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segunda-feira, 31 de março de 2014
Instituto da Língua Alemã faz 50 anos
Deutsche Welle
Desde 1964, linguistas pesquisam em Mannheim todas as áreas do idioma alemão. Eles coletam dialetos, estudam o discurso coloquial e cuidam do futuro da língua, para o bem de falantes nativos e estudantes estrangeiros.
Lá no fundo do extenso porão se encontra o verdadeiro tesouro do Instituto da Língua Alemã de Mannheim (IDS): cerca de 16 mil fitas com mais de 4,5 mil horas de gravação de dialetos alemães, do oldemburguês até o frísio oriental, passando pelo francônio do Mosela, o saxônio, o coloniano e o baixo-alemão de Paderborn.
Essa é a maior coleção do gênero, em todo o mundo. Algumas das fitas preciosas estão agora no estúdio de áudio do instituto, para serem digitalizadas e conservadas para o futuro.
"Os dialetos que os nossos antecessores gravaram nesta forma por toda a Alemanha, em meados da década de 1950, ainda são relativamente genuínos", explica o linguista Ludwig Eichinger, que desde 2002 dirige o IDS. "Por esse motivo, eles proporcionam uma base única de comparação de como a língua coloquial alemã se desenvolveu."
Durante séculos, a Alemanha foi fragmentada em pequenos Estados. Por isso, nenhum outro idioma europeu é falado em versões tão numerosas e tão diferentes entre si quanto o alemão. Munidos de um software de última geração, os cientistas do IDS levam agora a história falada para o mundo digital.
À procura do "alemão coloquial"
Desde 1964, o IDS é a instituição central extrauniversitária de pesquisa e documentação da língua alemã. Por volta de 250 funcionários pesquisam atualmente em Mannheim o desenvolvimento da língua e as estruturas de seus dialetos. Além disso, eles procuram o verdadeiro alemão coloquial.
A partir da narração de uma história, o linguista Ralf Knöbl analisa quem fala e como. Por exemplo, se a palavra "einig" (de acordo) é pronunciada "eini-G", "eini-CH" ou "eini-SCH". Ele associa as diversas pronúncias com os dados sobre a origem de cada locutor, formando, assim, mapas linguísticos que mostram exatamente em que áreas do território germanófono quais variações da pronúncia ocorrem e com que frequência.
Knöbl trabalha há anos no projeto do IDS "Variações do Alemão Falado". Ele vê uma relevância prática muito clara em seu trabalho. "Muitos que aprendem alemão como língua estrangeira vêm à Alemanha e notam: 'Ninguém fala da forma como aprendi.'" É justamente aí onde está a utilidade do mapa de dialetos do instituto: "A pessoa pode se preparar para a forma como se fala aqui."
Pesquisa linguística no IDS na década de 1960
Novas palavras enriquecem a língua
Por outro lado, que termos são usados para determinadas coisas, depende não só da região, e sim, cada vez mais, das novas mídias e novas tecnologias. Facebook, WhatsApp, Twitter e companhia garantem a disseminação de novas palavras e formulações. O que antes levava décadas, hoje ocorre em dias e semanas.
Doris Steffens, que trabalha no IDS estudando a expansão do vocabulário alemão, dá um exemplo:Stockente ("pato selvagem"; literalmente "pato de vara") se disseminou como denominação para "'mulher de meia idade que pratica caminhada nórdica".
É verdade que muitos neologismos desaparecem tão rapidamente quanto aparecem, porém muitos se tornaram-se parte integrante da língua alemã, aponta a linguista. Nesse ponto, os jovens são uma fonte de enriquecimento especialmente. "Uma vez que as novas palavras se estabelecem, logo elas se tornam parte da língua coloquial – como abhängen ('despendurar') no sentido de 'relaxar'."
Mas Doris Steffens e outros cientistas atualizam regularmente o dicionário de neologismosdo IDS, e determinam que novas unidades lexicais entraram na língua alemã. De Boxspringbett (cama box),Cakepop (bolo no palito) e Fingerwisch (escorregão de dedo na digitação) até Googlebrille (óculos do Google), Hashtag (indexadores das redes sociais) e Webinar (seminário na web).
Hoje, pesquisas são feitas no laptop
Uma língua com futuro
As estimativas apontam hoje entre 90 e 98 milhões de falantes nativos de alemão, e no restante do mundo pelo menos outros 80 milhões falam o idioma. "É difícil prever para onde vai essa dinâmica. Em termos mundiais, o alemão perdeu certamente muita influência, devido ao inglês", comenta o diretor do IDS, Ludwig Eichinger.
Na Europa, no entanto, a situação é bem diferente. "Aqui, o interesse em aprender alemão está aumentando, também devido à situação econômica em geral." E o vocabulário em alemão cresce constantemente, uma vez que os contextos sociais a serem descritos estão cada vez mais complexos, diz o diretor do IDS.
Para ele, o alemão tem um belo futuro, também nos próximos 50 anos. Afinal, dos entrevistados no estudo do IDS Relação dos alemães com seu idioma,87% indicaram que a língua alemã lhes agrada "bastante" ou "muito". Embora a descrevam como difícil, eles também a consideram atraente, lógica e bonita.
Indagado se teria uma palavra predileta, Ludwig Eichinger responde sorrindo: "Eu gosto da velha expressão Zauberwort (palavra mágica), que para mim ilustra lindamente a conexão entre a língua e o mundo." Das palavras estrangeiras recém incorporadas ao alemão, ele diz gostar sobretudo de "liken" ("curtir", nas redes sociais). "Muitas vezes falta à língua alemã essa brevidade precisa, que funciona tão bem no inglês. E 'liken' acerta na mosca."
- Data 23.03.2014
- Autoria Thomas Hillebrandt (ca)
- Edição Augusto Valente
domingo, 30 de março de 2014
A origem das festividades da Páscoa
Estamos há muito pouco tempo do
domingo de páscoa..
Este ano, a Páscoa será comemorado no dia 20 de abril. Embora, convivamos com os “produtos “ da páscoa, há algum tempo nas prateleiras de lojas e supermercados da cidade.
Vamos conhecer a origem das
festividades da Páscoa. Conhecer o seu significado e de como surgiu as
comemorações alusivas a esta data, dentro da cultura dos antepassados
alemães que vieram para a região do Vale do Itajaí e para outras
regiões do Brasil e do mundo. Muitos dos descendentes destes,
comemoram e repetem a tradição da páscoa dentro do seio de sua
família (sem o caráter e aspecto Consumo), como já era praticada na casa
do Opa e da Oma, mas não tem conhecimento de sua origem.
Germanos |
Por volta de 1800 A.C.,
existia um povo nômade que vivia próximo ao Mar Báltico - que imigrou para
outras regiões da Europa, onde está situado o atual território
da Alemanha e partes de países vizinhos deste. Este povo era
conhecido com os Germanos. Séculos de História, mais tarde, seus descendentes
migraram para outros continentes do planeta.
Jacob Grimm |
Os Germanos/Celtas e
seus descendentes, cultuavam a natureza e tinham uma mitologia própria
(mitologia germânica/céltica), antes da chegada do cristianismo à região pelas mãos dos romanos. Suas
festividades, para este período do ano, eram dedicadas à Deusa da Primavera
- Ostara. Este fato fez parte dos
estudos de Jacob Grimm – um dos Irmãos Grimm .
Disse ele que o termo “páscoa” – Ostern é uma derivação de Ostara –
Deusa Germânica da Primavera. Lembramos que os Irmãos Grimm foram grandes
estudiosos da mitologia, crenças e tradições dos povos que ocupam os
territórios, onde hoje falam o idioma alemão, principalmente na própria
Alemanha, antes da chegadas dos cristãos, que oprimiram, muitos destas práticas,
ou mesmo adotaram-nas adequando-as aos
seus rituais e festividades, como por exemplo, a própria páscoa.
A Deusa Ostara |
Estas festividades antigas, geralmente
aconteciam durante o equinócio de primavera
- no hemisfério norte. As festividades à deusa Ostara, aconteciam no
primeiro dia da primavera. Para este povo o equinócio da primavera tem
muita importância, porque marca o retorno do sol – energia máxima da
vida e com ligação direta a manutenção da vida, através da colheita do alimento. Acreditavam ser o período do despertar da Terra, com sentimentos de equilíbrio e
renovação.
|
Na mitologia grega, o coelho
representava a fertilidade. Ficou conhecido como "coelho da
Páscoa" no norte da Alemanha, somente, há cerca de cem
anos. Mitologicamente, o coelho é o animal sagrado atribuído tanto à Afrodite, a Deusa do Amor - na mitologia romana, como também, à a Deusa Ostara - na mitologia germânica.
A região que há mais tempo a prática da tradição da lenda dos ovos trazidos pelo coelho da Páscoa é, aquela que abrange, atualmente, o sul da Alemanha. Segundo pesquisadores, os registros mais
antigos sobre o fato, são do ano de 1678. O pesquisador Sr. Heidelberg G.
F. Von Franckenau, afirma que o a ideia do coelho que trás ovos de Páscoa tenha
surgido há mais de 300 anos, na Alsácia (França), no Palatinado e no
Alto Reno (Alemanha).
Herr Alois Döring |
Na região, naturalmente, coelhos e lebres se multiplicava e se multiplicam na
primavera – início da estação, na qual surgiram as festividades da Páscoa
ou à Deusa Ostara, no Hemisfério Norte. Conta-se, através de relatos, que os padrinhos das crianças teriam inventado uma caçada ao coelho,
na qual as crianças encontravam os ovos coloridos escondidos nos
parques e jardins.
O pesquisador de Bonn
- Sr. Alois Döring diz que um dos símbolos mais conhecidos desta
época do ano - o coelho dos ovos - foi uma invenção protestante.
De acordo com o pesquisador, tem a ver com as diferenças entre católicos e
protestantes, no período.
"Crianças católicas sabiam
que na Páscoa poderiam voltar a comer ovos, que durante a Quaresma eram
proibidos. Mas como explicar às crianças protestantes por que, de repente,
havia tantos ovos na Páscoa?", explica Herr Döring. Ele diz ainda que
foi por isso que os protestantes criaram as histórias do coelho que
distribuía, de casa em casa, os ovos acumulados durante o período.
“... o coelho era um símbolo da fertilidade – o que, aliás, não explicava como o animal, na condição de mamífero, tinha tantos ovos.”
O pesquisador, prossegue dizendo
que contra os ovos em si, os protestantes não tinham nada. Os ovos para todos,
sempre foram tidos como símbolo de vida nova e, assim sendo, da ressurreição
de Jesus Cristo. Ele afirma que a tradição de pintar, decorar e presentear
os ovos já existia há muito tempo, como já constatamos anteriormente.
Antes de existir os ovos de
chocolate enrolados em papel colorido, existia a tradição de colorir ovos
de galinha cozidos, que na Alemanha, ainda existe. Em muitas regiões da
Alemanha, não se podia faltar ovos coloridos no café da manhã do sábado ou
no domingo de Páscoa. Em Blumenau e região, destino de muitos imigrantes daquele país, ao perguntarmos aos mais antigos, sobre ovos de Páscoa
cozidos coloridos, poderão confirmar sua existência em suas páscoas de
infância. Presenteavam se entre si, com ovos de galinha
cozidos coloridos e decorados. Interessante, que alguns somente lembram, mas não conhecem a
origem da tradição e erroneamente contam que sua família era “pobre’ e não
tinha dinheiro para comprar ovos de chocolate.
O pesquisador Sr. Alois Döring ainda
conta sobre os ovos coloridos, que:
"Antigamente, era comum pintar os ovos apenas de vermelho, para simbolizar tanto a cor do sangue de Cristo quanto a do amor que ele nutria pela humanidade. Isso ainda é assim na Igreja Ortodoxa. E a decoração servia para distinguir os ovos bentos dos não bentos durante a Páscoa."Fotos de Annelies Popp - Franken - Baviera - Páscoa 2014
Osterzopf - uma
rosca decorativa, na qual, depois de assada, podem ser colocados os ovos
cozidos.
|
|
Osterlamm - literalmente o
cordeiro da Páscoa, mas não se trata de cordeiro assado – tradição
judaica – e sim de uma massa assada em fôrmas especiais, em forma de
cordeiro.
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Möhrencremesuppe - uma sopa com o legume preferido do coelhinho, a cenoura.
Osterbraten - o assado de Páscoa, servido no domingo, que pode ser qualquer tipo de carne, não necessariamente cordeiro.
Osterfeuer:
Fogueira de Páscoa
- Costume cultivado em algumas partes do país, como fazia os povos
antigos. Para a cultura e mitologia germânica, o fogo é o símbolo
do sol. No cristianismo a fogueira foi adotado como a chama da fé, tendo em comum, a
idéia da purificação. Na idade média, a "limpeza de Páscoa" na
Alemanha começava no pátio da igreja, onde os fiéis juntavam restos de
madeira, galhos e as ramagens secas que sobravam do Domingo de Ramos e
queimavam em uma grande fogueira na noite de sábado para domingo.
|
Osterkerze
|
Durante o Osterfeuer é
acesa a Osterkerze- a vela da Páscoa que é levada para a igreja, que está
às escuras, em procissão por todos da comunidade. Neste momento, os fiéis
cantam três vezes a canção Lumen Christi,
a luz de Cristo. Na Vestfália e no norte de Hessen são praticados rituais dos
povos antigos, portanto pagãos até os dias atuais. Grandes rodas de carvalho,
com 1,70 m de diâmetro e mais de 20 cm de espessura, desfilam pela cidade,
transportadas em carros de feno. Após o desfile, são levadas para o alto de um
monte e às 21 horas do sábado, são incendiadas e rolam montanha abaixo.
Vídeos interessantes - Decoração de ovos - Locais onde esta tradição tem origem.
Sugerimos a leitura dos Post´s - clicando sobre o título:
Oarscheim - Brincadeiras de páscoa no Sul da Alemanha
Tribos germânicas - História
Germanos e sua Mitologia - Crenças e Panteon - Par...
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O Culto da Colheita - Mitologia Germânica
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Um pouco de História...A páscoa na cultura alemã
A páscoa na Cultura dos imigrantes alemães e seus ...
História...Parte I - Dos Germanos ao surgimento: “...
Sequência Parte I - Livro Germânia - Tácito
História... Primeiros Imperadores Germânicos
Conversando sobre: Um pouco de História...
Irmãos Grimm
O melhor da festa é sempre seu
preparativo!
A união familiar envolto de harmonia, paz e amor ...Feliz Páscoa a todos e que a simbologia de todos os tempos, no que tange a sua essência maior, se faça presente em todos os lares – a renovação do bem... A nova chance.
Grupos da região na Fritzenfest em Florianópolis
O Grupo Folclórico Alpen Bach - categoria adulto da cidade de Pomerode e o Vovô e Vovó Chopão, se apresentaram na Fritzenfest, na cidade de Florianópolis, no dia 22 de março último.
Também o grupo da categoria infantil se apresentou na Edição da Osterfest/2014, na cidade de Pomerode, no domingo - dia 23 de março.
Momentos de dança...
Fritzenfest - Florianópolis |
Osterfest 2014 |
Ein Prosit!
quinta-feira, 27 de março de 2014
quarta-feira, 26 de março de 2014
Rebaixamento de nota eleva desconfiança com economia brasileira
Deustche Welle
Decisão da agência de classificação de risco S&P reflete, entre outros problemas, fragilidade das contas externas do Brasil e falta de credibilidade da política fiscal de Dilma. Para analistas, há razão para preocupação.
A luz vermelha acendeu no Palácio do Planalto após a divulgação, nesta segunda-feira (23/03), do rebaixamento da nota do Brasil pela agência de classificação de risco Standard&Poor's (S&P). A nota dada à dívida de longo prazo em moeda estrangeira caiu de BBB para BBB-, a última do chamado grau de investimento. Apesar de o país ainda ser considerado seguro para investir, o rebaixamento é preocupante.
De acordo com os especialistas, inicialmente a queda da avaliação do Brasil pode ter reflexo negativo no fluxo de investimentos de fundos do exterior, já que as avaliações das agências – mesmo que tenham recebido diversas críticas pelos erros cometidos durante a crise de 2008, quando deram notas boas a bancos prestes a falir – funcionam como um termômetro de grande parte do mercado internacional.
A nova classificação deverá fazer com que empresas nacionais tenham mais dificuldades de tomar empréstimos no exterior e com que o governo brasileiro tenha que pagar juros mais altos para atrair investidores dispostos a comprar títulos da dívida pública. A expectativa de um possível rebaixamento existia desde a metade do ano passado, quando a S&P colocou uma perspectiva negativa para a nota brasileira.
"Aquilo que era uma ameaça se tornou realidade", afirma Gilberto Braga, professor de finanças do Ibmec/RJ. "Embora não tenha perdido o grau de investimento, a situação é preocupante. E ficará mais ainda se outras agências de classificação de risco [como Moody's e Fitch] acompanharem a revisão feita para baixo pela S&P."
A redução da nota pela agência é mais um ponto turbulento para o governo Dilma Rousseff, que vinha adotando o discurso de que a economia brasileira estava sob controle. Para o especialista, a revisão da nota para baixo é mais uma confirmação de que as políticas econômicas do Planalto não estão no caminho certo.
"Além de ter peso eleitoral, a revisão da nota para baixo é significativa porque é dada por uma agência estrangeira, que não tem comprometimento com nenhum grupo de interesse local", afirma Braga. "E, em ano de eleições, não são esperadas grandes mudanças no curso da economia. A capacidade do governo em realizar mudanças vai ser complicada."
Considerando a classificação da mesma agência para a dívida soberana de longo prazo no resto da América Latina, cinco países têm notas superiores à do Brasil: Chile, Colômbia, México, Panamá e Peru.
Dados maquiados
De acordo com a S&P e especialistas, a redução da nota refletiu um conjunto de problemas fiscais, como a redução do valor do superávit primário (economia para o pagamento dos juros da dívida) de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB), abaixo dos 2,1% esperados pelo mercado; e o baixo crescimento da economia brasileira – que, segundo a S&P, deverá crescer 1,8% neste ano e 2% em 2015 e não conseguirá acelerar a arrecadação de impostos e equilibrar as contas públicas.
Entre outros motivos estão, ainda, a fragilidade das contas externas brasileiras – que também deverão repetir o deficit registrado em 2013, de por volta de 80 bilhões de dólares, causado, entre outros motivos, pela queda das exportações; e a falta de credibilidade da política fiscal brasileira, que vem usando a chamada "contabilidade criativa" para manipular as contas do governo.
"O governo continua jogando uma cortina de fumaça em cima da economia. Quando os dados são fechados 'na marra', eles não se sustentam", afirma José Matias-Pereira, professor de administração pública da UnB. "O governo acreditava que, com o uso de truques contábeis, os equívocos não seriam detectados. Isso, porém, foi aumentando o nível de perda de credibilidade da presidente e do próprio país. A síntese disso tudo é evidenciada no baixo desempenho da economia."
Ele cita, por exemplo, o fato de o governo federal ter previsto que o deficit da Previdência seria de 40 bilhões de reais em 2014, sendo que o próprio ministro Garibaldi Alves havia estimado, anteriormente, o montante de 50 bilhões de reais – valor parecido com o registrado no ano de 2013.
"O que conta para os investidores internacionais são os resultados. Mas será que a presidente vai mudar a forma de governar e fazer um aperto ainda neste ano de eleições?", questiona Matias-Pereira. "Nós sabemos que não. Com isso, o próximo presidente, sendo ela ou não, vai ser eleito num contexto de expectativa da população e vai encontrar uma economia muito abalada."
Data 25.03.2014
Autoria Fernando Caulyt
Edição Rafael Plaisant
segunda-feira, 24 de março de 2014
O Rock de Revolverheld
Revolverheld |
A Banda Revolverheld é uma banda de Rock alemão e foi apresentada em 2003, na cidade de Hamburgo, com o nome de "Manga". Recebeu o nome de Tsunamikiller, em 2004, e após a tragédia no Oceano Índico, recebeu o nome atual - Revolvverheld.
A banda é formada pelos músicos: Johannes Strate, Jakob Sinn, Chris Rodrigues, Kristoffer Hünecke e Niels Grötsch.
Seu início aconteceu, "abrindo Show´s de bandas renomadas. O primeiro trabalho - Generation Rock, foi lançado no ano de 2005, foi sucesso, principalmente nas rádios, veículo, no qual logo alcançaram notoriedade. Em setembro deste mesmo ano, lançaram o primeiro álbum, com as músicas: Rock´n´Roll, Generation Rock, Die Welt steth still, Freunde bleiben e Mit dir chilln, entre outras.
Em dezembro de 2006, a banda recebeu o Prêmio 1Live Krone, da Rádio Eins Live, como Melhor Revelação de 2006.
Em 25 de maio de 2007, foi lançado o segundo álbum - Chaostheorie, contendo as músicas: Ich werd die Welt verändern, Du Explodierst, Unzertrennlich, entre outras.
Em 2010, lançaram o terceiro álbum - In Farbe, com a principal canção - Spinner, esteve no TOP 20 das músicas mais tocadas na Alemanha.
No último dia 23, foi publicada uma entrevista, feita pela jornalista da Deutsche Welle - Kate Müser.
Apesar do nome, que na tradução do alemão significa "herói do revolver", os integrantes do Revolverheld entendem o que é ser uma banda e conviver de forma pacífica. Com mais de uma década de existência, o quarteto formado em Hamburgo lançou recentemente seu quarto álbum,Immer in Bewegung (Sempre em movimento), e está em turnê pela Alemanha. A DW conversou com o vocalista Johannes Strate e o guitarrista Kristoffer Hünecke na estreia da turnê, em Colônia.
DW: O Revolverheld foi indicado ao Prêmio Echo, que será entregue no dia 27 de março. Vocês já receberam diversos prêmios durante sua carreira, além de quatro discos de ouro. É possível escolher o melhor em algo tão subjetivo quanto a música?
Johannes Strate: Todos os artistas dizem que prêmios não são importantes. Não fazemos música porque queremos ganhar prêmios, mas o Echo é o maior prêmio da indústria fonográfica alemã, então é uma grande honra ser indicado. Desta vez, fomos indicados em duas categorias – Radio-Echo e Melhor Banda de Rock/Pop Nacional – o que é provavelmente um dos maiores reconhecimentos que tivemos em nossa carreira. Queremos muito ganhar!
É uma escolha bem difícil entre vocês e o rapper Cro…
Kristoffer Hünecke: Mas o Cro usa uma máscara, então talvez ele seja feio.
JS: Talvez ele seja uma menina...
KH: Talvez ele seja um robô.
A banda concorre à dois Prêmios Echo em 2014
Vocês estão juntos por mais de uma década. Como descreveriam a amizade criada nessa convivência?
KH: É como um relacionamento. É como estar apaixonado desde o primeiro dia.
Vocês são mais próximos uns dos outros do que de suas namoradas?
KH: Algumas vezes. (risos)
JS: Dormimos na mesma cama.
KH: Sim, e passamos muito tempo no ônibus, é como na época da escola, quando os caras viajam juntos nas férias. Isso acontece todas as vezes que saímos em turnê e é muito legal. Você compartilha coisas que talvez você não compartilhe com sua namorada. É uma profunda amizade e um relacionamento musical caminhando lado a lado, e isso é algo muito bom.
Vocês se dão apelidos?
JS: Temos muitos apelidos. Jakob [Sinn, baterista] é o que mais tem apelidos. Nós o chamamos dePinsel ["pincel" em alemão]. Eu nem sei por quê.
KH: Por causa do cabelo.
JS: Acho que nesse ano estamos nos chamando de "Herbert" e "Manni".
KH: Porque são nomes realmente bobos em alemão.
Vocês estão no começo de uma turnê. É difícil manter uma vida privada passando tanto tempo na estrada?
JS: Quando estamos em turnê, não temos vida privada. A banda é nossa vida privada. Dividimos todos os nossos problemas, e outras coisas mais, com os membros da banda. Todas as noites, todo mundo liga para as namoradas, e eu falo no Skype com o meu filho. Ele tem 1 ano de idade e acena para a câmera. É muito fofo!
Mas essa turnê é apenas nos países de língua alemã, então não vamos passar seis meses na estrada, mas vamos passar três semanas seguidas em turnê. Esse é o maior período que eu vou passar longe de casa depois do nascimento do meu filho Emil. Então eu não sei como eu vou me sentir daqui a duas semanas.
Recentemente, você ajudou um amigo a pedir sua namorada em casamento no vídeoclipe da música "Ich lass für Dich das Licht an" (Vou deixar a luz acesa para você). Você acredita no casamento?
JS: Eu acredito. Principalmente agora que fizemos o vídeo. O pedido de casamento de David para Saskia foi muito romântico. Conheço David desde o dia em que ele nasceu. Ele é como meu irmão mais novo. Então agora, acredito em casamento - mesmo que meus pais sejam divorciados.
Depois de mais de dez anos juntos, o Revolverheld canta os dilemas da vida adulta
O que faz um amigo ser perfeito ou uma namorada ser perfeita?
KH: Eu acredito que lealdade...
JS: Honestidade.
KH: Honestidade e lealdade são coisas muito importantes.
JS: Eu acho que você não tem que amar sua parceira todos os dias, todos os minutos, todos os segundos, e não tem que compartilhar tudo. Minha namorada não tem que ser minha melhor amiga. Eu tenho muitos bons amigos, com quem eu posso compartilhar várias coisas. Você precisa aceitar que vocês não têm que ter a mesma opinião sobre tudo em cada minuto de suas vidas. As pessoas são tão diferentes. Você têm que encontrar uma maneira de conviver bem e trabalhar constantemente o relacionamento.
KH: Estávamos falando sobre isso hoje de manhã durante o café da manhã. É um trabalho constante e tem que haver comunicação. Conheço muitos casais que não se comunicam mais. Eles conversam, mas não dizem nada de relevante. Talvez as pessoas esqueçam de dizer o que é realmente importante.
Você disse que canta as histórias de sua geração. Quais são os problemas que as pessoas de 30 e poucos anos estão enfrentando na Alemanha?
KH: Com certeza relacionamentos.
JS: A sociedade está mudando com a gentrificação. As cidades estão mudando, os bares estão fechando. Há dez anos, bebíamos em bares que hoje estão fechados e há enormes prédios de escritórios no lugar deles. Isso aperta meu coração. Todo mundo terminou seus estudos, está trabalhando, tendo filhos. A vida está ficando séria. Essas são as questões enfrentadas para quem está com 30 e poucos anos, dez anos antes da crise da meia idade. (risos)
As letras do novo álbum, Immer in Bewegung, (Sempre em movimento) são mais visuais e concretamente imagéticas do que seus álbuns anteriores. Isso é um reflexo de ter mais experiência de vida?
JS: Talvez. Esse é nosso quarto álbum de estúdio e trabalhamos muito nele. Quanto mais você aprende nesse processo do estúdio através dos anos, mais você tem para colocar no álbum. Levamos muito tempo para fazer esse disco. Gravamos um monte de músicas e fizemos muitas demos. Foram muitos passos antes de finalmente gravarmos as músicas do álbum.
KH: Em geral, nosso som mudou pouco. Queríamos fugir um pouco do que se espera de uma banda de rock, com guitarra, baixo, bateria e vocais. Queríamos construir grandes melodias e utilizar mais instrumentos, e realmente elevar nosso som, deixá-lo mais intenso.
Vocês têm histórias loucas de suas fãs para contar?
JS: Uma história bacana é que, há alguns anos, uma fã nos deu uma estrela. Você pode comprar um certificado e dar nome a uma estrela. Ela deu o nome de Revolverheld, presenteou a banda com o certificado e disse: "Tenho uma estrela para vocês". Não sabíamos o que dizer, e agora temos uma estrela Revolverheld.
KH: Eu sempre acho louco quando os fãs fazem tatuagens que reverenciam a banda, como o nosso logo ou apenas o nome Revolverheld.
Vocês têm uma tatuagem do Revolverheld?
KH: Claro que não, mas alguns de nossos fãs têm. É uma decisão deles e é OK, mas acho um pouco assustador.
Vocês estão no começo de uma turnê. O que os fãs podem esperar desses próximos shows?
JS: Será a maior turnê do Revolverheld de todos os tempos! Estamos levando um caminhão cheio de luzes, brinquedos e outras coisas divertidas.
KH: Está ficando cada vez maior. Tínhamos um caminhão pequeno, depois um médio e agora temos o maior caminhão que já existiu.
JS: Vamos tocar o set mais longo de nossa carreira, com mais de duas horas. Todos os shows já estão com ingressos esgotados.
Música - comunicação universal...
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