sábado, 2 de setembro de 2023

A História da Fundação de Blumenau e suas Principais Personalidades Históricas

A centralidade da Colônia Blumenau – século XIX, localizada no Stadtplatz. Aos fundos – o Barracão dos Imigrantes. Desenho original de Joseph Brüggemann, de 1868 - Vista a partir do morro da Igreja Luterana Espírito Santo do Centro. Barracão dos Imigrantes, Casa Meyer & Spierling e aos fundos, à direita, Morro do Aipim. Presente do Filho de Hermann Blumenau - Pedro Hermann Blumenau à cidade de Blumenau. Acervo: Biblioteca Nacional Digital do Brasil.

Blumenau - sua fundação - dia 2 de setembro, o marco da chegada dos 17 imigrantes na cidade de Nossa Senhora de Desterro - no dia 2 de setembro de 1850.

História pretérita à chegada dos pioneiros...

A História de Blumenau teve início na Alemanha a partir das decisões e ambições de um jovem, que após contato com naturalistas e principalmente com a família Müller começou a observar mais as questões e elementos naturais o que despertou-lhe a curiosidade em conhecer as terras na América. Neste tempo - primeira metade do século XIX, muitos alemães migravam para a América do Norte e, em menor quantidade, para o Brasil. Este jovem era Hermann Bruno Otto Blumenau.

Hermann Blumenau, como o chamaremos daqui para frente, nasceu em Hasselfelde – Ducado de Bruswick, no dia 26 de dezembro de 1819.
Monumento a Hermann Blumenau localizado na cidade de Hasselfeld.
Hasselfelde atual - onde nasceu Hermann Blumenau.



Nesta época - início do
 século XIX, boa parte do território em que hoje está localizada a Alemanha pertencia aos franceses - conquistado pelo exército de Napoleão Bonaparte. Nesse período, o Sacro Império Germânico havia sido abolido. Em seu lugar foi criada a Confederação do Reno, que logo após foi dissolvida pelo Congresso de Viena e constituída em novas bases com o novo nome – Confederação Germânica – em 1815.
Na Prússia – os Junkers (nobres) eram contrários a essa tentativa de unificação da Alemanha a partir da Confederação – formada por 39 estados soberanos, sem força política – inspiração austríaca. A Prússia (povo que enviou muitos imigrantes para povoar o vale do Itajaí - pautada nas lei de Quasnay) assumia princípios absolutistas, com uma visão liberal baseada no desenvolvimento econômico acentuado, e o sul do território da atual Alemanha adotava em suas constituições o ideário conservador francês – resquícios do exército vencedor no território em questão.
Junkers prussianos
Nesse cenário socioeconômico e político no território onde está situada a atual Alemanha, na primeira metade do Século XIX, nasceu o fundador da Colônia Agrícola Blumenau - Hermann Blumenau - filho de Karl Friedrich Blumenau (Chefe dos Guardas Florestais e Minas do Ducado) e de Cristiane Sofie Kegel.
Hermann Blumenau ingressou na escola de Hasselfelde com a idade de 6 anos e permaneceu até quando tinha a idade de 10 anos - completados em 1829, quando ingressou em um Pensionato de Shoppeenstadt, na cidade de Grosswinnisgstedt. O diretor do pensionato era o Pastor Götting.
Prefeitura de Erfut em 1842 - Fonte Wikipédia
Aos 12 anos de idade, Hermann Blumenau adoeceu e por conta disso, ficou com a audição comprometida e com sequelas para sempre - tinha dificuldades na audição. Em abril de 1832, ainda no Pensionato de Shoppenstadt, fez a Confirmação na Igreja Luterana. Algumas semanas depois, mudou-se para a capital do ducado para estudar na Escola Cathatinenseum.
Em janeiro do ano seguinte -  em 1842, Hermann Blumenau, com 23 anos, foi convidado para trabalhar em Erfurt, na fábrica de produtos químicos da família Tromsdorff, por Christian Wilhelm Hermann Tromsdorff, filho de Johann Bartholomaeus Trommsdorff e de Martha Elisabetha Johanna Hover - avós maternos do naturalista Fritz Müller, que nesta época estudava em Berlim.
 Johann Bartholomaeus Trommsdorff - renomado químico da
 Europa e avô materno do naturalista Fritz Müller
Fonte: Wikipédia
Johann Jacob Sturz - 1878
Em 1842, na cidade natal de Fritz Müller, Hermann Blumenau conheceu Alexander Von Humbolt, e também, conheceu o naturalista. Tinham em comum, o gosto pela profissão e tornaram-se amigos, além do que, Blumenau trabalhava na firma da família da mãe de Fritz Müller. Isso não foi muito divulgado pela história formal da cidade de Blumenau.
Neste tempo, Hermann Blumenau começou a observar as questões naturais e despertou-lhe a curiosidade de conhecer a América, influenciado pelas novas amizades, em Erfurt - Humboldt e Fritz Müller. Foi um período que muitos alemães emigravam para a América do Norte e, em menor quantidade, para o Brasil.
No final do ano de 1843, Hermann Blumenau viajou para a capital da Inglaterra, à trabalho. Em Londres, conheceu o Cônsul Geral do Brasil na Prússia - Johann Jacob Sturz.
A conversa foi longa com o diplomata brasileiro na Prússia. Neste encontro, Hermann Blumenau ouviu atentamente, muitas histórias sobre o Brasil, desde narrativas sobre a natureza e muito da propaganda de que o governo brasileiro vinha fazendo na Europa, para atrair imigrantes para desenvolver e povoar, o quanto antes, o inabitado Sul do Brasil - há muito tempo, região cobiçada pela Espanha. Temia que esta região fosse tomada à força pelos vizinhos de língua espanhola - já haviam acontecido inúmeras tentativas - Escrevemos neste blog sobre as fortalezas de Nossa senhora do Desterro
Era sabido que o governo brasileiro não podia pedir auxílio a Portugal, país do qual acabara de se libertar, em 1822. Necessitava fortalecer os limites do sul e povoá-lo.
Pioneiros de São Bento do Sul - Fonte: Blog São Bento no Passado


Enquanto isto, na Europa acontecia algumas transformações sociais, econômicas e políticas.
Fritz Müller comentou seu plano para Hermann Blumenau - que pretendia formar-se médico e exercer a profissão em um navio - juntando o útil ao agradável - através de seu trabalho à bordo e conhecer outros países, principalmente o Brasil - oportunidade de pesquisas inéditas.
Portão da Universidade de Erlangen - Nürenberg
Após conversar com o diplomata brasileiro em Londres - Hermann Blumenau demitiu-se da fábrica de produtos químicos do tio de Fritz Müller e fez sua matrícula, na Universidade de Erlangen, na cidade de Nürenberg - Lembrando da ideia de Müller - que após formado, poderia trabalhar em um navio.
Blumenau pesquisou muito sobre a imigração e a colonização no Brasil. Procurou conversar com brasileiros, pesquisou a história do Brasil e a movimentação migratória que aconteceu de suja região (Alemanha ainda não existia como país) para o Brasil
Em 1846, formou-se químico, mesmo não tendo terminado o ginásio. Químico não é um profissional que faz uso do título "Doutor", como também há políticos na atualidade que se apropriam do título erroneamente. Doutor é um título conquistado mediante a conclusão e aprovação de um curso de DoutoradoDesta forma, não é correto e de direito o título que muitos empregam o nome do fundador de Blumenau.
Na década de 40 do Século XIX, chegavam notícias do Brasil, na Alemanha. As notícias mencionavam a propaganda e promessas do Estado brasileiro, na Europa - Alemanha - aliciando pessoas que se mudassem para o Brasil para trabalhar e povoar o sul do país. As notícias chegantes do Brasil afirmavam que parte destas promessas não era cumprida e muitos ficavam em situações difíceis, após a grande viagem.
Também haviam ecos na região da atual Alemanha sobre os maus tratos que os imigrantes alemães sofriam nas fazendas de café, localizadas no sudeste brasileiro. Contratos não eram respeitados e  as notícias eram "maquiadas" por "intermediários", antes de chegar aos familiares, mas, alguma coisa acabava chegando.
Atento aos "ecos" que chegavam do Brasil, relacionado à situação dos alemães emigrados, o governo alemão criou a "Sociedade de Proteção aos Emigrados Alemães" - Colonisation Vereins Hamburg - 1845/1846 - com sede em Hamburg.
Na Europa chegavam notícias não muito positivas sobre o estado em que estes imigrantes eram tratados. Parte das promessas de propagandas não era cumprida e, muitos ficavam em situações muito difíceis após a grande viagem. 
Os imigrantes foram atraídos por propagandas enganosas para o Brasil para substituir a mão de obra escrava nas fazendas de café. O Sul do país era despovoado e atrasado economicamente - também corria os risco de ser invadido pelos espanhóis. Muito da propaganda divulgada na Europa não se cumpria. Chegavam notícias na Europa da situação dos imigrantes no Brasil. O Governo alemão organizou "Sociedade de Proteção aos Emigrados Alemães" - Charge que chegavam na Alemanha, ilustrando uma possível realidade vivida pelos imigrantes nas fazendas de café.
Hermann Bruno Otto Blumenau era um dos representantes da "Sociedade de Proteção aos Emigrados Alemães" com sede em Hamburg e foi enviado para o Brasil para averiguar a situação dos imigrantes alemães. 
Em maio de 1846, Blumenau viajou para o Brasil com a viagem custeada por essa sociedade. O contato pode ter ocorrido por meio de Johann Eduard Wappäus.  Hermann Blumenau foi o autor da publicação intitulada "Emigração e Colonização Alemã", que Johann Eduard Wappäus anotou e publicou em 1846 como professor de geografia sem citar o nome do verdadeiro autor. Blumenau usou relatórios e avaliações de Johann Jakob Sturz (1800-1877), que havia feito campanha pela abolição da escravidão sob sua própria perspectiva. A partir de 1843Sturz tornou-se cônsul do Brasil na Prússia. Hermann Blumenau estava há pouco tempo a serviço da sociedade. Em 1848 ele retornou à Alemanha para recrutar imigrantes. Em 1850, fundou sua própria colônia - a Colônia Blumenau, um empresa privada com a característica de uma colônia agrícola.
Nós observamos que, oportunisticamente, com intenções de conhecer o Brasil pessoalmente e sem gasto, Hermann Blumenau  candidatou-se a uma vaga de Agente Fiscal  da "Sociedade de Proteção aos Emigrados Alemães". Como representante oficial e munidos de cartas de apresentações, visitou colônias de imigração alemã nas Províncias do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande, além da capital do Brasil - Rio de Janeiro.
Em abril de 1846 – com 27 anos, embarca à trabalho - como representante do governo alemão para o Brasil. Despediu-se de seus pais e embarcou no veleiro Johannes, no porto de Hamburg.
"Entre 1846 e 1850, Hermann Blumenau permaneceu no Brasil, onde buscou estabelecer relações com autoridades brasileiras que o ajudassem a realizar seus planos, mantendo-se em contato com políticos e empresários na Europa. Seu interesse maior era se envolver com um empreendimento de imigração e colonização alemã no país. Neste capítulo tratarei dos planos e estratégias de Hermann Blumenau em relação à imigração e colonização, retomando sua atuação tanto nos negócios do transporte de imigrantes quanto no projeto para criar um núcleo colonial no sul do Império brasileiro." Dissertação de Mestrado de Vanessa Nococeli
Viajou por mais de dois meses e chegou no Rio Grande no dia 19 de junho de 1846. Visitou alguns locais, fazendas e fez pesquisas para seu projeto pessoal, narrando sua viagem, através de algumas correspondências, aos seus pais - na Alemanha. Estas cartas são documentos históricos materiais que ilustram suas reais intenções - em visita ao Brasil.
Fonte: Wikipédia

Ao contrário de verificar a situação de seus compatriotas no Brasil, e emitir um  relatórios apresentando dados ao governo prussianoHermann Blumenau fez contatos e pesquisas, visando montar o seu negócio de terras  no Brasil.
Nesta mesma época - a  família de imigrantes alemães Wagner - pioneiros da Colônia de São Pedro de Alcântara - decidiu mudar-se para o Vale do Itajaí. Na ocasião, solicitou ao governo da Província de Santa Catarina, a "companhia de pedestres", uma espécie de "segurança oficial" contra ameaça dos nativos - índios que viviam na região. 
Quando chegaram à região do Vale do Itajaí  tomaram cuidado para oficializar a posse de terras a partir da concessão oficial. Em São Pedro de Alcântaramuitos ficaram desamparados, mediante o surgimento do verdadeiro proprietário, após terem assumido instalações e feito plantações em propriedades destinadas ao imigrante. As terras  não era devolutasOs Wagner tomavam cuidados e queriam segurança, quanto a nova propriedade. 
No período que Hermann Blumenau escolhia o lugar para negociar terras e a famílias Wagner e outras famílias de imigrantes de São Pedro de Alcântara chegavam à região, a política de posse de terras no Brasil estava mudando (1850)
Após a independência do Brasil de Portugal, em 1822 - a Lei de Terras (n°601 de 18 de setembro de 1850, foi a primeira a especificar o direito do proprietário - até então regido pela Lei de Sesmarias, que apresentava algumas irregularidades fundiárias formais e  inexistia a prática de "compra e venda" de terras. A lei foi implantada coincidentemente no mesmo período da chegada dos primeiros imigrantes da Colônia Blumenau chegaram em Nossa Senhora do Desterro. A Lei de Terras estabelecia a compra como a única forma de acesso à terra e abolia, em definitivo, o regime de sesmarias. Foi regulamentada no dia 30 de janeiro de 1854, pelo Decreto Imperial nº 1318.
A partir de 1850, portanto, só poderia haver ocupação de terras por meio de compra e venda ou de autorização da coroa. Todos os que já estavam na terra, receberam o título de proprietários, porém, tinham que residir produzir na terra, ou ainda, àqueles que reivindicavam o título. Muitos foram os que correram aos órgãos como igrejas e  reivindicaram as propriedades.
Curato de Itajaí.
Neste tempo, igualmente, a Igreja Católica desempenhava o papel de Estado nas localidades e isto explica, por exemplo, a fundação da cidade da Itajaí. O imigrante português Agostinho Alves Ramos mudou-se para a Foz do Grande Rio Itajaí e requereu ao Bispo do Rio de Janeiro a permissão para a fundação de um Curato que aconteceu no dia 31 de março de 1824. Curato é um termo religioso, derivado de cura, ou padre, que era usado para designar aldeias e povoados com as condições necessárias para se tornar uma paróquia. Esta controlava a distribuição de terra àqueles que chegaram ao local antes de Hermann  Blumenau - como por exemplo a família Wagner -  que já residia no território da futura Colônia Blumenau.
Caminho até a Foz do Rio Itahahi - percorrido pelos Wagner pelo mar
Mapa de 1828 -  S. Sidney - Fonte: Pelos caminhos-antigos

As terras dos Wagner pertenciam à jurisdição do administrador - estavam ligadas ao recém criado núcleo de Belchior, cuja fundação fazia parte do projeto do governo provincial que visava distribuir terras na região aos novos imigrantes. 
Distribuir e não vender, como aconteceu na Colônia Blumenau, fundada após esta data. A demarcação das propriedades cobria toda área da foz do Rio Itajaí Mirim até o Ribeirão Conceição (Vila de Gaspar), começando no Estaleiro das Naus, passando por Pocinho, Volta de Gaspar, Pedra de Amolar, Volta de Belchior, Arraial do Belchior, até Fortaleza. 
Lembramos também, que moravam nas matas desta região, algumas tribos de povos nativos, que foram desconsiderados dentro da nova  posse de terras vigente.
Os Wagner receberam instruções, quando estivessem subindo o Rio Itajaí Açu para encontrar suas terras, que quando ultrapasse a casa do último morador, se encontravam então, em suas próprias terras. Neste tempo, não imaginavam que imediatamente acima às suas terras, seria fundada a Colônia Blumenau em 1850 e onde estaria localizado o seu Stadtplatz, ou centralidade desta.



As novas colônias não possuíam diretores e sua administração estava logada ao Juiz de Direito localizado em Santíssimo Sacramento de Itajaí. Como residentes destas colônias, eram aceitos todos os moradores locais e os estrangeiros sem impedimentos. Os chegantes recebiam terra de 350 a 730 metros de frente por 915 metros de profundidade. Nos primeiros tempos, a terra era cedida gratuitamente, isenta de impostos por 10 anos. Era proibido aos estrangeiros possuírem escravos, pois o Imperador brasileiro pretendia fazer a experiência agrícola com propriedades pequenas, possíveis de serem trabalhadas pela mão de obra da  própria família. Mas não foi bem assim. Talvez daí surgiu a lenda do "embranquecimento" - absurdo diante da própria libertação dos escravos promovido pela Princesa Isabel - com o passar do tempo e  como uma das principais consequência de seu ato, perdeu a coroa.
Quando Johann Peter Wagner / Pedro Wagner e demais imigrantes - entre estes, seus familiares, desembarcaram às margens do Rio Itajaí Açu, encontraram brasileiros que já residiam no local há mais tempo e produziam açúcar. Eram eles, integrantes da Famílias Furtado Mafra. Limparam o chão e prepararam ripas de palmito para a construção do primeiro rancho.
Johann Peter Wagner / Pedro Wagner e os demais homens fizeram um trabalho em suas terras, semelhante a este - derrubada da mata, roças e rancho provisório  com material de palmito.


Depois de  instalados nas suas terras e com a vinda dos demais membros da família, Johann Peter Wagner / Pedro Wagner e os homens construíram uma capela que batizaram de Nossa Senhora da Conceição. 
Na década de 1840, o representante da Sociedade para a Proteção dos Imigrantes Alemães - Hermann Blumenau, na companhia do balseiro - Ângelo Dias, de outro balseiro e de seu Sócio Ferdinand Ernst Friedrich Hackradt visitaram a família Wagner
Como isto aconteceu?
Neste tempo, Hermann Bruno Otto Blumenau - recebeu doação de terras em nome da Sociedade Protetora, a qual estava como representante no Brasil - para seu negócio privado. Mas não se concretizou. Por que recebeu este presente?
Com isto, os planos mudaram e Hermann Blumenau oportunamente fez sociedade com o comerciante de Nossa Senhora de Desterro, imigrante alemão, Ferdinand Ernst Friedrich Hackradt. Precisava de alguém no local que defendesse seus interesses, quando estivesse na Alemanha, concluindo as providencias necessárias para retornar com os primeiros imigrantes para sua colônia e de maneira definitiva. A Firma foi chamada de Blumenau & Hackradt - Firma particular de agricultura e indústria - na forma de uma colônia agrícola. 
O Marechal Antero, em um primeiro momento, concedeu terras nas imediações do Ribeirão Garcia - cerca de uma gleba de terra, aumentada no decorrer do tempo, atingindo a área de 150000 jeiras ou  378.000.000m2. 
Ficou acertado entre os sócios que, enquanto Blumenau estivesse na Europa para buscar os imigrantesHackradt permaneceria nas terras escolhidas, preparando o local, construindo ranchos, efetuando plantações e preparando o local para as primeiras acomodações dos colonos. 
Os sócios visitaram os Wagner. Durante a visita - os anfitriões responderam a muitas perguntas, como por exemplo: 
  • As terras são propícias ao plantio? 
  • Os alemães se adaptam bem? 
  • Há contato com o restante do mundo? 
  • As crianças se desenvolvem? 
  • Como se mora? 
  • Como se vive? 
Nada relacionado à questão do tratamento que os imigrantes recebiam em solo brasileiro - que caberia a sua função investigativa, como representante da sociedade. 
Na ocasião da visita de Blumenau, a Família Wagner serviu frutos da época colhidos, da terra e no decorrer das trocas de informações - Blumenau anotou as mais importantes para auxilia o seu empreendimento. 
Os vizinhos locais acompanharam toda esta movimentação com grande expectativa e também com auxílios, quando era necessário.
Quando houve esta primeira expedição de reconhecimento dos sócios Hermann e Ferdinand, estes subiram o Rio Itajaí Açu juntos em duas embarcações e neste momento destacamos o canoeiro Ângelo Dias.
Ângelo Dias era nascido em Itajaí, nucleação urbana recém fundada, como já visto. Para esta empreitada, Hermann Blumenau havia alugado duas canoas, sendo o canoeiro de uma delas, Ângelo Dias, na qual viajou o fundador da Colônia Blumenau. É sabido que estes homens, além de serem canoeiros práticos, geralmente pescadores e conhecedores sobre a navegabilidade em rios, muitas vezes munidos de corredeiras também eram conhecedores dos desafios que poderiam encontrar em tais expedições na mata. Quando o grupo de exploradores estavam na foz do Ribeirão da Velha no Rio Itajaí Açu, a equipe se dividiu em duas. O sócio de Blumenau, Ferdinand Ernst Friedrich Hackradt seguiu um rumo, com seu canoeiro e Hermann Blumenau, com Ângelo Dias, seu canoeiro, subiram o Rio Itajaí Açu além do salto (atual bairro do Salto - Blumenau e onde surgiu a segunda povoação após o Stadtplatz, que é Badenfurt - margem esquerda) chegando até Subida, de onde retornaram.
Tem tudo para que nesse momento, Hackradt tenha descoberto e explorado o Ribeirão do Testo e o rumo para o local da fundação da povoação da atual cidade de Pomerode.
Esta exploração durou dois dias, quando passaram novamente pelos Wagnerprometendo retornar.
"Sabe-se, pelas cartas do Dr. Blumenau que, ao chegarem, ele e Ângelo Dias, à confluência do Rio Benedito (Indaial), o último negou-se a continuar a viagem, rio acima, por ter-se esgotado a provisão de cachaça, “combustível” sem o qual o “motor” de Ângelo Dias não funcionava. Não se sabe como foi que Dr. Blumenau conseguiu resolver o impasse; se pela persuasão, ou por ter conseguido arranjar a “água que passarinho não bebe”. Isso não seria impossível, dado que, ao que tudo indica, já naquela época, as proximidades da embocadura do Rio Benedito, contavam com alguns habitantes caboclos que, mais provavelmente, possuíam engenho de açúcar e alambique. O fato é que os exploradores chegaram até Subida, onde o rio, pelas suas muitas corredeira, e saltos não mais oferece possibilidade de navegação." 

Ferdinand Ernst
Friedrich Hackradt
E assim prosseguiu, após a exploração do local, retornaram, ou Hackradt retornou, acompanhado de 5 escravos, adquiridos junto ao administrador de Itajaí (contrariando a lei vigente de que imigrantes não poderiam possuir escravos). Iniciaram a construção de ranchos, roças e engenhos no local onde atualmente está a foz do ribeirão da Velha, próximo a Prefeitura Municipal de Blumenau atual.
Hermann Blumenau retornou para a Alemanha, e lá, ao contrário de narrar as questões não muito satisfatórias envolvendo seu conterrâneos - nas fazendas de café, onde os imigrantes ocuparam o lugar dos escravos nas senzalas (link no final desta postagem), propaga as "vantagens" de vir para o Brasil.
Na foz do Ribeirão Garcia e na região onde residia a família Wagner e outras famílias, estes se encontravam entusiasmados, diante da perspectiva da fundação de uma colônia alemã, a infraestrutura e o desenvolvimento que esta poderia significar para todos. Enviaram, também, homens de Belchior para contribuir com os trabalhos no local, pois tinham interesse no êxito do projeto, que era assunto constante em toda a região. 
Não durou muito tempo, o auxilio e as trocas entre o sócio de Blumenau e os residentes da região. Houve diferenças e  incompatibilidade com o método adotado pelo sócio de Hermann Blumenau. Com o passar do tempo a empreitada quase foi abandonada. Do projeto original restou apenas um rancho e um engenho de serra semiacabado, sem plantações e a sociedade desfeita.
Por que isso?
Carl Franz Albert Hoepcke.
Sobrinho do ex sócio de Hermann Blumenau.
Hermann Blumenau levou 2 anos para retornar à região, da Alemanha. 
Hackradt retornou para seus outros negócios em Nossa Senhora do DesterroComunicou ao sócio, por carta, que estavam saindo da sociedade. Nesta correspondência disse que o engenho construído na foz do Ribeirão da Velha estava ameaçado de ser carregado pela enchente e as tábuas serradas alcançavam preço muito baixo. Esta questão atestava que já existia um pequeno comércio na região, antes da chegada dos pioneiros que fundaram a Colônia Blumenau
Após um trabalho intenso de propaganda na Alemanha, Hermann Blumenau conseguiu reunir um pequeno grupo de pessoas para imigrar para o Vale do Itajaí. O embarque do grupo aconteceu em junho de 1850. Depois de 84 dias de viagem, chegaram no Rio de Janeiro
Para registro - Mais tarde, o sobrinho de Hackradt - Carl Franz Albert Hoepcke, que tinha vindo com uma leva de imigrantes para a Colônia Blumenau foi aconselhado pelo tio a não permanecer na colônia e este foi trabalhar com ele, em Nossa Senhora do Desterro.
Vapor semelhante
O grupo viajou da Alemanha para o Brasil com o Veleiro Christian Mathias Schröder. No Brasil, Hermann Blumenau veio na frente do grupo e encontrou o local da foz do ribeirão da Velha abandonado. Neste, estavam velhas cabanas com um velho escravo paralítico e uma escrava, sua companheira. Também, tinha um engenho de serra que não funcionava - e que foi adquirido posteriormente pelo Pastor Stutzer - importante na narrativa desta postagem
Não havia plantações, somente um pasto com algumas vacas. 
família Wagner e demais vizinhos acompanharam a chegada ao local dos 17 imigrantes alemães de um montante de 250 que viriam para iniciar a colônia de Hermann Blumenau
O local, na atualidade, do comércio de Gärtner.
Em um primeiro momento, a família Wagner negociou com o Gärtner, sobrinho de Blumenau, que abriu um pequeno negócio no Stadtplatz da colônia que surgia. Cedeu-lhe 11 sacos de farinha3 barris de melado. Tiveram relações estreitas e trocavam visitas de maneira constante, para trocas de experiências e também troca de mudas e sementes. A história  formal não destaca muito estas relações.
Palmenalle - Rua das Palmeiras, onde fi instalado o negócio de Gätner. Fonte Arquivo Nacional.




Com a fundação da nova colônia alemã, vieram novos profissionais e os Wagner's e vizinhos passaram a ter mais suporte. O agrimensor Julio Richter, por exemplo, mediu as terras de Johann Peter Wagner / Pedro Wagner e as legalizou junto à Colônia Blumenau
Chegada dos primeiros 17 imigrantes alemães para fundar a Colônia Blumenau - Foz do Ribeirão da Velha. Passaram pela propriedade de Johann Peter Wagner / Pedro Wagner e família.

Este era o quadro existente, quando chegaram na foz do Ribeirão da Velha, o sobrinho de Hermann Blumenau - Reinold Gärtner e os primeiros 16 moradores da Colônia Blumenau, que simbolicamente e embrionalmente  surgia neste momento, em setembro de 1850.
Nos primeiros tempos, a data de fundação de Blumenau era comemorada no dia 28 de agosto de 1852, sendo que seu 25° aniversário foi comemorado no dia 28 de agosto de 1877.

Os Primeiros 17 trazidos por Hermann Blumenau
      • Reinhold Gaertner - 26 anos de idade, solteiro, natural de Brunsvique, sobrinho de Hermann Blumenau;
      • Franz Sallenthien - 24 anos, solteiro, lavrador, também natural de Brunsvique;
      • Paul Kellner - 23 anos, solteiro, lavrador, igualmente de Brunsvique;
      • Julius Ritscher - 22 anos, solteiro, agrimensor, natural de Hannover.
      • Wilhelm Friedenreich - com 27 anos de idade, alveitar, natural da Prússia, casado com ...
      • Minna Friedenreich - 24 anos de idade, possuindo o casal os seguintes filhos; 
      • Clara Friedenreich - com 2 anos de idade; 
      • Alma Friedenreich - com 9 meses.
      • Daniel Pfaffendorf - 26 anos de idade, solteiro, carpinteiro, natural da Saxônia; 
      • Friedrich Geier - 27 anos de idade, solteiro, marceneiro, natural de Holstein;
      • Friedrich Riemer - 46 anos de idade, solteiro, charuteiro, natural da Prússia.
      • Erich Hoffmann - 22 anos de idade, ferreiro, funileiro, também da Prússia;
      • Andreas Kuhlmann - 52 anos de idade, ferreiro, igualmente da Prússia, acompanhado da esposa; 
      • Johanna Kuhlmann - 44 anos de idade, e das filhas; 
      • Maria Kuhlmann - 20 anos de idade; 
      • Christine Kuhlmann - 17 anos.
      • Andreas Boettcher - 22 anos de idade, solteiro, ferreiro, natural da Prússia.
O material deste barracão foi usado para construir a Casa de apoio à igreja católica no final do século XIX. Neste local havia um restaurante, café, hotel, salão de baile, teatro e era onde chegavam as conduções dos católicos oriundos do interior da Colônia Blumenau para os eventos na igreja católica de Blumenau. Este local "desviou a centralidade de Blumenau para a Rua XV de Novembro.




















Os primeiros imigrantes eram da religião protestante luterana. Logo que aportaram, iniciaram a construção de novos ranchos, fizeram derrubadas, limpezas de terrenos e plantações. Desde que chegaram, contaram com o apoio de famílias residentes na região. Destas também era - 17 - as famílias de imigrantes alemães - viviam nas localidades de Pocinho e Belchior, distante de aproximadamente, somente, 4 quilômetros, Rio Itajaí Açu abaixo, da sede da nova colônia -Stadtplatz.
Quando assumiam suas terras.
Os antigos moradores da região - que já residiam no local - como os Wagner's, que acompanharam a chegada dos 17 imigrantes alemães - como anteriormente comentado, auxiliaram os chegantes com dicas e adaptações locais, por já estarem há mais tempo na região - pelo menos - 4 anos. Estes já possuíam propriedades próprias com hortas, pomares, roças, vacas, porcos e galinhas. 
Alguns  dos nomes de famílias, oriundos da  Colônia São Pedro de Alcântara, que se encontravam residindo na região do Vale do Itajaí, e que foram de grande auxílio e apoio aos 17 primeiros pioneiros da Colônia Blumenau:
    • Georg Schmidt;
    • Ludwig Werner (roceiros);
    • Johann Händschen;
    • belga Jacob Villain (Ferreiros); 
    • Georg (Pai de Peter Wagner) Wagner;
    • Ludwig Wagner;
    • Antonio Händschen;
    • Josef Sesterheinn;
    • Peter Lukas;
    • Nikolau Deschamps;
    • Joaquim Antônio Amorim;
    • Jacinto Miranda;
    • Marcelino Dias;
    • Valentim Theiss, entre outros.
Todos auxiliaram em tudo, um pouco.
Hermann Blumenau além de juntar sua voz às propagandas do governo brasileiro no território da atual Alemanha - vendia os lotes coloniais às famílias que chegavam - fez surgir pela primeira vez na província - o negócio fundiário. 
A residência foi danificada pela grande enchente de 1880 - após essa
tragédia, Hermann Blumenau passou a residir no Hotel Schreep,  onde
permaneceu até partir em 1884.
Hermann Blumenau foi proprietário da Colônia Blumenau por 10 anos. Vendeu-a ao Império brasileiro, em 1860. Hermann Blumenau assinou o termo de cessão da Colônia Blumenauao Governo Imperial do Brasil e entregou as terras que possuía no Vale do Itajaí, era aproximadamente 20 léguas quadradas. As terras foram avaliadas em 120 contos de réis. Desse total, o Império retirou 85 contos de dívidas e pagou 30 contos, considerando que Hermann Blumenau recebeu 5 contos adiantados. Hermann Blumenau continuou como diretor da colônia - funcionário público e recebia um bom salário mediante a realidade local da época - 4 contos de réis por ano (mais de 40 mil reais - ao mês - no valor atual). Isso até   Blumenau tornar-se município e1880.

Para entender:
1 Real (Réis) - R$ 0,123
1 Mirréis (Mil Réis) - R$ 123,00
1 Conto de Réis (Mil mirréis) - R$ 123.000,00

Família Müller

Lembram-se da família Müller - com a qual Hermann Blumenau teve contato em Erfut
Fritz Müller, colega de Hermann Blumenau na Alemanha, foi convencido por este, a se mudar para sua colônia no Brasil. E no Brasil, politicamente, Hermann Blumenau usou sua influencia e transferiu o professor Fritz Müller para Nossa Senhora do Desterro, por incompatibilidade com suas idéias livres. Não somente isto.
Colônia Blumenau
 Fritz Müller.
Relembrando...
Os Müller partiram da Alemanha no dia 19 de maio de 1852. Estavam na viagem, Fritz Müller, esposa, sua filha mais velha e seu irmão. Embarcam em Hamburgo para o Brasil, para o Vale do Itajaí - Colônia Blumenau. 
A família Müller chegou à costa brasileira no dia 19 de julho e na Colônia Blumenau, no dia 22 de agosto de 1852. 
O comerciante de terras Hermann Blumenau vendeu para os dois irmãos Müller, os lotes com valores mais caros que aqueles vendidos aos demais colonos no Vale do Garcia. 
Será que pesou o poder aquisitivo da família Müller na Alemanha - pois Hermann Blumenau trabalhava para a família materna de Fritz Müller.
Observar o quadro onde tem listados, compradores, terrenos e valores.
Do livro - História de Blumenau de José Ferreira da Silva - 2°ed. Blumenau: Fundação Casa Dr. Blumenau - 1988. - 299p.
São anos de História.
Para perpetuar sua memória foi colocada esta placa, no primeiro centenário de Blumenau  1950.
A cidade de Blumenau - cidade que continua acolhendo os chegantes. Estes devem lembrar que a cidade possui uma identidade pautada em uma História. Esta identidade tem relação direta à alma da cidade, aquela que atraiu sua atenção, quando a escolheu para morar.
Monumento do Imigrante, localizado na Praça Hercílio Luz -
 antigo porto fluvial.
Monumento: Voluntários da Pátria. Inaugurado no centenário do alistamento - em  8 de outubro de 1965. O seu entorno foi descaracterizado em 2022.
Veículos de transporte público municipal passam junto à casa mais antigo do Vale do Itajaí - Residência de Hermann Wendeburg, com vias impermeabilizadas por pavimentação asfáltica. Foi retirado o paralelepípedo original da Rua das Palmeiras.
Residência de Hermann Wendeburg - Do ano de 1856.

história deve ser compartilhada com todos.
Um presente...
As imagens históricas da Colônia Blumenau restauradas e coloridas por Tonon.
Presidente Getúlio - Território da antiga Colônia Blumenau. Atual Rua Mirador, Centro. Muito antes da chegada das primeiras famílias à região onde hoje é Presidente Getúlio (1904), Emil Odebrecht já tinha estado no local 41 anos antes. No dia 14 de janeiro de 1863, o engenheiro Emil Odebrecht iniciou sua primeira expedição no interior do Vale do Itajaí Açu. Foi um dos fundadores de Hammonia em 1897. Seu objetivo era de localizar as nascentes do grande Rio Itajaí Açu, estruturador natural das muitas povoações e do próprio Stadtplatz da Colônia Blumenau.
Rua XV de Novembro - Blumenau, defronte ao atual Teatro Carlos Gomes.
Gustavo Adolpho Konder - Da tradicional família Konder de Itajaí/Blumenau e que residiu na comunidade Altona, quando se casou com uma moça da família Spernau. O escritor e poeta nos chamou atenção em especial, o que lhe confere importância histórica entre outro feitos, por ter informado o nome de quem vandalizou a casa de Gottlieb Reif em Itajaí. Fomos buscar esta informação fotográfica, para lhe dar feições, no cemitério.


Homenagem ao Imigrante - dia 25 de Julho, com a presença do C.C. 25 de Julho de Blumenau.

Imigrantes trentinos (1875) e seus primeiros filhos nascidos no Brasil. Em pé : Antonio Dee Pin (de Luigi), Massemino Moser (de Nicolà), Antonio Tonet (de Francesco), Benniamino Fruet (de Valentino), Germano Depiné ( de Carlo), Luiggi Sardagna. Sentados: Giovanni Battista Fiamoncini, nonno Titi - de Bernardo,  Nicola Moser, Giovanni Tonet, Valentino Fruet, Giacomo Furlani.

Hammônia - Atual Ibirama.

Bella Alliança - Atual Rio do Sul SC. Fonte Arquivo Municipal Histórico de Rio do Sul. Foto Pastor Grau.


Cia Jensen - Itoupavazinha Blumenau.
Neta de Hermann Blumenau e muito pouco mencionada na História de Blumenau, mesmo já tendo residido na cidade. Nasceu em 17 de maio de 1899 – Hamburg e faleceu  em  27 de setembro de 1957,  em Hamburg. Gerda migrou para o Rio de Janeiro - Brasil em 26 de junho de 1950. Também neste ano esteve em Blumenau com sua mãe nas  comemorações do centenário de fundação da cidade. Existe um documento que confirma a residência de Gerda Jacobi, neta de Hermann Bruno Otto Blumenau, na cidade de Blumenau e que informava sua profissão: Doméstica. Sabe-se que a residência de sua mãe Gertrud foi muito avariada durante ataque aéreo, na 2° Guerra Mundial. Não se tem a informação de como ficou a situação da família, para que Gerda migrasse para o Brasil em 1950. Escrevemos, dentro da biografia de Alda Niemeyer, que forçosamente passou todo o tempo de duração da 2° Guerra Mundial, na Alemanha e sua situação, de sua mãe e de sua irmã não foi muito boa. Fazemos uma leve noção do que, também foi e dos momentos difíceis que foram vividos pela família  Sierich/Jacobi/Blumenau e que também, não muito diferente de outras famílias como a história de Alda Niemeyer, que retornou ao Brasil em 1948. Na fotografia do documento de migração abaixo, de 1950, Gerda contava com 51 anos. Faleceu 7 anos depois na sua cidade natal, Hamburg.

Hansa Hammonia - atual Ibirama. A cidade de Ibirama atual, antiga Hansa Hammônia, completou em março, 86 anos de emancipação. Está situada em um território de 247,348km2, possui 18.097 habitantes (dados de 2013) e um PIB per capita de R$ 16.943,84. Muitos dos imigrantes que vieram para a região o fizeram por intermédio de companhias colonizadoras, empresas que se comprometiam a assentar determinado número de imigrantes em uma região e a dotá-los de áreas providas de serviços públicos necessários, por meio de contratos de colonização com o governo brasileiro, em troca de uma gleba de terra. As companhias faziam investimentos em meios de transporte, nas obras iniciais de colonização e cediam aos colonos, terras e equipamentos gratuitamente ou pelo preço de custo, além de, também, empregarem agentes recrutadores, hábito que sempre ocorria na prática. Gradativamente, a colônia em expansão se desenvolvia urbanisticamente e ficava mais fácil atrair novos interessados em nela residirem, pois a terra se valorizava cada vez mais. Por meio da valorização, o negociante de terras recuperava o capital investido e obtinha lucro sobre as transações. Por volta de 1895, uma das áreas mais valorizadas da bacia do Itajaí, banhada pelo Rio Hercílio, começou a ser colonizada por meio de concessão dada à Sociedade Colonizadora Hanseática, sediada em Hamburgo, Alemanha. A concessão era de 650 mil hectares e compreendia toda a área da bacia do Rio Hercílio. De acordo com a narrativa de Niels Deeke, verificado posteriormente, foi a área da concessão real, foi de somente 170mil hectares, não chegada na época, mas 25 anos após. Embora a área fosse munida de potencial geográfico, estava isolada da sede da colônia Blumenau e, por conseguinte, do porto fluvial. Nos primeiros tempos de fundação era chamada de Die Hansa. No dia 7 de novembro de 1897, saíram da localidade de subida, o Presidente da Sociedade Colonizadora Hanseática - A. W. Sellin, o Eng. Emil Odebrecht, mais sete homens. Subiram o rio Itajaí Açu de canoas, até chegarem na confluência com o Rio Itajaí do Norte, onde passaram a noite. No dia 8 de novembro chegaram à Barra do Ribeirão Taquaras, onde foi oficializada a fundação da Colônia Hammônia. Após analise, concluíram ser o local adequado para a nova cidade. Em abril de 1898, Emil Odebrecht e os agrimensores Theodor Kleine e Johann Denk, inciaram as medições dos lotes de terras, e a providenciar o mapa hidrográfico do Rio Hercílio e seus afluentes. Com a quantia de um pequeno valor, construíram um galpão para os imigrantes que estava pronto já no final do ano. O primeiro morador oficial da Die Hansa, mais tarde Colônia Hammônia - Willy Lüderwald e sua esposa, chegaram em julho de 1899. A família ficou instalada no galpão dos imigrantes e Lüderwald, ficou com o cargo de administrador do mesmo. O agrimensor José Deeke assumiu a direção da colônia e mantinha ligações diretas com as lideranças do Stadtplatz da colônia de Blumenau. “Hammonia” significa “Hamburgo”, cidade e porto alemão em que era situada a sede da “Sociedade Colonizadora Hanseática”, fundadora e responsável pelas Colônias Hanseáticas: “Hansa-Hammonia” (Ibirama), “Hansa-Humbolt” (Corupá), “Itapocu”, em Joinville, e um núcleo colonial em São Bento do Sul. “Hammonia” foi a denominação dada pelos invasores romanos, no início da era cristã, à mais importante das cidades hanseáticas da Alemanha. (Blumenau em Cadernos, Tomo XXII, nº 7, julho de 1981, p. 195). Assim que começou a assentar os imigrantes em um dos pontos de convergência de grande número de imigrantes, bem como a instalação da sede da colônia, percebeu-se a necessidade de se construir uma ferrovia que ligasse a Colônia Hammônia à sede da Colônia Blumenau, uma contribuição grande para que este projeto fosse efetuado. Face aos precários meios de transporte estaduais, na época, o caminho aberto até Aquidaban,e o trajeto entre Blumenau e a sede da nova Colônia Hansa Hammônia eram difíceis e penosos, mormente se se considerar que os imigrantes eram, em geral, portadores não só de ferramentas e utensílios indispensáveis ao desbravamento de seus lotes, mas ainda de grandes caixas de roupas, objetos caseiros e até peças de mobiliário. (SILVA, 1972, p. 152). Ver menos


Rua XV de novembro - Blumenau.

Aurora SC - Acervo Arquivo Histórico de Rio do Sul.

Fecularia de F. Raun - Lontras - Colônia Blumenau.

Fotografia do Pastor luterano de Bela Aliança Pastor Grau - atual Rio do Sul, viajante no Alto Vale - caminho de comércio entre o Stadtplatz da Colônia Blumenau o oeste do estado e a serra catarinense.

Trem da Estrada de ferro Santa Catarina no trajeto localizado em Blumenau próximo às oficinas, junto a Rua Bahia, estrada colonial que subia para o Alto Vale do Itajaí, passando por Indaial, Ascurra, Apiúna, Lontras....

Trombudo Alto - Atual Agrolândia SC.

Schützengesellshaft Blumenau. Nove anos depois da fundação da Colônia Blumenau, no dia 2 de dezembro de 1859 - aniversário do imperador do Brasil - D. Pedro II, aconteceu a fundação da Sociedade de Atiradores de Blumenau - Schützengesellshaft Blumenau. A Homenagem é algo cultural e inerente aos imigrantes alemães, que vinham de um sistema que teve origem no Feudalismo e naturalmente, nutriam respeito ao líder maior dentro do sistema , que poderia ser o feudal. O Imperador era o senhor máximo. Schützengesellshaft Blumenau foi instituído por um grupo de imigrantes, integrantes e voluntários na organização da comuna, criada pelo Sr. Blumenau. Esta iniciativa resultou na primeira de muitas Sociedades de atiradores, centros esportivos e culturais que foram fundados na Colônia e depois, no município de Blumenau. Os estatutos da Sociedade foram aprovados em 1863 - consolidado pelo ofício enviado pelo Sr. Pedro Leitão da Cunha ao Sr. Hermann Blumenau com o seguinte teor: "Palácio do Governo, de Sta Catarina, 13 de julho de 1863. Nesta data aprovo os estatutos da Sociedade do Tiro, que me foram apresentados pelos colonos Victor Gilsa, Carlos Guilherme Friedenreich e Dr. Bernardo Knoblauch, dessa colônia, com as seguintes restrições que V. Mcê. lhes fará constar pelos meios que julgar mais conveniente: 1° que a casa seja colocada em um ponto distante de qualquer povoação e das vias públicas; 2° que o terreno seja cercado e elevado da parte onde se haja de colocar o alvo, se sorte que não ocorra o menor perigo de ofender-se qualquer pessoa, que por ali passe; 3° que nas horas de exercício não sejam admitidos no centro pessoas estranhas a ele, nem expectadores que fiquem ao alcance dos tiros; 4° que a Sociedade deverá ter um número limitado de armas, não podendo exceder de dez, devendo cada colono ter a pólvora somente que for precisa para o número de tiros que houver de dar em cada exercício. Cumpre que V. Mcê. tenha toda vigilância e cautela nestes exercícios, de modo que não se deem abusos, pelos quais fica responsável. Deus guarde a V. Mcê. Pedro Leitão da cunha". Os sócios fundadores: Carl Wilhelm Friedenreich; Heinrich Pettermann; Jacob Louis Zimermann; Jayme Dittmar; Rudolph Oswlad Hesse; Victor Gärtner; Victor von Gilsa. Em função da 1° Guerra Mundial , a Sociedade teve suas atividades encerradas no período entre 1917 e 1921. Em 1938, adotou o nome de Sociedade de Atiradores de Blumenau. De 1939 a 1940, aconteceu o aquartelamento do 32° Batalhão de Caçadores no Clube. Em 1944, adotou-se o nome de tênis Clube Tabajara e em 1946, passou-se a chamar Tabajara Tênis Clube.

Rua XV de Novembro ´Blumenau.

Estação, casa do agente da Estrada de ferro Santa Catarina - Hansa.

Agronômica SC.

Irmão de Fritz Müller -  Hermann Müller.


Pastor Hermann Faulhaber.

Propriedade de um imigrante alemão no Alto Vale, início do século XX - foto do Pastor Grau - Acevo do Arquivo Histórico de Rio do Sul.

Estação Ferroviária de Ibirama SC.
Trecho a Estrada de Ferro Santa Catarina - localidade de Apiúna....

Tipologia enxaimel da centralidade de Blumenau início do século XX, com aspectos da casa urbana, através da presença do alpendre sobre a porta principal. 


Homenagem ao Imigrante - dia 25 de Julho de Blumenau - Presença da Banda Municipal de Blumenau.
Vila Pouso Redondo - local de pouso dos tropeiros que iam do Rio Grande do Sul para São Paulo.

Ituporanga SC ainda com a presença da Floresta.

Hansa Hammonia - atual Ibirama.
Rua XV de Novembro, com igreja católica aos fundos - construída com a linguagem neogótica. Responsável por sua construção foi o padre alemão Josef Maria Jacob. Waschstraße - antiga picada conhecida Estrada da linguiça....ligava as duas foz dos ribeirões da Velha e do Garcia.
Igreja do Espírito Santo - Igreja Luterana Centro Blumenau.Dentro da história de Blumenau Colônia, no princípio, durante a ocupação dos primeiros lotes coloniais, a partir da segunda metade do Século XIX, foram construídas igrejas temporárias, posteriormente, com o uso da técnica conhecida por eles e o estilo do período, reproduziram suas primeiras edificações religiosa em solo brasileiro. Com o passar de algumas décadas, ocorreu algumas mudanças no método e uso da técnica de construir. A expressão arquitetônica praticada no período das chegada dos primeiros imigrantes na região do Vale do Itajaí, era oriunda da técnica construtiva enxaimel, isto nas construções residenciais. As igrejas, quase em uma unanimidade seguiam o estilo romântico (Século XIX) com características do Neogótico. Estilo com traços do gótico mais a influência das culturas exóticas do oriente e do Egito, caracterizando, então, o estilo eclético (mistura de estilos e linguagens). Não foi diferente com uma das primeiras igrejas do Vale do Itajaí - a Igreja do Espírito Santo, Igreja Protestante de Confissão Luterana, do Stadtplatz da Colônia Blumenau, ou do centro. A Igreja do Espírito Santo está localizada na primeira centralidade do Vale do Itajaí e dentro de um plano cuidadosamente planejado e elaborado pelas primeiras lideranças locais - primeiros imigrantes. Está localizada em uma das "pontas" de um "eixo", onde na outra, está o antigo porto fluvial, uma das principais portas de entrada dos imigrantes que chegaram durante as primeiras décadas da História à região, principalmente, aqueles oriundos do porto de Itajaí. Arquitetura - Seu projeto foi assinado por Heirich Krohberger, dentro da linguagem neogótica, com planta octogonal (23 de setembro de 1877). Observamos a "não funcionalidade" da planta octogonal. Predominou o efeito decorativo, destaque para os adornos de origem asiática. Pode-se dizer que pretendeu seguir o cultural Estilo neogótico, mas com pouca exploração de suas principais características. Foram adotados os vitrais, porém em pouca quantidade. A posição dos vitrais está voltado para o Sul, onde a luminosidade do sol é menor. Tentou-se fazer uma arquitetura dentro da cultura vigente da época com todos os seus significados, porém com a presença de inovações - novo. Adotando a mudança da planta (octogonal) e a forma de uso da abóboda central. Explorou-se muito pouco a liberação das paredes da estrutura principal, com o uso dos vitrais. Desta forma, se poderia ter conseguido mais leveza e transparência interna. Isto não significa que não possua uma beleza arquitetônica única e com personalidade e com lastro histórico.


Estação Ferroviária de Blumenau - a primeira, no local onde está construída a prefeitura com o fachadismo que lembra o enxaimel.

Presidente Getúlio.Rua Mirador, Presidente Getúlio. Ao fundo, torre da Igreja Evangélica.

Rua XV de Novembro - Blumenau. 
Foto feito sobre o morro rua Padre Jacobs, com a igreja antiga aos fundos e a rodoviária, a segunda de Blumenau, no primeiro plano. Na parte superior funcionava um hotel. Atualmente é um edifício comercial. 






Morro Pelado em 1908 durante as obras de construção do trecho Blumenu a Hansa. 

Ponte Ferroviária de Ibirama - a primeira ponte construída sobre o Rio Itajaí Açu. 

Estação de Itoupava Seca - Blumenau. 
Em 5 de julho de 2023 completou 40 anos do início de uma das maiores enchentes na cidade de Blumenau e região. A cidade de Blumenau foi fundada em um vale, às margens do grande rio Itajaí-Açu e de seus afluentes. A bacia hidrográfica do rio Itajaí-Açu, juntamente com a ferrovia EFSC, estruturaram a rede de cidades do Vale do Itajaí. É uma das características das cidades alemãs e, portanto, não poderia ser diferente, uma vez que seus colonizadores eram oriundos daquele país. Uma questão cultural. A elevação do nível das águas sempre foi uma constante na história da cidade, em períodos grandes. A última enchente de grandes proporções tinha acontecido em 1911. Poucos dos adultos tinham lembrança dela, e jovens e crianças não conheciam uma enchente.
A sede da Maternidade "Johannastift", do Hotel Alameda, da Turismo Holzmann, dos Restaurantes Zum Weissen Rössel(Cavalinho Branco) e Escola do SENAC "Bistrô Johannastift" e da Casa de Comércio de Blumenau, é uma das tipologias mais emblemáticas e bonitas construídas no início do século XX, na centralidade de Blumenau, dotada de grande decorativismo e arte presentes nos seus detalhes que compõem os dois pavimentos, a mansarda ou o sótão e o Keller, ou porão. Esta, em processo de ruinificação, após as grandes enchentes de 1983 e 1984, estado que registramos e que nutria grande preocupação, cujo estudo levantamos em 1997, a fim de sensibilizar os responsáveis na época e que, felizmente, aconteceu fazendo com que esta obra de arte arquitetônica marcasse a esquina da Alameda Rio Branco com a Rua Sete de setembro.











Parabéns  Blumenau - por seu 173° aniversário!

Referências

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  • WITTMANN, Angelina. Hermann Bruno Otto Blumenau – Primeiro Negociante de Terras no Vale do Itajaí. Rio Sul – RIO DO SUL – TOMO XXI N. 5/6 Novembro/Dezembro de 2019. Páginas: 32-69.
  • WITTMANN, Angelina. Hermann Bruno Otto Blumenau – De 1819 até 1846 – Sua carta. 9 de janeiro de 2014. Disponível em: https://angelinawittmann.blogspot.com/2014/01/dr-blumenau-de-1819-ate-1846-sua-carta.html. Acesso em: 22 de junho de 2022 – 10:15h.

Leituras Complementares - Clicar sobre o Título escolhido:
  1. 171° Aniversário de Blumenau - 2021 - Na Palmenalee - Rua das Palmeiras - Sem a Casa Branca
  2. 170° Aniversário de Blumenau - 2 de Setembro de 2020 - Com Lockdown e Presentes em forma de imagens
  3. Momentos - 169° Aniversário de Blumenau - 2 de setembro de 2019
  4. Desfile do 166° Aniversário de Blumenau
  5. Momentos de 2 de setembro - 164º Aniversário de Blumenau 2017
  6. Clic - Momento do dia 2 de Setembro - Homenagem no Mausoleu
  7. Uma História que iniciou muito antes da chegada de Blumenau - Peter Wagner
  8. Homenagem ao Imigrante - Monumento do Imigrante
  9. 192 Anos de Imigração Alemã no Brasil
  10. A genealogia da família de Hermann Bruno Otto Blumenau e a sua Neta que viveu na Cidade
  11. Um pouco da História de Pomerode
  12. Hermann Bruno Otto Blumenau - Primeiro Negociante de Terras no Vale do Itajaí 
  13. Colônias Alemãs no Vale do Rio Cubatão - Igreja Sagrado Coração de Jesus - Águas Mornas SC
  14. Fritz e Hermann - Dois Personagens da História de Santa Catarina
  15. História comum entre as Colônias Blumenau, Pommerroder, Itapocu, Humbold e São Bento - José Deeke
  16. Carl Franz Albert Hoepcke - Uma personalidade da História Catarinense
  17. Colono no espaço da Colônia Blumenau.
  18. Nome dos moradores da Colônia Blumenau - Ano 1857
  19. August Müller e seu Diário - Colônia Blumenau e a enchente de 1880
  20. Nacionalismo no Vale do Itajaí
  21. Como pingos Fazer surgimento do Estado Alemão - Século XIX
  22. História ... Parte I - Dos Germanos AO surgimento: "Deutschland"
  23. História - Prússia e Alemanha
  24. Historia ... Primeiros Imperadores Germânicos
  25. Império Alemão
  26. Residência da Família Blumenau - Texto da Filha do Sr. Hermann Blumenau
  27. Blumenau - Século XIX até a construção da Ferrovia
  28. Fundação de Blumenau e sua formação a partir
  29. Imigrantes alemães nas Fazendas de Café do Rio de Janeiro - São Paulo e depois - Santa Catarina - Século XIX - Kaffeepfklücker


Sou Angelina Wittmann, Arquiteta e Mestre em Urbanismo, História e Arquitetura da Cidade.
Contatos:
@angewittmann (Instagram)
@AngelWittmann (Twiter)
 
2024 - 200 anos de imigração alemã no Brasil...
... e muita história




2 comentários:

  1. Ótimo documentário Escrito! Parabéns!

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    1. Que bom que apreciou. ao escrevê-los buscamos os fatos históricos de fato. Abraço grande.

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