Pelos caminhos do Vale do Rio dos Cedros - Um pouco de História e imagens
Recebemos duas publicações sobre a história de Rio dos Cedros e de uma das famílias que ajudaram a construir a história da cidade e da região - Família Tafner - em junho de 2021 de Andrey José Taffner Fraga. No mês seguinte, julho de 2021, fomos conhecer a paisagem e o local, o qual fez parte da história da grande Colônia Blumenau, fundada por Hermann Bruno Otto Blumenau, em 1850.
Quando Hermann Blumenau fundou a sua colônia agrícola, batizada com o seu nome, sabia muito bem o que queria e a planejou cuidadosamente como se fosse uma fábrica, sob o ideário fisiocrático do francês Quasnay, o qual defendia a possível geração de capital a partir do excedente da produção agrícola, podendo fornecer matéria prima às fábricas, ou mesmo, serem comercializadas em regiões vizinhas para novíssima indústria alimentícia e uma responsáveis pelo processo de industrialização do estado de Santa Catarina.
"A divisão do trabalho fazia
parte do processo local do povoamento ou seja, o objetivo sócio econômico sobre
a implantação de núcleos no nordeste do estado depois de 1850, como já
assinalamos, não era outro senão o de produzir (produção agrícola x
transformação industrial) e inserir-se no mercado nacional. Em Blumenau a
hierarquia social foi estabelecida desde o inicio e as pessoas eram designadas
para o espaço geográfico de acordo com seu aporte profissional pela
administração local: os agricultores colocados longe da sede administrativa, os
artesãos, os comerciantes e os burocratas no centro da colônia." VIDOR, 1995 - Pg 37
A colonização alemã e italiana na segunda metade do século XIX, na Colônia Blumenau,foi motivada por várias questões sociais, políticas e econômicas. Lembramos que em dia 31 de janeiro de 1850, apoiado no decreto legislativo Nº 397 de 1846, foi outorgado o direito de naturalização aos imigrantes alemães estabelecidos em São Pedro de Alcântara. Este decreto e um conjunto de novos instrumentos jurídicos, influenciaram o estabelecimento dos imigrantes em Santa Catarina. Na região de Mafra (Que pertencia ao Paraná) já haviam assentamentos mais antigos a este mencionado. Este contexto, alinhado aos conflitos armados que ocorriam na Europa simultaneamente - principalmente os que aconteciam na Alemanha e na Itália, em 1848. Questões que contribuíram muito para o processo de imigração, para esta região do Vale do Itajaí - dentro de um recorte histórico - diferentes de outros já comentados neste Blog.
Para contribuir com este contexto, em 1850 foi instituída a lei de Terras, regulamentada pelo Decreto 1.318 de 1854. Em 1897, a Sociedade de Colonização Hanseática recebeu o direito de comercialização das terras situadas na bacia do Rio Itajaí do Norte. Esta sociedade estabeleceu um plano de ocupação do solo, que de acordo com VIDOR, 1995, o terreno foi dividido em 4.000 lotes rurais e 325 urbanos. O núcleo urbano da Sociedade que se chamou Hamônia, acelerou a construção da ferrovia regional - EFSC - cujo 1° trecho foi inaugurado em 1909. No período entre o fim do século XIX e o início do século XX, o território do Estado foi dividido em várias áreas para ocupação, conforme a solicitação de empresas privadas cujo objetivo era o povoamento.
Dentro deste processo organizacional e de ocupação da colônia, a hierarquia social foi estabelecida desde o início de sua fundação, onde as pessoas eram designadas para as regiões - espaços geográficos - de acordo com sua atividade profissional pela direção da mesma: Os agricultores e pastores colocados longe da sede administrativa, os artesãos, os comerciantes e os burocratas na sede e nas imediações.
Mapa da Colônia Blumenau desenhado por José Deeke em 1905. Localização do Stadtplatz da Colônia Blumenau e o local de Rio dos Cedros.
Ainda no século XIX vieram a primeira leva de imigrantes não alemães como vinha ocorrido até então. Os imigrantes trentinos (ainda não existia Itália - como também não existia Alemanha) chegaram nos anos 1975/76, e como aconteceu com os imigrantes alemães, também os imigrantes trentinos foram alojados no galpão dos imigrantes localizados no Stadtplatz, na Palmenalle Strassen - Rua das Palmeiras - centralidade da Colônia Blumenau. Os pioneiros de Rio dos Cedros, homens e filhos maiores seguiam para o lote destinado à família e, as crianças e mulheres continuavam alojadas no galpão dos imigrantes do Stadtplatz, até que os homens construíssem um abrigo provisório, limpassem o terreno para a primeira plantação e então, buscavam os demais familiares. Era um prática bem comum entre os imigrantes na várias regiões da Colônia Blumenau. Esta situação foi esclarecida no livro "Surgimento e Trajetória Família Tafner - Na Europa e no Brasil".
No entanto, houve casos na região, onde toda a família se mudava para o terreno adquirido - na mata virgem - e todos os membros da família se envolviam com as primeiras providências: abrigo provisório, limpa do terreno para plantio e pasto, caça para alimentação - situação descrita no livro do engenheiro Dr. Phil Wettstein: "Brasilien und die Deutsch-brasilieniche Kolonie Blumenau".
Galpão dos imigrantes localizado no Stadtplatz – centralidade da Colônia Blumenau – Ano 1868 - local onde ficavam alojados os imigrantes até estarem prontas as primeiras benfeitorias no lotes colonial nas regiões próximas do Stadtplatz.
Primeiros abrigos na mata na região do Vale do Itajaí. Fonte: WETTSTEIN, 1907.
O engenheiro agrimensor Carl August Wunderwald é que batizou o local onde surgiu o embrião ou, a nucleação urbana - com a denominação Rio dos Cedros, em 1863, quando fazia uma de suas expedições, entre Timbó - rumo ao norte - e Pomerode, onde foi aberto a Pommernstrassen - uma estrada desenhada na margem esquerda do Rio dos Cedros em direção ao oeste e onde está a atual centralidade do município. Observar o mapa.
Localização da primeira nucleação urbana de Rio do Cedros- Detalhe para a igreja de Santo Antônio.
O acampamento do engenheiro, na época, local que naturalmente chamou de Rio dos Cedros, estava - aproximadamente onde está atual capela de Santo Antônio e a comunidade Santo Antônio - parte do Rio dos Cedros atual, e pode-se dizer, a primeira nucleação urbana do município, com a presença de imigrantes trentinos que deu origem a Rio dos Cedros.
Carl August Wunderwald, foi agrimensor e engenheiro contratado pela Companhia Colonizadora Hamburguesa e veio para o Brasil com o navio Caroline. As Companhias ou Sociedades Colonizadoras promoviam melhorias e construíam infraestrutura para facilitar as vendas e atrair famílias imigrantes para região onde tinham seus negócios.
A primeira exploração do Rio dos Cedros, desde a barra com oRio Benedito foi realizada, portanto, numa viagem de canoa pelo grupo de Wunderwald, que penetrou, com dificuldade, rio acima, num percurso de 15 quilômetros. Depois recuaram, mediante a impossibilidade de avançar a inavegabilidade do rio com canoa e pela escassez de alimentos. O grupo, no entanto, descobriu que a região vista do alto de um morro, era muito extensa e fértil. Percebeu também, que para além das montanhas que circundavam o vale, poderia existir um grande planalto, o que tudo isso, foi verificado mais tarde.
Rio dos Cedros é formado, realmente, por uma planície onde se fixaram os pioneiros que chegaram depois. O planalto foi parcialmente habitado mais tarde e permaneceu como uma reserva natural. habitado com uma reserva de mato muito grande. Em 1975, quando completou o centenário, as suas colônias praticamente eram as mesmas traçadas nos tempos da imigração: 200 metros de frente e por 1.000 de fundos, medidas por José Deeke e adquiridas pelo preço de 200$000, pagas a longo prazo - de perder de vista.
Origem dos "imigrantes Italianos" Século XIX na Região.
Um pouco de História...
Tirol antes desse fato histórico - sob as armas de Napoleão.
No início do Século XIX, o Tirol já tinha sido dividido e o território de Trento passou para o controle do reino napoleônico da Itália, e chamado de Dipartamento dell'Alto Adige.
A parte norte do Tirol passou para o controle do Reino da Bavaria com o nome de Südbayern - Baviera do Sul. Durante esse período, houve consideráveis modificações no sistema administrativo da cidade de Trento e uma primeira tentativa foi a italianização dos sobrenomes de origem alemã do Tirol italiano.
Com a queda de Napoleão e o Congresso de Viena, em 1816, o então Condado Principesco do Tirol - Gefürstete Grafschaft Tirol - retornou para o domínio austríaco, ao qual permaneceu unido até o final da Primeira Guerra Mundial (1914 - 1918). Período que a região teve contato com a cultura italiana pela primeira vez, por pouco tempo. Também nesse período histórico, ocorreu a imigração de muitas famílias dessa região - para o Vale do Itajaí.
Trento - Itália.
Na época que chegaram à Colônia Blumenau, os primeiros imigrantes da região do Tirol, esse ainda tinha sua autonomia e pertencia à Áustria - ou ao Império Austro-Húngaro. Falavam o dialeto do Tirol. As primeiras levas de imigrantes chegaram no ano de 1875 - portanto ainda no século XIX, sendo que a Primeira Guerra Mundial terminou quando as tropas do Império Austro-Húngaro foram derrotadas na batalha de Vittorio Veneto em 29 de outubro de 1918. Tropas italianas ocuparam o Tirol, incluindo o Tirol Meridional formada pelas regiões do Südtirol e Trentino(Welschtirol) de onde vieram os imigrantes para Rio dos Cedros e outros locais do Médio Vale do Itajaí - parte da Colônia Blumenau. A partir de 1875 - marca o início dessa história, na região, devido a chegada dos primeiros imigrantes italianos vindos do Tirol sob o domínio do Império Austríaco e da Província de Trento pertencente a Itália.
Devido às dificuldades de vida o Governo da Áustria, abriu a emigração. O mesmo fez o Governo da Itália. A medida foi bem aceita pelo povo farto de guerras, pobre e cansado das inúmeras dificuldades de vida precária, numa região montanhosa com pouca terra aproveitável para cultivar e com uma população muito densa.
O primeiro grupo de pioneiros que se estabeleceu em Rio dos Cedros, vinha do povoado de Matarello a 8 quilômetros de distância de Trento e entrou por Pomeranos, nome dado pelos primeiros imigrantes alemães, que vinha de Pomerânia, antiga Província do Norte da Alemanha.
Era chamado "Caminho dos Pomeranos", ou aindaPommernstrasse. Essa estrada que saía de Timbó, na verdade era uma picada feita a facão no meio da mata por aquelas primeiras famílias de Pommernstra sse, que chegaram aí no ano de 1870. Esse caminho com 20 quilômetros de distância ia em direção ao Norte até o atual Alto Pomeranos.
Foi nessa estrada (picada) de Pomeranos que entraram os primeiros colonos trentinos de Matarello, a 10 quilômetros de Timbó, atual comunidade Pomeranos Santo Antônio, caracterizando o início da História de Rio dos Cedros.
Comunidade Santo Antônio - localidade embrionária onde foi construída a primeira igreja de alvenaria, em 1894. Acervo do arquivo da Igreja Nossa Senhora da Imaculada Conceição, do Rio do Cedros - publicada no livro da família Tafner.
Primeira Leva de Imigrantes
Em 1874, na cidade de Matarello, um grupo de 20 famílias, depois de organizadas e instruídas pela Direção Colonizadora de Blumenau, através de Joaquim Caetano Pinto Júnior, contratado do governo imperial brasileiro (1874) de introduzir no Brasil cem mil imigrantes, em um prazo de dez anos e também, foi o responsável da imigração trentina para o Brasil.
Completou o grupo de imigrantes, mais algumas famílias dos arredores de Trento. O embarque do primeiro grupo de pioneiros foi no porto de Trieste, em um navio a vapor, no final do mês de dezembro de 1874. A viagem marítima durou um mês e terminou quando o navio atracou em Itajaí no final do mês de janeiro de 1875. Os trentinos rumaram para o porto fluvial do Stadtplatz da Colônia Blumenau, subindo o Rio Itajaí-Açu.
Como já foi mencionado, as mulheres e crianças ficavam acomodadas no galpão dos imigrantes na Palmenalle Strassen - e de acordo com o Padre Vicenzi:"os homens e filhos mais velhos subiam o Rio Itajaí, entrando depois no Rio dos Cedros, até Timbó. Dali para frente caminharam a pé pela picada dos Pomeranos e se estabeleceram nas colônias situadas na atual comunidade de Santo Antônio, provavelmente na metade do mês de fevereiro de 1875".
Não concordamos com esta primeira leva de pioneiros e o caminhos descrito, em função da localização deste primeiro assentamento na Comunidade Santo Antônio, muito mais próximo da Estrada dos Pomeranos e de Pomerode - por sua vez de Blumenau - quase inviável por Timbó, para o qual os pioneiros deveriam rumar para Indaial e subir até esta localidade. Vale estudar um pouco melhor.
Local da comunidade Santo Antônio e o provável caminho dos pioneiros em função da localização do assentamento.
Cada um que tomou posse da sua colônia, derrubava a mata, construía o abrigo temporário, geralmente feita de ripas de palmitos, calafetada de barro e coberta por galhos. Preparava uma pequena plantação e preparavam o pasto e regressavam para o Stadtplatz de Blumenau para buscar sua família, iniciando a nova vida dessa gente, sem conforto, sem muitos recursos e sob constantes ameaças de um local nunca habitado antes, munidos unicamente dos poucos pertences trazidos da Itália, que ainda não existia como nação.
O grupo era composto das seguintes famílias:
Fonte: VICENZI, 1975.
A primeira plantação destas famílias foi de feijão, batata doce, depois o milho e a videira. Para se abastecer de mantimentos, todos esses primeiros pioneiros iam a pé até a casa comercial de Friedrich Donner, em Timbó, onde compravam o mínimo para a casa, especialmente a farinha de milho para a polenta, que custava dois vintens a quarta. Foi a primeira comunidade que surgiu em Rio dos Cedros. Como eram oriundos da cidade de Mattarello, o povo da comunidade de Santo Antônio foi chamado de "Matarei." Em 1975, VICENZI, registrou 92 famílias na comunidade, uma escola, uma casa comercial e uma igreja dedicada a Santo Antonio. A 1° igreja no local foi construída de taipa, como também, a escola, onde o 1º professor foi Giuseppe Dariva, seguido por Giovanni Trentini.
Comunidade de Santo Antônio atual. É preciso cuidar desta história. Foi a primeira nucleação urbana da cidade de Rio dos Cedros.
Segunda Leva de Imigrantes
Em 1874, mais um grupo de famílias pioneiras emigraram para o Brasil. A maioria era natural de Centa San Nicolò e como as de Mattarello, embarcaram no porto de Trieste em um navio à vapor, mas chegaram três meses depois ao Brasil. Muitos problemas durante a viagem de travessia do Atlântico.
Capela N.S. Dores, Crosara.
Percorrendo o mesmo caminho já feito pelos outros pioneiros trentinos da primeira leva, grupo de Centa subiu pela estrada dos Pomeranos e se fixaram na continuidade aos de Mattarello, no atual Pomeranos Médio. Nesse havia um bifurcamento para Rio dos Cedros ainda inexplorado. Por isso o lugar foi chamado de "Crosara", ou Encruzilhada, e o povo de "Croserotti".
Os nomes que compunham o grupo de famílias para Pomeranos Médio foram:
Monumento do imigrante de Blumenau construído por um imigrante italiano.
Pouco tempo depois chegaram mais quatro imigrantes que tinham ido para a Argentina - Família Giovanella. Eram: Carlo Giovanella, Giuseppe Giovanella, Batista Giovanella e Antonio Giovanella, também de Centa San Nicolò. Ermínio e Celso Stinghen eram pedreiros e cortadores de pedras. Por isso foram convidados para trabalhar no Monumento ao Imigrante alemão no Stadtplatz de Blumenau. Giovanni Odorizzi era carpinteiro, e possuía ferramentas para atuar na profissão - um pequeno tesouro para a época. Contam que possuía uma serra (sega), e por isto foi apelidado do "seghetta". Construía casas de madeira, pequenas serrarias e moinhos. Domenico Piazzera era de Vigo; Dalpiaz de VaI di Non; Odorizzi e Trentini, de VaI di Fiemme; Paolo Mattedi, de Valda e Felippi, apelidado de "Valetta", era de Albiano.
Terceira Leva de Imigrantes
Um grupo de 300 pessoas, na sua maior parte, oriundas da cidade italiana de Samone, emigrou para o Brasil. O grupo seguiu para França, quando partiu em 25 de dezembro de 1874, de Marselha em um navio chamado Gabriela. A viagem também teve muitos imprevistos e durou 5 meses.
Estas famílias saíram da Itália antes do grupo anterior, oriundos de Centa San Nicolò e chegaram quatro meses depois, em maio de 1875. Uma parte deste grupo foi conduzido para a comunidade de Nova Trento e um grupo de 22 famílias lideradas por Angelo Lenzi e orientadas pela Direção da Colônia de Blumenau, foi assentados em Pomeranos. Provavelmente em abril, no local de Pomeranos Médio. Como esses pioneiros eram de Samone, foram chamados de "Samonatti".
As famílias são:
Logo após a chegada do grupo de pioneiros ao local do assentamento, construíram a primeira igreja feita de ripas de palmito, dedicada a Santa Maria Madalena. Logo que lhe foi possível, construíram a nova igreja dedicada à N. Sra. do Caravaggio. De acordo com o relato do Padre Vicenzi, diante da ausência do sino - Carlo Molinari ia até a igreja e tocava a Ave Maria em uma guampa de boi. Ele tinha sido corneteiro no exército italiano.
Igreja N. Sra. do Caravaggio.
Bàtista Anesi (Tita Mago), o primeiro homem a falecer no lugar, foi levado para o pequeno cemitério de Pomeranos Médio, numa zorra puxada a cavalo. A viúva casou-se depois com Michele Anesi, que foi
mais tarde o primeiro professor de Pomeranos Alto, embora por pouco tempo e sem capacidade. Domenico Vicenzi comprou o primeiro cavalo de Pomeranos.
Seu filho Antônio com esse cavalo fazia frete para Timbó, levando e trazendo mercadoria para os colonos. Foi a "Primeira Transportadora" de Rio dos Cedros, e cobrava um vintém por arroba. Em geral os colonos trabalhavam 15 dias por mês na abertura de estradas ganhando um ordenado de 15$000 (Cr$ 1.50), com os quais podiam pagar as prestações das terras adquiridas. Nos demais dias dedicavam-se a agricultura. Seus filhos frequentavam a escolinha de Pomeranos, nos Médio, que funcionava precariamente num ranchinho. No tempo da construção da segunda igrejinha feita de taboas, o povo adquiriu na Áustria, a imagem de N, S. do Caravaggio, provavelmente no ano de 1889. Anos depois foi construída uma outra de tijolos, a qual foi demolida para dar lugar a atual, que foi inaugurada em 1932. Nesta última obra destacaram-se especialmente José Vicenzi, Severino Paoletto, Angelo Lenzi, Angelo DalI'Agnolo e muitos outros, com seu trabalho gratuito.
A igreja de N. S. do Caravaggio era um centro de devoção para onde acorria muita gente vinda de diversas localidades, para festejar o dia 26 de maio, sua festa litúrgica. Essa igreja foi decorada pelo célebre pintor Pedro Cechet, autor de maís 100 igrejas. Morreu em Rio do Sul com 62 anos de idade com fama de santidade.
O sino da torre foi adquirido em Trento e continua badalando ás Ave Marias lembrando aos pósteros uma história de alegrias e de tristezas. Ao lado da igreja funciona uma escola dirigida pela Professora Ester Vicenzi Dalmonico, desde a sua fundação. A história dessa escola está ligada de modo especial a um dos seus maiores lutadores, Liberato Trisotto, que juntamente com algumas outras famílias conseguiu seu funcionamento.
Dessa terra pomeranense, deve-se mencionar um dos seus mais ilustres homens, o Cônego Giacomo Vicenzi, escritor, poeta e compositor musical, primeiro sacerdote de Rio dos Cedros, que estudou no colégio do Caraça, em Minas Gerais. Ele fundou a banda musical de Pomeranos, a primeira e a única da região, doando ele mesmo os instrumentos adquiridos no Rio de Janeiro. Era chamado "el pret deI Rosso", por causa do seu pai. Morreu no Rio de Janeiro. VICENZO, 1975.
Interessante relato dos primeiros anos de formação desta comunidade de Rio dos Cedros. Em 1975,Pomeranos Central possuíam 42 famílias descendentes dos pioneiros e continuavam trabalhando na agricultura.
Quarta Leva de Imigrantes - Pomeranos Alto
É do povoado de Cavedine, localizado à 20 quilômetros de Trento, de onde vieram os pioneiros para a povoação de Pomeranos Alto e chegaram ao local em 1875. As famílias embarcaram para o Brasil no porto de Trieste. Também embarcaram famílias de VaI Sorda, Pérgine e de outros povoados.
Os pioneiros oriundos de Cavedine entraram em Pomeranos Alto, como uma continuidade da ocupação de Pomeranos Central. Em função da topografia, o local também era chamado "Busa".
Alguns daqueles imigrantes, vendo-se lançados no meio das florestas e sem recursos diziam chorando, que voltariam a pé para sua Pátria se lhes fosse possível se não houvesse o Oceano Atlântico para atravessar. Padre Vicenzo.
Os homens improvisaram pontes lançando sobre os rios, troncos de árvores por onde passavam. Em 1975, a comunidade possuía 92 famílias de agricultores. O local também possuía uma casa comercial e indústria de madeira.
As primeiras famílias foram:
Agostino Bridarolli veio já velho da Itália. Viveu aqui apenas algum tempo e morreu com 90 anos de idade. Combateu como voluntário nas guerras de Napoleão Bonaparte na Rússia e não morreu de frio por milagre, dizia ele, enquanto seus companheiros não tiveram a mesma sorte. Padre Vicenzo
O pioneiro Gregorio Brighenti instalou a primeira serraria hidráulica: mas depois a vendeu para os Irmãos Zani e mudou-se para a Argentina. Os Irmãos Zani instalaram junto à serraria, uma atafona, que foi vendida para Júlio Vogel e este, vendeu para Luiz Mengarda e este, para Germano Mengarda. Em 1975 não existia mais nada no local. Luiz Mengarda tinha três filhos, e um dos filhos, o Massimigliano, foi professor da comunidade por muito tempo. A primeira escola, uma edificação de madeira rudimentar, também era usada como igreja, esta dedicada a N. Sra. da Assunção (Madonna dell'Assunta). Antes de Luiz Mengarda, quem foi o professor, o primeiro foi Michele Anesi.
A primeira escola foi substituída por uma outra e por fim a atual foi construída de alvenaria e recebeu o nome de Silvino Mengarda, soldado que fez parte das tropas do Brasil na Itália, na 2° Guerra Mundial e não voltou.
A primeira igreja separada da escola foi construída de alvenaria e depois foi demolida para construir a nova igreja, inaugurada em 1948.
Quinta Leva de Imigrantes - Sede de Rio dos Cedros
O navio com os pioneiros assentados na região da sede de Rio dos Cedros - um veleiro - partiu do porto de Trieste, mas retornou por duas vezes ao porto, devido a avarias recebidas mediante o choque a um rochedo. A viagem durou 80 dias. Em Blumenau, a Direção da Colônia encaminhou uma parte dos imigrantes trentinos para Rio dos Cedros. Eram oriundos das cidades: Civezzano, Villazzano, Ospedaletto, Vigolo, Vigalzano entre outras. As famílias ficaram alojadas no Galpão dos imigrantes - como já mencionado - e os homens subiam os rios até Timbó. Informados por Friedrich Donner de Timbó, que aí não havia mais colônias disponíveis, continuaram a viagem subindo de canoa pelo Rio dos Cedros na certeza de poder encontrar terras boas, logo a seguir, uma nucleação urbana de colonização alemã, conforme informações recebidas. Pararam na confluência do Rio São Bernardo com o Rio dos Cedros. Desembarcaram de suas canoas e as terras, atual sede de
Frederico Dooner - Timbó.
Rio dos Cedros.
As famílias pioneiras da sede de Rio do Cedros são:
Batista Rafaelli era músico e dirigia com muita competência a banda musical, a primeira de Rio dos Cedros. Padre Vicenzo fez uma lista dos primeiros apelidos na sede de Rio do Cedros e o nome verdadeiro: Miotto - Virgilio Voltolini; Mosca - Davide Agostine; Pietron - Pietro Floriani; Toni - Antonio Nasatto; Pierotto - Pietro Paternolli; Pierin - Pietro Osti; Bataini - Francesco Sandri; Tita - todos os Batistas. Todos, chegando aos seus lotes, limpavam o terreno para as primeiras plantações e levantavam o primeiro abrigo provisório, que pronto, os homens seguiam até Blumenau para buscar o resto da família, chegando novamente a Rio dos Cedros na véspera do Natal de 1875, dia 24 de dezembro. Foi o primeiro Natal festejado na comunidade que nascia.
Casa Provisória lembra o embrião da casa enxaimel - há mais de 7 mil anos, na região que depois foi Alemanha.
A primeira colheita foi de batata doce. Segundo o Padre Vicenzi, no início da colonização a diretoria da Colônia Blumenau ajudava as famílias pioneiras com distribuição de mantimentos, mas para completar sua refeição, colhiam frutas silvestres, caçavam e pescavam.
A primeira colheita de milho, feijão e outros cereais foi farta. Já tinham o alimento que inspirou o canto, composto por eles: Noi siam partiti. Batista Rafaelli era músico. Aos domingos muitos daqueles homens se reuniam e cantavam cantos folclóricos trazidos da Itália, e o conhecido canto:
Noi siam partiti dai nostri paesi
Noi siam partiti con grandi onori
Trenta sei giorni di machina a vapore
Finche alI'America noi siamo arivati.
E alI'America noi siamo arivati
Non abbiam trovato ne paglia ne feno
Abbiam dormito sul próprio terreno
Come le bestie che vano a riposar.
E l'América la e lunga e la e larga
La e circondata da monti e montagne
E con la industria dei nostri italiani
Abbiam formato paesi e città.
Em Ascurra, cantamos a canção junto com o casal Grava.
Assim estava formada a primeira comunidade de Rio dos Cedros, que logo pensou em construir a sua capelinha, o que foi feito no lugar onde hoje fica o Posto Atlantic, como também a escolinha ao lado. Pietro Floriani, de acordo com todas as famílias do lugar, mandou vir da Itália a imagem de N. Sra. Imaculada Conceição. Enquanto isso os homens iam preparando o madeiramento para a segunda capela, que deveria receber a nova imagem. Alguns deles achavam que isso iria demorar muito tempo. Outros entretanto, pensavam diferentemente. De fato a imagem chegou um mês antes do tempo previsto e a capela não estava pronta.A chegada da imagem houve muita festa e naquela noite foi levada para a casa de Pietro Floriani. No dia seguinte foi colocada num oratório improvisado. Todos os moradores e até os alemães vizinhos, vieram para prestar seus serviços na conclusão da capela. Alguns deles chegaram mesmo a adiar a própria plantação de milho, para dar todo o seu tempo disponível àquela obra. Dentro de 15 dias a capela estava pronta e com grande júbilo do povo, a imagem da Imaculada Conceição foi levada para a sua nova moradia. No ano de 1896 foi começada a construção da nova igreja de tijolos, sobre uma colina e inaugurada em 1904. Essa igreja muito bonita serviu como Paróquia a partir do ano de 1913 até 1968. A torre se erguia altaneira dominando toda a planície de Rio dos Cedros. Luigi Purin com o auxílio do povo, adquiriu três sinos fundidos em Trento, que ainda hoje badalam harmoniosamente. Em 1968, no dia 21 de julho, foi benta e inaugurada a nova igreja matriz, obra monumental realizada pelo Padre Otávio Bortolini em sintonia com o povo. Padre Vicenzo
Este tipo de bigode era usado no Tirol, independente se fosse na áustria, Alemanha ou Italiano. Usado no Tirol que foi retalhado após a 1 Guerra Mundial. Quando vieram para o Brasil - era Tirol, ou Império Austro Húngaro.
Curiosa história, foi quando demoliram a antiga Matriz de Rio dos Cedros, em 1970 e encontraram enterrado junto às suas fundações, uma garrafa com dois documentos, um dos quais com 8 páginas A4 que descrevia parte da história dos pioneiros. O segundo documento foi redigido nos seguintes termos:
"Nell'anno deI Signore, 1901 regnando in Roma sul soglio Pontifício Papa Leone XIII, essendo vescovo di questa Diocesi per ora José de Camargo Barros, residente in Curitiba, Stato di Paraná, primo vescovo.
lo sottoscritto Giosué Fiemonzini assieme di mio figlio Elia, di Erminio Stinghen, di Antonio Corrente 1Q quali miei aiutanti e subalterni nel lavoro di questa chiesa, mi pongo per perpetua ricordanza ai secoli venturi accià sappiano aver io agito come architetto e direttore dell'opera, come feci pure cosi per la chiesa e convento di Rodeio 100 e quella di S.Paolo 43. Cosi pure elaborai in gran parte nella chiesa di Blumenau nel 1876 e seguito, quindi nell' Instituto e nel convento stesso. Cià che faccio non e per ambizione e orgoglio, ma perchê se il caso desse che a secoli venire avessero una memoria storica piu completa da porre alla luce, che Padre Lucinio non fece nelle carte qui inchiuse nella pietra fondamentale in fondo aI presbitero. 11 feci anche perche cosi la Vergine SS. Imm. Con. di che questa chiesa ê dedicata m'abbia anche io in uno de suoi figli e m'impetri la felicitá perpetua in Paradiso. Amen.
Rio dos Cedros 10 Marzzo 1901.
Giosue Fiemonzini, nato in Mattarello di Trento Tirolo Meridionale, Áustria."
Confirmando de que estes imigrantes vinham de uma região considerada parte do território da Áustria.
Mais informações organizadas pelo Padre Vicenzi. Leopold Hoeschl foi o primeiro Cônsul do Império Austro-Húngaro da colônia Blumenau - link no final da postagem.
Típica arquitetura da imigração alemã - em madeira com decorativismo polonês, nos lambrequim. A mansarda apresenta um inclinação de telhado diferenciada daquela comumente usada na região, mas com os anexos regionais característicos da casa alemã, que é a varanda e o anexo do fogão. Casa localizada na estrada dos Pomeranos.
Os rios - canais de estruturação e penetração
O Vale de Itajaí, abrange uma área que vai desde a foz do Rio Itajaí Açu, até as nascentes do mesmo formado pelos principais afluentes: Oeste, Sul, Hercílio, Cedros e Benedito.
Esta vasta região é constituída por muitos municípios desmembrados da Colônia Blumenau. Rio dos Cedros, desde a sua nascente, na divisa com Rio Negrinho até a foz com o Rio Itajaí, tem uma extensão de 90 quilômetros tendo como afluentes: Rio Ada, Rio Milanês, Rio Herta, Rio Sapo, Rio Esperança, Rio Rosina, Rio Cunha, Rio São Bernardo e outros. Esse rio vem da serra até a cidade com 75 metros acima do nível do mar.
Rio dos Cedros.
O nome desse rio aparece desde 1863, quando um grupo de homens desbravadores dos sertões de Blumenau, chefiados por August Wunderwald, indivíduo estudado e verdadeiro bandeirante de toda a região subiu pelo Rio Itajaí-Açu de canoa, entrando em seguida pelos Rios Cedros e Benedito. Devido a uma grande quantidade de cedros, preciosa madeira de lei existente · na barra dos dois rios, deu a um deles esse nome, que ainda hoje vigora. O outro rio, entretanto, recebeu o nome de Benedito devido a um morador, chamado Benedito, que lá tinha chegado antes da imigração.
Entretanto os nomes ficaram e Timbó a onde se efetua a confluência dos dois rios, foi fundada seis anos depois dessa primeira excursão, em 1869; mas os lotes de terras começaram a serem vendidos oficialmente em 1872. VINCEZI, 1975
Em 1916, a comunidade de Rio dos Cedros foi elevada a Distrito de Blumenau e foi chamada de Encruzilhada. com o desmembramento de Timbó, com outros 30 município, promovido por Getúlio Vargas e Ramos, a localidade passou a ser um Distrito de Timbó com o nome de Arrozeira, em função de sua produção de arroz promovida a partir da inauguração de um canal de irrigação para a sua produção. E em 19 de dezembro de 1961, foi então criado o município de Rio dos Cedros através da Lei Estadual N° 793.
Walmor Lenzi.
É curioso lembrar, que efetuamos um trabalho sobre a cozinha italiana, no município de Rio dos Cedros. Olhando a fotografia da Casa Lenzi publicada no livro Andrey José Taffner Fraga, lembramos que adentramos o interior da casa, sua cozinha, na década de 1990. O filme que fizemos, doamos ao grupo que pesquisava a cultura trentina, na época. Na época visitamos algumas casa acompanhado por um funcionário da prefeitura de Rio dos Cedros. O Prefeito Walmor Lenzi foi que nos recebeu. Achamos que a Praça, na frente de prefeitura mudou um pouco. Não podemos afirmar como, pois não temos mais nossa pesquisa in loco.
Quanto ao livro de Andrey José Taffner Fraga, é um compilado bom, no idioma portugues e italiano, contando parte da história do município, com suas principais tradições, arquitetura e cultura, até o momento presente. Interessante, igualmente é a apresentação de pratos da gastronomia local da mesa italiana, alemã e brasileira, com sua respectiva receita, caracterizando a gastronomia da cidade.
Será, parte de nossa biblioteca para pesquisa.
Imagens que comunicam, passando pelo interior de Timbó.
Rodovia Tercílio Marchetti
No Caminho dos pioneiros.
Timbó, no Bairro Capitais, Cedro Margem Direita - Família Klitzke.
Vídeo
Rio dos Cedros
Igreja e Praça Imaculada Conceição. A primeira capela da região onde hoje fica o centro de Rio dos Cedros foi feita de pau a pique, e se localizava no terreno da atual esquina da Rua Dom Pedro II com a Avenida Tiradentes. Nesse mesmo local, em 1882, foi construída uma segunda capela, desta vez de alvenaria. Para o altar, o imigrante Pietro Floriani encomendou em Trento uma imagem da Nossa Senhora da Imaculada Conceição.Em 1901, a comunidade construiu uma nova igreja, desta vez na colina onde atualmente se localiza o Centro de Formação. Para essa nova estrutura foram mandados fundir em Trento três sinos. O conjunto da obra formou um verdadeiro cartão postal e motivo de orgulho para toda a comunidade. Em 1913, foi determinada a criação de uma nova Paróquia, que abrangesse o território que hoje corresponde aos municípios de Rio dos Cedros e Timbó.
Ponte revitalizada com materiais contemporâneos sobre estrutura histórica e antiga - Rio dos Cedros.
Rio dos Cedros
Capela Nossa Senhora das Dores, Crosara.
Vista da Capela.
Capela N.S. Dores, Crosara.
Comunidade Santo Antônio - a primeira nucleação urbana de Rio do Cedros. Para nós, as pessoas vinham de Pomerode, para este local.
Igreja de Santo Antônio.
Honório Perini.
O contato entre cultura alemã e italiana, faz ajustes e recria novas características, como por exemplo, uma tipologia de casa italiana construída com a técnica construtiva enxaimel. Ou, poderia-se dizer, uma casa enxaimel, munida de um porão. É a primeira casa com estas características que fotografamos em Santa Catarina, muito comum no Rio Grande do Sul. A casa de cultura mista de Rio dos Cedros pertence a família Perini e está na 4° geração, e está localizada junto à propriedade de Honório Perini neto de quem a construiu e parte da 3° geração. Honório nasceu e cresceu na casa, com muitos irmãos. As meninas tinham um quarto, que para acessá-lo passava pelo quarto dos pais, onde nasciam as crianças e o meninos tinham um quarto no sótão e outro cômodo embaixo.
Foi efetuado uma ampliação de madeira onde tinha a cozinha, mais tarde. A família, como todas as famílias de imigrantes, passou por muitos desafios. Geralmente, sempre tinham que "domar" o terreno e produzir o alimento. Honório e o irmão trabalharam em Blumenau. Honório por muito tempo trabalhou na Teka e tem muito conhecimento da história social, política e econômica da região. Atualmente está aposentado e retornou ao local de nascimento. Sua casa foi construída nova e nas proximidades, sendo que a antiga casa da família está no terreno e pertence a outros parentes.
A casa é uma tipologia original construída com a técnica construtiva enxaimel, sendo que recebeu um porão, ao tipo da casa italiana, para estocar e produzir o vinho.
Ela contém toda a mobília e adornos da época de seus pais e avós.
Vídeo
Construtor da casa enxaimel com porão.
Leituras Complementares - Clicar sobre o link escolhido:
TAFfNER. Maria Antonieta Bellato. Família Taffner: Surgimento e trajetória na Europa e no Brasil: Descêndencia completa de Guglielmo Taffner/Maria Antonieta Bellato Taffner, Olivio Taffner e Andrey José Taffner Fraga. - Blumenau: 3 de maio, 2017. 225p.: il, color Patrocinado por José Tafner.
VICENZI, Padre Victor. Um Jubileu. Blumenau em Cadernos - Tomo XVI, março de 1975, N°3. Páginas de 57 à 86. Blumenau, 1975
VIDOR, Vilmar. Industria e urbanização no nordeste de Santa Catarina. Blumenau: Ed. da FURB, 1995. - 248p. :il.
WETTSTEIN, Phil. Brasilien und die Deutsch-brasilieniche Kolonie Blumenau. Leipzig, Verlag von Friedrich Engelmann, 1907.
Andrey José Taffner Fraga
Nasceu em Timbó em 1987. É filho de José Ceslau Fraga (Bioquímico) e de Maria Eliane Taffner Fraga (Farmacêutica e Professora). Casou-se com Daniela Destefani de rodeio. Graduou-se em Direito pela Universidade Regional de Blumenau, sendo que também estudou física na Universidade Federal de Santa Catarina, por um período. Especialiazou-se em Direito Empresarial, Tributário E constitucional. Atua como advogado e desenvolve projetos e estudos nas áreas de Direito Tributário e História do direito. Poliglota, se comunica em inglês, italiano, alemão, francês e português. És escritor, tendo diversos artigos nas áreas jurídicas, científica e histórica publicados tanto no Brasil quanto no exterior. Também possui contos publicados no Brasil e no exterior além de ter assinado matérias para jornais e revistas (no Brasil e na Itália). auxiliou no desenvolvimento de pesquisas, tendo seu trabalho citado em muitas publicações. É Diretor Cultural da União Brasileira de Escritores (Seccional Santa Catarina) e membro do conselho deliberativo dos círculos trentinos de Rio dos Cedros e de Blumenau, bem como do Gruppo Giovani Trentini Brasiliani. É presidente fundador do grupo jovem "Torarami", do Círculo Trentino de Rio dos Cedros. Prestou voluntariamente assistência jurídica aos descendentes de imigrantes trentinos que buscavam reconhecimento da nacionalidade italiana.
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