Um dos livros que usamos em nossas pesquisas, e que foi publicado em Leipzig em 1907, apresenta o olhar de um engenheiro alemão à serviço da Companhia de Colonização Hanseática (H.K.G.), Karl Alexander Wettstein conhecido Dr. Phil Wettstein, sobre algumas cidades do Brasil onde tinha a presença da colonização alemã, com evidências na Colônia Blumenau e também, Joinville.
WETTSTEIN, Phil. Brasilien und die Deutsch-brasilieniche Kolonie Blumenau. Leipzig, Verlag von Friedrich Engelmann, 1907.
Este livro, após seu lançamento, foi amplamente criticado pela sociedade de Blumenau da época, inclusive com registro na edição da Revista Blumenau em Cadernos, n. 4 – Tomo 4, de abril de 1985. A publicação: sobre reportagem do Blumenauerzeitung – Ano 28. Sábado, 12 de julho de 1909. Ao nosso ver, o engenheiro apontou a realidade de uma sociedade que se organizava a partir de uma base social de um início colonial onde todos apresentavam o mesmo grau e tinham mais ou menos, as mesma dificuldades e que posteriormente, surgiram grupos sociais diferenciados e segregados, informações que usamos em nosso livro sobre Enxaimel - ilustrando a forma de morar das pessoas - nas primeiras décadas da Colônia Blumenau.
Lokalnachrichten (Notícias Locais). BRASILIEN UND BLUMENAU (BRASIL E BLUMENAU). Como recebemos ainda pedidos do número, no qual criticamos severamente o livro do Dr. Phil Wettstein, levamos ao conhecimento dos amigos leitores, que não possuímos mais nenhum exemplar, 03 mesmos se esgotaram imediatamente. A crítica foi aceita por unanimidade, pois foi feita com justiça: Como pode também um livro, como o do Sr. Wettstein ser aceito sem uma crítica, se no mesmo aparecem disparates e completa falta de conhecimentos geográficos. Em nenhum lugar do livro o Porto do Rio de Janeiro é mencionado como pertencente ao Brasil, mas sim Assunção, Corrientes e M ontevideo, designados como Portos do Brasil. Temos que mencionar, no entanto, que o livro recebeu a total aprovação do “Urwaldsbote”, mesmo com todos os disparates e tolices escritas sobre Blumenau e os blumenauenses, aos quais quase ridiculariza no livro.
Para ler mais sobre - Clicar sobre: História comum entre as Colônias Blumenau, Pommerroder, Itapocu, Humbold e São Bento - José Deeke
Wettstein procurou locais para criar caminhos que possibilitassem intercâmbios, preparar implantações de ferrovias, realizar medições topográficas e estudar possibilidades de aproveitamento de cachoeiras. Com essa intenção, realizou viagens a diferentes colônias alemãs e cidades brasileiras.
Em regiões mais afastadas haviam surgido novas colônias da Sociedade de Colonização Hanseática, entre elas a Colonia Hansa Humboldt, atual cidade de Corupá que contava com grande número de imigrantes e exigia cada vez mais elos econômicos com as comunidades vizinhas. Por outro lado, a Colonia Hansa, a oeste de Blumenau, chamada de Blumenauer Hansa, devia ser mais intensamente povoada. Com permissão da Sociedade de Colonização Hanseática, o diretor local, que era José Deeke passou, a procurar um caminho através da serra, que separava os dois grupos coloniais.
Os trabalhos mais importantes de Wettstein na Colônia Blumenau, foram aqueles relacionados a preparação da instalação da ferrovia EFSC, ligando Blumenau-Hammonia, à serviço de um sindicato ferroviário alemão, entre 1904 e 1906. Com a mudança da concessão da ferrovia, Wettstein, retornou a Heidelberg, Alemanha.
O livro de Wettstein contem ilustrações e fotografias de sua autoria, algumas publicamos em nosso livro Fachwerk a Técnica Construtiva Enxaimel..
Algumas imagens do livro:
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| Não tínhamos noção de que esta fotografia fosse de Wettstein - publicada no nosso livro sobre a ferrovia. |
Para ler o livro - Clicar no título abaixo.
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Boa pesquisa!
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