Centralidade de Rödelsee - Igreja católica - Elfleins Häusla - Casa Velha - Rödelsee |
Saímos, no início da manhã do dia 22 de maio de 2016, de Stuttgart com destino à cidade de Rödelsee. Fizemos uma viagem de aproximadamente duas horas até a cidade de Unterfranken - Norte da Baviera - nosso destino neste momento.
Percorremos de carro, a rodovia - Autobahn A81 - ilustrada no mapa abaixo, distância de aproximadamente 174 Km entre Stuttgart - Capital de Baden-Württemberg, até Rödelsee - cidade pertencente ao distrito de Kitzingen - Unterfranken - cuja capital é Würtzburg.
Caminho e distância percorridos entre Stuttgart e Rödelsee |
Rödelsee
Se houver necessidade, com o acompanhamento de comentários. Na foto ao lado, chegando à cidade de Rödelsee, após 3 anos (2013 - junto com o Coros do C.C. 25 de Julho de Blumenau). Chegamos via rodovia, dirigindo um automóvel - Seat Leon. O horário era aproximadamente 10:40h do dia 22 de maio.
É uma cidade de 1702 habitantes (31/12/2011) situada na região administrativa da Baixa Francônia, Distrito de Kitzingen, no Estado da Baviera - Alemanha. Existe, como município, desde 1862. A área total do território é de 1.148ha, sendo que destas, 229ha são de florestas e 110ha são de vinhedos. O ponto mais alto é o Schwanberg com 474 metros de altitude.
Schwanberg - Vinhedos |
Localização |
Faz parte do município, a Vila de Rödelsee, Fröhstockheim e Swanberg, que são administrado em Iphofen.
A partir de Rödelsee, estivemos nas cidades de Kitzingen e Iphofen. Escreveremos sobre estas percepções e postagens futuras.
Rödelsee |
Inhofen |
Os aeroportos mais próximos são das cidades de: Nuremberg e Frankfurt.
Estações próximas nas cidades de: Inhofen, Kitzingen, Würzburg.
Do livro - Gemeinde Rödelsee - Einst und Heute in Wort und Bild |
O nome Rödelsee, se poderia imaginar que tem relação com o a lagoa existente nas proximidades do fosso do antigo Scholoss Fröhstokheim, datado do ano de 1531.
Não há qualquer relação. O nome Rotelsheim -Rotelse surgiram há aproximadamente 7 séculos, durante a conquista da região pelos Francos. Toda a área foi tomada e era base militar dos francos. A partir da morte do líder local Rodilo ou Rotel a comunidade passou a se chamar Rödelsheim - Rotelse, que se transformou no nome atual de Rödelsee. Os primeiros registros escritos são oriundos do Mosteiro Kitzingen e datam do ano de 1040.
Kitzingen - Mosteiro está neste miolo urbano |
Stockheim, mencionada na correspondência de Hohenloher Albrecht Fuchs Stockheim, em 1220, é um registro da posterior derrota dos Francos. Durantes as atividades da época era necessário derrubar muitas árvores da floresta e para diferenciar esta região de outras, no documento, foi registrado, em 1412, o local como "Sapo", em função da existência do grande número de rãs que viviam nas áreas mais úmidas. Em 1962 foi reconhecida a Vila, de maneira bem humorado, considerando ter um banhado com sapos morando no mesmo, surgiu a denominação: Fröstockheim.
Estaremos, nas próximas postagens, mostrando todos estes lugares históricos, como são estruturada as cidades, seus equipamentos, hábitos e costumes.
Há longa data existe um estreito laço de amizade entre a cidade de Rödelsee e a cidade de Blumenau a partir de iniciativas de grupos culturais de canto e dança - C.C. 25 de Julho de Blumenau, e esta ampliando-se para demais famílias. Isto ocorre há algumas décadas. Também, a banda Blasmusik local, conhecida Winzerkapelle Rödelsee, já se apresentou em várias edições do Oktoberfest Blumenau.
Na sequência - As imagens que comunicam.
Se houver necessidade, com o acompanhamento de comentários. Na foto ao lado, chegando à cidade de Rödelsee, após 3 anos (2013 - junto com o Coros do C.C. 25 de Julho de Blumenau). Chegamos via rodovia, dirigindo um automóvel - Seat Leon. O horário era aproximadamente 10:40h do dia 22 de maio.
Paisagem familiar - muito familiar - Elfleins Häusla - Casa Velha e a igreja católica |
Rostos conhecidos nas publicidades estampadas |
Cores familiares |
A cidade estava calma e tranquila em um dia de domingo - buscamos um lugar para comer e intuitivamente fomos em um local que já tínhamos estado no ano de 2013.
Decoração com imagens em técnica vitral que lembra de que a região é uma produtora de vinho, rodeada de grandes vinhedos. |
Após, passeando e recordando dos lugares - lugares familiares. Observado detalhes.
Um porta pivotante
A origem da porta pivotante é muito antiga. Talvez antes da época que existiam as Guildas, momento que "setorizaram" as atividades dentro da Coorperação de ofícios. Marceneiros faziam parte de um grupo e ferreiros de outro grupo. Geralmente quem construía, produzia suas próprias necessidades, como pregos por exemplo. O prego de madeira - conhecido Holznägeln - usados nos enxaiméis (Edificações com estrutura de madeira) construídos na região do Vale do Itajaí e em outras, no sul do país. Muitos imaginam ser uma das características do "verdadeiro" enxaimel. Dizemos que é autosuficiencia de uma classe de artesãos. Enxaimel é a estrutura treliçada, que neste caso é de madeira - que existe desde o período neolítico (Antes de Cristo).
Uma porta da cidade de Rödelsee - vimos quando caminhávamos |
Edificação de pedra |
Nosso meio de transporte, e que nos levou até Rödelsee. Momento da chegada. Aos fundos a Igreja Luterana de Rödelsse em reforma. O combustível do pequeno Seat Leon era Diesel e nos assustou, quando "desligou" na primeira parada feita em semáforo. Tudo pela economia de combustível.
O primeiro brinde foi com vinho produzido na cidade, em companhia dos amigos. O fazer o vinho é um hobby de muitas famílias de Rödelsee, repassado de uma geração para outra. Os vinhedos circundam a cidade.
Lady |
É primavera na Alemanha e também em Rödelsee.
Detalhes de adornos e decoração que compõe com os jardins - principalmente material ferroso, pedra e material inox. |
Lady |
Conhecemos a Lady no ano de 2013 e não mudou nada - na foto está no bagageiro do carro para irmos dar uma volta nos vinhedos e no alto do Schwanberg, onde está localizado o Schloss e o bosque de Tílias - junto com um histórico e antigo cemitério pagão, onde o sepultamento acontecia e ainda pode acontecer, junto às raízes das árvores - elemento sagrado e de grande significado para os germanos - na antiga religião, antes do cristianismo chegar ao local.
Vinhedos aos pés do Schwanberg |
Esta região está inserida em uma das maiores produtoras de vinho no país. Como muitos imaginam erroneamente - o alemão não bebe e não produz somente cerveja. Também, bebe um bom vinho e suco de maçã. Como também, nem todos os alemães tem a tipologia de loiros e olhos claros. Observar as fotografias de nossos amigos na cidade de Rödelsee.
Schloss do Schwanberg
O Castelo ou Schloss de Schwanberg foi uma antiga residência de um nobre do Distrito da cidade de Rödelsee - Kitzingen. É construído no mesmo elevado - montanha onde está um bosque de tílias - Montanha Schwan - ou Schwanberg. O local existe e foi ocupado muito antes da chegada do cristianismo na região. Também foi um cemitério da antiga religião pagã. Nesta religião, os mortos dos grupos eram sepultados sob as árvores - elemento considerado sagrado.
Há indícios de ocupação, encontrados no local, do período mesolítico.
Contam no local, que mais ou menos 1250 anos AC, moradores da região se fixaram, junto à floresta, cercado por montanhas com encostas ingrimes. Em 1200, chegaram os celtas. Fixaram na parte inferior. No ano de 400 AC, subiram a montanha e a ocuparam. Refizeram as fortificações existentes e construídas anteriormente pelos povos que os antecederam.
A última interferência de grande escala no local aconteceu no Século V da era cristã, quando os francos germânicos tomaram a montanha e se fixaram na mesma. Tinha uma localização estratégica de segurança, com visão para todos os quadrantes, por quilômetros. Como aconteceu com o Staffelberg na Suíça e Marienberg em Würzburg, também Schwanberg foi transformado em uma fortaleza.
Cristianizados, os francos construíram uma igreja no local dedicando-a a St. Walburga. Durante a idade média - Schwanberg perdeu sua importância estratégica e foi rebaixado somente para o local de um Burg, um simples castelo. O castelo sobreviveu e pertencia a família que tinha recebido do Bispo de Würzburg - autoridade máxima em toda a região de Baixa Francônia ou Unterfranken.
Durante o Século XIV, houve mudanças de poder entre os francos. Friedrich IV adquiriu o Burg. Sua família tinha posse do local até o ano de 1344.
Julius Echter |
No lugar da capela foi construída uma igreja maior e se tornou um local de peregrinação para os fiéis. Esta característica permaneceu por muito tempo, mesmo mudando a propriedade de mãos. Desde meados do Século XV, os Wenheim foram nomeados os novos proprietários do local e do Schloss. As guerras da Revolta Camponesa avariaram muito a edificação histórica e também foi responsável por terminar a perigrinação no Schwanberg. O Príncipe de Würzburg, Julius Echter comprou as ruínas do castelo no ano de 1605 e o reconstruiu. Muitos ambientes deste tempo são preservados até o tempo presente. O Schloss sofreu nova avaria durante a Guerra de 30 anos, no século XVII. Em 1633, o Schloss foi incendiado novamente.
Novamente a edificação entrou em estado de ruinificação. Foi somente no Século XVIII que surgiu a iniciativa de sua reconstrução e reforma. Em 1803, o Schloss foi vendido a particulares. O primeiro comprador foi um banqueiro de Hirsch. Após passar pelas mãos de inúmeros proprietários, em 1897 foi adquirido por um empresário de cerâmica Jean Dern, tornando-o um destino para visitação turística.
1910 - Do livro - Gemeinde Rödelsee Einst und Heute in Wort und Bild |
Em 1911, foi adquirido por um novo comprador - Alexander Graf. Adquiriu para fazer o Castell-Rüdenhausen Schloss. No período entre 1919 e 1921 construiu grandes jardins a partir de um paisagismo dentro de uma linha clássica, com elementos barrocos.
Durante a 2° Guerra Mundial foram presos e perseguidos pessoas ligadas ao castelo sob acusações de práticas nazistas pelos aliados. Até 1949, o Schloss Schwanberg foi transformado em quartel norte americano. Há marcas de artilharia em alguns elementos dos jardins do Schloss, feitos de maneira desrespeitosa, sendo usado como tiro ao alvo. O servo junto ao lago, é um exemplo.
Após a criação da República Federal da Alemanha, em 1949, o local foi transformado em um local para descansar e repouso. Em 1957, chamou atenção das irmãs da Communität Casteller Ring - CCR (Comunidade Religiosa de mulheres dentro da Igreja Evangélica Luterana da Baviera - e a sede está no Schloss de Schwanberg).
Em 2004, a Irmãs adquiriam o local. Na década de 1980 construíram a Igreja St Michael, como parte da Communität. As irmãs frequentam a Igreja. Atualmente as irmãs transformaram o local em um Hotel. Nestes últimos 3 anos, desde a última vez que estivemos no local, foi adequado para receber hóspedes. O Schloss é considerado dentro do Estado da Bavaria um monumento.
Vista de Rödelsee do interior do Schloss - janela |
Adequações do sótão para ser transformado em Hotel |
Vista da cidade de Rödelsee a partir do sótão do Schloss |
Aspecto dos panos de telhados inferiores vistos de mansardas localizadas em níveis mais altos. |
Armários centenários originais - Vimos exemplares semelhantes no Museu Fränkisches Freilandmuseum, localizado na cidade de Bad Windsheim, onde os mesmos tinham em torno de 500 anos. |
Pátio visto do sótão - irmãs estão sentadas à mesa |
Jardins com elementos barrocos - Século XIX
Lady |
Uma surpresa - tivemos a honra de receber uma casinha de passarinho em uma das inúmeras tílias do Bosque junto ao Schloss. Foi uma grande surpresa durante a caminhada. Não sabíamos de nada. |
Os americanos praticavam tiro ao alvo neste monumento - Há marcas |
Dia de domingo - muitos visitantes no local |
Mirante com vista para a cidade. |
Os vinhedos em torno do Schwanberg e da cidade de Rödelsee. |
Vista de Schwanberg a partir da cidade. |
Hora do Stammtisch
Local tranquilo escolhido por Heinz Zippelius para reencontro e brindar com amigos de Rödelsee.
Annete e Annika Zippelius, Maria Wandler, Hannes Wandler e Martina Wandler |
Lady |
Na cidade, como também em outros locais da Alemanha, as pessoas que conheceram e beberam a caipirinha, apreciam tanto a bebida, que presenciamos a chegada de Ulli Hess com mudas de limão para plantar e poder fazer o drinque brasileiro. Sentou-se conosco e participou do momento.
Hannes e Martina Wandler |
Klaus e Maria Wandler |
Doris Zwosta |
Lady com sua mãe |
Lady |
Cores e copos |
Hannes Wandler e Ulli Hess |
Ulli Hess, Gerd Zwosta e Heinz Zippelius |
Foto feita por Heinz Zippelius - Final do Stammtisch - 1° Dia em Rödelsee |
Final do 1° Dia em Rödelsee
Na próxima postagem - Série Roteiro Alemanha 2016...
Continua na cidade Rödelsee
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