sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Um pouco de História - A Unificação da Alemanha

Como havíamos prometido em post´s anteriores, apresentamos neste, de maneira  resumida, a sequência dos fatos históricos - Unificação da Alemanha, sua industrialização e consequências sociais.
Relembrando, que com a ascensão do rei Guilherme I no poder, a Prússia passou a ter, além da supremacia econômica sobre a Áustria, também, a liderança política em toda a região. Guilherme I era um aficionado por questões militares. Efetuou uma reforma em suas forças armadas, tornando o exército prussiano, o melhor da Europa.
Quando uma palavra está sublinhada no texto que segue, você encontrará mais explicações sobre a expressão, no final do texto.
Batalha de Austerlitz
Otto von Bismarck, membro da aristocracia alemã foi nomeado Chanceler, e como Guilherme I, também defendia uma monarquia centralizada.


Otto von Bismarck
Bismarck realizou uma política de aliança entre os Junkers e a alta burguesia, e através desta aliança, fortaleceu o Zollverein, integrando ainda mais o estados alemães.


O Chanceler  modernizou o exército, ato importante nas batalhas que ainda estavam por vir.
Bismarck alimentou o espírito nacionalista na população e criou uma política de guerra contra inimigos externos e contra a ocupação das regiões alemãs, aumentando a extensão territorial prussiano e posteriormente o germânico. Três guerras foram importantes para a unificação da Alemanha, já mencionadas nos post anteriores sobre a História: a Guerra dos ducados em 1864, a Guerra Austro-Prussiana, em 1866 e a guerra com a França que ocorreu entre 1870 e 1871.

O movimento de unificação em torno da Prússia atraiu estados germânicos num Estado único, eclodindo em um nível superestrutural, onde imperou um ideal nacionalista germânico que produziu toda a filosofia do totalitarismo nacionalista alemão, que no período era quase uma necessidade cultural objetiva para sua unificação.

A união da burguesia alemã, neste momento, localizada na Prússia, com os representantes feudais, favoreceu a união dos estados alemães em torno da Prússia. Bismarck, cuja ideologia era imbuída de um forte nacionalismo sob a bandeira dos estados germânicos unificados, propiciou e criou estruturas e condições adequadas para o desenvolvimento da revolução industrial na Alemanha e todas as transformações que esta representava, principalmente, a transformação do capital comercial para o capital industrial.

I Revolução industrial na Alemanha

Como já visto anteriormente, a Alemanha era um conjunto de estados e reinos independentes. Durante o século XVIII, quando ocorria a revolução industrial na Inglaterra, o contexto político, econômico e social nos estados Germânicos não favorecia a criação de um estado político unificado, cenário ideal a para a produção do capital industrial.

produção feudal, ainda era dominante e visível nas oligarquias aristocráticas da terra. Em função destas questões, a Alemanha recebeu a revolução industrial muito tempo depois da Inglaterra, mesmo que já tivesse surgido uma pequena burguesia, mais ao norte dos territórios germânicos. Esta burguesia tinha consciência de que a desunião política era uma força contrária ao desenvolvimento capitalista, e também estava ciente que este desenvolvimento capitalista chocava-se contra toda a estrutura feudal existente. A partir deste entendimento este grupo buscou, pacificamente, o controle do Estado.

movimento francês de 1848 influenciou muito os acontecimentos na Alemanha. Surgiram movimentos populares que promoviam a união da classe trabalhadora e a burguesia com as estruturas feudais em um primeiro momento. Esta união reivindicou a abolição dos privilégios feudais, a liberdade de imprensa, a abolição da censura, direitos de associação política, liberdade de igualdade de cultos.

Em um segundo momento, ao observar as manifestações na França, a classe trabalhadora percebeu que se tratava de um levante da classe trabalhadora contra um tipo de governo que a burguesia alemã tencionava implantar em seu país. Formou-se um novo bloco históricoburguesia e antigas classes feudais contra a classe trabalhadora.

As rebeliões acabaram sendo neutralizadas, mas fez surgir um Estado burguês com aparência do antigo costume feudal, este, responsável pela integração da Alemanha em torno da Prússia, excluindo a Áustria, que na época, era muito atrasada.
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 unificação da Alemanha em torno de um Estado burguês foi fundamental para o desenvolvimento que se processou no país entre 1850, ano da chegada dos primeiros imigrantes no Vale do Itajaí - Colônia de Blumenau, e 1873, tornando-se então uma potência capitalista industrial.

Entre 1879 e 1885, o estado prussiano, liderado por Bismarck, adquiriu sistematicamente as linhas férreas privadas, passando de 10km para 1650km de linha. A ferrovia estatal alemã foi de grande importância na unificação e desenvolvimento econômico do país.

comércio marítimo mundial dependia de uma adequada frota. Em função disto, a Alemanha associou-se a grandes sociedades bancárias para o desenvolvimento deste setor. Esta iniciativa é percebida, igualmente, em investimentos de outras categorias, até mesmo no Vale do Itajaí, em transações comerciais efetuados por alemães que imigraram neste período.

 Por exemplo, investimentos agrários e até mesmo na construção da Estrada de Ferro Santa Catarina, que através de uma sociedade, foi capitalizada por um banco alemão e empresas alemãs. Enquanto a Inglaterra difundia uma política de livre concorrência e a inexistência de tarifas alfandegárias no mercado internacional, Bismarck, em 1876, impunha protecionismo econômico na Alemanha para proteger o mercado interno. Talvez este seja um dos motivos pelos qual a Ferrovia Santa Catarina, diferentemente de outras ferrovias no Brasil, foi a única construída com capital alemão. Na época, a Colônia Blumenau, através do imigrante, mantinha contatos permanentes e transações econômicas com a Alemanha.
Ponte de Ferro Aldo Pereira de Andrade - Blumenau
O Estado foi relevante para a unificação política da Alemanha. Os burgueses alemães perceberam que estavam diante de um competidor capitalista inglês, que já há algum tempo dominava o mercado no mundo todo. O Estado alemão investiu no desenvolvimento das ciências e da tecnologia, e conseqüentemente, investiu também na educação universitária.

O Estado foi fundamental e um agente centralizador para impulsionar o desenvolvimento do capitalismo em seus vários níveis: desde o planejamento dos meios de transportes, organização do mercado, na exploração da matéria prima e fontes de energia para a indústria e no incentivo à produção de conhecimento e tecnologia compatível às novas necessidades, através da institucionalização acadêmica e a Alemanha unificada.

Em síntese, as transformações, que chegaram tardiamente à Alemanha, ocasionadas pela Revolução Industrial, fizeram com que grande parte dos camponeses e artífices, se tornassem assalariados.

As jornadas de trabalho eram longas, os salários eram baixos. Para aumentar a renda da família, as mulheres e crianças também trabalhavam na produção fabril. Com o aumento da oferta de mão de obra, o salário diminuiu mais ainda. Esta movimentação na produção social urbana interferiu na vida do campo. Os camponeses, que ainda viviam sob o sistema agrário feudal, insatisfeitos com a pobreza do campo migraram para a cidade, aumentando mais ainda, concorrência com os artesãos pelo trabalho assalariado. Este conjunto de fatos e cenário industrial fez com que o camponês expropriado de suas terras e o artesão desempregado buscasse melhorias de vida em outras opções, através da imigração para o Brasil e América do Norte. Esta movimentação permitiu o desenvolvimento econômico de novas regiões e o surgimentos de inúmeras cidades no continente americano, como por exemplo, algumas cidades do Vale do Itajaí, em especial, Blumenau. Blumenau recebeu grupos de imigrantes desde 1850, quando aportaram os primeiros 17 imigrantes às margens do rio Itajaí Açú, até o final do século XIX e durante boa parte do século XX.
Blumenau - início do século XX - Stadtplatz

Blumenau - Dias atuais
Resquício da arquitetura da imigração alemã "sufocada"

Glossário

O Zollverein: Foi uma união aduaneira estabelecida pela primeira vez pela Prússia em 1818. Em 1834 foi aumentada para inclusão da maioria dos estados alemães.

União aduaneira: é um tipo de bloco comercial que está inserido em um conjunto de área livre de comércio com uma tarifa externa comum. Os países membros, apresentam a mesma sintonia e configurações políticas no comercio externo ou internacional. Os principais fatores necessários para a efetivação de uma união aduaneira é o desenvolvimento econômico voltado para o melhor envolvimento político e cultural entre os países membros.

Junker: É um membro da antiga nobreza feudal da Prússia oriental e Alemanha. Títulos recebidos durante a colonização e cristianização dos territórios situados ao nordeste do continente. Atualmente a expressão “Junker” é utilizada para denominar título nobre alemão. Sua abreviatura é JKR.

Burguesia: Classe Social que surge na Europa em fins da Idade Média,com o desenvolvimento econômico e o surgimento das cidades,e que vai, gradativamente infiltrando-se na aristocracia,e passa a dominar a vida política, social e econômica a partir da Revolução Francesa, firmando-se no decorrer do século XIX.



Postado por Angelina Wittmann







domingo, 21 de novembro de 2010

Bierfest - C.C. 25 de Julho - Porto Alegre


Prontos para dançar...
Estamos, aqui, direto do Alojamento, no C.C. 25 de Julho de Porto Alegre, do notebook, postando algumas imagens da Bierfest 2010, ocorrida ontem, dia 20 de novembro, às 21:00h neste centro cultural da capital gaúcha.
A festa iniciou com as apresentações dos dois grupos folclóricos, dos respectivos, C.C. 25 de Julho -  Porto Alegre e Blumenau. A seguir houve a dança de integração e a troca de lembranças entre os representantes dos  dois clubes.
O C.C. de Julho Blumenau, recebeu, além dos canecos de chopp da festa, em alumínio para cada um integrante presente, CD s do Coro Masculino do centro cultural de Porto Alegre para o clube de Blumenau, que serão orientados aos coros Misto e Masculino deste centro cultural.
A seguir as imagens, que comunicarão a sequência de acontecimentos durante a Bierfest 2010 - C.C. 25 de Julho - Porto Alegre, com a presença do Grupo folclórico Blumenauer Volkstanzgruppe do  C.C. 25 de Julho - Blumenau.
Recepção da Bierfest
 

Preparativos

Detalhes da decoração

Programa do Natal em Blumenau na mesa da recpção da Bierfest


Grupo se preparando para dançar - Pose


Sra. Roswitha Ziel observando o bordado (2002) da Oma Gertrudes Kühle
Avó de integrantes do Tanz Mit Uns do C.C. 25 de Julho de Porto Alegre

No alojamento - Quase prontos para a apresentação




 

Lanche da tarde - Abend  Brot
 Servido pelos amigos do C.C. de Julho de Porto Alegre

Detalhe das mesas da Bierfest - Programação do Natal de Blumenau


Senhoras da organização da Bierfest - Naíde Fröhlich - Águida Nardi - Verônica Kühle
(Presidente do C.C. 25 de Julho Porto Alegre) e Débora Schmidt - Secretária




Sr.  Inácio Cláudio Butzen  - Diretor do Coro Masculino
C.C. 25 de Julho Porto alegre
Débora Schmidt - Amiga e Secretária do C.C de Julho de Porto Alegre


Reencontros com amigos na capital gaúcha

Apresentação do grupo folclórico do C.C. 25 de Julho de Porto Alegre
Tanz Mit Uns

Apresentação do grupo folclórico do C.C. 25 de Julho de Porto Alegre
Tanz Mit Uns

Sra. Roswitha Ziel - Coordenadora do Blumenauer Volkstanzgruppe 


Sra. Verônica Kühle (Porto Alegre) , Sra. Roswitha Ziel (Blumenau),
Sr. Denis Gerson Simões (Porto Alegre), Sra. Angelina Wittmann (Blumenau) e
Sr. Stefan Ziel (Blumenau) - Trocando lembranças
 
Sra. Angelina Wittmann (Secretária da Diretoria do C.C. 25 de Julho Blumenau)
efetuando a entrega das lembranças à Presidenta do
C.C. 25 de Julho Porto Alegre, Sra. Verônica Kühle
 


Registro do momento
Sra. Angelina Wittmann, Sra. Verônica Kühle,
Sra. Roswitha Ziel (Coordenadora do Blumenauer Volkstanzgruppe) e
Sr. Denis Gerson Simões (Coordenador do Tanz Mit Uns)
 
Apresentação do grupo folclórico do C.C. 25 de Julho Blumenau
Blumenauer Volkstanzgruppe


Apresentação do grupo folclórico do C.C. 25 de Julho Blumenau
Blumenauer Volkstanzgruppe
Apresentação da dança efetuanda pelos dois grupos folclóricos
na ocasião da fundação do Blumenauer Volksdanzgruppe
Momento de emoção.

Integração literalmente - Novas amizades entre membros
 dos C.C. 25 de Julho´s - Blumenau Porto Alegre
Bierfest 2010 foi abrilhantada pela Banda Tropical Brass de Nova Petrópolis.
Em breve postaremos mais informações e novas imagens e vídeos  da Bierfest e do grupo folclórico Blumenauer Volkstanzgruppe em Porto Alegre.
Estaremos retornando a Blumenau hoje, dia 21 de Novembro, no final da tarde.



Aufwiedersehen!!


Postado por Angelina Wittmann

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Como se comemora o aniversário entre os integrantes do grupo folclórico.

Os integrantes do grupo folclórico do C.C. 25 de Julho, Blumenauer Volksdanzgruppe, tem uma maneira tradicional e peculiar de comemorar os aniversários de seus integrantes, entre si.

É uma prática que foi inspirada nos grupos floclóricos que atuam na Alemanha e Áustria e com os quais Blumenauer Volksdanzgruppe tem intercâmbio cultural e alguns dos quais, foram visitados pela Coordenadora do grupo folclórico do C.C. 25 de Julho, Sra Roswitha e pelo Sr. Stefan Ziel, ainda neste semestre. 
No ensaio do último domingo, dia 14 de Novembro, houve um aniversário e foi feito um pequeno filme com a aniversariante.
A comemoração assim procede: O aniversariante ou a aniversarinte, escolhe um dos amigos(as) para iniciar a dança de uma valsa, tocada pelo músico: Sr Wilson. A dança será feita com todos os colegas, moços ou moças dependendo do aniversariante. Se for uma moça, dançará com todos os moços e se for uma moça, dançará com todas as moços. Em cada um intervalo de tempo, um dos participantes da roda, interrompe e continua a valsar com o(a) aniversariante. No final da valsa, o (a) aniversariante é ovacionado, e elevado em uma cadeira...sob os aplausos de todos, quando  é cantado o tradicional "Parabéns..."

E não tem como "escapar". Presenciamos uma comemoração no  domingo, após o ensaio.
O ritual da comemoração tem como objetivo trazer bons ares, sorte e felicidades ao  amigo(a) que aniversaria.
Após este momento de integração, geralmente, após o ensaio, é marcado uma hora em outro momento, onde todos visitarão o(a) aniversariante em sua residência, levando "comes e bebes" e confretarnizando, também com a família.



Estes momentos fazem com que o grupo tenha muito mais sintonia e amizade, refletindo isto, de maneira positiva, na sincronia dos passos de danças no grande conjunto.


Postado por Angelina Wittmann


domingo, 14 de novembro de 2010

Noite Cultural na Igreja Martin Luther

Ontem à noite, sábado - dia 13 de novembro de 2010, encontramos um bom número de amigos do C.C. 25 de Julho, participando do Concerto de coros na Igreja Martin Luther , no Bairro de Itoupava Seca.
Roedel -  Harmônicas e Coro do C.C. 25 de julho

Integrantes dos Coros  e o pianista e professor
de música Sr. Helder Cadore

repertório, quase todos formado por canções do folclore alemão, tinha como tema: "Pássaros" - Lembramos, de imediato, da mitologia dos povos germânicos e suas crenças ligadas às leis e forças da natureza.
Uma das canções, interpretada pelo vice presidente do clube, Sr Rolf Haas, foi apresentada pelo regente Raffael Plautz, como sendo uma canção do folclore germânico a partir de uma lenda.
Regente Raffael Plautz
Fizemos algumas imagens.




Programa:

Coro Martin Luther (Reg. Raffael Plautz)
Seres Grandes e Pequenos (Negro Spiritual)
Grandioso és tu
Wenn ich ein Vöglein wär

Coro Feminino da Oásis (Regente Melissa Kanesel)
Alles Schgeit
Ihr kleinen Vögelein
Uirapurú
Alle Vögel sind schon da

Los Grillos (Dir Raffael Plautz)
Azulão
Solo: Elke Haas B. da Fonseca
Auf Flügeln des Gesanges
Solo Karin Haas Augsburger
Der Nachtigallengsang
Solo Melissa Kanesel
Loreley
Solo Rolf M. Haas
Dueto Buffo di Due Gatti
Duo:  Elke Haas B. da Fonseca e Karin Haas Augsburger
Abendstille


Cantar faz muito bem!

Postado por Angelina Wittmann