Arquiteta Gabrieli Paterno. |
Gabrieli Paterno, Angelina Wittmann e Antônio Poleza. |
Rio das Pombas. |
Rio das Pombas. |
Rio das Pombas. |
“A paisagem reflete a interação do homem com a natureza, que sofre alterações de acordo com a evolução da sociedade, influindo na forma como ela é entendida, criada e gerida. ” Laura Beatriz Lage
Considerando as transformações ocorridas nas paisagens de nossas cidades, na maioria das vezes, colocando em risco sua identidade e substituindo elementos significativos por outros sem referência ao local onde será inserido, com perdas significativas da qualidade estética, ambiental e paisagística e comprometendo a disposição anímica (stimmung) da paisagem, partimos da hipótese que não existe um entendimento comum entre os órgãos envolvidos no manejo da paisagem, especialmente pelos órgãos de preservação cultural e territorial, do que é uma paisagem, (...). LAGE, p4 2018) e ambiental e planejamento urbano
O controle urbanístico, ou até mesmo a fiscalização resultante das políticas de regulação urbanística de uso e ocupação dosolo deverão estar na essência de qualquer plano proposto às cidades, visto que é o controle rigoroso sobre o uso e ocupação do solo que garante a ocupação não predatória do território, e impede descumprimento das normas propostas (MARICATO, 2000).
(...)conceito de paisagem, conforme abordado pela Convenção Europeia da Paisagem (CEP), pode restabelecer a conexão do homem com o meio, possibilitando a integração de abordagens disciplinares consideradas discordantes e possibilitando a proteção/conservação via desenvolvimento. O incômodo com a transformação de paisagens e a substituição de seus elementos por outros que não possuem relação com o lugar foi encontrado na CEP. LAGE, 2018
(...) paisagem, conforme abordado pela Convenção Europeia da Paisagem (CEP), pode restabelecer a conexão do homem com o meio, possibilitando a integração de abordagens disciplinares consideradas discordantes e possibilitando a proteção/conservação via desenvolvimento. O incômodo com a transformação de paisagens e a substituição de seus elementos por outros que não possuem relação com o lugar foi encontrado na CEP, também é expresso no Belvedere Memorandum, plano de gestão territorial holandês (1999-2009), e devido à forte conexão das pessoas com seu território, metodologias de identificação do caráter de suas paisagens para guiar futuros desenvolvimentos foram desenvolvidas, como no caso do Historic Landscape Characterisation (HLC), na Inglaterra. LAGE, 2018
Arquitetura, como arte e técnica de organizar espaços e criar ambientes para, abrigar os diversos tipos de atividades humanas, possui uma relação direta com a paisagem, levando-se em consideração que a arquitetura também carrega significados culturais e reflete anseios e visão de mundo de um povo, criando e modificando a paisagem. (LAGE, 422)
Com essa nova ampliação humana nas cidades, haverá uma grande alteração no uso do solo, da água, da energia e dos recursos naturais. Andrade (2014) menciona que as cidades serão um grande desafio nas próximas décadas para a humanidade, pois são geradoras de problemas, como excesso de resíduos tóxicos, falta de moradia digna, falta de recursos hídricos, excesso de poluição e problemas de saúde pública. Portanto, é possível acreditar que a capacidade em criar cidades sustentáveis está atrelada à continuidade de nossa existência no planeta. MEDEIROS (2016).
A relação entre a formação dos núcleos urbanos e a água remete à própria história da fundação das cidades no planeta. No passado, os rios foram a principal razão da fixação do ser humano e constituição de cidades, pois eles, primeiramente, foram utilizados como fonte de água potável e de fornecimento de alimentos. (MEDEIROS, 2016)
(...)essa nova forma de planejar ficou conhecida como planejamento ambiental, que pode ser entendido como a criação de uma solução capaz de manejar as mudanças dos elementos da paisagem, de modo que as intervenções humanas sejam compatibilizadas com a capacidade dos ecossistemas de absorver os impactos, mantendo a integridade dos processos e ciclos vitais. MEDEIROS (2016).
O planejamento tradicional encontra-se em um embate que só pode ser resolvido com um planejamento ambiental, respeitando-se a vocação de cada solo, as associações vegetais e fisiológicas do território e percebendo os recursos naturais como valores ambientais. Define-se o planejamento ambiental como o planejamento das ações humanas sobre o planeta Terra, respeitando-se a capacidade de sustentação dos ecossistemas nos diversos níveis, até se chegar a uma escala global, com a melhora da qualidade de vida do ser humano em uma ética ecológica. BROCANELI(2007).
- Compreender a necessidade do planejamento urbano para a formação, crescimento e desenvolvimento das cidades;
- Elaborar a caracterização da comunidade Beira Rio estudada, abrangendo seu histórico de formação, características gerais, e seu contexto atual;
- Utilizar as potencialidades, carências e desafios da região que possam influenciar urbano e alavancar a economia local;
- Desenvolver um plano de estruturação urbana, que direcione o crescimento e o desenvolvimento do lugar como um bairro atrativo, equilibrado e sustentável;
- Instigar conceitos teóricos relacionadas a valorização do patrimônio histórico local, bem como o seu resgate histórico e cultural;
- Readequar áreas externas por meio de um partido de projeto urbano, que incorpore ambientes atrativos, sustentáveis e seguros;
- Propor um uso público a edificação história, com intuito de ser um local de troca de história;
- Elaborar Planta de Situação (macro) e Diretrizes urbanas: cortes, plantas, ou esquemas;
- Desenvolver um Programa de necessidades e fluxograma observando a escala local;
- Elaborar planta baixas com layout, legendas e entorno;
- Elaborar cortes transversais, relacionando o entorno;
- Fazer uso e apresentar a aplicabilidade de Objetivos do Desenvolvimento Sustentável - ODS, no projeto;
- Levantar os elementos formadores da área delineada para receber esta proposta (em expansão urbana) e classificá-los sob aspectos culturais e naturais e efetuar sua localização espacial na escala macro e micro;
- Levantar legislações ambientais e patrimoniais, nas esferas locais, regionais, estaduais e federais;
- Levantar dados e medidas da edificação pertencente ao patrimônio cultural local e estadual - Casa Vendramin;
- Modelar: plantas, elevações, cortes e volumétrica - Casa Vendramin;
- Delimitar e identificar elementos pertencentes à paisagem natural e impedimentos legais de uso e espacial;
- Definir programa de necessidades - Diretrizes urbanísticos;
- Elaborar zoneamento do projeto de planejamento urbano ambiental - escala macro;
- Readequar dados no plano diretor municipal para a área estudada, reformulação;
- Definir e elaborar o projeto urbano ambiental para a área estudada, de maneira humanizada, indicando os principais elementos destacados, para uso das pessoas residentes de Pouso Redondo e visitantes - proposta;
- Elaborar projeto volumétrico espacial - projeto urbano ambiental - escala macro;
- Elaborar proposta para novo uso da Casa Vendramin, como local de memória e visitação apresentando a propriedade rural de Pouso Redondo;
- Elaborar plantas, cortes, cobertura e volumétrico da proposta de usa para Casa Vendramin e também para o Centro Comunitário;
- Elaborar projeto para Centro Comunitário, com plantas, cortes, cobertura e volumétrico;
- Fazer vídeo humanizado do projeto Urbano ambiental e Arquitetônico.
A paisagem, desde seu surgimento e entendimento como conceito, refletiu essas mudanças e também foi alvo de diversas interpretações dentro de vários campos do conhecimento. As origens do conceito de paisagem são marcadas em contextos sócio históricos que revelam um olhar geográfico, ao abordar sua fisiografia natural e sua organização político administrativa territorial. (LAGE, 20, pag 13)
(...)desempenha importantes funções de interesse público, nos campos cultural, ecológico, ambiental e social, e constitui um recurso favorável à atividade econômica, cuja proteção, gestão e ordenamento adequados podem contribuir para a criação de emprego; (...) contribui para a formaçãode culturas locais e representa uma componente fundamental do patrimônio cultural e natural europeu, contribuindo para o bem-estar humano e para a consolidação da identidade europeia; (...) é em toda a parte um elemento importante da qualidade devida das populações: nas áreas urbanas e rurais, nas áreas degradadas bem como nas de grande qualidade, em áreas consideradas notáveis, assim como nas áreas da vida cotidiana; (...)constitui um elemento chave do bem-estar individual e social e que a sua proteção, gestão e ordenamento implicam direitos e responsabilidades para cada cidadão (...) (Lage, 2020)
A ligação entre a paisagem e a identidade é um sentimento poderoso e permite a conscientização em relação à perda da idiossincrasia territorial local. A paisagem tem um papel no nosso sentido de lugar, identidade e pertencimento ela é um repositório de memórias e de nossos laços ancestrais com a natureza com nosso ambiente experienciado. Talvez a relação da paisagem com nossa herança, especialmente cultural, tenha a aproximado mais do campo do patrimônio cultural. (LUENGO, 2015, p.xii)
A convenção nasceu do resultado da preocupação com a destruição dos patrimônios construídos durante a Segunda Guerra Mundial quanto a degradação do patrimônio natural uma reflexão de uma nova sensibilidade global ao desenvolvimento urbano e a degradação ambiental. (LUENGO, 2015, p.xi).A Convenção do Patrimônio Mundial de 1972 foi adotada pela Conferência Geral da UNESCO em novembro de 1972, sendo implementada apenas em 1975, com a assinatura dos primeiros trinta Estados Partes. Na época, o conceito de paisagens culturais ainda não estava em discussão e alguns locais inscritos poderiam ser considerados paisagens culturais hoje, como Machu Picchu (Peru) e outros (RÖSSLER, 2015,p.30).
Artigo 1º- Para os fins da presente convenção serão considerados como “patrimônio cultural”: os monumentos, obras arquitetônicas, de escultura ou de pintura monumentais, elementos ou estruturas de natureza arqueológica, inscrições em cavernas e grupos de elementos que tenham um valor universal excepcional do ponto de vista da história, da arte ou da ciência; os conjuntos: grupos de construções isoladas ou reunidas que, em virtude de sua arquitetura, unidade ou integração na paisagem, tenham um valor universal excepcional do ponto de vista da história, da arte ou da ciência; os sítios: obras do homem ou obras conjugadas do homem e da natureza, bem como as áreas que incluam sítios arqueológicos, de valor universal excepcional do ponto de vista histórico, estético, etnológico ou antropológico. Artigo 2º- Para os fins da presente convenção serão considerados como “patrimônio natural”: os monumentos naturais construídos por formações físicas e biológicas ou por grupos de tais formações, que tenham valor universal excepcional do ponto de vista estético ou científico; as formações geológicas e fisiográficas e as zonas nitidamente delimitadas que constituam o habitat de espécies animais e vegetais ameaçadas e que tenham valor universal excepcional do ponto de vista da ciência ou da conservação; os sítios naturais ou as zonas naturais estritamente delimitadas, que tenham valor universal excepcional do ponto de vista da ciência, da conservação ou da beleza natural.(Convenção do Patrimônio Mundial,1972)
[...]ao chamar uma paisagem de natural ou cultural, esquecesse do fato que ela é ao mesmo tempo natural e cultural. No entanto, ao definir uma paisagem como ‘cultural’, faz com que o valor cultural seja sobreposto ao natural, dissociando o homem ainda mais da natureza. O problema maior talvez seja exatamente em colocar o homem fora da natureza, como se não fizesse parte dela. Essa ideia, ainda presente em nossa civilização, vem sendo confrontada, e a consciência de reconhecer o homem como parte da natureza (o que realmente é), como um dos agentes da natureza, vem despertando uma maior preocupação com a conservação do ambiente e de seus recursos. O homem faz cultura e é natureza, ele é natural e cultural ao mesmo tempo.
Gabrieli Paterno, Angelina Wittmann e Antônio Poleza. |
A escassez de espaços alternativos para lazer nas cidades brasileiras se torna uma realidade, na medida em que são ocupados os fundos de vale por vias, os campos de várzeas por loteamentos, os riachos e rios se tornam poluídos por esgoto e lixo, e as lagoas urbanas correm risco de desaparecer (MACEDO, 2012, p.145).
- “Fase do Temor: quando a incompreensão dos fenômenos naturais gera temor a tendência em torná-los sagrados por medo de ofender o que não se compreende é muito grande”;
- “Fase da Harmonia: na qual o homem passa a compreender alguns processos naturais, beneficiar-se deles e organizar-se de forma a respeitar os limites”.
- “Fase de Domínio: em que, a partir do conhecimento de ciclos naturais e características de alguns processos periódicos da natureza, o homem, através de estudos matemáticos, busca dominá-la, modificando o território para ampliar as benesses advindas de sua exploração e defender-se das intempéries” (LAURIE, 1978, p.13-15).
O planejamento urbano e territorial constitui um investimento essencial para o futuro. Ele é uma pré-condição para uma qualidade de vida melhor e processos bem sucedidos de globalização que respeitem patrimônios e diversidade cultural, e para o reconhecimento das necessidades distintas de vários grupos. (ONU-HABITATAT,2015, p.14)
Por fim, em nenhum outro campo da Arquitetura, encontramos uma visão de conjunto tão intensamente quanto no planejamento urbano, onde tarefa do urbanista é formular ideias com base em investigações amplas, de modo que estas se ajustem às condições existentes e, na medida do possível ao futuro. (GIEDION, 2004).
As cidades estão em processos contínuos de construção, influenciadas por desordens em torno do uso e da ocupação do solo urbano, conflitos socioambientais e exclusões. De acordo com o autor Peixoto (2007) os grupos sociais envolvidos nas transformações sociais e espaciais no meio urbano, contribuíram para o aumento dessas problemáticas representando interesses difusos dentro de um contexto específico e colaborando para disparidades sociais.Como já citado, a expansão urbana, sem planejamento e as pressões antrópicas sobre os recurso naturais tem provocados riscos e o surgimento de zonas de vulnerabilidade socioambiental no município. Já o risco surge a partir de diversos aspectos em uma mesma localidade, dentre eles os ecológicos, econômicos, geográficos, químicos, genéticos, nucleares, políticos, entre outros. Os riscos são considerados globais e surgem a partir de ações humanas criadas pela própria sociedade e, não a partir de desastres naturais, como muitos acreditam.Para tanto, destaca-se a importância da gestão ambiental, como um conjunto de ações destinadas à regular o uso, o controle e a proteção ambiental, em conformidade com os princípios estabelecidos na políticas ambientais, tendo como resultado dessas ações o modelo de gerenciamento ambiental. Buscando um equilíbrio entre as relações sociais e ambientais existentes. Nessa perspectiva a conservação dos recursos naturais devem estar associadas ao planejamento, entendido aqui como um instrumento privilegiado de ações prospectivas para assegurar o direito a ambientes sustentáveis, preservar e conservar o patrimônio ambiental.
Pouso Redondo está localizada no Alto Vale do Itajaí e faz parte da microrregião de Rio do Sul. Em 2019, sua população estimada era de 17.453 habitantes. Possui área de 362,4km2, dos quais, apenas 25 km2 são áreas de zona urbana e, o restante, são áreas de zona rural.O nome Pouso Redondo decorre da chegada dos tropeiros que levavam gado do planalto serrano para a região de Blumenau. Os tropeiros paravam para descansar em clareiras circulares, na região onde hoje fica localizado o trevo de Taió, as estalagens davam acomodações e apoio logístico para os tropeiros, assim formou-se a sede do município. Mais tarde, em 1928, o município passou a ter a própria barreira de arrecadações de tributos.Em 1931, Pouso Redondo passou a ser distrito de Rio do Sul, sendo emancipada 27 anos depois
A área desta proposta está localizada no Bairro Independência, conhecido popularmente como Beira Rio. O “apelido” faz referência às famílias que moravam nas margens do Rio das Pombas. Está situado em uma região que passa por uma transição de área rural para área urbana, cujo entorno ainda possui características rurais.As primeiras famílias a se instalar nas margens do Rio em áreas de APP, moravam no antigo Campo Imperial, área pública que era pertencente ao município. De acordo com os relatos, as famílias foram atraídas pelos baixos preços dos terrenos, moradias e aluguéis, afinal era o que poderiam pagar.As famílias da Beira Rio sofriam constantemente com as cheias e deslizamentos, em épocas de cheias bastava as águas subirem para que tivessem que improvisar maneiras de salvar seus pertences. O momento mais crítico se deu com a enchente que assolou o Alto Vale Itajaí em 2012, foi a partir desse acontecimento que ao órgão municipal resolveu realocar essas famílias.O Conjunto habitacional Santa Felicidade foi construído e entregue aos moradores no ano de 2009, onde foram entregues 50 edificações para famílias de baixa renda. Posteriormente, em 2014, a prefeitura entregou mais 30 habitações com mesma destinação. No mesmo ano, a Defesa Civil, junto com a Prefeitura, decidiram construir 14 habitações modulares, que seriam entregues às famílias residentes no “Beira Rio”, as quais que foram atingidas pelas cheias e deslizamentos. As construções moduladas foram invadidas, antes mesmo, de serem terminadas. Os moradores adentraram as habitações que seriam destinados a eles, pois não tinham condições de continuar pagando aluguel e seriam despejados. É a versão do poder público, por ainda não terminar a obra. O conjunto habitacional fica a 1.5km do centro da cidade e não possui nenhum tipo de serviço básico, o que dificulta bastante o acesso aos moradores. O saneamento também é precário, apesar de ter rede de esgoto, não há tratamento e os desejos são jogados direto no rio.
O caso da Beira Rio não é peculiar no Brasil, segundo Maricato (2003) a dinâmica de urbanização nas regiões periféricas é exatamente esta, as áreas de risco e proteção ambiental, como as margens dos cursos d'água, são ocupadas precariamente pela população de baixa renda, que não possuem outra alternativa pelo mercado privado ou através de políticas públicas. Nesse mesmo sentido, Torres (1997) traça um paralelo entre a desigualdade ambiental e a desigualdade social, ou seja, essas pessoas estão mais expostas á riscos de desastres ambientais, tais como deslizamentos e enchentes justamente porque enfrentam questões provocadas por uma sociedade desigual.Outro ponto a ser considerado são as consequências da expansão urbana sem o devido planejamento, acrescentando áreas rurais a gleba urbana, sem pensar nas consequências sofridas pela paisagem natural, cultural e também sua população. Para Maia de Concenza (2019), os motivos da flexibilização da regulação do território não buscam o desenvolvimento social, mas cedem às pressões do mercado privado, bem como visam arrecadação de impostos (IPTU).
Esse descompasso entre as necessidades reais da população e o que o Poder Público oferece são perceptíveis nos relatos dos moradores do conjunto habitacional, que apontam como principais necessidades alguns serviços essenciais disponíveis somente no centro da cidade.Feita a descrição anterior sobre como o processo de urbanização de Pouso Redondo definiu questões além das relacionadas à malha urbana, mas também interferiu nos hábitos, no lazer, na cultura e na identidade do lugar, a partir desta perspectiva debruçamo-nos agora, acerca destas questões culturais, com enfoque no banho de rio.Dentre as inúmeras relações com as águas, tomar banho de rio é elemento que consta da história da Pouso Redondo ainda na época de sua colonização. Ao longo dos processos do desenvolvimento urbano, a dinâmica da cidade mudou e passou a dar mais importância ao uso do solo, transformando os aspectos da cidade e modificando o cotidiano das pessoas, redefinindo o modo de viver. A privação dos costumes que caracteriza as raízes de uma população, é um aspecto marcante no processo de desenvolvimento urbano, interligada à ideia de modernidade que é em si mesma, socialmente excludente (GUGLIELMINI, 2005).O clássico Banho de Rio, prática antiga realizada com uma opção de lazer, que era frequentemente escolhida pelos habitantes, o que pode ser visto como um traço cultural da cidade.Atualmente essa prática foi prejudicada por conta da poluição do Rio das Pombas, fazendo com que a população tenha de abdicar de seu costumes e tradições. De acordo com Felizardo (2020) a prática do Banho de Rio era muito comum até o ano de 1990, onde a população ainda podia tomar banho no rio, ele descreve que a prática era uma das grandes diversões das famílias do município.
O Banho de Rio caracteriza a cultura Pouso Redondenses ao longo de toda a história desta cidade, conforme expusemos anteriormente. Portanto, mesmo antes de Pouso Redondo ser considerada cidade, esta atividade já era uma forma de lazer característica da população. O banho, lazer e cultural é tradicional, guarda em si característica de estruturante da vida social, é habitus.A Casa Vendramin, também, um elemento cultural na paisagem local, datada do início da década de 1930, faz parte da história da comunidade. Tipologia do patrimônio histórico cultural e que está no meio de um conflito de transição onde seu entorno está se descaracterizando, transformando e assim impactando na paisagem cultural. Seu entorno está em constante processo de mudança, tais como a inserção de conjunto habitacional em frente a edificação, movimentações de terras para loteamentos e a poluição do rio que faz parte da paisagem natural e cultural.
A Casa Vendramin é um patrimônio histórico local extraordinária, é um marco histórico muito importante para a preservação da história da cidade. É uma das construções mais importante para o município pois não sobrou nenhuma igual a esta tipologia, e atualmente está correndo risco de demolição por causa da especulação imobiliária. Foi construída pelo pioneiro alemão residente nessa região, feita em alvenaria autoportantes com tijolo à vista e aproveitamento do sótão, seu madeiramento de cobertura possui estrutura enxaimel.A preservação do patrimônio cultural e natural é importante pois pois sem ela perdemos nossas memórias e é só através delas que podemos interagir com nosso passado e projetar nosso futuro sem passar por cima de valores imprescindíveis para a sociedade.
O Centro Comunitário surge da necessidade das pessoas moradoras do bairro Independência também conhecido como “Beira Rio”, que estão excluídas da sociedade em um bairro distante da centralidade e que estão desprovidas de infraestrutura e serviços urbanos. A referida região encontra-se na periferia da cidade, onde estão alojadas diversas famílias de baixa renda, o Centro faz parte da proposta desse projeto e deverá conter espaço como Posto de Saúde, Creche, Biblioteca, sala de reuniões, sala para cursos entre outros. Os Centros Comunitários representam a importância da integração social e as possibilidades e benefícios que traz à comunidade, desenvolvendo o interesse das pessoas em participar e colaborar com ações voltadas à sociedade, criando uma ação transformadora para a vida dos moradores da comunidade.
O equipamento do Sanitários Público será disposto por toda a área de contemplação do parque verde de proposta de projeto. Onde atenderá os equipamentos esportivos, lazer recreação junto ao Rio das Pombas, Pick Nick, bosques, cais de pedalinho e caiaque, centro comunitário, Casa Vendramin e restaurantes. Deverá possuir estrutura acessível adequada às necessidades das pessoas, seguindo as normas de acessibilidade NBR 9050.
Os quiosques são estruturas de atendimentos a população que farão parque da proposta do projeto, onde serão alugados e o valor arrecadado será revestido para a manutenção do parque verde. Os quiosques deverão comercializar diversos produtos e deverá ser disposto de 4 a 5 unidades próximos ao local esportivos, recreação junto ao Rio, Pick Nick e Bosques.
O terreno de intervenção encontra-se em perímetro urbano, e parcialmente rural. A partir de análises de mapas, podemos observar que no sentido norte há uma densidade de habitações maior. No sentido leste, onde está em desenvolvimento a transição da área rural para, urbana, se encontra um loteamento de edificações para pessoas de baixa renda disponibilizada pela Prefeitura Municipal.No sentido Oeste, há grande predominância de áreas de plantios e mata nativa, e no sentido Sul há uma presença de edificações na área de APP, bem como, a Beira Rio se encontra em área de risco. Devido a transição atual, de área rural, para, urbana. É perceptível a presença de grandes glebas de terra com áreas vazias. Percebe-se o impacto na paisagem natural e cultural.
A área de estudo fica localizado próxima da consolidação urbana, onde está localizado o centro administrativo da cidade. No entorno imediato é perceptível o aspecto de área rural, ainda predominante, mas que, em pequena quantia, vem se instalando algumas indústrias e, até loteamentos. A partir do levantamento realizado em visita in loco, observou-se o predomínio de edificações residenciais com alguns pontos comerciais e mistos geralmente locados mais próximos ao centro da cidade. Percebe um ponto institucional próximo ao local de intervenção onde funcional Centro de Educação de Jovens e Adultos (EJA) e um campus de extensão da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), já no centro da cidade vemos a presença e um escola estadual e creches. Os pontos de serviço se alternam entre a indústria moveleira, Casan e Centro de Eventos. Não há ponto do sistema de saúde próximo.
Conforme ilustra o mapa abaixo, há a predominância de gabaritos térreos de volumetria horizontal, com algumas edificações de até 04 pavimentos. O entorno do terreno há pouca densidade, com exceção da fachada Leste, onde encontra-se o conjunto de habitações popular Bela Vista. Nesse loteamento os lotes são totalmente ocupados de formas irregulares, criando uma barreira visual entre as próprias edificações. De modo geral, a área total estudada conta com gabaritos baixas, dessa não interferindo ou modificando a paisagem em geral.
O sistema viário da área desta proposta ilustra o mapa, demonstra-se o acesso pela via principal denominada coletora, e a via de acesso secundário de local. Ambas se demonstram sem conflitos significantes. A BR-470, via principal da cidade de Pouso Redondo é considerada arterial, a mesma faz ligação direta com os municípios vizinhos.
A rua principal Querino Ferrari que dá acesso à área estudada possui um trecho pavimentado com asfalto, com passeios inadequados e atualmente mais um trecho está passando por processo de pavimentação. A rua Estevão Riscaroli, que também dá acesso ao terreno, é desprovida de pavimentação, e possui caixas variáveis.
Nas áreas próximo ao centro, há infraestrutura básica, mais próximo do local da área desta proposta, verifica-se que a única drenagem, é a natural. Na área da proposta, as ruas são desprovidas de pavimentação e não possuem drenagem e, vegetação, apenas a nativa.No conjunto habitacional Santa Felicidade, onde há maior densidade de moradias, na área, não há infraestrutura urbana, e nem tratamento de esgoto. Atualmente, toda a rede de esgoto dos residentes é direcionado para o Rio das Pombas. De modo geral a infraestrutura do terreno e de seu entorno imediato, na área desta proposta, é inexistente.
Através da análise da área da proposta, se percebe que a comunidade conta apenas com uma linha de transporte escolar. A mesma, desloca escolares das localidades rurais do entorno da área desta proposta, até a Escola Municipal Prefeito Arno Sieverdt localizada no centro da cidade.Além do transporte escolar, o município conta com a estrutura de uma rodoviária, onde recebe transporte intermunicipal e interestadual. A comunidade conta, também, com serviço de táxi e mototáxi
O terreno desta proposta está localizado no Bairro Independência, popularmente conhecida como Comunidade Beira Rio, no perímetro Urbano/Rural da cidade de Pouso Redondo/SC. Está localizado em torno de 800m da BR-470. Sua área é de aproximadamente 515.120,000,00m², com lote de esquina, e testada para a Rua Querino Ferrari ligando-o ao interior do município, e a Rua Estevão Riscaroli, servindo de acesso ao Centro de Eventos da cidade.
Conforme ilustra o figura ao lado, a topografia é levemente acidentada e possui algumas ondulações próximo ao Rio das Pombas. O terreno não tem um acesso definido, ocorrem através da Rua Querino Ferrari ou pela Rua Estevão Riscaroli. O terreno da área estudada e cortado pelo Rio das Pombas, sentido Norte/Sul, o que permite o aproveitamento da paisagem e da vista do local.
A área desta proposta está localizada em uma região com clima mesotérmico úmido onde possui verões quentes e invernos rigorosos. A temperatura média anual é de 18,4ºC e a precipitação média anual é de 1300mm. Os ventos predominantes no local possuem orientação ENE (leste nordeste), com uma velocidade média anual de 19 km/h.A área possui arborização nativa na margem do Rio das Pombas que contribuem para o bloqueio do sol na tarde. A arborização nativa desenvolve um papel importante na climatização do terreno, além de contribuir para a redução da sensação térmica, também reduz a velocidade do vento o que ocasiona um microclima mais confortável com temperaturas mais amenas.
O Skyline é simplificado em um panorama urbano, como resultado da horizontalidade que o local fora. Será considerado as fachadas Norte, leste, oeste e por fim a fachada Sul.A massa de construções está concentrada na fachada leste , na norte, já na fachada oeste e sul temos a presença de bastante vegetação nativa.
Até boa parte do século XX as legislações voltadas para o meio ambiente no Brasil não tinham objetivos ecológicos, apenas versavam sobre a regulamentação de atividades econômicas como pesca, caça e extração de madeira (SILVA, 2015). Mudanças nesse sentido começaram surgir a partir da Conferência de Estocolmo de 1972, as preocupações com finitude de recursos naturais lá abordadas refletiram na Constituição Federal de 1988 (ANTUNES, 1992). A CF dedica ao meio ambiente o capítulo VI do Título VIII – Da ordem Social. O caput artigo 225 prevê que “todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida” e impõe ao “Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.”
II – Área de Preservação Permanente – APP: área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas (Lei nº 12.651/12, artigo 3º, inciso II).
I – as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de:a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de largura;b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de largura;c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) metros de largura;d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura;e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros;II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de:a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d’água com até 20 (vinte) hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 50 (cinquenta) metros;b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas;III - as áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, decorrentes de barramento ou represamento de cursos d’água naturais, na faixa definida na licença ambiental do empreendimento. (Lei n.º 12.651/12, artigo 4º).
Art. 8º A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área de Preservação Permanente somente ocorrerá nas hipóteses de utilidade pública, de interesse social ou de baixo impacto ambiental previstas nesta Lei (Lei n.º 12.651, de 25 de maio de 2012)”.
[...] o desenho de parques lineares, assim como usos urbanos menos densos (agricultura urbana, grandes equipamentos sociais, zonas de baixa taxa de ocupação, etc.), ao longo dos cursos d’água perfazem uma estratégia adequada de compatibilizar esta ambiência tão diferenciada na cidade. Seriam áreas de transição em densidades urbanas que ajudariam, estendendo a função das APP, a minimizar os impactos da urbanização (CARVALHO e FRANCISCO, 2003, p.09).
A presença ou ausência de água escreve a história, cria culturas e hábitos, determina a ocupação de territórios, vence batalhas, extingue e dá vida às espécies, determina o futuro de gerações. Nosso planeta não teria se transformado em ambiente apropriado para a vida sem a água. Desde a sua origem, os elementos hidrogênio e oxigênio se combinaram para dar origem ao elemento-chave da existência da vida. [...]Ao longo de milhares de anos, nossa espécie ocupou territórios, cresceu e desenvolveu com base nesse bem natural tão importante e valioso que é a água. No entanto, ao longo da história, modificações aconteceram na relação do homem com a natureza e, por consequência, na sua relação com a água. Na sociedade em que vivemos, a água passou a ser vista como recurso hídrico e não mais como um bem natural, disponível para a existência humana e das demais espécies. Passamos a usá-la indiscriminadamente, encontrando sempre novos usos, sem avaliar as consequências ambientais em relação à quantidade e qualidade da água.(BACCI e PACATA, 2008, p.211)
5.3 - Programa de Necessidades
5.4.3 – Fluxograma Arquitetônico demais Edificações
6.2.1.8 – Perspectivas Internas
Superior
6.2.2.4 – Corte
- ANDRADE, Rivail. Complexidade dinâmica: água, expansão urbana e espaços livres públicos – o processo de construção da paisagem do Parque Iguaçu. Curitiba-PR. Tese. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, 2009.
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Avaliação da Banca
- Bruno Aied Passos - Nota: 7,00- Patricia Geittenes Tondelo - Nota: 7,20
Parabéns Gabrieli. Seu trabalho é dez, por sua superação, pelo volume e abrangência de sua proposta. Trabalhou muito!Esta proposta foi elaborada a partir de muita pesquisa, refeita e adequada ao ambiente e ao tempo presente, a partir de novos conceitos, como Planejamento Ambiental. A nota que recebeste não reflete a VERDADE.É importante que não esqueça disso, Arquiteta. O mundo não é justo e a ciência deste fato, deve nos fortalecer. Você está pronta e o Horizonte é seu limite. Sempre pontue seu eixo, na Verdade, pois sempre, mas sempre mesmo. Você e àquele que nega a verdade - na sua trajetória - sabem disto, mesmo que este a negue. Nunca se afaste da Verdade. Ela prevalece sempre, e também, na História. Segue sempre, pautada na Verdade.Neste trabalho, você conseguiu refletir, a partir de vários pontos: A escala da Arquitetura - com a tipologia pertencente ao patrimônio cultural regional, a Casa Vendramin; e as novas propostas arquitetônicas desenvolvidas por você. Projetos atuais com tecnologia contemporânea. Também, este trabalho teve um olhar para o Planejamento Urbano, Regional e Ambiental, apontando questões importantes aos gestores do município sobre vários aspectos que poderão auxiliar no planejamento de Pouso Redondo. E para terminar, você observou a "costura" do novo e o existente nas paisagens naturais e construídas com o olhar crítico que um urbanista deve ter - dentro das muitas escalas.Só me resta desejar-lhe Parabéns. Segue, tornando o mundo um pouco melhor, a partir de sua profissão.Sucesso! - Angelina Wittmann
Leituras Complementares - Clicar sobre o título escolhido:
- "Casa Sens e o Rio - Arquitetura e Paisagem" - TCC - Arquitetura e Urbanismo para Ituporanga SC - Pesquisa e Projeto: Amanda Welter
- "Núcleo Urbano e o Complexo Grimm - Memória" - TCC - Arquitetura e Urbanismo para Agrolândia SC - Pesquisa e Projeto: Tamires Gutz
- "Parque Urbano Salto Grande - Readequação Edifício Industrial" - TCC - Arquitetura e Urbanismo para Ituporanga SC - Pesquisa e Projeto: Carla Micaéla Muniz
- "Centro de Convenções e a Centralidade Urbana - Parque Municipal" - TCC - Arquitetura e Urbanismo para Agrolândia SC - Pesquisa e Projeto: Laiz D. C. Correa
- Intervenção Urbanística e Arquitetônica Espaço Cultural de Rio do Sul - TCC - Arquitetura e Urbanismo para Rio do Sul SC - Pesquisa e Projeto: Diordi Finardi - Orientação: Angelina Wittmann
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