segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

O Natal - História e Origem



Natal Ortodoxo na Ucrânia

O Natal comemorado no dia 25 de dezembro, não é comemorada nesta data, em todos  os países do mundo. Em alguns países (eslavos e ortodoxos) é comemorado no dia 7 de janeiro.
Foi fixada a data de 25 de dezembro para comemorar o Natal, por coincidir com o solstício de inverno e com as festividades "pagãs" romanas, povo que dominou boa parte do território europeu em um período que iniciou antes da era cristã e terminou no final do Século V. Parte deste território, estavam regiões que compõem o território da atual Alemanha e que recebeu grande contribuição cultural deste povo, principalmente, no sudoeste de seu território atual. Cultura e religião, que após a elitização da religião cristã, a partir dos romanos, converteu muitos dos povos - denominados pagãos, também neste país, de sul a norte.


Um exemplo - A base cultural do exército de Bismark, o líder responsável pela unificação do Estado da Alemanha em 1871, foi feita a partir das práticas e cultura dos soldados prussianos, povo independentemente que foi "descultuado" pelas cruzadas alemãs (oriundas da região do sul da atual Alemanha)  que chegaram ao norte, próximo ao Mar Báltico, com a missão de converter "os pagãos" locais ao cristianismo - pacificamente ou não. Em troca receberam os títulos (Feudalismo - tornando-se Senhores) e terras locais da Igreja Cristã de Roma (Na época com poder ilimitado sob aspecto político), tornando-se, dentro do sistema vigente, senhores das terras e das povoações locais e a nova elite na região. 
Para saber mais, clicar sobre: 
Conhecer um pouco...
Solstício de Inverno - em alemão: Wintersonnenwende

O sol nasce atrás do Templo de Karnak durante o alinhamento
 do nascer do sol do solstício de inverno no templo ao sul da
cidade egípcia de Luxor - foto do dia 22 de dezembro de 2015. 
. O centro do local é dedicado ao deus egípcio Amon.
O sol sempre teve muita importância nos rituais das antigas religiões, em torno de todo o planeta -  Origem e alimento da vida. Para muitas culturas, o sol era considerado - deus e quase toda a movimentação social das comunidades transcorriam em torno de seu movimento, em relação à Terra.
Solstício é o momento, dentro do calendário, no qual o sol  incide, com a maior intensidade, sobre o planeta. Visualmente é quando, o astro surge no ponto mais afastado da linha do equador, quando realiza seu movimento aparente no céu - Ponto de vista da Terra.
Simbolo do Natal que lembram o solstício: "Solstício de Inverno: o retorno da luz e a origem do Natal"  ou
Wintersonnenwende: Die Rückkehr des Lichts und der Ursprung von Weihnachten.
Para muitos povos, considerando milhares de anos atrás,  a humanidade festejava o nascimento do sol como sendo o acontecimento mais importante da Terra - Solstício de Inverno. O Solstício de Inverno acontece no período que varia de 17 a 25 de dezembro, dependendo do ciclo solar de cada ano. Muitas adaptações e má interpretação histórica são apresentadas aleatoriamente em vários períodos sobre esse momento, ao longo da história das civilizações. Teve modificações e adaptações feitas, no Império Romano e também no cristianismo,  em várias regiões no mundo e também na região onde está localizada o território da atual  Alemanha.
Wunsch - Weihnachten und ein Tribut an die Wintersonnenwende - Heinz Höra
Desejo - Natal e uma homenagem ao solstício de inverno









Em algumas parte da Europa ainda se mantem rituais da antiga religião - de antes da chegada do Cristianismo - comemorando o solstício de inverno - Inglaterra.
Adaptaram e adotaram o Natal nesta data, como a data do nascimento do filho de Deus e não mais o nascimento do Sol (Para a maioria dos povos das antigas religiões -  também considerado Deus) como conheciam os "povos pagãos" - povos antigos alemães e também outros povos envolta do mundo.
Imagem do deus sumério Sol, Shamash, representado numa
parte de uma tabuleta Babilónica de Sippar
No ano de 336, o imperador romano Constantino I, aproveitando os festejos dos solstício da luz, nas várias regiões conquistadas pelos romanos, anunciou a nova religião de Roma - o cristianismo - e contou a história de Jesus.
A religião cristã romana tomou como base para sua composição e práticas, informações antigas das religiões pagãs locais. 
O nascimento do filho de Deus na Terra na mesma data dedicada ao sol foi uma dessas adaptações feitas para a nossa era e uma grande "sacada". O Solstício de Inverno era uma data comemorada por todos os povos de todas as religiões antigas em torno do planeta, pois se tratava do nascimento do novo ciclo do sol,  sobre a Terra.
A fogueira tem relação estreita com as práticas e festejos do solstício  de
 inverno e também no  solstício de verão - sobre esse, escrevemos:
 Para ler mais sobre - clicar sobre:
Johannifeuer - Johannisfest - Stammtisch e o maior dia de sol
 
Também uma adequação das práticas da religião antiga.
















Ainda existe informações sobre o Solstício de inverno nas paredes de monumentos egípcios e nos registros dos indianos, bem como, em símbolos do cristianismo.

O Solstício de Inverno também foi registrado nas antigas escrituras sagradas e em muitos livros, os quais foram destruídos e queimados pelo Império Romano e durante a Idade Média - considerado material pagão. Foi através da formação do que ficou registrado em Roma, através do Concílio de Nicéia, que Roma mudou a história da humanidade. Este Concílio aconteceu no ano de 336 com o objetivo de criar uma religião oficial para o império romano. Foi elaborado não somente um novo calendário para o mundo ocidental, como também, foi mudado o rumo de sua história. Tudo que fosse contado de forma diferente era considerado de origem pagã, a partir de então.
Constantino I criando a Religião Católica de Roma - no Concílio de Niceia - a partir desse
 momento os cristão deixaram de serem perseguidos e passaram a ser perseguidores dos 
praticantes das religiões antigas - ditas "religiões pagãs". Na imagem - o imperador  com os
 Pais  Sagrados do Concílio de Niceia I. Constantino exibe não o texto original do Credo
 Niceno  (do ano 325),  mas uma versão modificada do Credo niceno-constantinopolitano do
Primeiro Concílio de Constantinopla (ano 381)

Concílio de Niceia

O 1° Concílio foi realizado entre os dias 20 de maio e 25 de julho do ano de 325, na cidade de Niceia da Bitínia, atual cidade Iznik (Turquia). A partir dessa data, o mundo ocidental foi dividido em cristãos (religião oficial do Estado) e pagãos (religião dos povos locais, posteriormente dominados pelos cruzados). Esse contexto foi motivo e causa da origem de muitas guerras em nome de Deus e fez apagar muita história da cultura de alguns povos. (Na Alemanha, a obra dos Irmãos Grimm contribuiu muito para a preservação da tradição e da história antiga - nas regiões que formaram o país nos moldes atual e arredores. Para saber mais sobre, ler a postagem dos (Clicar sobre) Irmãos Grimm.
"Cremos em um só Deus, Pai todo poderoso, Criador de todas as coisas, visíveis e invisíveis; E em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho de Deus, gerado do Pai, unigênito, isto é, da substância do Pai, Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial do Pai, por quem todas as coisas foram feitas no céu e na terra, o qual por causa de nós homens e por causa de nossa salvação desceu, se encarnou e se fez homem, padeceu e ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus e virá para julgar os vivos e os mortos; E no Espírito Santo. Mas quantos àqueles que dizem: 'existiu quando não era' e 'antes que nascesse não era' e 'foi feito do nada', ou àqueles que afirmam que o Filho de Deus é uma hipóstase ou substância diferente, ou foi criado, ou é sujeito à alteração e mudança, a estes a Igreja anatematiza (Significa excomungar ou condenar como anátema - sentença de maldição)” Credo de Niceia.
As comemorações - conhecidas natalinas, as quais, na Europa foram e são festejadas em dezembro, foram trazidas para as Américas na época da catequização dos índios.
Sempre é bom conhecer...Continuando...
A origem da palavra Natal...

Do latim = natális, derivada do verbo nascor, nascéris, natus sun, nasci, significando nascer, ser posto no mundo.

O Natal é comemorado desde o Século IV, após o Conselho de Nicéia, como já comentado, criado pelos Romanos, nos territórios dominados - no seu império - desconsiderando a história, cultura e religião locais. Desde o Século V, a partir da readequação dos festejos do Solstício de Inverno, é festejado pelos povos dominados - data que passa a ser a data de nascimento de Jesus Cristo  e não mais do sol - para a nova religião -  Cristianismo.  Isso aconteceu mais de 300 anos após o histórico e real nascimento de Jesus.




Seu significado no italiano é natale, francês é Noël, no catalão é Nadal, em espanhol e português é Natal.
Em inglês, a data é conhecida como Christmas e provem das palavras latinas Cristes measse. Seu significando em inglês: Christ´s Mass - missa de Cristo.
Do natalis deriva também “natureza”, o somatório das forças ativas em todo o Universo.
A primeira celebração da data do nascimento de Jesus Cristo - Natal - como já descrito, aconteceu em Roma, no ano de 336, quando imperador romano Constantino I apresentou a nova religião do império romano. Na região oriental do império romano, o Natal é comemorado em 7 de janeiro. Segundo consta, é a data do batizado de Jesus.

Por que a data - 25 de dezembro?

Além de ser o período do Solstício de Inverno, alguns afirmam que trata-se da negação ao Calendário Gregoriano, no qual as igrejas ocidentais adotaram o dia 25 de dezembro para o natal e 06 de janeiro para a Epifania, ou “Manifestação” – onde é comemorado a visita dos Reis Magos, atualmente conhecido como o dia de reis. É é a data, que no tempo presente,  tradicionalmente é desmontada a Árvore de Natal (Clicar sobre a Árvore de Natal).

Epifania

Segundo historiadores, a data de 25 de dezembro não é a data real do nascimento de Jesus - filho de José e Maria. Esta data, como mencionado anteriormente, foi adotada para cristianizar as festas “pagãs” e também oportunizar sua popularidade entre o povo. Festas comuns nas mais variadas regiões, pelo mundo, até mesmo, na região onde viviam os povos germanos, descritos por Tácito. Quase sempre coincidentes, com as festividades do Solstício de Inverno.
Saturnália

Os romanos, como mencionado, neste mesmo período, tinham uma festividade em honra ao deus SaturnoSaturnália – que era comemorada de 17 a 22 de dezembro. A festividade tinha como características: muita alegria e troca de presentes
Saturnália

O dia 25 de dezembro, igualmente, era conhecido pela data do nascimento do deus persa Mitra – o Sol da VirtudeA festividade de natal foi criada pelos romanos cristãos, em uma data que também coincidia, na época, com uma homenagem à data de nascimento de Mitra, que representa a luz. Ao longo do Século II tornou-se uma das divindades mais respeitadas e populares entre os romanos. As festividades ao deus Mitra também tinha o objetivo celebrar o Solstício de Inverno, a noite mais longa do ano, no hemisfério norte. Na Mesopotâmia, região aonde surgiram a escrita e a roda, a celebração durava 12 dias.
Imagem de Mitra - à esquerda

Os gregos aproveitavam o solstício para cultuar Dionísio, o deus do vinho, enquanto os egípcios relembravam a passagem do deus Osíris para o mundo dos mortos. Na China, as homenagens eram para o símbolo do yin-yang, que representa a harmonia do meio.
Os povos antigos da Grã-Bretanha, mais primitivos que seus contemporâneos do Oriente, comemoravam em volta do Stonehenge, monumento que começou a ser construído em 3100 A.C. para marcar  ciclo anual do sol em torno da Terra.
Stonehenge

Com a intenção de converter os “pagãos”, os primeiros cristãos fizeram com que as festas pagãs parecessem“cristãs” e este fato é conhecido, há muito tempo, propagado por historiadores e pesquisadores. Um exemplo disto: em pleno Século XVII, as festividades de Natal, por não apresentar uma origem bíblica, foram abolidas na Inglaterra em algumas colônias americanas. Na ocasião, se alguém permanecesse em casa e se negasse a ir trabalhar no dia de natal, era multado. Mais tarde, percebeu-se que comercialmente era um desperdício, por não possibilitar o movimento comercial nas cidades, durante as compras de natal, quase como nos dias atuais.
Augsburg - Alemaanha
Um exemplo próximo e muito recente...

Na casa paterna de nossa infância, não eram reconhecidos e nem valorizados: a árvore de Natal, o Papai Noel e as decorações natalinas - na época o canal de comunicação de TV, não eram muito acessíveis e as comunicações eram muito diferentes daquelas que conhecemos nos dos dias atuais. Nossa herança cultural tinha ligação forte com o catolicismo espanhol e português e esse, por muito tempo, não reconhecia as festividades que não tivessem origem bíblica - o Natal primava pela simplicidade semelhante àquela do cenário no qual se conta que nasceu Jesus. 
O Natal, em nossa casa de infância era comemorado em torno do presépio, geralmente localizado no ambiente onde a família fazia as refeições diárias. No ambiente se arrumava a mesa para todos da casa, na véspera do dia 25 de dezembro. Era uma mesa posta, de maneira muito simples, com pratos identificados, de nosso uso diário, nos quais era servido alimento (palha) para o burrinho que traria o Menino Jesus na noite de natal. Alertavam-nos que o Menino Jesus traria presentes para todas às crianças da casa que tivessem bom comportamento. Por conta disto e da expectativa da chegada do visitante, todos dormiam muito cedo, para que Ele chegasse logo. Na madrugava, o Menino deixava seu rastro de alegria em sua passagem"imperceptível" mas, real, através dos presentes depositados nos pratos. O burrinho comia todo o alimento dos pratos e neles o Menino Jesus deixava os presentes. Estes, quase sempre, algo útil, como: sapatos novos, material escolar ou roupas. 
Prosseguindo...

Visita do Papai Noel em aldeia de indígena no
Amazonas - Brasil."´Aqui na aldeia, a gente
nunca recebeu Papai Noel´, disse uma das índias."
Muito do que "consumimos" hoje, para "fazer" nossa festa de Natal, destoa da originalidade e de nossas raízes culturais, tonando-nos "massa" consumidora. Sem percebermos, estamos no meio de um "ciclone" consumindo, consumindo, sem reflexão sobre o real significado desta data. Talvez, ao longo da história de sua existência, poucos tenham tido esta consciência. Até mesmo ícones de nossa real cultura estão no balcão de "aliciamento", de maneira disfarçada, a partir de pseudos valores. Atenção é preciso ter! As alegrias estão nas pequenas ações, nas dobraduras da ilusão, nas quais muitos vivem no momento presente.

Árvore de natal

A árvore de natal - tradicionalmente usado - é um  tipo de pinheiro, em função de sua origem histórica -  inverno de muitos períodos históricos, no norte do continente europeu, desde muito tempo antes do nascimento de Jesus.

Germânicos

Desde há muito tempo, antes de Cristo, haviam civilizações no continente europeu, as quais cultuavam outras religiões, já mencionado anteriormente. Isto até o momento que grande parte desses povos foram convertidos ao cristianismo pelos romanos. também após a queda do Império Romano.
Nas religiões antigas destes povos do continente europeu e também  asiático - entre eles, os povos germanos - as árvores eram consideradas símbolo divino, a partir de sua religião e mitologia. Entre estes povos, a presença da árvore em seus rituais religiosos e festividades era muito frequente e quase sempre estava relacionada à religião, colheita, fertilidade, á morte e à vida e ao plantio.
Nesta época, tinha-se uma visão da árvore, a partir de sua projeção vertical, desde as raízes (e seus significados) sob o nível do solo, até a sua parte aparente, acima dele, inspirando-os a relacionar esta com a conexão entre o divino e a terra ou à Mãe Terra. Entre os povos germânicos, a árvore sagrada era chama de de  Ash - árvore do inverno.
Estivemos no sul da Alemanha e percebemos, que em várias cidades, as pessoas , como faziam na religião primitiva, sepultam seus mortos junto às raízes das árvores. Vimos esta prática nas cidades de Rödelsee e Ruhpolding.
Na região localizada próxima ao Mar Báltico, antes do cristianismo chegar no local, as pessoas cortavam pinheiros e levavam para suas casas e os enfeitavam, sem a conotação religiosa atual.
Schwanberg - Rödelsee Alemanha - Cemitério antigo - sepultamento sob as árvores



São Bonifácio
Forma triangular

Há algumas versões, sobre a primeira árvore  de natal decorada, com o significado dos dias atuais. Algumas fontes afirmam que a primeira, foi decorada em Riga - Letônia, em 1510. Haviam muitos conflitos entre os primeiros cristãos e a prática de enfeitar árvores era considerada prática pagã. Contam que no início do século XVIII, São Bonifácio - religioso católico pertencente à Ordem Beneditina - quis exterminar esta "prática pagã" na região de Turíngia. Não foi feliz em seu intento. Mas  não desanimou. Resolveu, então, encampar esta crença à Igreja Católica, considerada "pagã", às práticas da Igreja da época. Associou o formado triangular do pinheiro à "Santíssima Trindade" e os seus ramos, considerados resistentes e perenes, comparou a eternidade de Jesus.
Há pesquisadores que defendem a versão de que quem decorou a primeira árvore de natal foi o ex religioso católico e fundador da Igreja Luterana - Martinho Lutero. Lutero viveu em um tempo marcado por muitos conflitos e embates, em nome de Deus. É, portanto, conhecido que a Igreja Luterana é uma dissidência de Igreja Católica Romana esta criada no Império Romano e muitas das festividades religiosas católicas continuam sendo praticadas na religião Luterana, como também o Natal. Em uma outra versão, contam que a primeira árvore de natal, com o significado atual, foi decorada por Martinho Lutero, na Alemanha. Parece-nos a versão mais coerente, considerando todo o contexto histórico-cultural daquele tempo  e também nos tempos "primitivos",  naquela região.
Martinho Lutero, antes de ser um homem que ensinava assuntos da espiritualidade, era um professor conhecedor da filosofia e mitologia.
É sabido e propagado que vislumbrou o céu estrelado entre as copas dos pinheiros, na Alemanha. Ao perceber o céu intensamente estrelado pareceu-lhe este, um colar de diamantes encimando a copa das árvores. Contam que ficou tão extasiado com o espetáculo natural que decidiu arrancar um galho do pinheiro e levou para sua casa, na qual, tentou reproduzir o que viu ao ar livre.
Martinho Lutero na véspera de Natal com a família cantam
hinos perto da árvore de natal.
Gravura de Bernhard Plockhorst . 1887
Colocou o pequeno pinheiro em um vaso com terra e chamou sua esposa e filhos e decorou a pequena árvore com pequenas velas acesas afincadas nas pontas dos ramos. Para a árvore ficar mais bonita e alegre, arrumou papéis coloridos para enfeitar seus ramos. Sobre a copa, representou a estrela cadente, segundo a história, guiou os reis Magos ao local onde estava o menino Jesus, na cidade de Belém.
A família Lutero ficou maravilhada com a árvore acesa, o que lhes parecia ter adquirido vida. Martinho Lutero quis reproduzir a noite de Natal dentro de sua casa, fora era muito frio, para mostrar aos seus filhos, como deveria ser o céu na noite do nascimento do Menino Jesus.
Alois Döring
Este é um dos motivos, pelos quais, muitos países católicos não aceitavam a árvore de natal e somente o presépio natalino - motivos religiosos. Se os fazem - os fazem sem conhecer e através da propagação das mídias.
"Os católicos zombavam do culto a Lutero da mesma forma que do costume da árvore de Natal", explica Döring. Aliás, uma das expressões sarcásticas com que denominavam o protestantismo era "a religião da árvore de Natal". Alois Döring- Etnólogo de Bonn.
Enfeites de natal produzidos na China

Atualmente a tradição vai além das práticas das religiões cristãs. A tradição, também tem puramente o aspecto comercial, nas muitas cidades do Ocidente e até mesmo, do Oriente - onde não há a tradição cristã. É praticada a tradição de montar a árvore de natal para motivar as vendas durante o período que antecede o Natal, durante o mês de dezembro e muitas vezes, presente nos cenários, já no mês de novembro, quase sempre, sem o significado original explicativo de sua existência, antes e depois de Cristo. Então temos a sensação de como o tempo do ano transcorreu rápido demais. Na verdade transcorreram 11 meses e não 12 meses.

Dia de Montar a Árvore de Natal

Na grande maioria dos países que praticam religiões cristãs, acompanham e respeitam o período de Advento, o qual tem ligação com a árvore e decoração de natal, com início no domingo mais próximo do dia 30 de novembro. Este ano, no dia de 1° de dezembro, ou seja, o dia de montar ou iniciar a montagem da árvore de natal deve acontecer neste domingo. O tradicional, de acordo com os antigos que iniciaram a prática desta tradição, juntamente com a tradição do Advento - contar 4 domingos, até chegar o dia de natal, comemorado no dia 25 de dezembro. Neste período  deve acontecer a preparação para a grande festa espiritual, nas casas e no coração das pessoas que seguem esta tradição a partir da religião cristã. Em casa, iniciar o processo de decoração da árvore de natal aos poucos, durante as 4 semanas de advento, sendo que na última semana, onde, de fato, é feito os acabamentos e repassado todos os detalhes, não somente do término da decoração da árvore de natal, mas também, os preparativos para a grande festa espiritual.
Em algumas localidades da Alemanha, onde se prima pela tradição, a árvore é buscada pelos homens da família na floresta (reflorestamento), na véspera da noite de natal, enquanto as mulheres se ocupam com os preparativos da festa.
Dia de desmontar a árvore de Natal

No dia 6 de janeiro, comemorado pelos católicos - dia dos Reis Magos. Data da chegada dos Reis e príncipes ao local onde estava o menino Jesus, que segundo transcreve a tradição, seguiram a estrela cadente. Encerramento dos festejos natalinos, com o desmonte da árvore de natal e o recolhimento de todas as demais decorações.
O Presépio

O presépio, na igreja católica, foi usado pela primeira vez por Francisco de Assis, em 1223. O frade franciscano quis celebrar o Natal, na ocasião, de uma maneira mais real possível, e com a permissão do Papa, montou um presépio de palha, com a imagem do Menino Jesus, de Maria e de José, juntamente com um boi e um jumento e vários outros animais. Neste cenário celebrou a missa de natal. Foi um sucesso, que logo foi adotado em toda a Itália, passando a ser usado nas casas dos nobres da Europa e depois em todos os lares.

Natal na Alemanha

O Natal começa a ser “preparado”, na Alemanha, no período do Advento, no final do mês de novembro e correspondente ao quarto domingo antes da data de natal – Este período, em alemão, é conhecido como: Weihnachtszeit.
Durante o período de advento acontece os “Weihnachtsmarkt”- as tradicionais feiras de Natal. A maioria destas feiras atende ao público até os dias 23 e 24 de dezembro e quase sempre é ponto de encontro entre familiares e amigos.
Weihnachtsmarkt de Winterbach - Terra da família de Roberto Wittmann
Weihnachtsmarkt - Stadt Braunschweiger



Advento

O advento é o tempo para a preparação. A coroa de advento, geralmente é feita de ramos de pinheiro e fitas vermelhas e tem importante significado na tradição de Natal, na Alemanha, entre outros países. Este conjunto de ramos, conhecida por guirlanda recebe 4 velas, que são acesas a cada domingo que antecede o Natal. Como um marco, contando quantos dias  restam para o grande dia festivo. Sua origem está religião antiga pagã a partir da mandala e do fogo que tem grandes simbologia espiritual.

A Origem do Advento

A guirlanda é oriunda da tradição pagã, sendo adotada e modificada pelo cristianismo. Os povos da região, antes da vinda dos cristãos, na escuridão do inverno, em volta das folhas, acendiam velas, que representavam a luz e o fogo do deus Sol, desejando que a luz e fogo do sol retornassem, em breve.
Para cristianizar as pessoas que habitavam a região, os primeiros missionários, adotaram a tradição, dando um outro significado a este costume antigo. Seu significado atual representa a união, o amor de Deus e as velas lembram que Jesus é a luz do mundo.

Adventskalender

O Calendário de Advento - Adventskalender - é um dos principais símbolos do advento alemão. O calendário é formado por janelinhas com números de 1 a 24, sendo que o 1 representa o primeiro dia do mês de dezembro e o dia 24 é a véspera de Natal. O Adventskalender surgiu na Alemanha e é um tipo de “contagem regressiva” para as crianças, que aguardam, com grande expectativa, o dia de Natal.

São Nicolau

Na Alemanha é comemorado o dia de São Nicolau no dia 6 de dezembro. Rege a tradição que neste dia, as crianças bem comportadas recebem doces, luvas, cachecóis e ao contrário, as mal comportadas recebem carvão em seus sapatos. Para as religiões cristãs, este personagem bondoso é considerado o verdadeiro Papai Noel. Ele não tinha barriga, não usava roupas vermelhas e nem calçava botas pretas. Ele era alto, esbelto, vestia uma batina branca e usava mitra. A roupa vermelha era sua vestimenta de Bispo, conhecido Bispo de Mira.

Bispo de Mira

São Nicolau, após ser padre, se tornou bispo. São Nicolau Taumaturgo era da cidade Mira. Foi muito conhecido pelos ortodoxos, principalmente pelos russos.
Nicolau nasceu na Ásia Menor, no final do Séc. III. Sempre teve desejos de entrar na vida religiosa, desde tenra idade. Foi ordenado padre muito jovem. Ainda jovem, Nicolau herdou grande fortuna e a distribuiu entre os pobres. Ajudava aos mais necessitados anonimamente para que ninguém pudesse lhe agradecer.

Conhecer é preciso.
Natal é uma oportunidade concreta de celebrar o amor incondicional no seio da família entre as famílias. Celebrar sem conotação comercial, mas a partir da paz de espírito gerado a partir de ações amorosas e sem interesse de qualquer natureza especulativa. Oportunidade para se trocar um abraço, com um sorriso nos lábios.  Os presentes, são detalhes. Também é uma tradição dos antepassados, independentemente da conotação religiosa.

Que o verdadeiro espírito de Natal seja uma constante...
Em seus lares, todos os dias do ano novo!






























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