Estamos há muito pouco tempo do
domingo de páscoa..
Este ano, a Páscoa será comemorado no dia 20 de abril. Embora, convivamos com os “produtos “ da páscoa, há algum tempo nas prateleiras de lojas e supermercados da cidade.
Vamos conhecer a origem das
festividades da Páscoa. Conhecer o seu significado e de como surgiu as
comemorações alusivas a esta data, dentro da cultura dos antepassados
alemães que vieram para a região do Vale do Itajaí e para outras
regiões do Brasil e do mundo. Muitos dos descendentes destes,
comemoram e repetem a tradição da páscoa dentro do seio de sua
família (sem o caráter e aspecto Consumo), como já era praticada na casa
do Opa e da Oma, mas não tem conhecimento de sua origem.
Germanos |
Por volta de 1800 A.C.,
existia um povo nômade que vivia próximo ao Mar Báltico - que imigrou para
outras regiões da Europa, onde está situado o atual território
da Alemanha e partes de países vizinhos deste. Este povo era
conhecido com os Germanos. Séculos de História, mais tarde, seus descendentes
migraram para outros continentes do planeta.
Jacob Grimm |
Os Germanos/Celtas e
seus descendentes, cultuavam a natureza e tinham uma mitologia própria
(mitologia germânica/céltica), antes da chegada do cristianismo à região pelas mãos dos romanos. Suas
festividades, para este período do ano, eram dedicadas à Deusa da Primavera
- Ostara. Este fato fez parte dos
estudos de Jacob Grimm – um dos Irmãos Grimm .
Disse ele que o termo “páscoa” – Ostern é uma derivação de Ostara –
Deusa Germânica da Primavera. Lembramos que os Irmãos Grimm foram grandes
estudiosos da mitologia, crenças e tradições dos povos que ocupam os
territórios, onde hoje falam o idioma alemão, principalmente na própria
Alemanha, antes da chegadas dos cristãos, que oprimiram, muitos destas práticas,
ou mesmo adotaram-nas adequando-as aos
seus rituais e festividades, como por exemplo, a própria páscoa.
A Deusa Ostara |
Estas festividades antigas, geralmente
aconteciam durante o equinócio de primavera
- no hemisfério norte. As festividades à deusa Ostara, aconteciam no
primeiro dia da primavera. Para este povo o equinócio da primavera tem
muita importância, porque marca o retorno do sol – energia máxima da
vida e com ligação direta a manutenção da vida, através da colheita do alimento. Acreditavam ser o período do despertar da Terra, com sentimentos de equilíbrio e
renovação.
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Na mitologia grega, o coelho
representava a fertilidade. Ficou conhecido como "coelho da
Páscoa" no norte da Alemanha, somente, há cerca de cem
anos. Mitologicamente, o coelho é o animal sagrado atribuído tanto à Afrodite, a Deusa do Amor - na mitologia romana, como também, à a Deusa Ostara - na mitologia germânica.
A região que há mais tempo a prática da tradição da lenda dos ovos trazidos pelo coelho da Páscoa é, aquela que abrange, atualmente, o sul da Alemanha. Segundo pesquisadores, os registros mais
antigos sobre o fato, são do ano de 1678. O pesquisador Sr. Heidelberg G.
F. Von Franckenau, afirma que o a ideia do coelho que trás ovos de Páscoa tenha
surgido há mais de 300 anos, na Alsácia (França), no Palatinado e no
Alto Reno (Alemanha).
Herr Alois Döring |
Na região, naturalmente, coelhos e lebres se multiplicava e se multiplicam na
primavera – início da estação, na qual surgiram as festividades da Páscoa
ou à Deusa Ostara, no Hemisfério Norte. Conta-se, através de relatos, que os padrinhos das crianças teriam inventado uma caçada ao coelho,
na qual as crianças encontravam os ovos coloridos escondidos nos
parques e jardins.
O pesquisador de Bonn
- Sr. Alois Döring diz que um dos símbolos mais conhecidos desta
época do ano - o coelho dos ovos - foi uma invenção protestante.
De acordo com o pesquisador, tem a ver com as diferenças entre católicos e
protestantes, no período.
"Crianças católicas sabiam
que na Páscoa poderiam voltar a comer ovos, que durante a Quaresma eram
proibidos. Mas como explicar às crianças protestantes por que, de repente,
havia tantos ovos na Páscoa?", explica Herr Döring. Ele diz ainda que
foi por isso que os protestantes criaram as histórias do coelho que
distribuía, de casa em casa, os ovos acumulados durante o período.
“... o coelho era um símbolo da fertilidade – o que, aliás, não explicava como o animal, na condição de mamífero, tinha tantos ovos.”
O pesquisador, prossegue dizendo
que contra os ovos em si, os protestantes não tinham nada. Os ovos para todos,
sempre foram tidos como símbolo de vida nova e, assim sendo, da ressurreição
de Jesus Cristo. Ele afirma que a tradição de pintar, decorar e presentear
os ovos já existia há muito tempo, como já constatamos anteriormente.
Antes de existir os ovos de
chocolate enrolados em papel colorido, existia a tradição de colorir ovos
de galinha cozidos, que na Alemanha, ainda existe. Em muitas regiões da
Alemanha, não se podia faltar ovos coloridos no café da manhã do sábado ou
no domingo de Páscoa. Em Blumenau e região, destino de muitos imigrantes daquele país, ao perguntarmos aos mais antigos, sobre ovos de Páscoa
cozidos coloridos, poderão confirmar sua existência em suas páscoas de
infância. Presenteavam se entre si, com ovos de galinha
cozidos coloridos e decorados. Interessante, que alguns somente lembram, mas não conhecem a
origem da tradição e erroneamente contam que sua família era “pobre’ e não
tinha dinheiro para comprar ovos de chocolate.
O pesquisador Sr. Alois Döring ainda
conta sobre os ovos coloridos, que:
"Antigamente, era comum pintar os ovos apenas de vermelho, para simbolizar tanto a cor do sangue de Cristo quanto a do amor que ele nutria pela humanidade. Isso ainda é assim na Igreja Ortodoxa. E a decoração servia para distinguir os ovos bentos dos não bentos durante a Páscoa."Fotos de Annelies Popp - Franken - Baviera - Páscoa 2014
Osterzopf - uma
rosca decorativa, na qual, depois de assada, podem ser colocados os ovos
cozidos.
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Osterlamm - literalmente o
cordeiro da Páscoa, mas não se trata de cordeiro assado – tradição
judaica – e sim de uma massa assada em fôrmas especiais, em forma de
cordeiro.
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Möhrencremesuppe - uma sopa com o legume preferido do coelhinho, a cenoura.
Osterbraten - o assado de Páscoa, servido no domingo, que pode ser qualquer tipo de carne, não necessariamente cordeiro.
Osterfeuer:
Fogueira de Páscoa
- Costume cultivado em algumas partes do país, como fazia os povos
antigos. Para a cultura e mitologia germânica, o fogo é o símbolo
do sol. No cristianismo a fogueira foi adotado como a chama da fé, tendo em comum, a
idéia da purificação. Na idade média, a "limpeza de Páscoa" na
Alemanha começava no pátio da igreja, onde os fiéis juntavam restos de
madeira, galhos e as ramagens secas que sobravam do Domingo de Ramos e
queimavam em uma grande fogueira na noite de sábado para domingo.
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Osterkerze
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Durante o Osterfeuer é
acesa a Osterkerze- a vela da Páscoa que é levada para a igreja, que está
às escuras, em procissão por todos da comunidade. Neste momento, os fiéis
cantam três vezes a canção Lumen Christi,
a luz de Cristo. Na Vestfália e no norte de Hessen são praticados rituais dos
povos antigos, portanto pagãos até os dias atuais. Grandes rodas de carvalho,
com 1,70 m de diâmetro e mais de 20 cm de espessura, desfilam pela cidade,
transportadas em carros de feno. Após o desfile, são levadas para o alto de um
monte e às 21 horas do sábado, são incendiadas e rolam montanha abaixo.
Vídeos interessantes - Decoração de ovos - Locais onde esta tradição tem origem.
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Irmãos Grimm
O melhor da festa é sempre seu
preparativo!
A união familiar envolto de harmonia, paz e amor ...Feliz Páscoa a todos e que a simbologia de todos os tempos, no que tange a sua essência maior, se faça presente em todos os lares – a renovação do bem... A nova chance.
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