Blumenau - sua fundação - dia 2 de setembro, o marco da chegada dos 17 imigrantes na cidade de Nossa Senhora de Desterro - no dia 2 de setembro de 1850.
História pretérita à chegada dos pioneiros...
A História de Blumenau teve início na Alemanha a partir das decisões e ambições de um jovem, que após contato com naturalistas e principalmente com a família Müller começou a observar mais as questões e elementos naturais o que despertou-lhe a curiosidade em conhecer as terras na América. Neste tempo - primeira metade do século XIX, muitos alemães migravam para a América do Norte e, em menor quantidade, para o Brasil. Este jovem era Hermann Bruno Otto Blumenau.
Hermann Blumenau, como o chamaremos daqui para frente, nasceu em Hasselfelde – Ducado de Bruswick, no dia 26 de dezembro de 1819.
Monumento a Hermann Blumenau localizado na cidade de Hasselfeld. |
Hasselfelde atual - onde nasceu Hermann Blumenau. |
Nesta época - início do século XIX, boa parte do território em que hoje está localizada a Alemanha pertencia aos franceses - conquistado pelo exército de Napoleão Bonaparte. Nesse período, o Sacro Império Germânico havia sido abolido. Em seu lugar foi criada a Confederação do Reno, que logo após foi dissolvida pelo Congresso de Viena e constituída em novas bases com o novo nome – Confederação Germânica – em 1815.
Na Prússia – os Junkers (nobres) eram contrários a essa tentativa de unificação da Alemanha a partir da Confederação – formada por 39 estados soberanos, sem força política – inspiração austríaca. A Prússia (povo que enviou muitos imigrantes para povoar o vale do Itajaí - pautada nas lei de Quasnay) assumia princípios absolutistas, com uma visão liberal baseada no desenvolvimento econômico acentuado, e o sul do território da atual Alemanha adotava em suas constituições o ideário conservador francês – resquícios do exército vencedor no território em questão.
Junkers prussianos |
Nesse cenário socioeconômico e político no território onde está situada a atual Alemanha, na primeira metade do Século XIX, nasceu o fundador da Colônia Agrícola Blumenau - Hermann Blumenau - filho de Karl Friedrich Blumenau (Chefe dos Guardas Florestais e Minas do Ducado) e de Cristiane Sofie Kegel.
Hermann Blumenau ingressou na escola de Hasselfelde com a idade de 6 anos e permaneceu até quando tinha a idade de 10 anos - completados em 1829, quando ingressou em um Pensionato de Shoppeenstadt, na cidade de Grosswinnisgstedt. O diretor do pensionato era o Pastor Götting.
Prefeitura de Erfut em 1842 - Fonte Wikipédia |
Em janeiro do ano seguinte - em 1842, Hermann Blumenau, com 23 anos, foi convidado para trabalhar em Erfurt, na fábrica de produtos químicos da família Tromsdorff, por Christian Wilhelm Hermann Tromsdorff, filho de Johann Bartholomaeus Trommsdorff e de Martha Elisabetha Johanna Hover - avós maternos do naturalista Fritz Müller, que nesta época estudava em Berlim.
Johann Bartholomaeus Trommsdorff - renomado químico da Europa e avô materno do naturalista Fritz Müller Fonte: Wikipédia |
Johann Jacob Sturz - 1878 |
Em 1842, na cidade natal de Fritz Müller, Hermann Blumenau conheceu Alexander Von Humbolt, e também, conheceu o naturalista. Tinham em comum, o gosto pela profissão e tornaram-se amigos, além do que, Blumenau trabalhava na firma da família da mãe de Fritz Müller. Isso não foi muito divulgado pela história formal da cidade de Blumenau.
Neste tempo, Hermann Blumenau começou a observar as questões naturais e despertou-lhe a curiosidade de conhecer a América, influenciado pelas novas amizades, em Erfurt - Humboldt e Fritz Müller. Foi um período que muitos alemães emigravam para a América do Norte e, em menor quantidade, para o Brasil.
No final do ano de 1843, Hermann Blumenau viajou para a capital da Inglaterra, à trabalho. Em Londres, conheceu o Cônsul Geral do Brasil na Prússia - Johann Jacob Sturz.
A conversa foi longa com o diplomata brasileiro na Prússia. Neste encontro, Hermann Blumenau ouviu atentamente, muitas histórias sobre o Brasil, desde narrativas sobre a natureza e muito da propaganda de que o governo brasileiro vinha fazendo na Europa, para atrair imigrantes para desenvolver e povoar, o quanto antes, o inabitado Sul do Brasil - há muito tempo, região cobiçada pela Espanha. Temia que esta região fosse tomada à força pelos vizinhos de língua espanhola - já haviam acontecido inúmeras tentativas - Escrevemos neste blog sobre as fortalezas de Nossa senhora do Desterro.
Era sabido que o governo brasileiro não podia pedir auxílio a Portugal, país do qual acabara de se libertar, em 1822. Necessitava fortalecer os limites do sul e povoá-lo.
Pioneiros de São Bento do Sul - Fonte: Blog São Bento no Passado |
Enquanto isto, na Europa acontecia algumas transformações sociais, econômicas e políticas.
Fritz Müller comentou seu plano para Hermann Blumenau - que pretendia formar-se médico e exercer a profissão em um navio - juntando o útil ao agradável - através de seu trabalho à bordo e conhecer outros países, principalmente o Brasil - oportunidade de pesquisas inéditas.
Portão da Universidade de Erlangen - Nürenberg |
Após conversar com o diplomata brasileiro em Londres - Hermann Blumenau demitiu-se da fábrica de produtos químicos do tio de Fritz Müller e fez sua matrícula, na Universidade de Erlangen, na cidade de Nürenberg - Lembrando da ideia de Müller - que após formado, poderia trabalhar em um navio.
Blumenau pesquisou muito sobre a imigração e a colonização no Brasil. Procurou conversar com brasileiros, pesquisou a história do Brasil e a movimentação migratória que aconteceu de suja região (Alemanha ainda não existia como país) para o Brasil.
Em 1846, formou-se químico, mesmo não tendo terminado o ginásio. Químico não é um profissional que faz uso do título "Doutor", como também há políticos na atualidade que se apropriam do título erroneamente. Doutor é um título conquistado mediante a conclusão e aprovação de um curso de Doutorado. Desta forma, não é correto e de direito o título que muitos empregam o nome do fundador de Blumenau.
Na década de 40 do Século XIX, chegavam notícias do Brasil, na Alemanha. As notícias mencionavam a propaganda e promessas do Estado brasileiro, na Europa - Alemanha - aliciando pessoas que se mudassem para o Brasil para trabalhar e povoar o sul do país. As notícias chegantes do Brasil afirmavam que parte destas promessas não era cumprida e muitos ficavam em situações difíceis, após a grande viagem.
Também haviam ecos na região da atual Alemanha sobre os maus tratos que os imigrantes alemães sofriam nas fazendas de café, localizadas no sudeste brasileiro. Contratos não eram respeitados e as notícias eram "maquiadas" por "intermediários", antes de chegar aos familiares, mas, alguma coisa acabava chegando.
Atento aos "ecos" que chegavam do Brasil, relacionado à situação dos alemães emigrados, o governo alemão criou a "Sociedade de Proteção aos Emigrados Alemães" - Colonisation Vereins Hamburg - 1845/1846 - com sede em Hamburg.
Na Europa chegavam notícias não muito positivas sobre o estado em que estes imigrantes eram tratados. Parte das promessas de propagandas não era cumprida e, muitos ficavam em situações muito difíceis após a grande viagem.
Hermann Bruno Otto Blumenau era um dos representantes da "Sociedade de Proteção aos Emigrados Alemães" com sede em Hamburg e foi enviado para o Brasil para averiguar a situação dos imigrantes alemães.
Em maio de 1846, Blumenau viajou para o Brasil com a viagem custeada por essa sociedade. O contato pode ter ocorrido por meio de Johann Eduard Wappäus. Hermann Blumenau foi o autor da publicação intitulada "Emigração e Colonização Alemã", que Johann Eduard Wappäus anotou e publicou em 1846 como professor de geografia sem citar o nome do verdadeiro autor. Blumenau usou relatórios e avaliações de Johann Jakob Sturz (1800-1877), que havia feito campanha pela abolição da escravidão sob sua própria perspectiva. A partir de 1843, Sturz tornou-se cônsul do Brasil na Prússia. Hermann Blumenau estava há pouco tempo a serviço da sociedade. Em 1848 ele retornou à Alemanha para recrutar imigrantes. Em 1850, fundou sua própria colônia - a Colônia Blumenau, um empresa privada com a característica de uma colônia agrícola.
Nós observamos que, oportunisticamente, com intenções de conhecer o Brasil pessoalmente e sem gasto, Hermann Blumenau candidatou-se a uma vaga de Agente Fiscal da "Sociedade de Proteção aos Emigrados Alemães". Como representante oficial e munidos de cartas de apresentações, visitou colônias de imigração alemã nas Províncias do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande, além da capital do Brasil - Rio de Janeiro.
Em abril de 1846 – com 27 anos, embarca à trabalho - como representante do governo alemão para o Brasil. Despediu-se de seus pais e embarcou no veleiro Johannes, no porto de Hamburg.
"Entre 1846 e 1850, Hermann Blumenau permaneceu no Brasil, onde buscou estabelecer relações com autoridades brasileiras que o ajudassem a realizar seus planos, mantendo-se em contato com políticos e empresários na Europa. Seu interesse maior era se envolver com um empreendimento de imigração e colonização alemã no país. Neste capítulo tratarei dos planos e estratégias de Hermann Blumenau em relação à imigração e colonização, retomando sua atuação tanto nos negócios do transporte de imigrantes quanto no projeto para criar um núcleo colonial no sul do Império brasileiro." Dissertação de Mestrado de Vanessa Nococeli
Viajou por mais de dois meses e chegou no Rio Grande no dia 19 de junho de 1846. Visitou alguns locais, fazendas e fez pesquisas para seu projeto pessoal, narrando sua viagem, através de algumas correspondências, aos seus pais - na Alemanha. Estas cartas são documentos históricos materiais que ilustram suas reais intenções - em visita ao Brasil.
Fonte: Wikipédia |
Ao contrário de verificar a situação de seus compatriotas no Brasil, e emitir um relatórios apresentando dados ao governo prussiano, Hermann Blumenau fez contatos e pesquisas, visando montar o seu negócio de terras no Brasil.
Nesta mesma época - a família de imigrantes alemães Wagner - pioneiros da Colônia de São Pedro de Alcântara - decidiu mudar-se para o Vale do Itajaí. Na ocasião, solicitou ao governo da Província de Santa Catarina, a "companhia de pedestres", uma espécie de "segurança oficial" contra ameaça dos nativos - índios que viviam na região.
Quando chegaram à região do Vale do Itajaí tomaram cuidado para oficializar a posse de terras a partir da concessão oficial. Em São Pedro de Alcântara, muitos ficaram desamparados, mediante o surgimento do verdadeiro proprietário, após terem assumido instalações e feito plantações em propriedades destinadas ao imigrante. As terras não era devolutas. Os Wagner tomavam cuidados e queriam segurança, quanto a nova propriedade.
No período que Hermann Blumenau escolhia o lugar para negociar terras e a famílias Wagner e outras famílias de imigrantes de São Pedro de Alcântara chegavam à região, a política de posse de terras no Brasil estava mudando (1850).
Após a independência do Brasil de Portugal, em 1822 - a Lei de Terras (n°601 de 18 de setembro de 1850, foi a primeira a especificar o direito do proprietário - até então regido pela Lei de Sesmarias, que apresentava algumas irregularidades fundiárias formais e inexistia a prática de "compra e venda" de terras. A lei foi implantada coincidentemente no mesmo período da chegada dos primeiros imigrantes da Colônia Blumenau chegaram em Nossa Senhora do Desterro. A Lei de Terras estabelecia a compra como a única forma de acesso à terra e abolia, em definitivo, o regime de sesmarias. Foi regulamentada no dia 30 de janeiro de 1854, pelo Decreto Imperial nº 1318.
A partir de 1850, portanto, só poderia haver ocupação de terras por meio de compra e venda ou de autorização da coroa. Todos os que já estavam na terra, receberam o título de proprietários, porém, tinham que residir e produzir na terra, ou ainda, àqueles que reivindicavam o título. Muitos foram os que correram aos órgãos como igrejas e reivindicaram as propriedades.
Neste tempo, igualmente, a Igreja Católica desempenhava o papel de Estado nas localidades e isto explica, por exemplo, a fundação da cidade da Itajaí. O imigrante português Agostinho Alves Ramos mudou-se para a Foz do Grande Rio Itajaí e requereu ao Bispo do Rio de Janeiro a permissão para a fundação de um Curato que aconteceu no dia 31 de março de 1824. Curato é um termo religioso, derivado de cura, ou padre, que era usado para designar aldeias e povoados com as condições necessárias para se tornar uma paróquia. Esta controlava a distribuição de terra àqueles que chegaram ao local antes de Hermann Blumenau - como por exemplo a família Wagner - que já residia no território da futura Colônia Blumenau.
Quando chegaram à região do Vale do Itajaí tomaram cuidado para oficializar a posse de terras a partir da concessão oficial. Em São Pedro de Alcântara, muitos ficaram desamparados, mediante o surgimento do verdadeiro proprietário, após terem assumido instalações e feito plantações em propriedades destinadas ao imigrante. As terras não era devolutas. Os Wagner tomavam cuidados e queriam segurança, quanto a nova propriedade.
No período que Hermann Blumenau escolhia o lugar para negociar terras e a famílias Wagner e outras famílias de imigrantes de São Pedro de Alcântara chegavam à região, a política de posse de terras no Brasil estava mudando (1850).
Após a independência do Brasil de Portugal, em 1822 - a Lei de Terras (n°601 de 18 de setembro de 1850, foi a primeira a especificar o direito do proprietário - até então regido pela Lei de Sesmarias, que apresentava algumas irregularidades fundiárias formais e inexistia a prática de "compra e venda" de terras. A lei foi implantada coincidentemente no mesmo período da chegada dos primeiros imigrantes da Colônia Blumenau chegaram em Nossa Senhora do Desterro. A Lei de Terras estabelecia a compra como a única forma de acesso à terra e abolia, em definitivo, o regime de sesmarias. Foi regulamentada no dia 30 de janeiro de 1854, pelo Decreto Imperial nº 1318.
A partir de 1850, portanto, só poderia haver ocupação de terras por meio de compra e venda ou de autorização da coroa. Todos os que já estavam na terra, receberam o título de proprietários, porém, tinham que residir e produzir na terra, ou ainda, àqueles que reivindicavam o título. Muitos foram os que correram aos órgãos como igrejas e reivindicaram as propriedades.
Curato de Itajaí. |
Caminho até a Foz do Rio Itahahi - percorrido pelos Wagner pelo mar Mapa de 1828 - S. Sidney - Fonte: Pelos caminhos-antigos |
As terras dos Wagner pertenciam à jurisdição do administrador - estavam ligadas ao recém criado núcleo de Belchior, cuja fundação fazia parte do projeto do governo provincial que visava distribuir terras na região aos novos imigrantes.
Distribuir e não vender, como aconteceu na Colônia Blumenau, fundada após esta data. A demarcação das propriedades cobria toda área da foz do Rio Itajaí Mirim até o Ribeirão Conceição (Vila de Gaspar), começando no Estaleiro das Naus, passando por Pocinho, Volta de Gaspar, Pedra de Amolar, Volta de Belchior, Arraial do Belchior, até Fortaleza.
Lembramos também, que moravam nas matas desta região, algumas tribos de povos nativos, que foram desconsiderados dentro da nova posse de terras vigente.
Os Wagner receberam instruções, quando estivessem subindo o Rio Itajaí Açu para encontrar suas terras, que quando ultrapasse a casa do último morador, se encontravam então, em suas próprias terras. Neste tempo, não imaginavam que imediatamente acima às suas terras, seria fundada a Colônia Blumenau em 1850 e onde estaria localizado o seu Stadtplatz, ou centralidade desta.
As novas colônias não possuíam diretores e sua administração estava logada ao Juiz de Direito localizado em Santíssimo Sacramento de Itajaí. Como residentes destas colônias, eram aceitos todos os moradores locais e os estrangeiros sem impedimentos. Os chegantes recebiam terra de 350 a 730 metros de frente por 915 metros de profundidade. Nos primeiros tempos, a terra era cedida gratuitamente, isenta de impostos por 10 anos. Era proibido aos estrangeiros possuírem escravos, pois o Imperador brasileiro pretendia fazer a experiência agrícola com propriedades pequenas, possíveis de serem trabalhadas pela mão de obra da própria família. Mas não foi bem assim. Talvez daí surgiu a lenda do "embranquecimento" - absurdo diante da própria libertação dos escravos promovido pela Princesa Isabel - com o passar do tempo e como uma das principais consequência de seu ato, perdeu a coroa.
Quando Johann Peter Wagner / Pedro Wagner e demais imigrantes - entre estes, seus familiares, desembarcaram às margens do Rio Itajaí Açu, encontraram brasileiros que já residiam no local há mais tempo e produziam açúcar. Eram eles, integrantes da Famílias Furtado e Mafra. Limparam o chão e prepararam ripas de palmito para a construção do primeiro rancho.
Lembramos também, que moravam nas matas desta região, algumas tribos de povos nativos, que foram desconsiderados dentro da nova posse de terras vigente.
Os Wagner receberam instruções, quando estivessem subindo o Rio Itajaí Açu para encontrar suas terras, que quando ultrapasse a casa do último morador, se encontravam então, em suas próprias terras. Neste tempo, não imaginavam que imediatamente acima às suas terras, seria fundada a Colônia Blumenau em 1850 e onde estaria localizado o seu Stadtplatz, ou centralidade desta.
As novas colônias não possuíam diretores e sua administração estava logada ao Juiz de Direito localizado em Santíssimo Sacramento de Itajaí. Como residentes destas colônias, eram aceitos todos os moradores locais e os estrangeiros sem impedimentos. Os chegantes recebiam terra de 350 a 730 metros de frente por 915 metros de profundidade. Nos primeiros tempos, a terra era cedida gratuitamente, isenta de impostos por 10 anos. Era proibido aos estrangeiros possuírem escravos, pois o Imperador brasileiro pretendia fazer a experiência agrícola com propriedades pequenas, possíveis de serem trabalhadas pela mão de obra da própria família. Mas não foi bem assim. Talvez daí surgiu a lenda do "embranquecimento" - absurdo diante da própria libertação dos escravos promovido pela Princesa Isabel - com o passar do tempo e como uma das principais consequência de seu ato, perdeu a coroa.
Quando Johann Peter Wagner / Pedro Wagner e demais imigrantes - entre estes, seus familiares, desembarcaram às margens do Rio Itajaí Açu, encontraram brasileiros que já residiam no local há mais tempo e produziam açúcar. Eram eles, integrantes da Famílias Furtado e Mafra. Limparam o chão e prepararam ripas de palmito para a construção do primeiro rancho.
Johann Peter Wagner / Pedro Wagner e os demais homens fizeram um trabalho em suas terras, semelhante a este - derrubada da mata, roças e rancho provisório com material de palmito. |
Depois de instalados nas suas terras e com a vinda dos demais membros da família, Johann Peter Wagner / Pedro Wagner e os homens construíram uma capela que batizaram de Nossa Senhora da Conceição.
Na década de 1840, o representante da Sociedade para a Proteção dos Imigrantes Alemães - Hermann Blumenau, na companhia do balseiro - Ângelo Dias, de outro balseiro e de seu Sócio Ferdinand Ernst Friedrich Hackradt visitaram a família Wagner.
Como isto aconteceu?
Neste tempo, Hermann Bruno Otto Blumenau - recebeu doação de terras em nome da Sociedade Protetora, a qual estava como representante no Brasil - para seu negócio privado. Mas não se concretizou. Por que recebeu este presente?
Com isto, os planos mudaram e Hermann Blumenau oportunamente fez sociedade com o comerciante de Nossa Senhora de Desterro, imigrante alemão, Ferdinand Ernst Friedrich Hackradt. Precisava de alguém no local que defendesse seus interesses, quando estivesse na Alemanha, concluindo as providencias necessárias para retornar com os primeiros imigrantes para sua colônia e de maneira definitiva. A Firma foi chamada de Blumenau & Hackradt - Firma particular de agricultura e indústria - na forma de uma colônia agrícola.
O Marechal Antero, em um primeiro momento, concedeu terras nas imediações do Ribeirão Garcia - cerca de uma gleba de terra, aumentada no decorrer do tempo, atingindo a área de 150000 jeiras ou 378.000.000m2.
Ficou acertado entre os sócios que, enquanto Blumenau estivesse na Europa para buscar os imigrantes, Hackradt permaneceria nas terras escolhidas, preparando o local, construindo ranchos, efetuando plantações e preparando o local para as primeiras acomodações dos colonos.
Os sócios visitaram os Wagner. Durante a visita - os anfitriões responderam a muitas perguntas, como por exemplo:
- As terras são propícias ao plantio?
- Os alemães se adaptam bem?
- Há contato com o restante do mundo?
- As crianças se desenvolvem?
- Como se mora?
- Como se vive?
Nada relacionado à questão do tratamento que os imigrantes recebiam em solo brasileiro - que caberia a sua função investigativa, como representante da sociedade.
Na ocasião da visita de Blumenau, a Família Wagner serviu frutos da época colhidos, da terra e no decorrer das trocas de informações - Blumenau anotou as mais importantes para auxilia o seu empreendimento.
Os vizinhos locais acompanharam toda esta movimentação com grande expectativa e também com auxílios, quando era necessário.
Quando houve esta primeira expedição de reconhecimento dos sócios Hermann e Ferdinand, estes subiram o Rio Itajaí Açu juntos em duas embarcações e neste momento destacamos o canoeiro Ângelo Dias.
Ângelo Dias era nascido em Itajaí, nucleação urbana recém fundada, como já visto. Para esta empreitada, Hermann Blumenau havia alugado duas canoas, sendo o canoeiro de uma delas, Ângelo Dias, na qual viajou o fundador da Colônia Blumenau. É sabido que estes homens, além de serem canoeiros práticos, geralmente pescadores e conhecedores sobre a navegabilidade em rios, muitas vezes munidos de corredeiras também eram conhecedores dos desafios que poderiam encontrar em tais expedições na mata. Quando o grupo de exploradores estavam na foz do Ribeirão da Velha no Rio Itajaí Açu, a equipe se dividiu em duas. O sócio de Blumenau, Ferdinand Ernst Friedrich Hackradt seguiu um rumo, com seu canoeiro e Hermann Blumenau, com Ângelo Dias, seu canoeiro, subiram o Rio Itajaí Açu além do salto (atual bairro do Salto - Blumenau e onde surgiu a segunda povoação após o Stadtplatz, que é Badenfurt - margem esquerda) chegando até Subida, de onde retornaram.
Tem tudo para que nesse momento, Hackradt tenha descoberto e explorado o Ribeirão do Testo e o rumo para o local da fundação da povoação da atual cidade de Pomerode.
Esta exploração durou dois dias, quando passaram novamente pelos Wagner, prometendo retornar.
"Sabe-se, pelas cartas do Dr. Blumenau que, ao chegarem, ele e Ângelo Dias, à confluência do Rio Benedito (Indaial), o último negou-se a continuar a viagem, rio acima, por ter-se esgotado a provisão de cachaça, “combustível” sem o qual o “motor” de Ângelo Dias não funcionava. Não se sabe como foi que Dr. Blumenau conseguiu resolver o impasse; se pela persuasão, ou por ter conseguido arranjar a “água que passarinho não bebe”. Isso não seria impossível, dado que, ao que tudo indica, já naquela época, as proximidades da embocadura do Rio Benedito, contavam com alguns habitantes caboclos que, mais provavelmente, possuíam engenho de açúcar e alambique. O fato é que os exploradores chegaram até Subida, onde o rio, pelas suas muitas corredeira, e saltos não mais oferece possibilidade de navegação."
Ferdinand Ernst Friedrich Hackradt |
Na foz do Ribeirão Garcia e na região onde residia a família Wagner e outras famílias, estes se encontravam entusiasmados, diante da perspectiva da fundação de uma colônia alemã, a infraestrutura e o desenvolvimento que esta poderia significar para todos. Enviaram, também, homens de Belchior para contribuir com os trabalhos no local, pois tinham interesse no êxito do projeto, que era assunto constante em toda a região.
Não durou muito tempo, o auxilio e as trocas entre o sócio de Blumenau e os residentes da região. Houve diferenças e incompatibilidade com o método adotado pelo sócio de Hermann Blumenau. Com o passar do tempo a empreitada quase foi abandonada. Do projeto original restou apenas um rancho e um engenho de serra semiacabado, sem plantações e a sociedade desfeita.
Por que isso?
Carl Franz Albert Hoepcke. Sobrinho do ex sócio de Hermann Blumenau. |
Hackradt retornou para seus outros negócios em Nossa Senhora do Desterro. Comunicou ao sócio, por carta, que estavam saindo da sociedade. Nesta correspondência disse que o engenho construído na foz do Ribeirão da Velha estava ameaçado de ser carregado pela enchente e as tábuas serradas alcançavam preço muito baixo. Esta questão atestava que já existia um pequeno comércio na região, antes da chegada dos pioneiros que fundaram a Colônia Blumenau.
Após um trabalho intenso de propaganda na Alemanha, Hermann Blumenau conseguiu reunir um pequeno grupo de pessoas para imigrar para o Vale do Itajaí. O embarque do grupo aconteceu em junho de 1850. Depois de 84 dias de viagem, chegaram no Rio de Janeiro.
Para registro - Mais tarde, o sobrinho de Hackradt - Carl Franz Albert Hoepcke, que tinha vindo com uma leva de imigrantes para a Colônia Blumenau foi aconselhado pelo tio a não permanecer na colônia e este foi trabalhar com ele, em Nossa Senhora do Desterro.
Vapor semelhante |
Não havia plantações, somente um pasto com algumas vacas.
A família Wagner e demais vizinhos acompanharam a chegada ao local dos 17 imigrantes alemães de um montante de 250 que viriam para iniciar a colônia de Hermann Blumenau.
O local, na atualidade, do comércio de Gärtner. |
Palmenalle - Rua das Palmeiras, onde fi instalado o negócio de Gätner. Fonte Arquivo Nacional. |
Com a fundação da nova colônia alemã, vieram novos profissionais e os Wagner's e vizinhos passaram a ter mais suporte. O agrimensor Julio Richter, por exemplo, mediu as terras de Johann Peter Wagner / Pedro Wagner e as legalizou junto à Colônia Blumenau.
Chegada dos primeiros 17 imigrantes alemães para fundar a Colônia Blumenau - Foz do Ribeirão da Velha. Passaram pela propriedade de Johann Peter Wagner / Pedro Wagner e família. |
Este era o quadro existente, quando chegaram na foz do Ribeirão da Velha, o sobrinho de Hermann Blumenau - Reinold Gärtner e os primeiros 16 moradores da Colônia Blumenau, que simbolicamente e embrionalmente surgia neste momento, em setembro de 1850.
Nos primeiros tempos, a data de fundação de Blumenau era comemorada no dia 28 de agosto de 1852, sendo que seu 25° aniversário foi comemorado no dia 28 de agosto de 1877.
Os Primeiros 17 trazidos por Hermann Blumenau
1 Mirréis (Mil Réis) - R$ 123,00
1 Conto de Réis (Mil mirréis) - R$ 123.000,00
- Reinhold Gaertner - 26 anos de idade, solteiro, natural de Brunsvique, sobrinho de Hermann Blumenau;
- Franz Sallenthien - 24 anos, solteiro, lavrador, também natural de Brunsvique;
- Paul Kellner - 23 anos, solteiro, lavrador, igualmente de Brunsvique;
- Julius Ritscher - 22 anos, solteiro, agrimensor, natural de Hannover.
- Wilhelm Friedenreich - com 27 anos de idade, alveitar, natural da Prússia, casado com ...
- Minna Friedenreich - 24 anos de idade, possuindo o casal os seguintes filhos;
- Clara Friedenreich - com 2 anos de idade;
- Alma Friedenreich - com 9 meses.
- Daniel Pfaffendorf - 26 anos de idade, solteiro, carpinteiro, natural da Saxônia;
- Friedrich Geier - 27 anos de idade, solteiro, marceneiro, natural de Holstein;
- Friedrich Riemer - 46 anos de idade, solteiro, charuteiro, natural da Prússia.
- Erich Hoffmann - 22 anos de idade, ferreiro, funileiro, também da Prússia;
- Andreas Kuhlmann - 52 anos de idade, ferreiro, igualmente da Prússia, acompanhado da esposa;
- Johanna Kuhlmann - 44 anos de idade, e das filhas;
- Maria Kuhlmann - 20 anos de idade;
- Christine Kuhlmann - 17 anos.
- Andreas Boettcher - 22 anos de idade, solteiro, ferreiro, natural da Prússia.
Os primeiros imigrantes eram da religião protestante luterana. Logo que aportaram, iniciaram a construção de novos ranchos, fizeram derrubadas, limpezas de terrenos e plantações. Desde que chegaram, contaram com o apoio de famílias residentes na região. Destas também era - 17 - as famílias de imigrantes alemães - viviam nas localidades de Pocinho e Belchior, distante de aproximadamente, somente, 4 quilômetros, Rio Itajaí Açu abaixo, da sede da nova colônia -Stadtplatz.
Quando assumiam suas terras. |
Os antigos moradores da região - que já residiam no local - como os Wagner's, que acompanharam a chegada dos 17 imigrantes alemães - como anteriormente comentado, auxiliaram os chegantes com dicas e adaptações locais, por já estarem há mais tempo na região - pelo menos - 4 anos. Estes já possuíam propriedades próprias com hortas, pomares, roças, vacas, porcos e galinhas.
Alguns dos nomes de famílias, oriundos da Colônia São Pedro de Alcântara, que se encontravam residindo na região do Vale do Itajaí, e que foram de grande auxílio e apoio aos 17 primeiros pioneiros da Colônia Blumenau:
- Georg Schmidt;
- Ludwig Werner (roceiros);
- Johann Händschen;
- belga Jacob Villain (Ferreiros);
- Georg (Pai de Peter Wagner) Wagner;
- Ludwig Wagner;
- Antonio Händschen;
- Josef Sesterheinn;
- Peter Lukas;
- Nikolau Deschamps;
- Joaquim Antônio Amorim;
- Jacinto Miranda;
- Marcelino Dias;
- Valentim Theiss, entre outros.
Todos auxiliaram em tudo, um pouco.
Hermann Blumenau além de juntar sua voz às propagandas do governo brasileiro no território da atual Alemanha - vendia os lotes coloniais às famílias que chegavam - fez surgir pela primeira vez na província - o negócio fundiário.
A residência foi danificada pela grande enchente de 1880 - após essa tragédia, Hermann Blumenau passou a residir no Hotel Schreep, onde permaneceu até partir em 1884. |
Hermann Blumenau foi proprietário da Colônia Blumenau por 10 anos. Vendeu-a ao Império brasileiro, em 1860. Hermann Blumenau assinou o termo de cessão da Colônia Blumenau, ao Governo Imperial do Brasil e entregou as terras que possuía no Vale do Itajaí, era aproximadamente 20 léguas quadradas. As terras foram avaliadas em 120 contos de réis. Desse total, o Império retirou 85 contos de dívidas e pagou 30 contos, considerando que Hermann Blumenau recebeu 5 contos adiantados. Hermann Blumenau continuou como diretor da colônia - funcionário público e recebia um bom salário mediante a realidade local da época - 4 contos de réis por ano (mais de 40 mil reais - ao mês - no valor atual). Isso até Blumenau tornar-se município em 1880.
Para entender:
1 Real (Réis) - R$ 0,1231 Mirréis (Mil Réis) - R$ 123,00
1 Conto de Réis (Mil mirréis) - R$ 123.000,00
Família Müller
Lembram-se da família Müller - com a qual Hermann Blumenau teve contato em Erfut?
Fritz Müller, colega de Hermann Blumenau na Alemanha, foi convencido por este, a se mudar para sua colônia no Brasil. E no Brasil, politicamente, Hermann Blumenau usou sua influencia e transferiu o professor Fritz Müller para Nossa Senhora do Desterro, por incompatibilidade com suas idéias livres. Não somente isto.
Colônia Blumenau |
Fritz Müller. |
Relembrando...
Os Müller partiram da Alemanha no dia 19 de maio de 1852. Estavam na viagem, Fritz Müller, esposa, sua filha mais velha e seu irmão. Embarcam em Hamburgo para o Brasil, para o Vale do Itajaí - Colônia Blumenau.
Os Müller partiram da Alemanha no dia 19 de maio de 1852. Estavam na viagem, Fritz Müller, esposa, sua filha mais velha e seu irmão. Embarcam em Hamburgo para o Brasil, para o Vale do Itajaí - Colônia Blumenau.
A família Müller chegou à costa brasileira no dia 19 de julho e na Colônia Blumenau, no dia 22 de agosto de 1852.
O comerciante de terras Hermann Blumenau vendeu para os dois irmãos Müller, os lotes com valores mais caros que aqueles vendidos aos demais colonos no Vale do Garcia.
Será que pesou o poder aquisitivo da família Müller na Alemanha - pois Hermann Blumenau trabalhava para a família materna de Fritz Müller.
Será que pesou o poder aquisitivo da família Müller na Alemanha - pois Hermann Blumenau trabalhava para a família materna de Fritz Müller.
Observar o quadro onde tem listados, compradores, terrenos e valores.
Do livro - História de Blumenau de José Ferreira da Silva - 2°ed. Blumenau: Fundação Casa Dr. Blumenau - 1988. - 299p. |
São anos de História.
Para perpetuar sua memória foi colocada esta placa, no primeiro centenário de Blumenau 1950. |
A cidade de Blumenau - cidade que continua acolhendo os chegantes. Estes devem lembrar que a cidade possui uma identidade pautada em uma História. Esta identidade tem relação direta à alma da cidade, aquela que atraiu sua atenção, quando a escolheu para morar.
Monumento do Imigrante, localizado na Praça Hercílio Luz - antigo porto fluvial. |
Monumento: Voluntários da Pátria. Inaugurado no centenário do alistamento - em 8 de outubro de 1965. O seu entorno foi descaracterizado em 2022. |
Residência de Hermann Wendeburg - Do ano de 1856. |
A história deve ser compartilhada com todos.
Um presente...
As imagens históricas da Colônia Blumenau restauradas e coloridas por Tonon.
Rua XV de Novembro - Blumenau, defronte ao atual Teatro Carlos Gomes. |
Homenagem ao Imigrante - dia 25 de Julho, com a presença do C.C. 25 de Julho de Blumenau. |
Hammônia - Atual Ibirama. |
Bella Alliança - Atual Rio do Sul SC. Fonte Arquivo Municipal Histórico de Rio do Sul. Foto Pastor Grau. |
Cia Jensen - Itoupavazinha Blumenau. |
Rua XV de novembro - Blumenau. |
Aurora SC - Acervo Arquivo Histórico de Rio do Sul. |
Fecularia de F. Raun - Lontras - Colônia Blumenau. |
Trombudo Alto - Atual Agrolândia SC. |
Rua XV de Novembro ´Blumenau. |
Estação, casa do agente da Estrada de ferro Santa Catarina - Hansa. |
Agronômica SC. |
Irmão de Fritz Müller - Hermann Müller. |
Pastor Hermann Faulhaber. |
Propriedade de um imigrante alemão no Alto Vale, início do século XX - foto do Pastor Grau - Acevo do Arquivo Histórico de Rio do Sul. |
Estação Ferroviária de Ibirama SC. |
Tipologia enxaimel da centralidade de Blumenau início do século XX, com aspectos da casa urbana, através da presença do alpendre sobre a porta principal. |
Homenagem ao Imigrante - dia 25 de Julho de Blumenau - Presença da Banda Municipal de Blumenau. |
Vila Pouso Redondo - local de pouso dos tropeiros que iam do Rio Grande do Sul para São Paulo. |
Ituporanga SC ainda com a presença da Floresta. |
Hansa Hammonia - atual Ibirama. |
Estação Ferroviária de Blumenau - a primeira, no local onde está construída a prefeitura com o fachadismo que lembra o enxaimel. |
Presidente Getúlio.Rua Mirador, Presidente Getúlio. Ao fundo, torre da Igreja Evangélica. |
Rua XV de Novembro - Blumenau. |
Morro Pelado em 1908 durante as obras de construção do trecho Blumenu a Hansa. |
Ponte Ferroviária de Ibirama - a primeira ponte construída sobre o Rio Itajaí Açu. |
Estação de Itoupava Seca - Blumenau. |
Parabéns Blumenau - por seu 173° aniversário!
Referências
- ALVES, Débora Bendocchi. Cartas de imigrantes como fonte para o historiador: Rio de Janeiro – Turíngia (1852-1853). Instituto de História Ibérica e Latinoamericana - Universidade de Colônia. Revista Brasileira de História. São Paulo, v. 23, nº 45, p. 155-184 - 2003.
- BACKHAUS, Gerald. Die „Brasiliensache“. Forum Das Wochenmagazin. Leben - Menschen. 26.06.2020. Disponível em: https://magazin-forum.de/de/node/19198. Acesso em: 20 de junho de 2021 - 20:14h.
- BÖHLEN TÜRINGEN. Disponível em: http://www.boehlen.de/. Acesso em 21 de junho de 2021 - 17:17.BRASILIEN 3. Geschichte und Politik Überblicksdarstellungen. Disponível em: http://www.keller-schneider.ch/unterwegs/Brasilien03.html . Acesso em: 22 de junho de 2021 - 17:38h.
- COSTA, Emília Viotti da. Da Senzala à Colônia. São Paulo: Difusão Européia do Livro, Ciências Humanas, 1982, (2° ed.)Diário Rio Claro. Encontro celebra povos de língua alemã, em Ferraz, no próximo dia 26. 22 de outubro de 2018. Rio Claro SP. Disponível em: http://j1diario.com.br/encontro-celebra-povos-de-lingua-alema-em-ferraz-no-proximo-dia-26/. Acesso em: 20 de junho de 2021 - 22:57h.
- DOLHNIKOFF, Miriam. Imigrantes para substituir escravos na cafeicultura. Blog da Editora Contexto. 13 de maio de 2018. Disponível em: http://blog.editoracontexto.com.br/imigrantes-para-substituir-escravos-na-cafeicultura/. Acesso em 20 de junho de 2021 - 21:40h.
- FERRÃO, André Munhoz de Argollo. Colonos na Fazenda Ibicaba, Empresários em Piracicaba: A Evolução. Unicamp, Faculdade de Engenharia Civil, Departamento de Construção Civil. Campinas-SP. Disponível em: http://www.abphe.org.br/arquivos/andre-munhoz-de-argollo-ferrao.pdf. Acesso em: 20 de junho fe 2021 - 22:45h.
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- WITTMANN, Angelina. Hermann Bruno Otto Blumenau – Primeiro Negociante de Terras no Vale do Itajaí. Rio Sul – RIO DO SUL – TOMO XXI N. 5/6 Novembro/Dezembro de 2019. Páginas: 32-69.
- WITTMANN, Angelina. Hermann Bruno Otto Blumenau – De 1819 até 1846 – Sua carta. 9 de janeiro de 2014. Disponível em: https://angelinawittmann.blogspot.com/2014/01/dr-blumenau-de-1819-ate-1846-sua-carta.html. Acesso em: 22 de junho de 2022 – 10:15h.
Leituras Complementares - Clicar sobre o Título escolhido:
- 171° Aniversário de Blumenau - 2021 - Na Palmenalee - Rua das Palmeiras - Sem a Casa Branca
- 170° Aniversário de Blumenau - 2 de Setembro de 2020 - Com Lockdown e Presentes em forma de imagens
- Momentos - 169° Aniversário de Blumenau - 2 de setembro de 2019
- Desfile do 166° Aniversário de Blumenau
- Momentos de 2 de setembro - 164º Aniversário de Blumenau 2017
- Clic - Momento do dia 2 de Setembro - Homenagem no Mausoleu
- Uma História que iniciou muito antes da chegada de Blumenau - Peter Wagner
- Homenagem ao Imigrante - Monumento do Imigrante
- 192 Anos de Imigração Alemã no Brasil
- A genealogia da família de Hermann Bruno Otto Blumenau e a sua Neta que viveu na Cidade
- Um pouco da História de Pomerode
- Hermann Bruno Otto Blumenau - Primeiro Negociante de Terras no Vale do Itajaí
- Colônias Alemãs no Vale do Rio Cubatão - Igreja Sagrado Coração de Jesus - Águas Mornas SC
- Fritz e Hermann - Dois Personagens da História de Santa Catarina
- História comum entre as Colônias Blumenau, Pommerroder, Itapocu, Humbold e São Bento - José Deeke
- Carl Franz Albert Hoepcke - Uma personalidade da História Catarinense
- Colono no espaço da Colônia Blumenau.
- Nome dos moradores da Colônia Blumenau - Ano 1857
- August Müller e seu Diário - Colônia Blumenau e a enchente de 1880
- Nacionalismo no Vale do Itajaí
- Como pingos Fazer surgimento do Estado Alemão - Século XIX
- História ... Parte I - Dos Germanos AO surgimento: "Deutschland"
- História - Prússia e Alemanha
- Historia ... Primeiros Imperadores Germânicos
- Império Alemão
- Residência da Família Blumenau - Texto da Filha do Sr. Hermann Blumenau
- Blumenau - Século XIX até a construção da Ferrovia
- Fundação de Blumenau e sua formação a partir
- Imigrantes alemães nas Fazendas de Café do Rio de Janeiro - São Paulo e depois - Santa Catarina - Século XIX - Kaffeepfklücker
Sou Angelina Wittmann, Arquiteta e Mestre em Urbanismo, História e Arquitetura da Cidade.
Contatos:
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@AngelWittmann (Twiter)
2024 - 200 anos de imigração alemã no Brasil...
... e muita história
Ótimo documentário Escrito! Parabéns!
ResponderExcluirQue bom que apreciou. ao escrevê-los buscamos os fatos históricos de fato. Abraço grande.
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