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Moritz Adolph Louis Altenburg (1844-1920) - Louis Altenburg Sênior - um dos nomes da História de Blumenau. |
Vamos
falar sobre a saga de uma das famílias que ajudaram a construir
Blumenau e também Gaspar (cujo território pertencia a Blumenau) e que se uniram às primeiras famílias pioneiras locais, como por exemplo:
os Wagner, Hoeschl, Bauer, Schaeffer, Sittlow, Gärtner, Deschamps, Lüders,
entre outras.
O assunto
despertou nossa atenção quando, novamente, a professora Elisabeth
Derschum nos contou mais uma passagem da história local testemunhada
por sua família quando em fevereiro de 2024, ocasião em que ela trocou mensagens conosco.
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Elisabeth Maria (Scholz) Derschum. |
A
professora Elisabeth Maria (Scholz) Derschum, nascida em maio
de 1928, atualmente contando com 96 anos, nos forneceu inúmeras contribuições
e fragmentos históricos relacionados à história de Blumenau. Não foi diferente desta vez, e nos brindou novamente, com um fato de Blumenau que nos motivou a buscar mais um pouco de história da cidade e região. Ela nos contou que
sua avó materna, Clara Altenburg (solteira: Breithaupt) comentava
que a antiga Travessa 4 de Fevereiro, de Blumenau, atual rua
Ângelo Dias, era conhecida pelos locais como Gespenster
Straßen, a rua Fantasma.
Maria
Breithaupt (1858-1956)
foi a terceira esposa (14 anos mais jovem) de seu avô, Moritz Adolph
Louis Altenburg (1844-1920), conhecido como Louis Altenburg Sênior,
filho de Franz Moritz Louis Carl Altenburg (1815 - 1862) e
de Henriette Emilie Gottlieb da Prússia - província de Silésia,
atual território da Alemanha.
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Localização do Rua Fantasma. |
Ele e sua família fizeram parte de um dos primeiros grupos que vieram, após Hermann Blumenau. Ela nasceu em 31 de janeiro de 1858, em Blumenau. Em 1948, a família numerosa se reuniu para comemorar seus 90 anos. Em 1953 houve nova comemoração: 95 anos. Ela agradeceu com um discurso emocionante. Faleceu às vésperas de completar 98 anos. Era viúva de Louis Altenburg Senior. Elisabeth Derschum
Moritz
Adolph Louis Altenburg (1844-1920), o qual doravante o chamaremos simplesmente como Louis Altenburg Senior, se casou três vezes. O primeiro
casamento foi com a filha do pioneiro Pedro Wagner e
os dois casamentos seguintes, em tempos diferentes, com duas irmãs Breithaup, Clara e Marie. Louis
Altenburg Sênior teve 20 filhos e uma grande descendência, como
mencionado, sua família, pelos casamentos, tem ligação com a história de
muitas outras famílias pioneiras de Blumenau e também espalhadas pelo Brasil.
Moritz Adolph Louis Altenburg - conhecido por Louis Altenburg Sênior
Uma das
biografias de Louis Altenburg Sênior, publicada no livro Centenário de Blumenau, foi feita por sua neta. Sim, foi feita por nossa interlocutora, a
professora Elisabeth Maria (Scholz) Derschum, há mais de 70 anos e
que hoje troca palavras conosco. Descobrimos seu trabalho, pesquisando em fontes
para compor esta matéria e com isto, enriquecendo ainda mais seu conteúdo.
Muitos são os nomes que, unidos ao do Dr. Hermann Blumenau, se tornaram inolvidáveis, constituindo a própria história da colônia e do município. Neste despretensioso ensaio, porém, desejamos, apenas, lembrar o nome dum cidadão, esboçando sua biografia em linhas simples e modesta, como modesta e simples fora a sua vida. Elisabeth Maria (Scholz) Derschum - 1950
Louis
Altenburg Sênior nasceu
em 4 de novembro de 1844, em Reichenbach im Vogtland, na província
da Silésia, território da atual Alemanha.
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Reichenbach im Vogtland, Alemanha, terra
natal de Louis Altenburg Sênior.
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Os pais
de Louis Altenburg Senior, foram Franz Moritz Louis Carl
Altenburg (1815 - 1862) e Henriette Emilie Gottliebe
Vörnert (1814 - 1871) de Silésia Prússia, atual território da
Alemanha. Seu pai era um comerciante. Seu avô Johann Franz
Altenburg (1781–1870) possuía uma tecelagem que
exportava grande parte de suas produções para a América do Norte.
Louis ingressou na escola em 1850
quando frequentou o curso elementar, e depois, após o preparatório, o ginásio. Os negócios da família não estavam tendo bons resultados, simultaneamente
ouviam falar do Brasil, o que fez a família Altenburg migrar e
buscar novos rumos. O casal Franz Moritz Henriette Emilie, com seus
4 filhos: Rudolph Altenburg (1839–1860); Marie Cecilie
Altenburg (1842–1892); Moritz Adolph Louis Altenburg ou Louis
Altenburg Sênior (1844–1920) e Selma Clara Fanny
Altenburg (1850–1927) rumaram para Hamburg de onde embarcaram no Veleiro
Teutônia que os trouxe para o Brasil. Louis Altenburg
Sênior tinha 13 anos. A viagem de Hamburg até o Rio
de Janeiro, durou 5 semanas e como aconteceu com a família Teichmann,
foram para a Ilha das Flores, onde ficaram hospedados por uma diária de 800 réis por pessoa.
Seguiram para Teresópolis e não tiveram êxito. Seguiram então, para Santa
Catarina. Em sua bagagem trouxeram um piano e um jogo completo de
ferramentas para oficina de ferreiro, significava uma atividade. Chegaram em
Itajaí em 16 de dezembro de 1857.
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Vila de Itajaí em 1884. |
De acordo
com o texto da professora Elisabeth Maria (Scholz) Derschum, de
1950, quando chegaram em Itajaí, encontraram um povoado com 20 casas e
uma igreja. De Itajaí seguiram viagem até Belchior, onde o patriarca Altenburg comprou
um lote colonial, que já possuía uma casa e pasto. A grande bagagem guardada em
um engenho de açúcar e, como não conseguiu acomodar tudo, foi necessário
construir um rancho.
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Localização da nova e primeira morada dos Altenburg no Brasil. |
Iniciaram
os primeiros trabalhos na propriedade e contaram com auxílio dos vizinhos que
já residiam na região.
Em 1860,
o filho mais velho da família, 21 anos, irmão de Louis Altenburg Sênior, Rudolph
Altenburg faleceu afogado no rio Itajaí Açu e dois anos depois, também
o pai Franz Moritz Louis Carl Altenburg foi vítima das águas
do rio. Tinha, antão 47 anos e Louis era um jovem de 18 anos que assumiu
a responsabilidade da família composta pela mãe e irmãos menores. A exemplo de
outros vizinhos, para aumentar a renda da família, além de continuar a cuidar
da propriedade, Louis começou a trabalhar fora. Trabalhou em um engenho de
serra próximo.
Em 1883,
a família resolveu se mudar para uma propriedade mais próxima à povoação de
Gaspar, pertencente a Blumenau.
Quando
necessitavam ir a Blumenau, viajavam de canoa pelo rio Itajaí-Açu - era viagem de
de uma hora e meia. Um dos momentos que motivavam esta viagem era
para participar dos cultos evangélicos que aconteciam no Galpão dos Imigrantes,
cuja madeira, depois de não ser mais necessário, foi usada na construção na
católica Casa São José. |
Barracão do imigrante, Stadtplatz de Blumenau. |
A
professora Elisabeth contou que em uma dessas viagens a Blumenau, em 1864, Louis foi
na companhia da mãe e conheceu a primeira de suas três esposas, filha de Pedro
Wagner.
Em
29 de abril de 1871 faleceu Henriette Emilie Gottliebe Vörnert
Altenburg, a mãe de Louis, com a idade de 57 anos. Louis
Altenburg se entregou ao trabalho.
Em 1872
Louis Altenburg Senior comprou terras em Salto Weissbach e investiu no seu próprio engenho de açúcar,
de farinha de mandioca e também, em um alambique. Depois foi-lhe oferecido um
terreno com olaria, situado próximo à igreja católica em Gaspar. Sem
pensar muito comprou a propriedade e se mudou para o local. Teve êxito com a
olaria, que deu bons resultados, o que o motivou a abrir um comércio. Investiu no
local o capital conseguido pelas propriedades de Salto Weissbach. O comercio se
desenvolveu, juntamente com a povoação que crescia, dando lugar ao surgimento
de mais colônias no interior.
Em 1875, Louis
Altenburg Sênior efetuou a compra de estoque para o comércio. Em
1880 toda a região foi devastada pela grande enchente. Ele teve prejuízo, pois não podia contar com pagamentos, daqueles que perderam o produto da
lavoura.
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Após enchente de 1880 - Blumenau. |
Mas nem tudo foi ruim. Vendeu pela primeira vez, açúcar produzido no
seu próprio engenho para o estado do Paraná. Em 1881, adquiriu um barco a
vela, o que fez aumentar os lucros no seu negócio de açúcar.
Em
1893, Louis Altenburg viajou pela primeira vez para a Alemanha,
após 36 anos da chagada ao Brasil. Foi na companhia de sua segunda esposa.
Em
1894, Louis Altenburg adquiriu um negócio na praça de
Blumenau, situada na Rua XV de Novembro, no local, onde atualmente está o
castelinho da HAVAN. Neste tempo sua segunda esposa Clara havia falecido e
Louis se casou com sua cunhada, Marie, irmã de Clara.
Em
1898, Louis Altenburg comprou uma fundição em Blumenau,
situada na Alameda Rio Branco, e neste mesmo ano mudou-se para o local.
Construiu uma grande casa para que todos vivessem com conforto.
Em
1887, Louis Altenburg Sênior foi eleito vereador de Blumenau, para
ocupar o cargo até 1891. Em função do Golpe "Proclamação da
República", em 1890 foi dissolvida a Câmara.
Em
1907, Louis foi reeleito para o Conselheiro Municipal. Também
foi eleito empossado como presidente da Comunidade Evangélica, no período entre
1907 e 1915, quando foi construída a residência dos pastores, presente na
paisagem até o tempo atual e onde fica a secretaria da comunidade, na época,
residência dos pastores.
Louis Altenburg tinha conseguido,
pela leitura escolhida, uma considerável cultura e, com larga visão e
objetividade, analisava as circunstâncias de vida em Blumenau e em todo o Vale
do Itajaí. Foi ele um dos primeiros que compreenderam a necessidade premente da
nacionalização deste belo recanto, porém não o atenderam e não lhe deram apoio
aqueles, que o podiam e deviam dar.
Os últimos anos de vida desse
pioneiro da colonização foram sombrios e desesperadores. Negociações
imprudentes por parte dos responsáveis pela casa comercial fizeram com que a
firma regredisse gradativamente, até se tornar necessária sua liquidação.
Restou-lhe apenas um terreno com morada para si e sua família, depois de perder
a fortuna em prejuízos que ele não ocasionara. Assim, mais uma vez se nos
depara a tragédia da vida, que colocou esse homem, depois duma existência
repleta de trabalhos e sacrifícios, ante uma velhice triste e
desalentadora. Elisabeth Maria (Scholz) Derschum, 1950.
Os casamentos de Louis Altenburg Sênior
Louis
Altenburg Senior conheceu
sua primeira esposa no dia de sua confirmação no culto luterano, em Blumenau,
no ano de 1864. Para chegar ao culto, viajou de canoa pelo Rio
Itajaí-Açu. Em 1866 pediu Gertrud Wagner em casamento e se
casaram no ano seguinte. O primeiro casamento de Louis Altenburg Sênior aconteceu
em 16 de fevereiro de 1867. Gertrud era filha do pioneiro Pedro Wagner e sua esposa Agnes Händchen, Gertrud Wagner (1848-1886),
nascida em Capim Volta (atual bairro de Blumenau, Vorstadt - antes da cidade). Os Wagnere são uma das famílias pioneiras de São Pedro de Alcântara. Os noivos se casaram em Blumenau. A noiva estava com 19 anos, 4 anos mais jovem que o
noivo. |
Johann Peter Wagner - Pedro Wagner. |
O jovem casal fez a viagem de núpcias para sua residência perto de Gaspar, conduzindo na canoa e o enxoval da noiva, que, nesse tempo, era constituído por roupas de cama, roupas de uso pessoal, algumas panelas, esteiras e uma mesinha de costura. O dote de Gertrud foram 50 morgos de terra. Apesar dos parcos haveres, o jovem casal foi muito feliz e abençoado por Deus nos 11 filhos sadios que teve. Elisabeth Maria (Scholz) Derschum 1950
Em 9 de agosto de 1869, nasceu o primeiro filho do casal Altenburg e primeiro neto de Johann Peter Wagner e Agnes, Peter Heinrich Rudolph Altenburg.
O casal teve 11 filhos, que são: Peter Heinrich Rudolph Altenburg (1869–); Dorothea Gertrude Cecilie Altenburg (1870–1946); Catharina Louise Agnes Altenburg (1872–1942); Agnes Maria Altenburg (1873–1938); Louis Altenburg Junior (1874–1920); Hedwig Altenburg (1876–1916); Adolf Altenburg (1878–1921); Maurício Altenburg (1880–1880); Luís Franz Ferdinand Altenburg (1881–1926); Marie Clara Gertrude Altenburg (1883–1979) e Victor Altenburg (1885–1885).
Dois dos 11 filhos de Louis Altenburg Senior e de Gertrud Wagner, Adolf Altenburg (1879-1921) e Marie Clara Gertrude Altenburg (1883-1979) se casaram com dois filhos dos Cônsul Honorário do
Império Austro-húngaro em Blumenau Leopold Hoeschl, Alice Hoeschl e Arthur Ferdinand Hoeschl, respectivamente.
Alice Hoeschl, avó de Vera Kleine Sobrinho e Marlene Gertrudes Karsten, que nos têm repassado parte da história e acervo de sua família, como o
livro de receitas de Henriette Davidis - Culinária Alemã, entre outras contribuições valiosíssimas, as quais vamos compartilhando à medida que for possível.
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Alice (Hoeschl) Altenburg, esposa do filho de Louis Altenburg Sênior e Gertrud (Wagner) Altenburg, Adolf Altenburg, na frente da casa de seu pai Leopold Hoeschl com o qual residia desde que ficou viúva. A residência Hoeschl estava localizada na Alameda Rio Branco e neste registro fotográfico, apresentava seu quintal e jardim inundados pelas águas de uma enchente. Esta fotografia, acervo da Família Kleine, foi nos enviada por Vera Kleine Sobrinho. |
Gertrud
(Wagner) Altenburg, sogra
de Alice (Hoeschl) Altenburg e bisavó de Vera Kleine
Sobrinho e Marlene Karsten, faleceu com 38 anos de
idade em 8 de fevereiro de 1886, por causas derivadas de uma pneumonia insidiosa.
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Túmulo de Gertrud (Wagner) Altenburg no Cemitério Luterano Centro - Blumenau, com as datas de nascimento e falecimento. |
Gertrud
(Wagner) Altenburg) de
maneira consciente e ciente de que estaria para deixar 11 filhos órfãos e seu
marido viúvo, preocupada com a família, acertou o segundo casamento de seu
marido, pessoalmente. Sua escolhida para ser a segunda esposa de Louis
Altenburg Sênior e sua sucessora foi a professora que residia em sua
casa e era sua amiga pessoal, a Clara Breithaupt.
E
assim aconteceu. Gertrud (Wagner)Altenburg (1848- 1886)
faleceu em 6 de fevereiro de 1886 e Louis Altenburg se casou
com a professora Clara Breithaup (1860-1895) em 12 de maio
deste mesmo ano - três meses após o falecimento da filha de Peter
Wagner. A professora Clara Breithaupt era filha do
agrimensor Hans Heinrich Justus Breithaupt e de Friederike
Christiane Breithaupt (Solteira: Böhme).
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Destaque para o agrimensor Hans Heinrich Justus Breithaupt, bisavô da professora Elisabeth Derschum. |
Clara
Breithaupt, faleceu
9 anos após seu casamento, em 12 de dezembro de 1895, após o parto de sua filha
mais nova, Clara Altenburg (que poderia ter recebido o nome da
mãe, como uma homenagem). Ao falecer, Clara tinha 35 anos.
Em 9 anos de casamento Clara teve 7 filhos com Louis
Altenburg Sênior. São eles: Selma Clara Altenburg (1887–1981); Jenny
Cândida Altenburg (1888– ); Else Altemburg (1889–1970); Paula
Selma Maria Altenburg (1891–1957); Mathilde Altenburg (1892–1985); Wolfgang
Altenburg (1894–1981) e Clara Altenburg (1860–1985).
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Filhos de Clara Altenburg e de Louis Altenburg Sênior. |
Um ano
após o falecimento de Clara, em 26 de novembro de 1896, Altenburg se
casou com a irmã mais velha de Clara, Marie Breithaupt (1858
- 1956) em 26 de novembro de 1896. A professora Elisabeth considera Marie
(Breithaupt) Altenburg a sua vó, pois os filhos de Altenburg foram
criados por ela, como se fossem seu e se tornou a avó de todos os netos
de Altenburg, lembrando que partes destes filhos eram seus
sobrinhos de sangue, filhos de sua irmã Clara.
Um ano após o falecimento de Clara, em 26 de novembro de 1896, Altenburg se casou com a irmã mais velha de Clara, Marie Breithaupt (1858 - 1956) em 26 de novembro de 1896. A professora Elisabeth considera Marie Altenburg a sua vó, pois os filhos de Altenburg foram criados por ela, como se fossem seu e se tornou a avó de todos os netos de Altenburg, lembrando que partes destes filhos eram seus sobrinhos de sangue, filhos de sua irmã Clara.
O que eu sei é que Clara estava à beira da morte, após o parto do sétimo filho, é ela pediu ao marido que ele se casasse com Marie, sua irmã, pois ela, Clara, tinha certeza de que Marie seria uma boa mãe para as crianças. E assim aconteceu. Ela amou todos e todos a referenciaram. Elisabeth Maria (Scholz) Derschum, novembro de 2024
Marie se casou com Louis
Altenburg Sênior quando tinha 38 anos. Ela havia nascido em 31 de
janeiro de 1858. Mesmo com quase 40 anos e em um tempo onde era muito
fácil uma mulher falecer por complicações no parto, teve dois filhos, para
somar com os outros 18 filhos de seu marido, totalizando 20 filhos. Seus filhos
foram: Hans Altenburg (1898 - ) e Emilie Altenburg (1899
-).
Marie
Altenburg foi a avó
de todos os netos de Louis Altenburg Sênior, como também foi a avó
"adotiva" da professora Elisabeth Derschum que foi filha
da filha de Clara Altenburg, Mathilde Altenburg (1892-1995)
e de Wilhelm Scholz (1886-1955), casados em 10 de agosto de
1927, em Blumenau.
De acordo
com a Professora Elisabeth Maria (Scholz) Derschum, em 1948, a
grande família Altenburg se reuniu para comemorar os 90 anos
de Marie. Durante um período, foi considerada a pessoa mais velha a
residir na cidade. Nesse tempo de comemoração de seu 90° aniversário, vieram para
cidade familiares de todo o Brasil. em 1947 o número de membros da família
somava 254 descendentes.
Em 1953,
novamente se reuniram para comemorar seu 95° aniversário de nascimento. Marie faleceu
às vésperas de completar 98 anos, em 1856.
Moritz Adolph
Louis Altenburg ou Louis
Altenburg Sênior faleceu em 9 de janeiro de 1920, contando 75 anos de
idade. Sua neta - a professora Elisabeth termina o texto de
sua biografia com as palavras de Papini, esclarecendo de maneira
objetiva o que foi a vida de seu avô:
"Os
grandes são verdadeiramente grandes porque, através da vida comum, conseguiram
exprimir e criar alguma coisa, que supera e sobrevive a eles e a seu
tempo". Papini - Elisabeth Maria (Scholz) Derschum.
Um registro para a História.
Sou Angelina Wittmann, Arquiteta e Mestre em Urbanismo, História e Arquitetura da Cidade.
@angewittmann (Instagram)
Referências
- SCHOLZ, Elisabeth Maria. Luiz Altenburg Sênior. CENTENÁRIO de Blumenau. 1850 – 2 de Setembro – 1950. Blumenau: [s.n.], 1950. – 1v.(varias paginações).il. Edição Comissão de festejos.
- DEEKE, José. O Município de Blumenau e a História de seu Desenvolvimento. Blumenau: Nova Letra, 1995.
- CULTURAL DE BLUMENAU. Arquivo Histórico José Ferreira da Silva. Colônia Blumenau. Mapas.
- HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. São Paulo : Vértice, 1990. 189p. (Biblioteca Vértice. Sociologia e Política, 21).
- INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Perfil dos municípios brasileiros. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/>. Acesso em: 22 nov. 2023.
- LAGO, Paulo Fernando. Santa Catarina A Terra – o Homem e a Economia. Editora da Ufsc. Florianópolis, 1968.
- VIDOR, Vilmar. Indústria e Urbanização no Nordeste de Santa Catarina. Blumenau: Editora da FURB,1985.
- WETTSTEIN, Phil. Brasilien und die Deutsch-brasilieniche Kolonie Blumenau. Leipzig, Verlag von Friedrich Engelmann, 1907.
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