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Cicatriz na floresta
Segundo levantamento do IBGE, entre 1997 e 2013, desflorestamento atingiu 248 mil quilômetros quadrados. Estudo revela ainda que comercialização de agrotóxicos no Brasil cresceu 2,5 vezes em 12 anos.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (19/06) que, entre 1997 e 2013, o desmatamento da Amazônia Legal chegou a 248 mil quilômetros quadrados, área equivalente a todo o estado de São Paulo.
Dados da pesquisa Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS) mostram que a tendência de aceleração no desmatamento, que vinha ocorrendo desde 1991, inverteu-se a partir de 2004, ano em que quando as derrubadas atingiram seu maior nível: 27.772 quilômetros quadrados.
De 2005 para 2013, a tendência foi de queda no desflorestamento, alcançando o nível mais baixo em 2012: 4.571 mil quilômetros quadrados. No ano seguinte, porém, o número voltou a crescer. O desmatamento em 2013 alcançou 5.843 quilômetros quadrados.
No entanto, a desaceleração do desmatamento teve como consequência, segundo o estudo, uma redução nas emissões de gás carbônico (CO2), um dos principais elementos que contribuem para o aquecimento global. As emissões caíram 84,4% entre 2004 e 2010.
Entre os biomas fora da Amazônia, segundo o IBGE, o cerrado teve metade (49%) de sua área desmatada até 2010, enquanto na caatinga até 2009 a perda foi de 46% e, no pantanal, de 15%. O pampa gaúcho teve 54% de sua cobertura vegetal desmatada até o mesmo ano.
O levantamento revelou ainda que a venda de agrotóxicos no Brasil foi 2,5 maior em 2012 do que o volume registrado em 2000. Em 2002, ano da série em que houve menor uso do produto, a comercialização foi de 2,7 kg por hectare. Dez anos depois, em 2012, o uso chegou a 6,9 kg por hectare. Produtos considerados mais agressivos foram os mais representativos entre 2009 e 2012, respondendo por 64,1% dos itens comercializados no último ano.
MSB/abr/ibge
Cicatriz na floresta
O garimpo ilegal do ouro é a maior ameaça na Terra Indígena Kayapó. A reserva tem 3 milhões de hectares de Floresta Amazônica protegida. Em contraste com o verde da mata, as cavas abertas por garimpeiros deixam uma degradação difícil de ser recuperada.
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