segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Natal - Sua origem Histórica

Vila Germânica - Blumenau
O Natal comemorado no dia 25 de dezembro, não é comemorada nesta data, em todos  os países do mundo. Em alguns países (eslavos e ortodoxos) é comemorado no dia 7 de janeiro
Foi fixada a data de 25 de dezembro para comemorar o Natal, por coincidir com o solstício de inverno e com as festividades pagãs romanas, povo que dominou boa parte do território europeu. Parte deste território, estavam regiões da atual Alemanha que recebeu grande contribuição cultural deste povo, principalmente, no sudoeste de seu território atual. Cultura, que depois de se tornar cristã, converteu muitos dos povos - denominado pagãos, também neste país, de sul a norte.

Um exemplo - A base cultural do exército de Bismark, responsável pela unificação do Estado da Alemanha em 1871, foi feita a partir de soldados prussianos, povo independentemente que foi descultuado pelas cruzadas alemãs (oriundas do sul da Alemanha)  que chegaram no norte, próximo ao Mar Báltico, com o objetivo de converter os pagãos locais ao cristianismo. Em troca receberam terras locais da Igreja Cristã de Roma e dentro do sistema vigente, tornavam-se senhores das terras e das povoações. Para saber mais, clicar sobre: Prússia e um pouco de sua História .

Para ler mais sobre - Clicar sobre:

Conhecer um pouco...
Solstício de Inverno

O sol sempre teve muita importância nos rituais das antigas religiões, em torno de todo o planeta -  Origem e alimento da vida. Por muitas culturas, o sol era considerado - deus e quase toda a movimentação social das comunidades transcorriam em torno de seu movimento, em relação à Terra.
O  Solstício é o momento, dentro do calendário, no qual o sol  incide com a maior intensidade sobre o planeta. Visualmente é quando, o astro surge no ponto mais afastado da linha do equador, quando realiza seu movimento aparente no céu - Ponto de vista da Terra.

Para muitos povos, considerando milhares de anos atrás,  a humanidade festejava o nascimento do sol como sendo o acontecimento mais importante da Terra - Solstício de Inverno. O solstício de Inverno acontece no período que varia de 17 a 25 de dezembro, dependendo do ciclo solar de cada ano. Muitas adaptações e má interpretação histórica são apresentadas aleatoriamente em vários períodos sobre este período, ao longo da história da civilização. Teve modificações e adaptações feitas, no Império Romano e o cristianismo,  em várias regiões no mundo e também na região onde está localizada a Alemanha, atualmente. 
Adaptaram e adotaram o Natal nesta data, como a data do nascimento do filho de Deus e não mais o nascimento do Sol (Para muitos povos das antigas religiões -  também considerado deus) como conheciam os "povos pagãos" - povos antigos alemães. Em 336, o imperador romano Constantino I, aproveitando os festejos dos solstício da luz, nas várias regiões conquistadas pelos romanos, anunciou a nova religião de Roma e contou a história de Jesus
Constantino I (272 - 22 de maio de 337) foi proclamado imperador romano
 em 25 de julho de 306 e  uniu o império à igreja cristã
A religião cristã romana tomou como base para sua formação, informações antigas das religiões pagãs locais. O nascimento do filho de Deus na Terra na mesma data do sol foi uma dessas adaptações feitas para a nossa era e uma grande "sacada". O solstício de inverno era uma data comemorada por todos os povos de todas as religiões em torno do planeta, pois se tratava do nascimento do novo ciclo do sol,  sobre a Terra.
Templo "pagão" de Stonehenge, monumento megalítico da Idade
 do Bronze - Planície de Salisbury - próximo a Amesbury, no
Condado de Wiltshire - Sul da Inglaterra
Ainda existe informações sobre o solstício nas paredes de monumentos egípcios e nos registros dos indianos. O solstício também estava registrado nas antigas escrituras sagradas e em muitos livros, os quais foram destruídos e queimados pelo Império Romano e durante a Idade Média - considerado material pagão. Foi através da formação do que ficou registrado em Roma, através do Concílio de Nicéia, que Roma mudou a história da humanidade. Este Concílio aconteceu no ano de 336 com o objetivo de criar uma religião oficial para o império romano. Foi elaborado não somente um novo calendário para o mundo ocidental, como também, foi mudado o rumo de sua história. Tudo que fosse contado de forma diferente era considerado de origem pagã, a partir de então.
Concílio de Nicéia
A partir desta data, foi dividido o mundo ocidental em cristãos (religião oficial do Estado) e pagãos (religião dos povos locais dominados). Este contexto foi motivo e causa da origem de muitas guerras em nome de Deus e fez apagar muita história da cultura de alguns povos (Na Alemanha, a obra dos Irmãos Grimm contribuiu muito para a preservação da tradição e da história antiga - nas regiões que formaram o país nos moldes atual e arredores. Para saber mais sobre, ler a postagem dos Irmãos Grimm.

As comemorações - conhecidas natalinas, as quais, na Europa, foram e são festejadas em dezembro, foram trazidas para as Américas na época da catequização dos índios.

Sempre é bom conhecer...Continuando...
De onde vem a palavra Natal...

Do latim = natális, derivada do verbo nascor, nascéris, natus sun, nasci, significando nascer, ser posto no mundo.

O Natal é comemorado desde o Séc. IV , após o Conselho de Nicéia, como comentado anteriormente, criado pelos Romanos, nos territórios que dominavam - no seu império. Desde o Séc. V, a partir da readequação dos festejos do solstício de inverno, é festejado pelos povos dominados - data que passa a ser a data de nascimento de Jesus Cristo  e não mais do sol - para a nova religião -  Cristianismo.

Seu significado no italiano é natale, francês é Noël, no catalão é Nadal, espanhol é Natal e português é Natal.
Constantino I
No inglês a data é conhecida como Christmas e provem das palavras latinas Cristes measse. Seu significando em inglês: Christ´s Mass - missa de Cristo.
Do natalis deriva também “natureza”, o somatório das forças ativas em todo o Universo.
A primeira celebração da data do nascimento de Jesus Cristo - Natal - como já descrito, aconteceu em Roma, no ano de 336, quando imperador romano Constantino I apresentou a nova religião do império romano. Na região oriental do império romano, o natal é comemorado em 7 de janeiro. Segundo consta, é a data do batizado de Jesus.

Por que esta data?


Além do período do Solstício de inverno, alguns afirmam que trata-se da negação ao Calendário Gregoriano, no qual as igrejas ocidentais adotaram o dia 25 de dezembro para o natal e 06 de janeiro para Epifania, ou “Manifestação” – onde é comemorado a visita do Reis Magos, atualmente conhecido como dia de reis - atualmente, é a data na qual é desmontada a Árvore de Natal (Clicar sobre a Árvore de Natal).
Epifania
Segundo historiadores, a data de 25 de dezembro não é a data real do nascimento de Jesus - filho de José e Maria. Esta data, como mencionado anteriormente, foi adotada para cristianizar as festas “pagãs” e também oportunizar sua popularidade entre o povo. Festas comuns nas mais variadas regiões, pelo mundo, até mesmo, na região onde viviam os povos germanos, descritos por Tácito. Quase sempre coincidentes, com as festividades do solstício de inverno.
Tácito
Saturnália
Os romanos, como mencionado, neste mesmo período, tinham uma festividade em honra ao deus Saturno – Saturnália – que era comemorada de 17 a 22 de dezembro. A festividade tinha como características: muita alegria e troca de presentes. O dia 25 de dezembro, igualmente, era conhecido pela data do nascimento do deus persa Mitra – o Sol da Virtude.
A festividade de natal foi criada pelos romanos cristãos, em uma data que também coincidia, na época, com uma homenagem à data de nascimento do deus persa - Mitra, que representa a luz. Ao longo do século II tornou-se uma das divindades mais respeitadas e populares entre os romanos. As festividades ao deus Mitra também tinha o objetivo celebrar o solstício de inverno, a noite mais longa do ano, no hemisfério norte. Na Mesopotâmia, região aonde surgiram a escrita e a roda, a celebração durava 12 dias.

Os gregos aproveitavam o solstício para cultuar Dionísio, o deus do vinho, enquanto os egípcios relembravam a passagem do deus Osíris para o mundo dos mortos. Na China, as homenagens eram para o símbolo do yin-yang, que representa a harmonia da natureza.
Os povos antigos da Grã-Bretanha, mais primitivos que seus contemporâneos do Oriente, comemoravam em volta do Stonehenge, monumento que começou a ser construído em 3100 A.C. para marcar  ciclo anual do sol em torno da Terra.
Com a intenção de converter os “pagãos”, os primeiros cristãos fizeram com que as festas pagãs parecessem “cristãs” e este fato é conhecido, há muito tempo, propagado por historiadores e pesquisadores. Um exemplo disto: em pleno século XVII, as festividades de Natal, por não apresentar uma origem bíblica, foram abolidas na Inglaterra em algumas colônias americanas. Na ocasião, se alguém permanecesse em casa e se negasse a ir trabalhar no dia de natal, era multado. Mais tarde, percebeu-se que comercialmente era um desperdício, por não possibilitar o movimento comercial nas cidades, durante as compras de natal, quase como nos dias atuais.
Feiras de natal na Alemanha
Um exemplo próximo e muito recente...

Na casa paterna de nossa infância, não eram reconhecidos e valorizados: a árvore de Natal, o Papai Noel e as decorações natalinas. Nossa herança cultural tinha ligação forte com o catolicismo espanhol e português e este, por muito tempo, não reconhecia as festividades que não tivessem origem bíblica - o Natal primava pela simplicidade semelhante àquela do cenário no qual se conta que nasceu Jesus.

O Natal, em nossa casa de infância, era comemorado em torno do presépio, geralmente localizado no ambiente onde a família fazia as refeições diárias. No ambiente se arrumava a mesa para todos da casa, na véspera do dia 25 de dezembro. Era uma mesa posta, de maneira muito simples, com pratos identificados, de nosso uso diário, nos quais era servido alimento (palha) para o burrinho que traria o Menino Jesus na noite de natal. Alertavam-nos que o Menino Jesus traria presentes para todas às crianças da casa que tivessem bom comportamento. Por conta disto e da expectativa da chegada do visitante, todos dormiam muito cedo, para que Ele chegasse logo. Na madrugava, o Menino deixava seu rastro de alegria em sua passagem "imperceptível" mas, real, através dos presentes depositados nos pratos. O burrinho comia todo o alimento dos pratos e neles o Menino Jesus deixava os presentes. Estes, quase sempre, algo útil, como: sapatos novos, material escolar ou roupas. Geralmente, dormíamos com os sapatos novos nos pés, de tanta alegria.

Prosseguindo...

Muito do que "consumimos" hoje, para "fazer" nossa festa de Natal, destoa da originalidade e de nossas raízes culturais, tonando-nos "massa" consumidora. Sem percebermos, estamos no meio de um "ciclone" consumindo, consumindo, sem reflexão sobre o real significado desta data. Talvez, ao longo da história de sua existência, poucos tenham tido esta consciência. Até mesmo ícones de nossa real cultura estão no balcão de "aliciamento", de maneira disfarçada, a partir de pseudos valores. Atenção é preciso ter! As alegrias estão nas pequenas ações, nas dobraduras da ilusão, nas quais muitos vivem no momento presente.

Árvore de natal

árvore de natal - tradicionalmente usado - é um  tipo de pinheiro, em função de sua origem histórica -  inverno de muitos períodos históricos, no norte do continente europeu, desde muito tempo antes do nascimento de Jesus.
Germânicos
Desde há muito tempo, antes de Cristo, haviam civilizações no continente europeu, as quais cultuavam outras religiões, já mencionado anteriormente. Isto até o momento que grande parte destes povos foram convertidos ao cristianismo pelos romanos. Nas religiões antigas destes povos do continente europeu e também  asiático - entre eles, os povos germanos - as árvores eram consideradas símbolo divino, a partir de sua religião e mitologia. Entre estes povos, a presença da árvore em seus rituais religiosos e festividades era muito frequente e quase sempre estava relacionada à religião, colheita, fertilidade e ao plantio. 
Nesta época, tinha-se uma visão da árvore, a partir de sua projeção vertical, desde as raízes (e seus significados) sob o nível do solo, até a sua parte aparente, acima dele, inspirando-os a relacionar esta com a conexão entre o divino e a terra ou à Mãe Terra. Entre os povos germânicos a árvore sagra era chama de de  Ash - árvore do inverno.
Estivemos no sul da Alemanha e percebemos, que em várias
 cidades, as pessoas , como faziam na  religião primitiva, 
sepultam seus mortos  junto às raízes das árvores.
Vimos esta prática nas cidades de Rödelsee e Ruhpolding
Na região localizada próxima ao Mar Báltico, antes do cristianismo chegar no local, as pessoas cortavam pinheiros e levavam para suas casas e os enfeitavam, sem a conotação religiosa atual.

São Bonifácio
Martinho Lutero, na véspera de natal com a família
Cantam hinos perto da árvore de natal
Gravura de Bernhard Plockhorst - 1887
Há algumas versões, sobre a primeira árvore  de natal decorada, com o significado dos dias atuais. Algumas fontes afirmam que a primeira foi decorada em Riga - Letônia, em 1510. Haviam muitos conflitos entre os primeiros cristãos e a prática de enfeitar árvores era considerada prática pagã. Contam que no início do século XVIII, São Bonifácio - religioso católico pertencente à Ordem Beneditina - quis exterminar esta "prática pagã" na região de Turíngia. Não foi feliz em seu intento. Mas  não desanimou. Resolveu, então, encampar esta crença à Igreja Católica, considerada "pagã", às práticas da Igreja da época. Associou o formado triangular do pinheiro à "Santíssima Trindade" e os seus ramos, considerados resistentes e perenes, comparou a eternidade de Jesus. 
Há pesquisadores que defendem a versão de que quem decorou a primeira árvore de natal foi o ex religioso católico e fundador da Igreja Luterana - Martinho Lutero. Lutero viveu em um tempo marcado por muitos conflitos e embates, em nome de Deus. É, portanto, conhecido que a Igreja Luterana é uma dissidência de Igreja Católica Romana esta criada no Império Romano e muitas das festividades religiosas católicas continuam sendo praticadas na religião Luterana, como também o natal. Em uma outra versão, contam que a primeira árvore de natal,com o significado atual, foi decorada por Martinho Lutero, na Alemanha. Parece-nos a versão mais coerente, considerando todo o contexto histórico-cultural daquele tempo  e também nos tempos "primitivos",  naquela região.
Martinho Lutero, antes de ser um homem que ensinava assuntos da espiritualidade, era um professor conhecedor da filosofia e mitologia.
É sabido e propagado que vislumbrou o céu estrelado entre as copas dos pinheiros, na Alemanha. Ao perceber o céu intensamente estrelado pareceu-lhe este, um colar de diamantes encimando a copa das árvores. Contam que ficou tão extasiado com o espetáculo natural que decidiu arrancar um galho do pinheiro e levou para sua casa, na qual, tentou reproduzir o que viu ao ar livre.
Colocou o pequeno pinheiro em um vaso com terra e chamou sua esposa e filhos e decorou a pequena árvore com pequenas velas acesas afincadas nas pontas dos ramos. Para a árvore ficar mais bonita e alegre, arrumou papéis coloridos para enfeitar seus ramos. Sobre a copa, representou a estrela cadente, segundo a história, guiou os reis Magos ao local onde estava o menino Jesus, na cidade de Belém.
A família Lutero ficou maravilhada com a árvore acesa, o que lhes parecia ter adquirido vida. Martinho Lutero quis reproduzir a noite de natal dentro de sua casa, fora era muito frio, para mostrar aos seus filhos, como deveria ser o céu na noite do nascimento do Menino Jesus.
Este é um dos motivos, pelos quais, muitos países católicos não aceitavam a árvore de natal e somente o presépio natalino - motivos religiosos.
"Os católicos zombavam do culto a Lutero da mesma forma que do costume da árvore de Natal", explica Döring. Aliás, uma das expressões sarcásticas com que denominavam o protestantismo era "a religião da árvore de Natal". Alois Döring- Etnólogo de Bonn.

Enfeites de natal produzidos na China
Atualmente a tradição vai além das práticas das religiões cristãs. A tradição, também tem o aspecto comercial, nas muitas cidades do Ocidente e até mesmo do Oriente - onde não tem a tradição cristã. É praticada a tradição de montar a árvore de natal para motivar as vendas durante o período que antecede o Natal, durante o mês de dezembro e muitas vezes, presente nos cenários, já no mês de novembro, quase sempre, sem o significado original explicativo de sua existência, antes e depois de Cristo.

Dia de Montar a Árvore de Natal

Na grande maioria dos países que praticam religiões cristãs, acompanham e respeitam o período de Advento, o qual tem ligação com a árvore e decoração de natal, com início no domingo mais próximo do dia 30 de novembro. Este ano, no dia de 1° de dezembro, ou seja, o dia de montar ou iniciar a montagem da árvore de natal deve acontecer neste domingo. O tradicional, de acordo com os antigos que iniciaram a prática desta tradição, juntamente com a tradição do Advento - contar 4 domingos, até chegar o dia de natal, comemorado no dia 25 de dezembro. Neste período  deve acontecer a preparação para a grande festa espiritual, nas casas e no coração das pessoas que seguem esta tradição a partir da religião cristã. Em casa, iniciar o processo de decoração da árvore de natal aos poucos, durante as 4 semanas de advento, sendo que na última semana, onde, de fato, é feito os acabamentos e repassado todos os detalhes, não somente do término da decoração da árvore de natal, mas também, os preparativos para a grande festa espiritual.


Em algumas localidades da Alemanha, onde se prima pela tradição, a árvore é buscada pelos homens da família na floresta (reflorestamento), na véspera da noite de natal, enquanto as mulheres se ocupam com os preparativos da festa.

Dia de desmontar a árvore de Natal

No dia 6 de janeiro, comemorado pelos católicos - dia dos Reis Magos. Data da chegada dos Reis e príncipes ao local onde estava o menino Jesus, que segundo transcreve a tradição, seguiram a estrela cadente. Encerramento dos festejos natalinos, com o desmonte da árvore de natal e o recolhimento de todas as demais decorações.

O Presépio

O presépio, na igreja católica, foi usado pela primeira vez por Francisco de Assis, em 1223. O frade franciscano quis celebrar o Natal, na ocasião, de uma maneira mais real possível, e com a permissão do Papa, montou um presépio de palha, com a imagem do Menino Jesus, de Maria e de José, juntamente com um boi e um jumento e vários outros animais. Neste cenário celebrou a missa de natal. Foi um sucesso, que logo foi adotado em toda a Itália, passando a ser usado nas casas dos nobres da Europa e depois em todos os lares.





Natal na Alemanha

O Natal começa a ser “preparado”, na Alemanha, no período do Advento, no final do mês de novembro e correspondente ao quarto domingo antes da data de natal – Este período, em alemão, é conhecido como: Weihnachtszeit.


Durante o período de advento acontece os “Weihnachtsmarkt”- as tradicionais feiras de Natal. A maioria destas feiras atende ao público até os dias 23 e 24 de dezembro e quase sempre é ponto de encontro entre familiares e amigos.
Feira de Natal de Frankfurt
Advento

O advento é o tempo para a preparação. A coroa de advento, geralmente é feita de ramos de pinheiro e fitas vermelhas e tem importante significado na tradição de Natal, na Alemanha, entre outros países. Este conjunto de ramos, conhecida por guirlanda recebe 4 velas, que são acesas a cada domingo que antecede o Natal. Como um marco, contando quantos dias  restam para o grande dia festivo.

A Origem do Advento

A guirlanda é oriunda da tradição pagã, sendo adotada e modificada pelo cristianismo. Os povos da região, antes da vinda dos cristãos, na escuridão do inverno, em volta das folhas, acendiam velas, que representavam a luz e o fogo do deus Sol, desejando que a luz e fogo do sol retornassem, em breve.
Para cristianizar as pessoas que habitavam a região, os primeiros missionários, adotaram a tradição, dando um outro significado a este costume antigo. Seu significado atual representa a união, o amor de Deus e as velas lembram que Jesus é a luz do mundo.

Adventskalender

O Calendário de Advento - Adventskalender - é um dos principais símbolos do advento alemão. O calendário é formado por janelinhas com números de 1 a 24, sendo que o 1 representa o primeiro dia do mês de dezembro e o dia 24 é a véspera de Natal. O Adventskalender surgiu na Alemanha e é um tipo de “contagem regressiva” para as crianças, que aguardam, com grande expectativa, o dia de Natal.

São Nicolau

Na Alemanha é comemorado o dia de São Nicolau no dia 6 de dezembro. Rege a tradição que neste dia, as crianças bem comportadas recebem doces, luvas, cachecóis e ao contrário, as mal comportadas recebem carvão em seus sapatos. Para as religiões cristãs, este personagem bondoso é considerado o verdadeiro Papai Noel. Ele não tinha barriga, não usava roupas vermelhas e nem calçava botas pretas. Ele era alto, esbelto, vestia uma batina branca e usava mitra. A roupa vermelha era sua vestimenta de Bispo, conhecido Bispo de Mira.

Bispo de Mira

São Nicolau, após ser padre, se tornou bispo. São Nicolau Taumaturgo era da cidade Mira. Foi muito conhecido pelos ortodoxos, principalmente pelos russos.

Nicolau nasceu na Ásia Menor, no final do Séc. III. Sempre teve desejos de entrar na vida religiosa, desde tenra idade. Foi ordenado padre muito jovem. Ainda jovem, Nicolau herdou grande fortuna e a distribuiu entre os pobres. Ajudava aos mais necessitados anonimamente para que ninguém pudesse lhe agradecer.

Conhecer é preciso.

Natal é uma oportunidade concreta de celebrar o amor incondicional no seio da família entre as famílias. Celebrar sem conotação comercial, mas a partir da paz de espírito gerado a partir de ações amorosas e sem interesse de qualquer natureza especulativa. Oportunidade para se trocar um abraço, com um sorriso nos lábios.  Os presentes, são detalhes.


Que o espírito de Natal verdadeiro, seja uma constante...
Em seus lares, todos os dias do ano de 2014.



3 comentários:

  1. Senhora Angelina
    Que pesquisa, que texto histórico, cultural e de aprendizado. Tudo isso nos remete a avaliar a refletir, e dizer que dados são dados, sendo mitologia, verdades estão para agente usufruir.
    Pena outro dia um colunista do Santa , tecer em seu artigo que Papai Noel é ridículo. Certamente não tem sentimentos, certamente não teve bons natais (o que não o dê o direito de escrever dessa forma), oque nos importa são os fatos, os dados e o momento divino que é o Natal de Jesus, passando por todas as lendas e o Papai Noel.
    Abraços e parabéns
    Adalberto Day cientista social e pesquisador da história.

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  2. Sr. Adalberto, quando queremos aprender sobre alguma coisa, sobre algum tema em específico, sempre buscamos, a partir da pesquisa e melhor ainda...escrevermos sobre as informações. Quase sempre somos convidados a reavaliar determinadas questões e posicionamentos, menos a certeza do compartilhar a partir do amor incondicional. Suas palavras sempre são motivadoras. Espero que estas o encontre bem ...Abraços de Salto Weissbach, e aproveitamos para lhe desejar bons momentos durante os festejos natalino, em família.

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  3. Senhora Angelina
    Seu comentário é uma aula de sabedoria. É assim que devemos pensar.
    Agradecemos os votos de felicitações Natalinas e desejamos da mesma forma Um Feliz Natal repleto de muitas alegrias e paz e saúde.
    Adalberto Day

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