Conhecemos e tivemos o prazer de conversar com Carlos Krueger e sua esposa, na ante sala de um consultório médico (Dr. Alexandre Ferreira), em 2011 e, percebemos ser um dos muitos personagens anônimos que fizeram e fazem parte de nossa história - História da cidade de Blumenau.
Foi um encontro que marcou muito.
Foi um encontro que marcou muito.
Casados há mais de 60 anos |
Aeroclube junto à bomba de gasolina - 1948 |
Os dois contando, como se encontraram e depois, caminharam juntos, até hoje.
Moram sozinhos na mesma casa, desde quando casaram - Bairro da Vila Nova. Atualmente contam com os amigos de religião, para auxílio nos momentos mais difíceis. Como desafio, enfrentam alguns problemas com a locomoção (Transporte) e com a saúde de ambos.
A gaita de Carlos Krueger ainda o acompanha. Atualmente, não consegue mais tocá-la, o que o deixa triste. Mesmo assim, não deixa de sorrir, em momentos de conversa entre os amigos.
Quando o visitamos, um tempo depois, em sua residência, contou-nos um pouco de sua vida.
Carlos Krueger foi torneiro mecânico da Estrada de Ferro Santa Catarina, filho de ex agente ferroviário. O ex ferroviário, ainda conta muitas histórias de uma Blumenau que não tivemos oportunidade de conhecer e os desafios que os descendentes de imigrantes enfrentaram nas primeiras décadas de história da cidade e depois, durante o período das grandes guerras. Ele contou algumas passagens deste período - durante a 2° Guerra Mundial, mas não lhe fez bem, as lembranças. Com olhos marejados de lágrimas, interrompeu a narrativa destes momentos de lembranças tristes.
Carlos Krueger, sempre residiu no Bairro da Vila Nova, desde que nasceu - década de 20 do século passado. Acompanhou todas as transformações da cidade e principalmente, do seu bairro - Vila Nova, por mais de 8 décadas.
Emocionou-nos, quando, nesta visita, pegou sua velha companheira de música - a gaita, e fez a melodia que aprendera com os antigos, com o mesmo vigor de outros tempos, quando alegrava as domingueira e festas de casamento. Tocou, mesmo com os dedos um pouco enrijecidos pela idade.
Carlos Krueger foi torneiro mecânico da Estrada de Ferro Santa Catarina, filho de ex agente ferroviário. O ex ferroviário, ainda conta muitas histórias de uma Blumenau que não tivemos oportunidade de conhecer e os desafios que os descendentes de imigrantes enfrentaram nas primeiras décadas de história da cidade e depois, durante o período das grandes guerras. Ele contou algumas passagens deste período - durante a 2° Guerra Mundial, mas não lhe fez bem, as lembranças. Com olhos marejados de lágrimas, interrompeu a narrativa destes momentos de lembranças tristes.
Carlos Krueger, sempre residiu no Bairro da Vila Nova, desde que nasceu - década de 20 do século passado. Acompanhou todas as transformações da cidade e principalmente, do seu bairro - Vila Nova, por mais de 8 décadas.
Emocionou-nos, quando, nesta visita, pegou sua velha companheira de música - a gaita, e fez a melodia que aprendera com os antigos, com o mesmo vigor de outros tempos, quando alegrava as domingueira e festas de casamento. Tocou, mesmo com os dedos um pouco enrijecidos pela idade.
Atualmente, não toca mais a velha acordeon e está muito doente, mas não o suficiente, para deixar de tratar com um carinho imensurável sua companheira - sua esposa, que nos fez chorar, diante do estado de saúde dos dois e uma possível separação, em breve.
Ela disse para ele, na nossa frente:
"Cali, tu não vai, antes de mim. Quem é que vai cuidar de mim?"
A chamamos de "Ela", porque tem um nome meigo, lindo e diferente, o qual, não conseguimos lembrar. Só lembramos, o quanto são lindos juntos, mesmo diante de tantos problemas.
Ela disse para ele, na nossa frente:
"Cali, tu não vai, antes de mim. Quem é que vai cuidar de mim?"
A chamamos de "Ela", porque tem um nome meigo, lindo e diferente, o qual, não conseguimos lembrar. Só lembramos, o quanto são lindos juntos, mesmo diante de tantos problemas.
Ele mostrou-nos duas fotografias do Livro A Ferrovia no Vale do Itajaí -Estrada de Ferro Santa Catarina, onde está seu pai, que também foi ferroviário e trabalhou desde os primeiros anos de funcionamento da ferrovia - EFSC.
História: Carlos Krueger tentou ingressar na Escola Luiz Delfino na época do Nacionalismo. Tentou aprovar no exame de admissão e sofreu bullying, por mais de uma vez, sendo reprovado sem a chance de fazer a prova por ser filho de imigrantes, brasileiro e foi humilhado - nos contou esta história com olhos marejados, quando já tinha mais de 85 anos. contou que foi até que seu pai, o ferroviário Karl Krueger disse "Chega!...você vai ser ferroviário" Tornou-se então, aprendiz de mecânico ferroviário.
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Dezembro de 2015
Estivemos visitando o casal Krueger, no último dia 10 de dezembro de 2015. Apesar de todos os revezes, limitações e obstáculo, sorriem juntos. É um exemplo, ao mesmo tempo que também é triste. Um registro.
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Carlos Krueger faleceu em 2019 e sua casa foi demolida em janeiro de 2020, lembrando que sua casa paterna e de sua infância fica aos fundo e apresenta uma arquitetura monumental.
Seu pai - Karl Krueger é o segundo da direita para esquerda. Nesta foto, estão na Estação de Hansa - Hamônia, - Atual Ibirama. |
História: Carlos Krueger tentou ingressar na Escola Luiz Delfino na época do Nacionalismo. Tentou aprovar no exame de admissão e sofreu bullying, por mais de uma vez, sendo reprovado sem a chance de fazer a prova por ser filho de imigrantes, brasileiro e foi humilhado - nos contou esta história com olhos marejados, quando já tinha mais de 85 anos. contou que foi até que seu pai, o ferroviário Karl Krueger disse "Chega!...você vai ser ferroviário" Tornou-se então, aprendiz de mecânico ferroviário.
Escola Luiz Delfino - Blumenau. |
Dezembro de 2015
Estivemos visitando o casal Krueger, no último dia 10 de dezembro de 2015. Apesar de todos os revezes, limitações e obstáculo, sorriem juntos. É um exemplo, ao mesmo tempo que também é triste. Um registro.
Carlos Krueger faleceu em 2019 e sua casa foi demolida em janeiro de 2020, lembrando que sua casa paterna e de sua infância fica aos fundo e apresenta uma arquitetura monumental.
Casa demolida em janeiro de 2010 - localizada na Rua Almirante Barroso, ao lado da praça, cujo terreno foi doado por Carlos Krueger. |
Fotografia de 13 de dezembro de 2020. |
Fotografia de 13 de dezembro de 2020. |
É parte da história da cidade que não consta nos livros de História...mas que existe.
Interessante a história deste personagem anônimo, Carlos K.. Penso, quantos outros personagens anônimos tem nesta cidade e em outros lugares do mundo! Pro Mestre Angelina Wittmann! Parabéns!
ResponderExcluirApreciamos muito prestigiar as história "limpas" e sem ideologia, tentando efetua nossa "leitura" honesta e es história geralmente está nas ações dos anônimos. Abraço grande.
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