Casarão Bunn - Neoclássico com elementos do barroco - Rancho Queimado SC. |
Com Gustavo Roberge Goedert. |
Neste dia, logo que saíamos da centralidade de Rancho Queimado, na Estrada Geral, caminho antigo das tropas, encontramos um casarão dotado de uma arquitetura diferenciada, a partir de seu estilo artístico que marcou um período histórico, internacionalmente, do final do século XIX até o início do século XX. Este estilo, denominado por muitos pelo período do ecletismo, período de transição, pós revolução industrial e antes das grandes guerras que marcou um tempo, não somente na Europa, mas também no Brasil, Santa Catarina e região de Rancho Queimado. Falaremos de maneira destacada sobre sua arquitetura. Denominaremos esta arquitetura de Casarão Bunn, relacionada à história de uma das famílias pioneiras desta região, principalmente, dos municípios de Rancho Queimado e Angelina.
O Casarão Bunn está localizado nas proximidades da centralidade de Rancho Queimado, na Rua Geral de Rancho Queimado, distante um quilômetro da Prefeitura Municipal.
Vamos conhecer um pouco sobre a família pioneira da região, que construiu o Casarão Bunn e na sequência, vamos falar um pouco sobre esta rara tipologia arquitetônica presente na paisagem da cidade de Rancho Queimado.
Família Bunn - Rancho Queimado/SC
Quem construiu esta tipologia pertencente ao patrimônio cultural e arquitetônico de Santa Catarina foi o neto do imigrante alemão Wilhelm Bunn. Tivemos um certo trabalho para encontrar o seu nome, em função dos departamentos burocráticos, este foi "abrasileirado", como também, outros na família. O nome de seu tio, por exemplo, ficou conhecido na região, por Jacob Guilherme Bunn, traduzido de seu nome alemão.
O município de Rancho Queimado possui, nas proximidades do Casarão Bunn, uma via com o nome de seu filho "abrasileirado": Rua Jacob Guilherme Bunn.
Aparentemente o nome composto traduzido apresenta os nomes próprios trocados de posição. Este fato tem explicação e tem ralação com a cultura de algumas regiões da Alemanha. Em algumas regiões, o nome é composto por dois nomes, onde a pessoa é chamada pelo nome da família depois de um pronome: Senhor, Senhora, Senhorita, quando se trata de relações formais. Na intimidade familiar e entre amigos mais próximos, é usual adotar o segundo nome e é como a pessoa fica conhecido no seu círculo íntimo. Esta prática não é usual na cultura brasileira e também, na cultura portuguesa, que passa a adotar o segundo nome como se fosse o primeiro até mesmo trocando a ordem do nome composto, como é o caso de Wilhelm Jacob Bunn, onde Wilhelm, traduzido para o português, é Guilherme, explicando o nome:Jacob Guilherme Bunn.
O pioneiro da família Bunn foi Wilhelm Bunn, que nasceu na localidade de Bischofsdhron, da cidade de Morbach, distrito do (Landkreis) de Bernkastel-Wittlich, atual estado federal (Bundesland) de Rheinland-Pfalz" (em alemão), em 12 de fevereiro de 1832. Sua esposa foi Elisabetha Müller, que nascida em 4 de abril 1833, também na cidade alemã de Morbach, distrito do (Landkreis) de Bernkastel-Wittlich.
Wilhelm e Elisabetha se casaram em 19 de maio de 1858, na Alemanha e embarcaram para o Brasil em 1862, com dois dos seis filhos que tiveram: Jakobs Bunn - com quatro anos (pai de Guilherme Jacob Bunn) e Joannes Bunn - com três anos, quando chegaram no Rio de Janeiro em 09 de julho e depois rumaram para Nossa Senhora do Desterro, quando desembarcaram em solo catarinense em 24 de julho de 1862, seguindo mais tarde para região de Rancho Queimado e Angelina. O casal teve um total de 6 filhos. São eles:
- Jakob - ou Jacob Bunn (1858-1917) - casado com Maria Catharina Heiderscheid e pai de Guilherme Jacob Bunn.
- Joannes Bunn (1859 - falecido);
- Catarina Bunn ( 1862-1932);
- Maria Bunn (1865 - falecida);
- Peter Bunn (1866 - 1928) e
- Bertholina Bunn (1869 - 1937).
Pelas datas e informações da genealogia familiar, tudo leva a crer que Elisabetha faleceu após o nascimento de sua última filha, em 29 de novembro de 1869, em Angelina.
Certidão de casamento, cópia retirada na cidade alemã de Morbach, onde se casaram os pioneiros Wilhelm e Elisabetha.
Cidade turística de Diekirch. |
O casal teve mais 10 filhos, todos nascidos no Brasil. São eles:
- Tereza Bunn (1873 - 1945);
- Wilhelm Jacob Bunn (1876 (De acordo com o registro de batismo - 1957);
- Anna Bunn;
- Mathias Bunn (1876 - 1949);
- Gustavo Bunn (1879 - 1949);
- Frederico Bunn (1883 - 1962);
- Carlota Bunn ( 1886 - 1958);
- Roberto Bunn (1891 - 1962);
- Hubertus Bunn e
- Catarina Bunn ( 1892 - Falecida).
Há partes não muito claras nos registros da família Bunn. Estes pesquisados em várias fontes de genealogia, a principal foi no portal Family Search. E foi muito difícil. Encontramos um erro muito grave nos registros.
Vamos destinar nossa atenção às pessoas da família que construiu o Casarão Bunn, pois a família é muito grande e antes de mais nada decifrar algumas informações que não fazem sentido.
Wilhelm Jacob Bunn nasceu em 6 de fevereiro de 1876, de acordo com o registro de batismo, em Garcia, município de Angelina. Como falamos, a diferença de idade entre seu pai e sua mãe era grande. Quando Wilhelm Jacob Bunn nasceu, seu pai Wilhelm Bunn tinha 41 anos e sua mãe, Susanna Schabo, 27 anos, sendo que Wilhelm Jacob era seu segundo filho, de um total de 10 filhos e seu pai Wilhelm Bunn teve 16 filhos, 6 com Elisabetha e 10 com Susanna.
O menino Wilhelm foi batizado em 16 de abril de 1986, na Igreja de Santa Tereza D'Avila, localizada atualmente em Águas Mornas.
Wilhelm Jacob Bunn, que não é o único membro da família Bunn com este nome, se casou com Mathilde Guilhermina Gollich em 19 de maio de 1900, em Angelina, lembrando que toda esse território pertencia a São José da Terra Firme, link no final desta postagem. Matilde nasceu em 2 de outubro de 1876 no município de Angelina.
Registro de Casamento de Wilhelm Jacob e Matilde Guilhermina Gollich. |
O casal teve 9 filhos. São eles - com observações que podem ser erros de registros:
- Nicolau Guilherme Bunn (1901 - 1924); De acordo com o documento de batismo abaixo, este nome não está correto
- Maria Mathilde Bunn (1902 - Falecida);
- Frederico Guilherme Bunn (1904 - Falecido);
- Guilhermina Bunn (1909 - 1996);
- Paulina Bunn ( 1911 - Falecida);
- Thereza Bunn (1915 - 1992);
- Guilherme Bunn (1919 - 1995); O Guilherme, filho desta casal, foi o primogênito de acordo com o documento abaixo.
- João Guilherme Bunn ((falecido) e
- Pedro Bunn(Falecido).
Matilde partiu antes, em Angelina em 10 outubro 1956. Mas em seguida, Wilhelm Jacob Bunn, também partiu, menos de uma ano, com a idade de 82 anos, em 1° de janeiro 1957, no município de Petrolândia onde foi sepultado em 2 de fevereiro de 1957 no Cemitério Municipal de Nova Petrolândia.
Estamos colocando a história pessoal de duas famílias porque os Sites de genealogia estão apresentando um erro gravíssimo, envolvendo a família Bunn. Por um momento imaginávamos que Herr Wilhelm Jacob Bunn possuía duas famílias simultaneamente, ou seja fosse casado com duas esposas - o que caracterizaria bigamia. Encontramos esta informação em mais de uma fonte da genealogia. E não compreendíamos o que estava acontecendo.
Os Sites de genealogia apresentam Wilhelm Jacob Bunn, com as mesmas informações, como datas de nascimento e falecimento idênticas, casado com Matilde Guilhermina Gollich e também, com Maria Kretzer, simultaneamente. Quem construiu o Casarão Bunn e qual a senhora morou no casarão? Perguntávamos-nos.
Confusão em dados genealógicos, dando a entender que Wilhelm tinhas duas famílias e duas esposas, e que também nos fez crer que foi o construtor do casarão, e não foi. |
O nome era o mesmo, porém no idioma português e os pais do noivo era diferentes do pai de Wilhelm Jacob Bunn. Este noivo, o Guilherme Jacob Bunn, foi filho de Jakob Bunn (ou "Jacob Bunn, como publicado em alguns documentos, que confundia muito) e de sua esposa Maria Catharina Heiderscheid. Jakob Bunn foi o primeiro filho do pioneiro Wilhelm Bunn e de sua primeira esposa Elisabetha Müller, nascido na Alemanha e meio irmão do Wilhelm Jacob Bunn casado com Matilde Guilhermina Gollich. Resumindo, Guilherme Jacob Bunn, casado com Maria Kretzer é sobrinho do Wilhelm Jacob Bunn, casado com Matilde Guilhermina Gollich e esta informação não está claro nos muitos registros genealógicos que "somaram" as duas famílias durante a apresentação dos dados, criando uma grande confusão para esta pesquisadora.
O filho do filho mais velho do pioneiro Wilhelm Bunn e de Elisabetha Müller, Guilherme Jacob Bunn se casou com Maria Kretzer em 6 de fevereiro de 1909. O casal teve dois filhos:
- Albertina Bunn (Falecida)
- Jacob Bunn (Falecido)
"Jacó" - é Jacob - de acordo com o documento de casamento acima. Como se escrevia os nomes em diferentes versões e errados!!!. |
Ambos, Guilherme e Maria, nasceram em Rancho Queimado, local de suas famílias de solteiros: de Jacob Bunn e de Maria Catharina Heiderscheid (sem registro de casamento) e de Francisco Antônio Kretzer e de Maria Kretzer (Solteira Schmitt), casados em São Pedro de Alcântara no dia 25 de junho de 1881.
Construtores do Casarão de Rancho Queimado - ele sobrinho de Wilhelm Jacob Bunn e neto do pioneiro Wilhelm Bunn. |
Guilherme Jacob Bunn nasceu em 23 de dezembro de 1884, em Rancho Queimado e Maria Kretzer em 15 de novembro de 1889 dia do golpe militar denominado Proclamação da República, também em Rancho Queimado. Ele faleceu em 30 de janeiro de 1938 em Rancho Queimado e ela, em 27 de agosto de 1981, também em Rancho Queimado. Também foi homenageado, como seu tio, emprestando seu nome a uma rua de Rancho Queimado, nas proximidades da casa que construiu - a Casa Bunn.
Esperamos que tenha ficado claro a apresentação da família daqueles que construíram o Casarão Bunn em 1918, na Rua Geral de Rancho Queimado, distando um quilômetro da Praça da Prefeitura - na centralidade da cidade. Há muitos erros na genealogia da família publicada nos Sites.
Destes dados, lembramos que Guilherme e Maria Bunn se casaram em 9 de fevereiro de 1909 e na empena do casarão, há a data de 1918, nos levando a crer que quando mudaram para esta edificação de uso múltiplo: comercial e residencial, o casal estava casado há 9 anos.
As datas de nascimentos dos 19 filhos do casal Pedro e Apolônia Bunn publicados na genealogia acusa erros, também. Pedro teria 9 anos, quando teve o primeiro filho e Apolônia, 6 anos. O casal se casou em 16 de maio de 1903.
Seus filhos e datas:- Leonardo Pedro (1891–1948);
- Leonardo Pedro Bunn (1904–1979);
- Jacob Pedro Bunn (1905–1989);
- Paulo Pedro Bunn (1907–1970);
- Leopoldo Pedro Bunn (1908–1995);
- Olímpio Bunn (1910–1983);
- Bertoldo Pedro Bunn (1911–1990);
- Albertina Bunn (1913–1993);
- Pedro Bunn (1915–1985);
- Jose Bunn (1916–1993);
- Pedro Bunn Júnior (1917–1986);
- Bruno Bunn (1917–1992);
- Maria Bunn (1919–1956);
- Rainilde Bunn (1920–2003);
- Olinda Bunn (1922–1997)
- Bruno Pedro Bunn (1923–1992);
- Francisco Bunn (1925–2000);
- Elsa Bunn (1927–Falecida) e
- Valdina Bunn (1929–1979).
O primogênito do casal Guilherme e Maria: Pedro Jacob Bunn , nascido em 1882, e sua esposa Apolônia Goedert. |
Neto do casal Guilherme e Maria, filho de Pedro Jacob Bunn e sua esposa Apolônia Goedert - Olímpio Bunn. |
Casarão Bunn
O Casarão Bunn, construído no início do século XX na estrada onde passavam as tropas de gado para Lages, importante interposto comercial (Lembrando que naquela época, os caminhos eram outros), que seguia depois, para o sudeste do pais. O Casarão Bunn foi construído com a técnica construtiva autoportante com tijolos maciços rebocados e apresenta uma volumetria das edificações urbanas do imigrante alemão, sendo também construídas na região do Vale do Itajaí, com a diferença de que não possuíam o decorativismo usado nesta, rico em detalhes, só visto em Blumenau na primeira versão do edifício de Câmara e Cadeia da Colônia Blumenau - localizado no Stadtplatz. O Casarão Bunn presenta uma planta retangular com um jogo de telhados onde o espigão é alinhado paralelamente à rua e é dotado de uma mansarda, o aproveitamento do sótão. Neste tipo de construção urbana, mesmo em área rural rural, além das aberturas locadas na empena, há o anexo de um "Dachgaube", uma empena voltada para a frente com uma janela com a presença de um pequeno telhado. Muito usual na arquitetura urbana da tipologia construída pelos pioneiros alemães e descendentes destes, em sua áreas urbanas, pois o mesmo era de uso comercial e também residencial, com dois acessos. O acesso comercial era feito por mais de uma porta locada na fachada frontal e o acesso residencial, comumente eram locados nas laterais, neste caso está localizado na lateral direita. As aberturas (Portas e janelas) são de madeira, dotados de duas folhas, envidraçadas e contam com a presença da característica bandeira. O telhado, com estrutura de madeira e a característica inclinação das edificações do imigrante alemão, foram cobertos com telhas planas de barro, também conhecidos como telhas de "rabo de castor", sendo que é muito raro esta na região, geralmente usados as telhas de influencia colonial portuguesa tipo "capricanal".
Arquitetura
A arquitetura vigente entre as classes abastadas e novas, do período entre o final do século XIX e início do século XX, era o ecletismo, período de transição, para o surgimento de uma nova corrente, alinhada à modernidade e a todos os acontecimentos sociais, econômicos e políticos no início do novo século. O estilo predominantes dos "neos"- o ecletismo, que usava o volume da arquitetura clássica para receber o decorativismo em efusão de qualquer outra linguagem artística, muitas vezes mais de uma - caracterizando o ecletismo. Nesta em especial, o Casarão Bunn como mencionamos, a volumetria da edificação neoclássica construída pelo imigrante alemão com a presença efusiva de adornos do barroco alemão, por isso denomina de uma linguagem do ecletismo - estilo que em uma única arquitetura incorpora uma mistura de elementos de estilos históricos anteriores para criar algo novo. Em arquitetura, esses elementos podem incluir características estruturais, móveis, motivos decorativos, ornamentos históricos distintos, motivos culturais tradicionais ou estilos de outros países, com a mistura geralmente escolhida com base no valor estético geral. A arquitetura eclética, tem suas raízes na arquitetura historicista. Se a arquitetura historicista ficou conhecida por imitar as correntes da antiguidade, como a greco-romana, e não adotar características de outras culturas ou arquiteturas, a arquitetura eclética é principalmente dedicada à combinação de correntes arquitetônicas.
O Casarão Bunn, com o seu ecletismo, mesmo com diferente uso, sob o aspecto da arquitetura, fez-nos lembrar de um só exemplar construído, semelhante a este, na Colônia Blumenau, e atualmente inexiste, onde foi usado muito dos elementos característicos do barroco alemão, que fazia uso de uma volumetria conhecida e com o acréscimo do decorativismo, para adquirir o diferente. Esta construção é o primeiro edifício de Câmara e Cadeia da Colônia Blumenau construído ainda no século XIX.
Registramos novamente que o estilo barroco chegou à Alemanha, como uma linguagem estrangeira e nunca totalmente aceita (era italiana), somente depois da Guerra dos Trinta Anos, no século XVIII. Geralmente adotada nas edificações dos nobres e da alta cúpula da igreja, onde tinha maior aceitação. Nestes casos optavam pelo modelo da França, especialmente da corte de Luís XIV de Versalhes.
A interação entre arquitetura, pintura e escultura é uma característica principal da arquitetura barroca. No final do século XIX, seus elemento são novamente resgatados, até mesmo nas construções com estrutura enxaimel, que sofreram restrições na Alemanha, sob novas legislações, onde esta estrutura de madeira rebocada e com isso, em alguns casos, também foi resgatado o decorativismo, cimalhas, esculturas e arabescos barrocos e linhas clássicas da arquitetura. Esta prática foi trazida por alemães que cortavam o Atlântico, como o novo e o usado no Continente Europeu, em suas efervescentes cidades que ainda não tinham sido submetidas às duas grandes guerras do século XX.
As imagens comunicam...(Serão complementadas com comentários)
Fachada predominantemente clássica, a partir das disposição das aberturas em madeira e vidro, com a presença de bandeiras envidraçadas, totalmente decoradas com cimalhas em forma de arabescos sobre seu entorno, aberturas altas com a presenças do uso das proporções áureas. Observa-se a presença de uma platibanda, criada com um perfilado de balaustras com linhas clássicas, distribuídas de maneira simétrica. A parte de uso comercial da edificação histórica, fica localizada sob este conjunto na parte esquerda da fachada frontal. O anexo sobre o telhado - conhecido com Dachgaube, também segue a simetria de toda a fachada frontal e está localizado na parte central do volume do edifício. |
É interessante observar o guarda corpo da pequena sacada localizada na mansarda, na frente da empena do Dachgaube, feita em ferro. O ferro usado no início do século XX era um material muito novo e produto da industrialização que iniciou na Inglaterra no século anterior e que não existia no período artístico do barroco e do clássico, mas sim usado no eclético. Material muito tradicional na arquitetura alemã do início do século XX, através da ferraria artística, não somente como elementos de adorno e decoração na arquitetura, como também, em gradis, cuja origem reporta o período neolítico, quando foi criado para prender os rebanhos e proteger as plantações dos galináceo e outros espécies de animais domésticos. Era feito de varas de salgueiro, o mesmo material usado na taipa dos Fachwerkbau. |
Detalhe da varanda que contempla a valoriza o acesso residencial da edificação histórica. |
Comprovação e confirmação de quem construiu o Casarão Bunn. |
Detalhes das portas de acesso à ala comercial, em duas folhas de madeira, maciças, com a presença da bandeira envidraçada no alto, levando iluminação natural ao interior, mesmo com elas fechadas. |
Guarda corpo confeccionado com o novo material da construção civil desde o século XVIII na Europa - o ferro. Ferraria artística, tradicional na arquitetura alemã. |
Arte em madeira, característica identitária de arquitetura vernacular local. ARTE!!!! |
O banco - mobiliário característico da varanda da casa alemã. Geralmente semelhante a esta tipologia, orgonômetro e confortável quase igual a um bom sofá. |
Apliques nas fachadas simetricamente mensuradas e organizadas, com desenhos e motivos, cheios de significados e também simétricos. |
A imagem comunica. |
Porta da parte comercial, duas folhas de madeira maciça, com almofadas e bandeira envidraçada, cimalhas ricamente adornadas e complementada com o rosto de um querubim. Maçaneta original em ferro. |
Referências
- Family Search. Wilhel Bunn. Disponível em: https://www.familysearch.org/tree/person/details/KVJV-YJR
- Geneanet. Genealogia Sul Brasileira GENEALOGIA SUL-BRASILEIRA. Wilhelm Jacob BUNN. https://gw.geneanet.org/genealogiasulbrasile?lang=en&n=bunn&oc=0&p=wilhelm+jacob
Leituras Complementares - Clicar sobre o link escolhido:
Sou Angelina Wittmann, Arquiteta e Mestre em Urbanismo, História e Arquitetura da Cidade.
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@AngelWittmann (Twiter)
Nas minhas pesquisas Susanne é Schappo e não Chabo
ResponderExcluirAngelina, parabens pela excelente pesquisa....muito bom saber da nossa historia.
ResponderExcluirSó uma ajuda, na foto que aparece José e Raulino, eles na verdade são filhos de Mathias Bunn e Juliana Hammes. Portanto, netos de Wilhelm Bunn e Suzzana Schappo.
Muito obrigada. Nos próprios site de genealogia há muitos desencontros. Por isto é importante as fotografias. Abraços de Blumenau.
ExcluirExcelente resgate histórico. Faz muito tempo que eu tentava descobrir algo sobre esta edificação. Por conhecidencia, na semana passada, antes de achar este material , passei por lá para conhecer este casarão. Uma pena ele está aparentemente em condiçoes de abandono. A asdministração municipal deveria omar alguma medida urgente, antes que se perca este patrimonio por um eventual dano de incendio ou desabamento. Achei interessante a estrutura do telhado ainda composto por telhas do tipo germânicas.
ResponderExcluirÉ belíssimo e uma tipologia rara em estado original. Escrevemos com intuito de chamar atenção da comunidade, responsáveis ou alguém que possa "olhar" para que não aconteça nada com o mesmo. Abraços...
ExcluirAngelina Wittmann, parabéns pelo excelente trabalho de pesquisa para preservar e divulgar essas informações.
ResponderExcluirEstive em Rancho Queimado e Taquaras, nesse domingo, para a Festa do Morango.
Naturalmente passei pelo Casarão e resolvi procurar algo sobre ele. Pensava se tratar de uma antiga estação ferroviária.
Certamente o prédio necessita de obras de restauração. Alguma manifestação deve ser realizada, junto à órgãos de preservação de patrimônio, e conseguir recursos. Quem sabe haverá algum apoio da Alemanha?
Que bom fostes ao local do casarão. É um ícone da arquitetura catarinense e tudo que pudermos fazer para que este seja alvo da vontade de que este seja restaurado, o faremos. Grata pelo retorno. Abraços de Blumenau.
ExcluirNesse casarão , vive minha tia e seus esposo , mais um irmão. Meu pai nasceu aí , a casa não está abandonada , só quem
ResponderExcluirMora não tem dinheiro pra fazer a restauração que não é nada barato.