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domingo, 14 de maio de 2017

Godofrido Wagner - neto de Pedro Wagner - e seu bandoneon


Em agosto de 2016 escrevemos sobre uma História que iniciou muito antes da chegada de Hermann Blumenau à região e a fundação de "sua colônia". Escrevemos sobre a história de Johann Peter Wagner / Pedro Wagner - O pioneiro, que estava instalado em território da Colônia Blumenau, antes de sua fundação - próximo ao Stadtplatz.

Sugerimos a leitura de toda essa história - rica em detalhes. Para isso - basta clicar sobre:  Johann Peter Wagner / Pedro Wagner - O pioneiro

Os Wagner mudaram-se para o Vale do Itajaí - 8 anos após chegarem no Brasil em pleno Século XIX. Foram muitos os dissabores e desencontros a partir da chegada dessa primeira leva de imigrantes alemães em Santa Catarina, responsáveis pela fundação da Colônia São Pedro de Alcântara - primeira colônia alemã do estado.
Quando parte da Família Wagner chegou à região do Vale do Itajaí tomaram certos cuidados oficiais, como oficializar a posse de terras a partir da concessão oficial. Em São Pedro de Alcântara, muitos ficaram desamparados, mediante o surgimento do verdadeiro proprietário, após terem assumido instalações e feito plantações em propriedades destinadas ao imigrante. As terras não era devolutas. 
Quando resolveram encontrar outras terras - os homens da família seguiram na frente para o seu preparo e reconhecimento do local. Viajaram em uma pequena embarcação marítima de dois mastros conhecida como sumaça, contornando a costa litorânea catarinense da época - em direção ao norte. Foi uma viagem marítima de 12 horas até a Foz do Rio Itajaí Açu, na época chamado de Rio Tahahi. Em alguns mapas, o rio Itajaí Açu, sequer existe.
Caminho até a Foz do Rio Itahahi - percorrido pelos Wagner pelo mar
Mapa de 1828 -  S. Sidney - Fonte: Pelos caminhos-antigos



Os Wagner residiriam no distrito da Freguesia do Santíssimo Sacramento do Itajaí - Gaspar - mas sua localização atual está no território de Blumenau. Na época receberam instruções que deveriam ultrapassar  a casa do último morador para então, estar em suas próprias terras. Tiveram muita sorte, os Wagner, pois suas terras ficaram localizadas, após a fundação da Colônia Blumenau, muito próximas do Stadtplatz desta, para onde poderia ir - deslocando-se via fluvial - via Rio Itajaí Açu.



Praça Johann Peter Wagner - Bairro Vorstadt - Blumenau

Os Wagner partiram, definitivamente para a nova propriedade no Vale do Itajaí em novembro de 1847, quando os homens da família já tinham plantado as roças. Johann Peter Wagner / Pedro Wagner e os homens permanecerem "arrumando" o local, antes de ir buscar a família, por aproximadamente um ano. 

A família Wagner fez parte dos primeiros "momentos históricos" do local onde foi "levantada" a Colônia Blumenau. Os filhos e netos de Pedro Wagner, que foram muitos, participaram de maneira direta da construção da Colônia fundada por Hermann Blumenau.
Para se ter uma vaga noção do tamanho de sua família, abaixo apresentamos novamente seu testamento.

Testamento de  Johann Peter Wagner / Pedro Wagner 
" Registro do testamento de Peter Wagner na forma que segue: Mil novecentos e um - Juiz de Direito da Comarca de Blumenau. Testamento do falecido Pedro Wagner. Jesus, Maria, José - Em nome da Santíssima Trindade, Padre, Filho, Espírito Santo, em que eu, Peter Wagner, firmemente creio e em cuja fé protesto viver e morrer. Este o meu testamento e última vontade. Declaro que sou natural da Alemanha e atualmente naturalizado brasileiro, filho de Georg Wagner e Maria Wagner, já falecidos. Falecendo neste município, quero ser sepultado no cemitério católico. Declaro que fui casado com  Agnes Händschen, já falecida e de cujo matrimônio existem os seguintes filhos: Reynold, Gertrudes, Catarina, Luiza, Maria, Dorothea. Declaro mais que tive uma filha deste primeiro matrimônio, casada com Júlio Baumgarten, a qual já faleceu, deixando os seguintes filhos: Júlio Baumgarten e Agnes. Declaro mais que sou casado em segundas núpcias com Frederika Metzner, de cujo matrimônio existem os seguintes filhos: Selma, Tecla, Roza, Alvino, Carlos, Leopoldo, Teothoro, Clara, Georg, Ana, Arnold e Agnes. Declaro que deixo à minha mulher a terça parte de meus bens. Rogo ao meu genro Renaux queira fazer a obra pia de ser meu testamenteiro. Esta a minha última vontade e disposição para depois da minha morte e por este testamento revogo qualquer outro. Blumenau, vinte e quatro de julho de mil oitocentos e oitenta e cinco. Pedro Wagner (Segue o termo de Aprovação assinado pelo escrivão Elesbão Pinto da Luz (Clicar sobre) e as testemunhas: Frederico Germer, Heinrich Koch, Carl Knoch, João Morbach, Gottlieb Metzner).

Por que essa introdução?
Godofrido Wagner

Porque ao burilar nosso material guardado de imagens em vídeos, encontramos um vídeo do neto de Pedro Wagner tocando seu bandoneon na sala de uma residência de filhos de imigrantes alemães, cujo casal lembrava seus 50 anos de matrimônio. O vídeo foi feito porque Godofrito Wagner - o músico - foi o mesmo que tocou, na mesma sala, 5 décadas antes, após as bodas do casal jubilar. Quando fazíamos esse filme, não tínhamos noção da personalidade histórica que fazia a música.
Godofrido Wagner foi filho de Georg Wagner, que por sua vez, foi filho de Pedro Wagner.
O neto de Pedro Wagner nasceu no dia 12 de setembro de 1918 em Cananeia - na época era parte do território da Colônia Blumenau. Quando tocara no casamento mencionado e já casado com Asta - solteira Reinert, residia no bairro Vila Nova - Blumenau. O casal teve 3 filhos e 4 netos.
Tocava bandoneon desde muito jovem e abrilhantava festas de casamentos e bailes, principalmente em Badenfurt.
Para explicar, quase sempre os casamentos, nessa época na Colônia Blumenau, eram feitos na igreja, como no caso o casamento desses noivos, que foram para a igreja de ônibus e retornaram para casa, igualmente de ônibus, para o jantar, geralmente feito em casa pelos familiares próximos. As fotos do casamento eram feitas em outro momento - no estúdio - também localizado no centro da cidade de Blumenau.
Noivos - Rodolpho Wittmann  e Johanna Wittmann 
(Solteira Goll), cujo casamento foi sonorizado pelo 
 bandoneon do neto de Pedro Wagner - Godofrido Wagner.

Após 50 anos...
Vídeo
O vídeo foi filmado em fita VHS no ano de 1993 e digitalizado no mês de maio de 2017.

Filho de Godofrido Wagner - setembro de 2015

Histórias de Blumenau!



Leituras complementares - clicar sobre o título escolhido






terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Alguns acontecimentos - Colônia Blumenau 1857.

Relembrando um pouco como iniciou essa história....

Em 1850, após um trabalho intenso de propaganda na Alemanha, Hermann Blumenau conseguiu reunir um pequeno grupo de pessoas para imigrar para o Vale do Itajaí - Brasil. O embarque do grupo aconteceu no mês de junho de 1850. Após de 84 dias de viagem, chegaram no Rio de Janeiro - capital do Brasil.
Hermann Blumenau veio na frente do grupo e encontrou o local da foz do ribeirão da Velha abandonado. Neste, estavam velhas cabanas com um velho escravo paralítico e uma escrava, sua companheira. Também, tinha um engenho de serra, que não funcionava. Não haviam plantações, somente um pasto com meia duzia de vacas. 
Este era o quadro existente, quando chegaram na foz do ribeirão da Velhao sobrinho de Hermann Blumenau - Reinold Gärtner e os primeiros 16 moradores da Colônia Blumenau que simbolicamente surgia neste momento. O grupo viajou da Alemanha para o Brasil com o veleiro Christian Mathias Schröder. 
Foz do Rib. da Velha
Os Pioneiros
  • Reinhold Gaertner - 26 anos de idade, solteiro, natural de Brunsvique, sobrinho do Sr. Hermann Blumenau;
  • Franz Sallenthien - 24 anos, solteiro, lavrador, também natural de Brunsvique;
  • Paul Kellner - 23 anos, solteiro, lavrador, igualmente de Brunsvique;
  • Julius Ritscher - 22 anos, solteiro, agrimensor, natural de Hannover.
  • Wilhelm Friedenreich - Veterinário - 27 anos de idade, alveitar, natural da Prússia, casado com ...
  • Minna Friedenreich - 24 anos de idade, possuindo o casal os seguintes filhos; 
  • Clara Friedenreich - com 2 anos de idade; 
  • Alma Friedenreich - com 9 meses.
  • Daniel Pfaffendorf - 26 anos de idade, solteiro, carpinteiro, natural da Saxônia; 
  • Friedrich Geier - 27 anos de idade, solteiro, marceneiro, natural de Holstein;
  • Friedrich Riemer - 46 anos de idade, solteiro, charuteiro, natural da Prússia.
  • Erich Hoffmann - 22 anos de idade, ferreiro, funileiro, também da Prússia;
  • Andreas Kuhlmann - 52 anos de idade, ferreiro, igualmente da Prússia, acompanhado da esposa; 
  • Johanna Kuhlmann - 44 anos de idade, e das filhas; 
  • Maria Kuhlmann - 20 anos de idade; 
  • Christine Kuhlmann - 17 anos.
  • Andreas Boettcher - 22 anos de idade, solteiro, ferreiro, natural da Prússia.



















Os primeiros imigrantes eram da religião protestante luterana. Logo que aportaram, iniciaram a construção de novos ranchos, fizeram derrubadas, limpezas de terrenos e plantações. Desde que chegaram, contaram com o apoio de famílias residentes na região. Destas - 17 eram famílias de imigrantes alemães - viviam nas localidades de Pocinho e Belchior, distante de aproximadamente, 4 quilômetros, rio abaixo, da sede da nova colônia. Entre estes, foi muito importante o apoio da Família Wagner - para ler, clicar sobreJohann Peter Wagner / Pedro Wagner - O pioneiro
Quando assumiam suas terras
Os antigos moradores da região, que acompanharam a chegada dos 17 imigrantes alemães de um montante de 250 que viriam, para iniciar a colônia  de Hermann Blumenau, auxiliaram os chegantes com dicas e adaptações locais, por já estarem há mais tempo na região. Estes já possuíam propriedades próprias com hortas, pomares, vacas, porcos e galinhas. 
Alguns nomes de famílias, residentes na  Colônia São Pedro de Alcântara, tinham membros residindo na região do Vale do Itajaí. Estes foram de grande auxílio e apoio aos 17 primeiros pioneiros da Colônia Blumenau. Alguns dos nomes de membros destas famílias - no Vale do Itajaí:
Georg Schmidt, Ludwig Werner (roceiros); Johann Händschen e o belga Jacob Villain (Ferreiros); Georg (Pai de Peter Wagner) Wagner, Ludwig Wagner, Antonio Händschen, Josef Sesterheinn, Peter Lukas, Nikolau Deschamps, Joaquim Antônio Amorim, Jacinto Miranda, Marcelino Dias, Valentim Theiss, auxiliaram em tudo um pouco.
Nem todos os 17 primeiros chegantes permaneceram na Colônia Blumenau. De todos os nomes citados, somente a família de Wilhelm Friedenreich  e Friedrich Riemes radicaram-se permanentemente na Colônia Blumenau, que aniversaria no dia 2 de setembro.
Acrescentando de novo está as ocorrências publicadas no edição do Blumenau em Cadernos T1 N1 1957.
Nos primeiros anos de existência da Colônia Blumenau, que faziam os registros oficiais para a sua História era o próprio fundador da Colônia - Hermann Blumenau.
Foi registrado que um ano após a chegada dos 17 pioneiros que vieram sob organização de Hermann Blumenau, nasceu a primeira blumenauense, Ida Friedenreich, filha dos prussianos Wilhelm Friedenreich e Minna Friedenreich, que já tinham duas crianças, Clara Friedenreich (3 anos) e Alma Friedenreich (1 ano e 9 meses). 
Observamos, ao analisar os números apresentados do ano de 1857, que o número de óbitos foi maior que número de nascimentos. Também em 1857, aconteceu a fundação da comunidade evangélica luterana de Blumenau. Anterior a essa data, Pastores luteranos de Joinville, na época - Colônia Dona Francisca,  faziam as cerimônias na Colônia Blumenau. Um exemplo disso, foi os casamentos da filha mais velha do Pioneiro da Colônia Blumenau - Peter (Pedro) Wagner, Margartethe e de sua sobrinha Catharina Lukas.
No dia 20 de março de 1855 Margarethe Wagner (chamada no seio da família Wagner de Gretchen), com 15 anos de idade, casou-se com Karl Friedrich Julius Baumgarten (filho de pastor luterano), 23 anos, natural de Lehre
O noivo chegou à colônia com 21 anos de idade em junho de 1853 - deixou na Alemanha, os pais e irmãos. O momento festivo foram os primeiros casamentos a se realizarem na Colônia Blumenau, junto com o casamento também da sobrinha de Peter (Pedro)Wagner, filha de sua irmã Dorotheia (Wagner) Lukas e Peter Lukas - Catharina Lukas que se casou com Wilhelm Schönau. Quem realizou os casamentos foi o Pastor Georg Hölzel da Colônia Dona Francisca. 
Pastor Georg Hölzel
A imagem pode conter: 1 pessoa, árvore, atividades ao ar livre e close-up
Gunther Ronald Ewald
É muito compensador, quando pessoas se reconhecem parte dessa história, como Gunther Ronald Ewald, residente na cidade de Gramado RS, nos escreveu contando que é tataraneto de Catharina (Wagner) Lukas e Wilhelm Schönau. A História está por aí e é bom que a conheçamos, pois é parte da identidade da cidade de Blumenau.
Também lembramos, que a história oficial de Blumenau não mostra muito os feitos dos pioneiros que chegaram na região, antes da vinda de Hermann Blumenau e os 17 "primeiros" imigrantes.


Registros da História de Blumenau - da Colônia Blumenau, para seu conhecimento.

Leitura complementares - Clicar sobre o título escolhido:

















domingo, 13 de novembro de 2016

Museu de Arqueologia Lomba Alta - Continuação - História da Família Wagner - Alfredo Wagner


A sede da Colônia Blumenau teve ligações feitas através de caminhos construídos  para a Serra Catarinense  durante as primeiras décadas de sua história. Isto foi possível, graças a determinação de um grupo de agrimensores liderados pelo Engenheiro Agrimensor Emil Odebrecht que, com o apoio do fundador - Hermann Blumenau, viabilizou a ligação de regiões isoladas do estado catarinense. Um destes caminhos foi o Caminho para Curitibanos, que passava pela cidade de Lages e naturalmente, pelo extremo sul do Vale do Itajaí ou extremo sul da Colônia Blumenau, pela atual cidade de Alfredo Wagner (inexistente - neste período). Descobrimos que esta localidade/cidade tem muito mais ligações com a história do Vale do Itajaí, do que este, cujo tema já publicamos e conhecemos.
Mapa das estradas de cargueiros e gado, década de 1870.
Fonte: ODEBRECHT, 2006.

Você que não leu, ou já leu, e queira ler novamente sobre esta história - Clicar sobre um link escolhido - dos link' listados abaixo:
Hermann Bruno Otto Blumenau
Fiscal da Sociedade para Proteção dos Imigrantes  Alemães no Sul do Brasil
Mais especificamente, a história do município de Alfredo Wagner e a história de uma das primeiras famílias locais - história da família Wagner. A mesma família Wagner que chegou ao Brasil em 1828. Parte dessa família mudou-se da Colônia São Pedro da Alcântara e também, para a região do Vale do Itajaí - antes da vinda do funcionário do governo alemão - fiscal da Sociedade para Proteção dos Imigrantes Alemães no Sul do Brasil - Hermann Bruno Otto Blumenau, para posteriormente, fundar sua colônia, na foz do ribeirão Garcia no grande Rio Itajaí Açu.
Quase ninguém sabe que, ainda na década de 1840, a família Wagner do Vale do Itajaí, recebeu em sua casa e ofereceu pouso e comida - ao fundador da Colônia Blumenau. Neste momento, passaram-lhe informações através de inúmeras respostas à inúmeras perguntas feitas pelo químico e funcionário público alemão, que estava ali buscando sanar lacunas para planos e interesses privados.


Toda esta história está no link - Clicar sobre o título: Pedro Wagner - o Pioneiro

Em viagem à Serra Catarinense, após muitos adiamentos e imprevistos, finalmente conseguimos visitar o Museu de Arqueologia Lomba Alta.
Não tínhamos noção que este museu foi fundado pelo neto de Alfredo Henrique Wagner - Altair Wagner, este, sobrinho neto de Johann Peter Wagner que teve sua história formada junto com a formação da Colônia Blumenau (neto de seu irmão mais velho Christian Georg Wagner - o primogênito dos patriarcas Georg Wagner e Maria Katharina von Kurz - e que permaneceu na Colônia São Pedro de Alcântara). Através de sua iniciativa e grande consciência do valor da História, Antropologia, Arqueologia,  Altair Wagner organizou a história local e da família de Alfredo Wagner, disponibilizando-a  à comunidade catarinense, através do Museu Lomba Alta. Muitos dos descendentes desta grande família desconhece este trabalho, pelo menos na região do Vale do Itajaí.

 Na sequência apresentaremos um pouco da história dos primeiros tempos da família em solo brasileiro e a seguir, parte da história de seus descendentes até a fundação do Museu de Lomba Alta - na cidade de Alfredo Wagner, o qual visitamos e apresentaremos as imagens e vídeo, para sua apreciação.

Chegada da Família Wagner no Brasil
Como já escrevemos na postagem (Clicar sobre)  Pedro Wagner - o Pioneiro, a família de Georg Wagner, sua esposa Katharina von Kurtz Wagner e filhos chegaram em  Nossa Senhora do Desterro em um veleiro no ano de 1828. 
Georg Wagner nasceu em 1784, na cidade Bürbach - próximo a Saarbrücken, e faleceu na Colônia Blumenau, no ano de 1859. Sua esposa, nasceu em 1794 e faleceu no ano de 1878, também na Colônia Blumenau. Georg Wagner e Katharina, sua esposa tiveram 8 filhos. São eles:
  1. Christian Wagner - o primogênito (Nasceu: 1814 - Faleceu: 1860) - Avô de Alfredo H. Wagner.
  2. Johann Peter Wagner - Pioneiro no Vale do Itajaí junto com seu pais - (Nasceu: 1818 - Faleceu: 1901).
  3. Johann Heirich Wagner -  (Nasceu: 1820 - Faleceu: 1864) .
  4. Dorothea Wagner -  (Nasceu: 1821 - Faleceu: 1905) .
  5. Louis Wagner -  (Nasceu: 1824 - Faleceu: 1874). 
  6. Georg Wagner -  (Nasceu: 1827 - Faleceu: 1875).
  7. Matias Wagner -  (Nasceu: 1829 - Faleceu: 1885) 
  8. Frederico Wagner -  (Nasceu: 1832 - Faleceu: 1903) 
Christian Wagner (Irmão de Johann Peter Wagner - Pedro Wagner), avô (Opa) de Alfredo Heinrich Wagner - não acompanhou a família para o Vale do grande Rio Itajaí Açu. Foi o único filho do pioneiro Georg Wagner (Pais de Peter Wagner) que permaneceu na Colônia São Pedro de Alcântara. Casou-se com uma filha de imigrantes alemães que viajou com sua família da Alemanha para o Brasil. Sua esposa foi Maria Anna Gödert Wagner
Enquanto Christian nasceu na cidade dos Wagner's - Bürbach, em 1814 - Alemanha, sua esposa nasceu no ano de 1820, em Karden - terra no Reno - também Alemanha. Christian era proprietário de uma ferraria no Sertão de Maruim (Atual município de Palhoça) onde o casal foi morar. O casal teve dois filhos: Maria Amália Wagner e Heinrich Christian (Henrique  Cristiano) Wagner - pai de Alfredo Henrique Wagner, ou somente Alfredo Wagner - personagem que emprestou o nome à cidade do extremo sul do Vale do Itajaí e da Colônia Blumenau, dado muitas vezes desconhecido pelos nascidos naquele cidade - que imaginam que pertencem a Grande Florianópolis. Pertencem ao Vale do Itajaí - pois em seu território nascem um dos principais rios que forma a Bacia do Itajaí.

Heinrich Christian (Henrique Cristiano) Wagner nasceu no ano de 1844, mais ou menos na mesma época que Johann Peter Wagner, seu pai Georg Wagner e demais familiares mudavam-se para o Vale do Itajaí. 
Heinrich casou-se com Maria Caetana Rachadel, que faleceu quando o pequeno Alfredo Wagner tinha apenas 6 anos incompletos de idade. A mãe de Alfredo Wagner nasceu no ano de 1847 e faleceu no dia 30 de novembro de 1877. Seu pai Heinrich faleceu poucos meses depois - no mesmo ano de 1877. Portanto o pequeno Alfredo Wagner, que nasceu no ano de 1871, ficou órfão de pai e mãe, enquanto era criança. O casal Heinrich Christian (Henrique Cristiano) Wagner e Maria Caetana Rachadel tiveram 5 filhos, que foram: 
  • Ernst Heinrich Wagner (1869 -    ),
  • Henriqueta Maria Caetano Wagner (1871 -   ), 
  • Alfredo H. Wagner (1871 - 1952), 
  • Josef Heinrich Wagner ( 1873 - 1898),
  • Heirich Wagner (1876 -  ). 
Alfredo Heinrich Wagner - Alfredo Wagner
Alfredo Wagner nasceu no atual município de Palhoça - SC - na época - localidade conhecida como Sertão de Maruim, no dia 28 de novembro de 1871 (ano que surgiu a nação alemã). Nesta época a Colônia Blumenau já tinha 21 anos. Em novembro de 1877, quando seus pais faleceram, o pequeno Alfredo Wagner foi conduzido a residir na casa de seus padrinhos e tios, Manoel Estefano Koerich e Catarina Wagner Koerich, que moravam próximo a Ponte do Rio Maruim - São José SC e depois mudaram-se para Garopaba SC, onde Alfredo frequentou a escola local e seus tio eram comerciantes. 
Quando o jovem tinha 18 anos de idade, se interessou por uma moça não "recomendada" à família, por revezes políticos. Viu-a pela primeira vez, a partir do comercio de seus padrinhos e somente se olharam, fato percebido pelos seus tutores. 
Apesar da idade, levou uma surra dos padrinhos por olhar a moça, cujo suposto envolvimento era proibido - pertencia a uma família de um adversário político
Acreditamos que se o jovem Alfredo Wagner estivesse no seio da família Wagner da Colônia Blumenau isto não teria acontecido. Estes "tratos" eram características culturais dos imigrantes portugueses locais e de seus descendentes e imitados por famílias de outras etnias descultuadas de sua própria cultura. Tratavam os cativos desta maneira. Mediante a ao ato de violênciao jovem Alfredo Wagner tomou o rumo da estrada, a pé. Seu destino? Local onde estava o resto da família - Sertão de Maruim - atual município de Palhoça SC. Percorreu aproximadamente 96 km, passando pelas localidades de Paulo Lopes, Enseada de Brito e São José.
Foi residir na Colônia de São Pedro de Alcântara, aprendendo o ofício de sapateiro - fazia sapatos. Também, na Colônia de São Pedro de Alcântara,  conheceu Julia Freiberger, descendente de imigrantes alemães (filha de Peter Freiberg e Felisbina Schmitte), com quem casou anos depois.
Tinha ouvido falar de uma comunidade conhecida pelo nome de Santa Tereza (Catuíra) - antiga sede da Colônia Militar. Em 1892, com 21 anos de idade resolveu conhecer o local. Neste local foi escrivão do Posto Fiscal, seleiro, sapateiro, agricultor e pecuarista e tropeiro. Não negava o trabalho. Ainda era solteiro. 
Quando estava bem instalado, retornou à Colônia de São Pedro de Alcântara para se casar com a moça Julia, com quem teve 11 filhos. O casamento aconteceu no ano de 1895.  Dos 11 filhos, 7 nasceram nesta localidade de Santa Tereza.
Casal Wagner
Em 1904, houve a mudança de traçado da Rodovia 282 que liga Florianópolis a Lages, para a localidade conhecida pelo nome de Barracão.- parada de tropas que rumavam em direção a Nossa Senhora do Desterro - atual Florianópolis. Neste período, Alfredo Wagner resolveu mudar-se com a família, para a localidade de Lomba Alta que ainda não existia como núcleo urbano. Está registrado na história local, que Alfredo Wagner, Jakob Schweitzer (Seu co cunhado) e Wilhelm Althoff foram os fundadores de Lomba Alta - local onde está localizado o Museu de Arqueologia de Lomba Alta que visitamos e neste, apresentado parte da história e seus registros do local.
Neste período, além de todas as demais práticas que ocupavam seu dia a dia, somou às atividades de Alfredo Wagner, a apicultura, o negócio com madeira, transportes entre a Serra e o litoral por  mulas - como eram feito nesse tempo.
Naturalmente tornou-se um dos líderes na região e também capelão. Incentivou a construção da igreja e também de uma escola, doando terras, objetos e mobiliário.
Uma curiosidade - cada um dos filhos recebia, como dote para iniciar a vida, quando completavam 21 anos - uma carroça com 5 animais.
Eram eles: 
  • Olíbio Leandro Wagner (Pai de Altair Wagner)
  • Alfredo Wagner Junior
  • Tobias Isidoro Wagner
  • José Maria Wagner
  • Celso Marino Wagner
  • Ernesto Wagner
As filhas eram:
  • Petronilha Wagner
  • Alvina Wagner
  • Vergulina Wagner
  • Roa Emília Wagner
  • Maria Julia Wagner.
Alfredo Wagner tinha muito em sua formação da cultura do imigrante alemão, de seus antepassados. Distinguia as pessoas pela capacidade de trabalhar, seriedade, justiça e honra, nada mais. Era obstinado mediante objetivos traçados. Tinha portanto o espírito dos pioneiros. Parte de sua família, no Vale do Itajaí, também seguia esta linha de conduta. Estranhado dentro das demais culturas predominantes no litoral catarinense e na serra do estado de Santa Catarina. Faleceu com 81 anos, no dia 20 de outubro de 1952. No dia 21 de dezembro de 1961, empresta seu nome ao antigo distrito de Barracão - criando o município de Alfredo Wagner.


Altair Wagner - Década de 1970


Altair Wagner

Neto de Alfredo Wagner, filho de seu filho primogênito - Olibio Lenadro Wagner e idealizador do Museu de Arqueologia Lomba Alta. 
Alfredo Wagner, lembrando, é neto de Georg Wagner - pioneiro que se mudou para o Vale do Itajaí e foi pai de Johann Peter Wagner, que também formou sua família na região e da qual há muitos descendentes e muitas família atuais da região. A família Wagner já vivia no local onde viria a ser a Colônia Blumenau, antes da vinda do fundador, Hermann Bruno Otto Blumenau.

Altair Wagner nasceu no dia 20 de setembro de 1930 em Lomba Alta, onde fez seus estudos no primário na Escola Isolada da Lomba Alta. Os estudos no secundário fez em Bom Retiro. Formou-se Engenheiro Civil na Universidade Federal do Paraná no ano de 1956 - na cidade de Curitiba. Profissionalmente trabalhou no DER, em Florianópolis e Chapecó, cidade na qual trabalhou por 25 anos. Em Chapecó, ocupou o cargo político na Secretária dos Negócios do Oeste e em 1973, foi Prefeito da cidade. 

Também na cidade de Chapecó foi Presidente da AMOSC - Associação dos Municípios do Oeste de Santa Catarina, Administrador da Regional da CASAN, Diretor Presidente da CELESC, Presidente do Conselho de Administração da ERUSC. Também foi Coordenador de Meio ambiente da CELESC e nos anos de 1989/1990 participou da equipe do Projeto JICA, como representante da CELESC - Vale do Itajaí.
Ao se aposentar resolveu estudar a geologia e a arqueologia do Município de Alfredo Wagner e Região. O museu foi inaugurado em uma réplica na casa onde residia Alfredo Wagner em Lomba Alta. Para construí-la foi observado fotografias antigas.

Residencia de Alfredo Wagner em Lomba Alta - Município de Lomba Alta.

Altair Wagner também é membro efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina, Presidente do Conselho Curador da Fundação Alfredo Henrique Wagner.






















Juliano Wagner
O neto de Alfredo Wagner, foi o idealizador e fundador do Museu Arqueológico de Lomba Alta. Escreveu os livros: "Relatório de uma viagem de 50 dias (Europa-Ásia-África)" - 1986, "Genealogia da Família Wagner" - 1987, "Alfredo Wagner, Terra, Água e Índios" - 2002, "Chapecó levantou voo" - 2005.
Achamos muito interessante, que mais uma geração está próximo ao idealizador e fundador do museu - neto de Alfredo Wagner - Altair Wagner. O sobrinho de Altair Wagner - Juliano Wagner, filho de seu irmão Norberto Wagner, músico e regente, tem acompanhado os trabalho de seu tio e contribuído com a "obra". Atualmente é Regente Titular do Coro Municipal de Agrolândia, Regente do Coro Municipal de Alfredo Wagner e Regente do Coro Municipal de Otacílio Costa. 
É muito curioso que um membro da família de Alfredo Wagner esteja trabalhando em território da Antiga Colônia Blumenau, onde já estava residindo os pioneiros da Família Wagner, mesmo antes da chegada do fundador desta Colônia - Hermann Bruno Otto Blumenau.

Museu de Arqueologia Lomba Alta
Tudo teve início no ano de 1992 - 40 anos após o falecimento do avô de Altair Wagner - Alfredo Wagner - que foi neto do irmão de Johann Peter Wagner - da Colônia Blumenau. Altair Wagner, após sua aposentadoria e demonstrando método de trabalho da família - disciplina e obstinação - dedicou uma semana por mês, durante 10 anos, para pesquisar a região - arqueologia e geologia. Simultaneamente, bancou a construção da réplica da casa de seu avô - Alfredo Wagner. E também escreveu o livro "Alfredo Wagner, terra água e índios" que foi lançado no dia 20 de outubro de 2002 - 50 anos de falecimento de Alfredo Wagner - entre outros trabalhos que também foi autor. Durante os 10 anos seguintes, prosseguiu com o trabalho. Recebeu apoio dos moradores da cidade que contribuíam com o trabalho. 
No dia 19 de outubro de 2002 foi criada a Fundação Alfredo Henrique Wagner - pessoa jurídica de direito privado, sem fina lucrativos.
Mapa de localização onde está o Museu de Arqueologia de Loma Alta.
Para localização Google Maps - Clicar sobre: Localização do Museu

Visitamos o local e ficamos encantados com o resgate da memória e do espaço físico, salvaguardados para os residentes na cidade de Alfredo Wagner e para os muitos pesquisadores.
Estivemos no Museu de Arqueologia de Lomba Alta no dia 24 de agosto de 2016.

Deixamos as imagens registradas e o vídeo que fizemos neste momento.

Vídeo
Uma visita ao Museu de Arqueologia de Lomba Alta, cuja história tem ligação com a família Wagner - pioneira no Vale do Itajaí. Poucos conhecem este local, na região do Vale do Itajaí - É importante encontrar "braços" desta história em outra região do Estado de Santa Catarina e tão bem cuidada por seus descendentes.

Uma mensagem recebida em 30 de outubro de 2021

Fui privilegiada em trabalhar no museu, desde sua inauguração em 2002 até me aposentar em 2018. Eu recebia uma média de 20 pessoas por dia. Muitos estudantes, trabalhos de pesquisa, 20 países visitaram o museu. Algumas semanas eu recebia todos os dias ônibus com estudantes de outros municípios chegando a somar 3 ônibus pela manhã e 3 a tarde. Tive o privilégio de ouvir as explicações do idealizador do museu, seu Altair Wagner e receber visitantes que conviveram com Alfredo Wagner e sua esposa Júlia, conhecendo então o quanto eram bondosos, trabalhadores, honesto e religiosos. Muitos relatos de que no fogão a lenha a água estava sempre fervendo para um cafezinho da hora. Foi muito difícil quando precisei sair, mesmo assim me preocupava com o atendimento, tinha uma forte ligação com o público. Desejo que tudo volte a funcionar com funcionários que com responsabilidade assumam as atividades do museu. Muito obrigada Angelina, pela visita em 24/08/2016. Gratidão! Maria Rufina da Cunha

Uma pouco do Museu em imagens - pois comunicam...
Acervo




Altair Wagner com grupo visitante.




















Alfredo Wagner.






Alfredo Wagner


Foto aérea do Museu.

Altair Wagner na frende do Museu.


















Altair Wagner usou sua coleção de moedas e cédulas para fazer parte de um ambiente de nova edificação construída ao lado da réplica da residência de Alfredo Wagner.
Painel executado com a coleção de moedas


















Painel e mapa feito com moedas.



















































Marçanilha - típico arbustivo, chá da região.



























































































Lomba Alta



Lugares, uma família e muitas histórias.
A História de Santa Catarina,
 construída a partir da história da Família Wagner.
Nossa fotografia de uma edificação histórica com traços da arquitetura do imigrante alemão com selo do ano de 1933 colocado na fachada onde estão oitão (Fechamento do telhado em duas águas) - na cidade de Alfredo Wagner. Fizemos esta fotografia no ano de 1996 .
2 de Dezembro de 2018 - a Mesma edificação histórica
Porém, precisando de cuidados.

















"Sou bisneta de Alfredo Wagner e neta de Olibio Leandro Wagner e filha de Dulce Wagner Lopes. Sinto- me muita honrada e grata por pertencer a esta família. E sou nascida em Blumenau! Minha terra querida!" Marita Lopes

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