sábado, 31 de julho de 2021

Primeira Fábrica de Sombrinhas e Guarda-chuva de Santa Catarina - De Max Friedrich Julius Creuz

Blumenau, c. 1915. Rua XV de Novembro. Procissão na altura da Casa Husadel. À direita, Casa Max Creuz Sombrinhas. À esquerda, no prédio em destaque, residência de Thomé Braga, seguida da Casa de Negócios Gustav Ermlich (fundada em 1903).
O proprietário da primeira fábrica de sombrinhas e guarda-chuvas do estado de Santa Catarina, foi Max Friedrich Julius Creuz e esta estava localizada em Blumenau. 
Max era filho de Traugott Leberecht Creuz  e de Anna Auguste Renate Creuz e nasceu em 21 de abril de 1873 em Leipzig na Alemanha. Max Creuz, como era conhecido nos registros históricos local, casou-se com Lydia Elisabeth Schmude em 22 de abril de 1903. Lydia era filha de Carl e Emma Schmude - família de Itajaí. Os filhos: Elisabeth Natalie ( 12 de dezembro de 1909), Alfred Carl Alfons (09 de janeiro de 1911), Rudolf Wilhelm Fritz (05 de junho de 1915), Curt Franz Reinhold Creuz, este filho continuou com o negócio do pai de sombrinhas e guarda chuvas.

Denilson Carlos Creuz  é regente.
"Ontem estive conversando com o Sr Rainoldo que ainda tem o legado da fabrica de guarda chuvas Creuz que foi o meu tataravô que começou. Ele gostaria de escrever essa história. Ele tem um esboço de um livro. Ai tomo a liberdade de perguntar para você se temos como auxiliar para que essa história não se perca."12 de Mai de 2021 20:27h -  Denilson Carlos Creuz.

Denilson Carlos Creuz é filho de Valmor Creuz, que é filho de Alfred Carl Alfons Creuz, filho do fundador Max Creuz.
Bonita preocupação em preservar a história, por parte do descendente de  Max Friedrich Julius Creuz e de Lydia Elisabeth Creuz, que despertou nossa curiosidade. Com o tempo, temos certeza que Denilson contribuirá com esta postagem com mais informações e fotografias. 
A fábrica de sombrinhas e guarda-chuvas Creuz foi fundada em 1902, em uma esquina com a Wurststrasse, atual Rua XV de Novembro - centro de Blumenau.

"Fábrica de sombrinhas de Max Creuz. Maior estoque de guarda-chuvas e sombrinhas para homens, mulheres e crianças. Confecção sólida! Preços mais baratos! Novidades: sombrinhas coloridas de turistas, sombrinhas de seda pura, sombrinhas para malas (de punho dobrável e ponta retrátil) e sombrinhas de bonecas. Modelos especiais são confeccionados prontamente. Revendedores com descontos especiais."

Blumenau, c. 1915  - Rua XV de Novembro. Procissão. Ao fundo, Casa Max Creuz; à direita, Casa Alfred Finster; Baumgart (prédio); sede do jornal Der Urwaldsbote e Casa Husadel. À esquerda, Club Germania.
(...)engenheiro Heinrich Krohberger, construtor e responsável por todas as construções e edifícios públicos e igrejas da cidade. Ele vai ao outro lado do Rüdiger, atravessando o pasto para a sua casa, perto do barranco do ribeirão da Velha, um pouco recuada. 
À esquerda, sai da sua casa o consertador de guarda-chuvas, Sr. Max Creuz, tranca a mesma e sai apressado com passo de ginasta, calça branca e paletó escuro, em direção ao Centro. As pernas da calça, viradas um pouco para fora, ainda se vê branquinhas ao escurecer. GERLACH, 2019.

De acordo com GERLACH, a Família Creuz residia nas proximidades da foz do Ribeirão da Velha, nas proximidades da atual Rua Paulo Zimmermann e tinha como vizinho, o engenheiro Heinrich Krohberger.

Blumenau, 2 Outubro 1911. Rua XV de Novembro, em frente ao Hotel Freygang.  À direita, ao fundo, Casa Max Creuz.

A pouco tempo, foi publicado a história de Reinoldo da Silva, que herdou o maquinário e ferramentas da antiga fábrica familiar. Reinoldo foi funcionário da fábrica e começou a trabalhar em 1965, com 19 anos de idade. Atualmente, com 75 anos externou ao tataraneto, o desejo de escrever sobre esta história. 

“O seu Curt Creuz foi o segundo dono, ele é filho do Max Creuz. Ele foi um paizão pra mim, considero assim. Ele foi o último a me criar, me colocou na empresa com menos de 20 anos, me ensinou muito e me ajudou muito na vida. Chegou a me emprestar dinheiro para eu comprar minha casa”, fala emocionado ao lembrar do ex-patrão." Rainoldo da SilvaSILVA, 2020

O filho de Curt Franz Reinhold Creuz, Waldemar Creuz, herdeiro, ao fechar a firma, repassou as ferramentas e objetos desta história ao ex funcionário Rainoldo, que deu prosseguimento no ramo, criando a empresa Clínica de Guarda-Chuvas, em 1997. 

“Eu fui lá, peguei e levei tudo para minha casa. Comecei a ver o que prestava e realizei o meu sonho de ter meu próprio negócio, e ainda continuando a história do velho Curt”. Rainoldo da Silva - SILVA, 2020

Iremos visitar a Clínica dos Guarda-Chuvas e visitar este fiel amigo e antigo funcionário do Creuz, Rainoldo da Silva, que também herdou o legado desta história. Em Breve!

Nós complementaremos esta história com mais informações.
 Em Breve. 

Referências

GERLACH, Gilberto Schmidt. Colônia Blumenau no sul do Brasil / Gilberto Schmidt-Gerlach, Bruno
Kilian Kadletz, Marcondes Marchetti, pesquisa; Gilberto Schmidt-Gerlach, organização; tradução Pedro Jungmann. – São José: Clube de Cinema Nossa Senhora do Desterro, 2019. 2 t. (400 p.): il., retrs.
PIONEIROS DA COLÔNIA BLUMENAU. Famílias Evangélicas de confissão Lutherana da colônia Blumenau - Período: 1856 - 1940.
SILVA, Jotann. Trabalhador de 74 anos mantém vivo o conserto de guarda-chuvas em Blumenau - O Município - 09/05/2020. Disponível em: https://omunicipio.com.br/trabalhador-de-74-anos-mantem-vivo-o-conserto-de-guarda-chuvas-em-blumenau/. Acesso em 30/07/2021, 22:22h.


Em Construção!!









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