Há três meses escrevemos - Rodeio: Uma colônia italiana na Colônia Blumenau - Será que é isso de fato?
Estivemos novamente na cidade de Rodeio, porque algumas lacunas ficaram em aberto para serem preenchidas.
A cidade de Rodeio, que fez parte do território da Colônia Blumenau e atualmente é um dos municípios do Vale do Itajaí, apresenta uma fatia de 80% da população de descendentes trentinos - ou seja, originários do Tirol - a região livre do herói Andreas Hofer, que pertencia à Áustria, ou melhor ao Império Austro-Húngaro que após a Primeira Guerra Mundial passou a fazer parte do território do reino da Itália.
Tirol antes desse fato histórico - sob as armas de Napoleão.
No início do Século XIX, o Tirol já tinha sido dividido e o território de Trento passou para o controle do reino napoleônico da Itália, e chamado de Dipartamento dell'Alto Adige.
A parte norte do Tirol passou para o controle do Reino da Bavaria com o nome de Südbayern - Baviera do Sul. Durante esse período, houve consideráveis modificações no sistema administrativo da cidade de Trento e uma primeira tentativa foi a italianização dos sobrenomes de origem alemã do Tirol italiano.
Com a queda de Napoleão e o Congresso de Viena, em 1816, o então Condado Principesco do Tirol - Gefürstete Grafschaft Tirol - retornou para o domínio austríaco, ao qual permaneceu unido até o final da Primeira Guerra Mundial (1914 - 1918). Período que a região teve contato com a cultura italiana pela primeira vez, por pouco tempo. Também nesse período histórico, ocorreu a imigração de muitas famílias dessa região - para o Vale do Itajaí.
Trento - Itália |
Na época que chegaram à Colônia Blumenau, os primeiros imigrantes da região do Tirol, esse ainda tinha sua autonomia e pertencia à Áustria - ou ao Império Austro-Húngaro. Falavam o dialeto do Tirol. As primeiras levas de imigrantes chegaram no ano de 1875 - portanto ainda no Século XIX, sendo que a Primeira Guerra Mundial terminou quando as tropas do Império Austro-Húngaro foram derrotadas na batalha de Vittorio Veneto no dia 29 de outubro de 1918. Tropas italianas ocuparam o Tirol, incluindo o Tirol Meridional formada pelas regiões do Südtirol e Trentino(Welschtirol) de onde vieram os imigrantes para Rodeio a partir de 1875 - portanto não eram italianos e sim imigrantes austríacos do Tirol.
Batalha Vittorio Veneto
A partir do fim da Primeira Guerra Mundial - somente no final do ano de 1918, foi quando o território do Condado de Tirol ao sul da vertente alpina foi anexados ao Reino da Itália fazendo com que o Condado de Tirol extinguisse.
Visitando o Museu dos Usos e Costumes da Gente Trentina - Rodeio encontramos muitos objetos que comprovam essa história - como por exemplo a fotografia oficial do Keiser Franz Joseph I - capa dessa postagem e também, várias gravuras retratando a região de onde vieram as primeiras famílias de pioneiros, como mostra a fotografia abaixo.
Quadro do Museu dos Usos e Costumes da Gente Trentina que mostra a paisagem do local que vieram os antepassados - Tirol. |
Casal Feller |
No ano de 1919, também através do Tratado Saint-Germain-en-Laye, marcou o fim do Império Austro-Húngaro, o Condado de Tirol foi dividido entre Áustria e Itália.
Os imigrantes oriundos do Tirol, de 1875 até meados de 1918, que fixaram-se em Rodeio a partir do Stadplatz da Colônia Blumenau, não eram italianos. Isso explica o grande número de nomes germânicos entre as famílias pioneiras na cidade, como por exemplo: Famílias Feller e Moser.
Residência da família Feller - em conversa com os irmãos Feller (na janela) nos disseram que sua mães era "austríaca", e pelo nome, o pai também o era. |
Comunidade dos imigrantes Austro-Húngaro do Tirol - Rodeio
Para relembrar e compreender - antes da chegada dos primeiros imigrantes europeus ao Vale do Itajaí, na metade do Século XIX, existiam propriedades isoladas, de famílias oriundas do litoral da Província e de grupos indígenas nativos. Como já comentamos em outras postagens, abordando a penetração para o interior da grande Colônia Blumenau e para a fundação das muitas nucleações urbanas - embriões que deram origem às atuais cidades fundadas por imigrantes italianos e alemães. As nucleações aconteceram após a demarcação dos lotes coloniais traçados por agrimensores alemães, como José Deeke, August Wunderwald e Emil Odebrecht, também responsáveis pela abertura das primeiras picadas oficiais e estradas abertas entre essas nucleações e a sede da colônia - Stadtplatz (Centro Histórico de Blumenau)e também, entre essa região e outras regiões.
Mapa da Colônia Blumenau e a localização de Rodeio e o Stadtplatz - centro administrativo da colônia - atuais cidades de Rodeio e de Blumenau respectivamente. |
Traçado dos primeiros lotes coloniais da Colônia Blumenau, 1864. |
Os rios foram as primeiras vias de penetração e as canoas – primeiros meios de transporte – geralmente eram confeccionadas com troncos de árvores. As canoas eram úteis e eficientes para trajetos de curta distância, mas não eram viáveis para alcançar todos os lugares, ou mesmo para percorrer maiores distâncias, inviabilizadas por corredeiras ou outros obstáculos naturais.
Em 1863, Emil Odebrecht, juntamente com mais oito homens, fez sua primeira expedição com o objetivo de estudar a bacia do Itajaí-Açu e encontrar melhor traçado para construir uma estrada que ligasse a Colônia Blumenau ao Oeste de Santa Catarina e ao Planalto Serrano.
Acampamento do Sr. Odebrecht e sua equipe em uma das expedições. |
Emil Odebrecht. |
A abertura de caminhos que ligassem entre si as nucleações urbanas da grande Colônia Blumenau, e a ligação do Vale do Itajaí a outras regiões, foi uma prática prioritária e quase permanente, desde o período da chegada dos primeiros imigrantes.
A geografia da Colônia Blumenau, nessas primeiras décadas da história local era muito diferente a partir desses primeiros caminhos e picadas rudimentares - quase sempre acompanhando os leitos fluviais da grande bacia do Itajaí.
O principal caminho para o oeste da colônia e para a serra catarinense foi aberto por Emil Odebrecht e sua equipe. Foi feito acompanhando a margem direita do grande Itajaí Açu. Do Stadplatz da Colônia Blumenau seguia para as comunidades, como por exemplo: Altona (Itoupava Seca), Salto/Badenfurt (Outra margem), Salto Weissbach, Encano (Indaial), Indaial, Aquidaban, Ascurra/Rodeio, Apiúna, Lontras, Rio do Sul, (...) As famílias de imigrantes alemães e italianos viajavam por esses caminhos até chegar às suas colônias. Podemos afirmar que as picadas e caminhos estruturavam, junto com os rios, a grande Colônia Blumenau - esta, muito diferente da estrutura atual - cortada e segregadas por rodovias intermunicipais e com hierarquia federal - como no caso, da BR 470 (Quase o mesmo traçado da antiga ferrovia EFSC).
Não existia a barreira física como o é a Rodovia BR 470 atualmente. As comunidades de Rodeio, Arcurra, Warnow e Indaial, entre outras, tinham ligações estreitas e um grande intercambio cultural e econômico e de usos e costumes. Há resquícios deste tempo na paisagem atual, nem sempre compreendido por todos - como é o caso da Comunidade Ilse.
Durante uma pesquisa in loco, em fevereiro de 2014, quando passávamos por Warnow, encontramos uma pequena comunidade luterana, batizada como Igreja da Graça - pertencente à comunidade Luterana de Indaial, no entanto, está localizada na área rural de Ascurra. Um tempo atrás isso tudo era uma comunidade só - pertencente ao município de Indaial.
Nesta pequena comunidade, mesmo havendo o desmembramento de seu entorno - inserido no município de Ascurra, a comunidade continuou com fortes laços com a comunidade de Indaial e sem problemas burocráticos, prosseguem integrados à Comunidade Luterana de Indaial e por afinidade cultural. A colonização do núcleo de Ascurra foi efetuada, em um primeiro momento, por famílias de descendência italiana/tirolesas, que tradicionalmente são católicas.
A lado da Igreja de Graça encontramos um pequeno cemitério semi abandonado. É possível a leitura dos nomes de algumas famílias. Possivelmente alguns dos pioneiros que chegaram ao local e construíram o pequeno templo de oração e aprendizado, em 1886 - data anterior ao final da Primeira Guerra Mundial.
Cônsul Honorário da Áustria na cidade de Blumenau Mauro Kirsten. |
Há pouco tempo, conversamos com o atual Cônsul Honorário da Áustria na cidade de Blumenau - Mauro Kirsten, e tomamos conhecimento da existência de uma publicação não oficial, pesquisada e elaborada pela família - intitulada: Meu Caleidoscópio - A História de Leopold Franz Höschl e seus descendentes.
Höschl nasceu na cidade de Biala, atualmente região extremo sul da Polônia e na época uma província do antigo Império Austro-Húngaro. Mudou-se para o Brasil no ano de 1868, com 18 anos de idade. Contamos a história de Leopold Franz em um espaço de Biografia em postagem exclusiva.
Para acessar - Clicar sobre: Leopold Franz Hoeschl - 1° Cônsul Honorário do Império Austro-Húngaro na Colônia Blumenau
O jovem Leopold casou-se com Helena e foi residir na comunidade de Warnow - atual Indaial, comunidade muito próxima de Rodeio e Ascurra.
Para acessar - Clicar sobre: Leopold Franz Hoeschl - 1° Cônsul Honorário do Império Austro-Húngaro na Colônia Blumenau
O jovem Leopold casou-se com Helena e foi residir na comunidade de Warnow - atual Indaial, comunidade muito próxima de Rodeio e Ascurra.
Leopold Franz Höschl foi o primeiro Cônsul Austríaco, cargo conquistado por mérito e porque existia uma comunidade de austríacos no Vale do Itajaí, na época, descendentes de tiroleses do Tirol, que após a Primeira Guerra Mundial parte do território foi anexado ao território do reino da Itália.
Contam os contemporâneos, que a fachada da casa do Cônsul, que tentaremos encontrar na paisagem de Warnow, recebeu na parte mais alta, um grande brasão com as armas Austro-Húngaras. Mais tarde esse brasão foi para Blumenau - quando Leopold Franz foi residir na cidade.
Residência e sede dos negócio do Cônsul - Warnow Indaial SC. |
Residência e sede dos negócio do Cônsul - Warnow Indaial SC. |
Os imigrantes oriundos da "Itália" - ainda era Tirol - que chegaram à região do Vale do Itajaí a partir de 1875, também tinham a presença do representante do Estado Austro Húngaro - comprovado pela presença de seu Cônsul Honorário.
Vimos uma cópia da fotografia abaixo na parede do Museu dos Usos e Costumes da Gente Trentina de Rodeio - a foto mostra imigrantes trentinos - que chegaram em outra localidade do Vale do Itajaí - Rio dos Cedros.
Também apresentamos uma correspondência oficial enviada pelo Diretor da Colônia Blumenau ao Presidente da Província abordando questões sobre imigrantes italianos que viviam nesta colônia.
Imigrantes Italianos - Colônia Blumenau |
A correspondência foi encontrado no Setor de Documentos raros da Biblioteca Central da UFSC, onde o original se encontra arquivado.
N°40 Diretoria da Colônia Blumenau, 9 de Julho de 1881.
Illmo E Exmo. Snr.
Tendo a honra de devolver o induso offício do Agente Consular de Italia de que trata o de Va. Exa. de 22 do mez pr. passado, não posso infelizmente ainda responder cousa alguma o assunpto, de que aquelle trata, a não ser, que sobre os colonos italiano Luigi Longoni, morador no "Rodeio", e Bortolo Conte, morador "Guaricanas" d'esta colonia não há novidade nem consta, que tenhão tido especial infortunio ou sejão mal arranjados; intimei-lhes logo por cartas, que venhão para cá ou me mandem cartas para seus parentes na antiga patria, mas até hoje elles não fizerão nem uma, nem a outra cousa e eu não tenho meios, para constrangil-os.
Não deixo de ainda mencionar, que perguntas e pedidos analogos ao actual do Sr. Agente Consular de Italia, me chegão com bastante frequencia de outros consulados e Legações e mesmo directamente da Europa e das pessoas interessadas sobre a sorte de F. ou S, visto elles desde annos e mesmo lustros e deccenios não terem mais dado notícias de se.
No entretanto estes vivem e passão aqui mais ou menos e às vezes muito bem arranjados! Mas não raras vezes elles não querem mais responder às cartas dos seus parentes, irmãos, cunhadas, primas ou intittulados amigos, que seja porque por elles e na antiga ___________pátria farão menos bem ou mal tratados tratados, ou porque aquelles lhe pedirão dinheiro e auxílios, ou emfim, porque temem, que venhão mesmo aqui procurar e incomodal-os maos sujeitos ou indigentes e indolentos individuos de seu parentesco ou da sua antiga familiaridade. Se, porém, se trata de cobrar alguma cousa de herança de dinheiro na Europa, quasi sempre logo elles o sabem e escrevem suas cartas. Os bons amigos e parentes, que ficarão na Europa costumão com excepção dos velhos pais, fazer a mesmíssima cousa: lembrão-se dos caros emigrados ordinaria somente quando teem alguma cousa para pedir e realmente pedem. Explicando-se assim na maioria dos caos mui naturalmente a insitencia de uns e a taciturnidade dos outros, recomendar-se-hia talvez, que o Sr. Agente Consultor communique estas minhas observações ao próprio Ministério dos Extrangeiros em Roma, porque assim este probavelmente a poupará não pouco trabalho a si mesmo, como também a outros.
Deos Guarde a Va. Ea. Ilmo e Exmo Snr.
Dr. Ivão Rodrigues Chaves
Presidente d'esta Província
" " "
O Diretor
Dr. H. Blumenau
Quando os imigrantes chegavam na localidade que hoje é Rodeio - "circulavam" dentro das muitas localidades para buscar o local para assentar sua família e logo percebiam que estavam fazendo um círculo - ou um rodeio, e paravam naquele local que ficou conhecido como Rodeio.
Contam lá na Itália, encontramos essa afirmativa em um texto italiano, que os tiroleses que imigravam para Rodeio e região ajudaram os imigrantes alemães durante a colonização, porque serviam como interprete entre eles e os imigrantes realmente de outras regiões da Itália - originários de Veneto (Também do Tirol) e da Lombardia (Região de Milão). A cidade de Rodeio, antes de ser uma cidade "italiana" na área - foi uma das principais comunidades austríacas no Brasil e, em 1909, fundou a Liga Austro-Brasileira de Rodeio com seu status em italiano.
A "italianidade" foi recriada quando foi comemorado o centenário de "imigração italiana" - 1975.
Sugerimos e indicamos a leitura da Dissertação sob o Título: (Clicar sobre) A (RE)Invenção da Italianidade em Rodeio – SC de autoria de Janiane Cinara Dolzan) - que aborda o mecanismo do resgate "italianidade" local.
A "italianidade" foi recriada quando foi comemorado o centenário de "imigração italiana" - 1975.
Sugerimos e indicamos a leitura da Dissertação sob o Título: (Clicar sobre) A (RE)Invenção da Italianidade em Rodeio – SC de autoria de Janiane Cinara Dolzan) - que aborda o mecanismo do resgate "italianidade" local.
História - Circolo Trentino di Rodeio
Seus integrantes fazem questão de esclarecer que o Circolo Trentino di Rodeio é uma sociedade civil (apartidário e apolítico), sem fins lucrativos.
Foi fundado em 02 de maio de 1975, ano do Centenário da Imigração "Italiana" em Rodeio, fato curioso e que precisa de estudo. Percebemos a melodia do Tirol tocada e cantada por seu grupo de canto e músicos.
O principal objetivo do Circolo Trentino di Rodeio é a prática e o resgate das atividades culturais que referenciam a cultura trentina, mantendo viva a identidade do local fundado pelos antepassados que colonizaram e fundaram Rodeio. Quem são eles?
O Circolo Trentino di Rodeio conta com aproximadamente 350 associados, dos quais, 40 são ativos. O Circolo é responsável pela manutenção e cuidado do Museu dos Usos e Costumes da Gente Trentina, segundo eles, único museu do gênero fora da Itália, e que tem a imagem do Keiser Franz Joseph - do Império Austro-Húngaro.
Entre as atividades mais aguardadas pela comunidade de Rodeio que o grupo é responsável, estão: a peça teatral "O Milagre do Calvário", a Magnalonga (uma caminhada gastronômico-cultural realizada a cada 2 anos - recebemos convite para participar da próxima).
Edimar Tomelin |
Sua sede é um antigo casarão que precisaria de um mecenas para auxiliar na recuperação de boa parte de seus espaços. O amor à cultura, história e ao canto o mantém com luz e vivo. É uma bela tipologia onde ficavam os trabalhos de uma irmandade de uma ordem religiosa de freiras. Está localizado na Rua Barão do Rio Branco, 1399, no centro de Rodeio - SC.
Nós praticamente "invadimos" uma reunião e seu ensaio de cantos no último dia 5 de setembro de 2017. Fomos muito bem recebidos. Edimar Tomelin - Diretor de Patrimônio de Rodeio, pessoalmente nos mostrou o Museu dos Usos e Costumes da Gente Trentina, onde vimos fotografia do Imperador do Império Austro-Húngaro - Franz-Joseph I, comprovando toda essa história, entre outros objetos que apontaremos na apresentação das fotografias.
Diretoria do Circolo Trentino di Rodeio
Direção do Circolo Trenino di Rodeio/2016-2017:
- Mirtes Terezinha Rigo da Cruz - Presidente
- Thiago Testoni - Vice-presidente
- Josimar Tais - 1º Secretário
- Maira Hersing - 2ª Secretária
- Felício Moser - 1º Tesoureiro
- Isabel Tomelin - 2ª Tesoureira
- Verona Cristofolini - Diretora Artística
- Bernardete Zircke - Diretora Social
- Elaine Hersing - Relações Públicas
- Arcanjo Cristofolini: Diretor de Patrimônio
- Adimir Tomelin
- Fabrício Martins
- Jorge Luís Moser
Iracema Moser, Isabel Cristofolin Tomelin, Enedina Prade Moser, Bernadete Zilrcke - Sócias fundadoras ainda participando das atividades do Circolo Trentino Di Rodeio. |
Brasão do Condado de Tirol, (monarquia austro-húngaro). |
Edimar Tomelin - Família dos Alpes Tiroleses. |
Vídeo - Entrevista Edimar Tomelin - Clicar para assistir
Réplica do quadro de Rubens - encontrada em Rodeio - recebemos o livro que conta essa história do autor - Amauri Cadore. |
Livro “A Descoberta” - Amauri Cadore - lançamento na Semana Cultural de Rodeio - março de 2013. |
Santos - guardados e com muita história. Os povos alpinos são muito religiosos e lutava pelo direito de seguir sua religiosidade. |
Veterano da Guerra do Paraguai. |
Dona Leopoldina - mãe de D. Pedro II -
Imperador do Brasil - retratada pelo pintor
austríaco Joseph
Kreutzinger.
|
Observando a fotografia da família do segundo Imperador do Brasil, é importante registrar que D. Pedro II foi filho de Carolina Josefa Leopoldina Francisca Fernanda de
Habsburgo ou (em alemão) Caroline Josepha Leopoldine
Franziska Ferdinanda von Österreich. A Imperatriz brasileira nasceu em Viena no dia 22 de janeiro de 1797 e faleceu na capital do Brasil da época - Rio
de Janeiro, no dia 11 de dezembro de 1826. Dona Leopoldina, a mãe do Imperador do Brasil, pertencia à família real do Império Austro-Húngaro. Antes se casar com o Príncipe português D. Pedro I e posteriormente, o primeiro Imperador do Brasil. Ela foi uma Arquiduquesa da Áustria, tia do Keiser Franz Joseph (O mesmo do retrato exposto no museu e capa dessa postagem) e de sua
segunda esposa, a imperatriz Maria Teresa de Nápoles e Sicília. Portanto - D. Pedro II era primo do Keiser - ou imperador do Império Austro-Húngaro.
D. Leopoldina e Franz Karl (pai de Franz Joseph - do retrato) eram filhos de Franz II, último Imperador do Sacro Império Romano-Germânico que ao mesmo tempo era Franz I, Imperador da Áustria.
Brasões com a presença da águia tirolesa |
Paisagem do Tirol - terra dos fundadores de Rodeio - Acervo do Museu dos Usos e Costumes da Gente Trentina. |
Em Breve - a Biografia de Leopold Franz Hörschl - Cônsul Austríaco na Região do Vale do Itajaí de cidades fundada pelos "Italianos" - no início do Século XX.
Leituras Complementares - Clicar sobre o título escolhido:
- Rodeio - uma colônia italiana na Colônia Blumenau
- Andreas Hofer - Um herói tirolês.
- José Deeke - Uma personalidade
- Blumenau - do Stadtplatz ao Enxaimel
- Passando por Warnow/Ascurra - Comunidade Centenária - Ilse - Indaial SC
- Nacionalismo no Vale do Itajaí - a partir do Governo de Getúlio Vargas
- Leopold Franz Hoeschl - 1° Cônsul Honorário do Império Austro-Húngaro na Colônia Blumenau
A informação sobre Franz Joseph I não procede... na verdade ele era sobrinho da Imperatriz...
ResponderExcluirVielen Dank...Está corrigido a pequena confusão....
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