz, traduzidas por Günther Drewes, para a história do pioneirismo de Blumenau que foram publicadas do livro "Colônia Blumenau no Sul do Brasil" de Gilberto Gerlach, Bruno Kilian Kadletz e Marcondes Marchetti (2019).
A propósito, Franz e Johanne tiveram 9 filhos. Destes, foram 5 meninos e 4 meninas, sendo que dois dos meninos tiveram pouco tempo de vida. Seus descendentes então espalhados pelo Brasil e Alemanha. 
Nome dos filhos que temos:
  1. Luise  Wilhelmine Sallentien, nasceu em 11 de novembro de 1855. Afilhada de Luise Sallentien e Wilhelmine Hahn. Casou-se no território da atual Alemanha, em 25 de agosto de 1881,  com Otto Drewes - pastor luterano (3 filhos). Faleceu em São Paulo em 24 de julho de 1940.
  2. Franz Max Sallentien, nasceu em 8 de maio de 1857. Afilhado de Reinhold e Maria Gaertner e Heinrich Sallentien.  Casou-se em Braunschweig com Adelina Berta Hedwig Augusta Estefânia, em 16 de abril de 1895. (2 filhos)
  3. Paul  Sallentiennasceu em 30 de outubro de 1858. Faleceu no ano seguinte. Faleceu na Barra do Rio - Itajaí.
  4. Reinhold Paul Louis Sallentien, nasceu em 12 de novembro de 1859. Afilhado de Louise Hahn e Paul Kellner. Casou-se  em  Braunschweig com Mathilde Julie Adelheid Stephany, em 27 de agosto de 1898. (1 filha). Faleceu em faleceu a 29 de agosto de 1937, em Braunschweig.
  5. Minna Johanna Auguste Sallentien, nasceu em 5 de dezembro de 1861. Afilhada de Minna Schlueter e Auguste Schrader. Faleceu solteira, em Braunschweig, em 16 de janeiro de 1920. 
  6. Karl Sallentien, nasceu em 13 de fevereiro de 1864. Faleceu um mês após o nascimento. Faleceu na Barra do Rio ltajaí Mirim. 
  7. Ludwig Sallentien, nasceu em janeiro de 1864. Faleceu alguns dias após o nascimento, na Barra do Itajaí Mirim.
  8. Maria Madalena Sallentien, nasceu em 22 de julho de 1866. Faleceu solteira em  Braunschweig,  em 10 de julho de 1883
  9. Jinny Emilia Sallentien, nasceu em 20 de março de 1870. Não se casou. Faleceu em Kassel em  16 de fevereiro de 1876. 
Franz Sallentien, que nunca foi um lavrador, e sempre foi um homem elegante, culto e dotado de bom gosto. Faleceu em Braunschweig, no território da atual Alemanha (pois ainda não existia a nação alemã) onde nasceu, em 23 de março de 1907, com 80 anos incompletos. Foi um dos 17 pioneiros que subiram o Rio Itajaí Açu sobre uma embarcação rudimentar para construir cidades. Deixou sua marca nesta história.

Meu pedido mais urgente é um Forte piano com algumas partituras. Na compra, procurem a ajuda do Sr. Böhme, que é um entendido, a quem envio minhas cordiais saudações. Vejam que o instrumento irá atravessar o Atlântico. É mesmo a música que me faz mais falta e isto irá me distrair muito. Se fizer a conta de quanto dinheiro eu teria gasto em concerto, etc. nestes 5 anos, teria gasto muito mais do que aqui economizei. Não acharão injusto e luxuoso este pedido, ainda mais que os negócios aqui agora vão muito bem. Já que meu quartinho tem boa aparência, uma banqueta bordada pela minha senhorita sobrinha seria bem vinda e iria conservá-la com muita honra. Uma peça de algodão fino e branco para 2 dúzias de camisas para mim, junto com uma peça de linho para peitilho e gola para estas camisas. Um ferro bem grande de passar roupa e 1 meio-quilo de linha de algodão para minhas meias. Para 6 janelas de divisória, chita brilhante, mas de cor firme para não desbotar com o sol forte daqui. E chita brilhante para forrar um sofá. Dois pares de lustres de porcelana, junto com as tesouras de pavio. Franz Sallentien , carta à família de  24 de março de 1855 
Franz Sallentien, o "lavrador", com sua família em Braunschweig, um pouco antes de sua morte. Fonte: GERLACH, 2019.


As cartas Franz Sallentien traduzidas e compartilhadas pelo filho

Carta de 26 de agosto de 1854 
 
Minhas queridas irmãs! 
Suas cartas datadas de abril recebi-as certamente, e lhes agradeço muito por elas. Assim como me alegrei com elas, no entanto, a negativa de Jettchen vir para cá me deprimiu. Sei exatamente quão justas são as causas, cara irmãzinha, e seria injusto de minha parte querer insistir nisso. Mas este pensamento me era tão caro, pois há anos pensava nisso e via como seria lindo tê-la aqui. Destinei-lhe o meu quarto melhor e às escondidas pensei como poderia enfeitá-lo da melhor maneira: tinha reservado a melhor madeira preta de jacarandá para secar e surpreendê-la, na sua chegada, com um quarto lindamente mobiliado. Outras amabilidades havia imaginado fazer para você. Suas pretensões são, para mim, muito modestas. Rapidamente procurei algo para substituir esta decepção e espero que cause admiração em vocês a notícia do meu noivado. Como gostaria de estar aí e escondido observar o momento em que vocês estivessem lendo esta carta! 
Assim que Gärtner me arranjar as alianças na sua volta da cidade, festejarei meu noivado com Johanne Osterland, a filha de um pobre trabalhador que vive nas proximidades de Neu-Strelitz. Tanto aspirei casar com uma moça afortunada, de índole rica e de virtude cristã, que estou muito feliz pela minha escolha. (...) 
Na sua chegada aqui em Itajai eu fui o primeiro a ajudá-la, encoranjando-a. Mais tarde ela viria a me dizer que ficara irritada com minha insistência sobre ela. Acompanhei-os até sua Colônia em Blumenau, onde havia somente uma casa, melhor dizendo, uma cabana. Ela começou a chorar amargamente, pois pensava que esta cidade fosse maior. Depois passei a observá-la melhor e vi que ela tinha um caráter ordeiro e aplicado. Seu cunhado logo percebeu que não dava para este trabalho na mata virgem e tratou de vender sua Colônia e vir cá para baixo (Itajaí) exercer sua profissão de marceneiro. 
Eu, na época, assumi o negócio de Meurer & Gärtner e deixei uma das casas de habitação para o marceneiro Hahn. (...) Resolvemos então, eu e Hannchen, vivermos um para o outro, não imaginem como nos amamos! Ela é uma boa moça, modesta, amável, uma alma magnificamente educada; ela é Hannchen, cara Hannchen, minha Hannchen, exclusiva. 
Façam uma imagem do seu caráter e índole, apesar de eu nunca desenhar ou pintar, imaginem esta figura de Hercules feminino. Sua idade é de 27 anos e ela exerce um poder sobre mim, em seus olhos castanhos vivos há um encanto mágico que me domina. Vou deixar o retrato inacabado e assim que houver uma oportunidade vou lhes mandar um retrato dela. 
No mais estou muito bem, bastante contente como podem imaginar e não poderia ser diferente ao lado de uma noiva tão amável. Com meus negócios também estou contente, há uma vida animada aqui, diariamente passam diante de minha casa carregamentos de madeira, que no momento têm um preço bem elevado. Mais detalhes sobre isso vocês saberão de minha carta para Heinrich. Por hoje me despeço e aceitem as mais cordiais saudações, minhas e de minha noiva. Gostaria de anexar algumas linhas para a avó, porem, por falta de tempo, fica para o próximo vapor. No amor de seu irmão, Franz Sallentien. 

Carta de 24 de março de 1855

 Meus queridos irmãos! Faz 14 dias que não saímos do alvoroço. No sábado, dia 10 de março, veio o Pastor Hölzel, da Colônia Dona Francisca, a quem eu havia convidado anteriormente, para celebrar meu casamento. Nos dias 11 e 12 tivemos a festa da matança. A 13, nós comungamos, minha esposa e eu, a irmã dela e seu marido, Gärtner, e os dois Kellner. Inicialmente foi entoada uma canção; depois o Pastor nos proporcionou uma primorosa prédica. Foi um dia emocionante que me sensibilizou muito. Há quase 5 anos, foi a primeira vez que recebi a Santa Ceia sem vocês. Tive a sensação de que estavam aqui; muito me lembrei dos nossos pais, achando que o espírito deles olharia bondosamente por mim, dando a bênção para minha vida futura. Oh, como me senti divinamente feliz enquanto rezava fervorosamente pela memória de meus pais, prometendo guardar e seguir sempre o exemplo deles. 
Dia 13 de março foi o dia do casamento, que passou tranquilo e alegre. Nos dias seguintes viajamos com o Pastor Hölzel para a Colônia Blumenau, escutamos uma forte prédica sobre o destino do homem e festejamos no outro dia o casamento dos Baumgarten. (NR: Julius Baumgarten, aproveitando a presença do Pastor Hölzel, casara-se com Margarethe Wagner). 
Assim passou o tempo em dulci jubilo e, quando eu queria entrar em mais detalhes, Gärtner chegou com a notícia de que o navio, cuja partida estava prevista para alguns dias mais, iria zarpar ainda naquela noite. Vocês precisam me desculpar pelas notícias curtas que agora envio; preciso acertar assuntos de negócio com Gärtner, de forma que hoje não posso mais pensar em escrever. Permitam que Gärtner lhes contem intensa e detalhadamente tudo. Por intermédio dele envio algumas lembranças que peço aceitarem carinhosamente e repartirem entre vocês. Coroazinhas de flores e um pequeno e engraçadinho papagaio, que estava destinado a Jettchen. Infelizmente não posso mandar tudo agora; assim, seguem algumas pequenas lembranças doces do Brasil, etc. que vocês devem degustar, pensando em mim. 
Sinto muitíssimo que a viagem de Gärtner tenha se dado tão rapidamente. Gostaria de mandar muitas coisas pequenas que nos cercam e possam interessar a vocês; o pequeno papagaio vou mandar, mesmo assim eu ficaria contente se ele chegasse vivo; ele me deu muita alegria, é tão manso que me visitou muitas vezes na minha escrivaninha e sentou-se na minha cabeça; tenho ele já há muito tempo e por isto vocês vão gostar dele. Da mesma forma vocês recebem pelo Gärtner meu álbum, que – peço-lhes para completar; em muitas horas tirei grande consolo neste livro; peço encarecidamente de me devolverem prontamente. Gostaria de ter enviado também uma foto de minha esposa, mas foi impossível neste curto espaço de tempo. Anexo ainda, como pequena curiosidade, o cordão de um bugre que foi morto nas proximidades de Blumenau. Eles usam estes cordões no tornozelo, provavelmente para não torcerem os pés quando pulam. Vocês vão admirar também o firme, mas lindo trançado do arco e flecha que perderam na perseguição. 
Já são altas horas da noite e por isto preciso dar-lhes um cordial adeus. Da minha satisfação e felicidade, Gärtner vai lhes contar. Também, não podia ser diferente ao lado de uma jovem e amável mulher. Para finalizar, quero fazer ainda algumas encomendas que vocês, por favor, arranjem para mim. O dinheiro, se faltar, peço-vos que me emprestem. Devolverei por intermédio de Ch. M. Schroeder, de Hamburg. Sem dúvida será muita coisa pedida, mas não posso deixar de perder esta oportunidade. 
Meu pedido mais urgente é um Fortepiano com algumas partituras. Na compra, procurem a ajuda do Sr. Böhme, que é um entendido, a quem envio minhas cordiais saudações. Vejam que o instrumento irá atravessar o Atlântico. É mesmo a música que me faz mais falta e isto irá me distrair muito. Se fizer a conta de quanto dinheiro eu teria gasto em concerto, etc. nestes 5 anos, teria gasto muito mais do que aqui economizei. Não acharão injusto e luxuoso este pedido, ainda mais que os negócios aqui agora vão muito bem. Já que meu quartinho tem boa aparência, uma banqueta bordada pela minha senhorita sobrinha seria bem vinda e iria conservá-la com muita honra. Uma peça de algodão fino e branco para 2 dúzias de camisas para mim, junto com uma peça de linho para peitilho e gola para estas camisas. Um ferro bem grande de passar roupa e 1 meio-quilo de linha de algodão para minhas meias. Para 6 janelas de divisória, chita brilhante, mas de cor firme para não desbotar com o sol forte daqui. E chita brilhante para forrar um sofá. Dois pares de lustres de porcelana, junto com as tesouras de pavio. Colheres, facas e garfos que aqui são caros e difíceis de comprar. Um tacho grande de cobre para a cozinha, cabendo de 4 a 6 litros. Alguns cortes de chitas para vestidos de casa para minha esposa. Um pedaço de pano de linho. Retrós, linha de seda, lã safira em várias cores (Kannova). Sutach para enfeite de vestidos na barra e grega. Alguns lenços brancos de linho para mim e minha esposa. Agulhas de costura e agulhas de tricô. Fazenda listrada para aventais de trabalho, e mais fina para usar em casa. Com isto, termino. Olhem até onde vai chegar o dinheiro e me comprem tudo. Minha esposa gostaria de ter escrito uma linhas também, mas ela está ocupada em passar a roupa do Gärtner. Passem bem e aceitem saudações de minha esposa e de seu querido irmão, Franz. 

Carta de 28 de março 1856 

 Minha querida irmã Luise!
Enquanto estou escrevendo estas linhas minha pequena filha está deitada ao lado no quarto de minha esposa no berço e está tão divertida que às vezes, às gargalhadas e com sons incompreensíveis conta algo para a mãe, que está sentada no sofá ao seu lado e descasca batatas para o almoço. A criança está sempre tão bem e tão alegre, o que nos dá um prazer extraordinário. Se você visse a imagem deste circulo familiar você poderia compreender como estou feliz. A criança agora já tem 3 meses e se o Pastor Hölzel chegar de Dona Francisca iremos batizá-la. Pensamos em você, cara irmã, como madrinha de nossa filha e assim você seria minha comadre. Como você não vai poder estar no batizado, minha esposa irá substituí-la. Já demos o nome de Luise para ela. No dia do batismo nos lembraremos muito de você. 
O céu dê sua benção e deixe ficar esta criança boa e sadia, permanecendo assim, esse é o nosso desejo mais íntimo! 
Se estivermos todos com saúde e os negócios andarem bem, espero ir aí daqui a alguns anos, e talvez lhe deixar nossa pequena Luise para fazer seus estudos e educação, isto se você se submeter a esta tarefa. São somente ideias que só o tempo poderá confirmar. 
Certamente você deve estar zangada comigo por não lhe haver escrito antes. Mas realmente não foi possível. Se você soubesse o que aconteceu aqui nos últimos três meses, você me daria razão. Tive muito trabalho com a enchente, tornando-se muito difícil cuidar sozinho das coisas. Por dois meses inteiros estive na selva para colocar em ordem os negócios com os engenhos de serraria. Minha esposa, nesse tempo, teve que gerir os negócios em Itajaí. Um dia antes da Páscoa coloquei tudo em ordem nos engenhos e passei com muita alegria a Páscoa em casa. Foi uma grande festa após ter me ausentado dois meses de casa. Mas tenho muita coisa para colocar em seu lugar e desta forma o trabalho nunca chega ao fim. Estamos sós, pois não queremos nenhuma pessoa estranha em casa; em parte para poupar dinheiro, por outra para podermos estar mais a vontade, agradavelmente. Daí você pode imaginar que minha esposa tem bastante coisa para fazer. Cozinhar, manter a casa limpa e ainda uma criança pequena que deve ser cuidada nos ocupa o dia todo, daí não sobrar tempo. Também faço o papel de babá, o que faço com muito prazer e, como disse, evitar empregar uma pessoa estranha. Meu negro é muito ativo; ao anoitecer tem que arrumar lenha e água na cozinha e até pode olhar pela casa.
Nossos negócios agora vão bem novamente, se bem que a enchente nos colocou bem para trás. (Tivemos um prejuízo de no mínimo 30.000 réis.) Assim, espero que se tudo correr bem até o fim do ano que vem teremos recuperado mais ou menos o prejuízo. Também não devemos ter rancor pelo prejuízo sofrido porque 1.000 réis a mais ou a menos não é motivo para tal. Tinha que acontecer e o melhor é se acalmar. No mais tudo vai bem. Kellner está outra vez bem de saúde e já trabalhando. Deveremos ter nos próximos meses uma guerra formal contra os “bugres”; para isso teremos que nos armar. Gärtner lamentará não estar aqui agora para tomar parte nesta aventura. 
Além disso, fundamos uma empresa de mineração de ouro e cavaremos em nossas terras. Já achamos alguma coisa, mas os trabalhos preliminares são bastante difíceis. O Diretor da empresa é um californiano que afirma haver ouro em maior quantidade que lá na Califórnia. Veremos no que vai dar. Se acontecer haverá grande atração pelo lugar, vindo muita gente para a região. 
Agradecemos às encomendas solicitadas, minha esposa está muito contente com o pano, a fazenda e manterá em honras a memória de nossa mãe bondosa. Minha esposa acha tudo muito bom, mas está receosa quanto ao pagamento das coisas que saem do ordenado que passo para ela. A relação das despesas peço entregar ao Gärtner para que eu possa providenciar a remessa do dinheiro para Hamburg. Com as cordiais saudações de minha esposa para você bem como a todos que se lembram de mim com alegria. Seu irmão, Franz.
Um registro para a História.

Eu sou Angelina Wittmann, Arquiteta e Mestre em Urbanismo, História e Arquitetura da Cidade.
Contatos:
@angewittmann (Instagram)
@AngelWittmann (X)

Referências

  • Arquivo Histórico de Joinville. Lista de Imigrantes. Coleção Memória da Cidade – Carlos Ficker. Equipe técnica: Elly Herkenhoff; Maria Thereza Eliza Böbel; Helena Remina Richlin. Tradução: Maria Thereza Eliza Böbel; Helena Remina Richlin; Digitação: Maria Thereza Eliza Böbel e Helena Remina Richlin. Disponível em: https://www.joinville.sc.gov.br/wp-content/uploads/2016/06/Listas-de-imigrantes-de-Joinville-de-1851-a-1891-e-de-1897-a-1902.pdf. Acesso em: 17 de setembro de 2024 – 22h.
  • Blumenau em Cadernos. Um dos Primeiros. Tomo XI, Junho de 1970. Páginas de 107 a 109.
  • DEEKE, José. Traçado dos primeiros lotes Coloniais da Colônia Blumenau. 1864. In: FUNDAÇÃO CULTURAL DE BLUMENAU. Arquivo Histórico José Ferreira da Silva. Colônia Blumenau. Mapas.
  • DEEKE, José. O município de Blumenau e a história de seu desenvolvimento. Blumenau : Nova Letra, 1995. 295 p. il.
  • GERLACH, Gilberto Schmidt. Colônia Blumenau no Sul do Brasil / Gilberto Schmidt-Gerlach, Bruno Kilian Kadletz, Marcondes Marchetti, pesquisa; Gilberto Schmidt-Gerlach, organização; tradução Pedro Jungmann. – São José: Clube de Cinema Nossa Senhora do Desterro, 2019. 2 t. (400 p.): il., retrs.
  • SANTIAGO, Nelson Marcelo; PETRY, Sueli Maria Vanzuita; FERREIRA, Cristina. ACIB: 100 anos construindo Blumenau. Florianópolis: Expressão, 2001. 205 p, il.
  • SILVA, José Ferreira da. História de Blumenau. Florianópolis: EDEME, 1972. 380p. il.
    VIDOR, Vilmar. Indústria e urbanização no nordeste de Santa Catarina. Blumenau: Ed. da FURB, 1995. 248p, il.
  • WETTSTEIN, Phil. Brasilien und die Deutsch-brasilieniche Kolonie Blumenau. Leipzig, Verlag von Friedrich Engelmann, 1907.










Dia 24 de julho de 2025, estaremos lançando o livro "Oktoberfest Blumenau - 40 anos - O palco de um despertar Cultural", no Teatro Carlos Gomes, Blumenau, a partir das 19h30.







































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