terça-feira, 8 de julho de 2014

Alemanha - Vitória do trabalho e da técnica (No final - mais a Reportagem Deutsche Welle)

Ilustração do Google, durante o jogo - Brasil e Alemanha da Copa do Mundo no Brasil - 2014

Torcemos pela Alemanha, por inúmeros motivos. Um deles, porque somos brasileiros. Estamos em ano político e isto seria usado. Somos brasileiros também, fora da Copa do Mundo e nem sempre somos lembrados como tal. Em muitos momentos, o Brasil, enquanto Estado, falta-nos a partir de suas responsabilidades, independentemente do partido político que está no poder
Que seja coroado o trabalho permanente e constante, desde as bases, desde a infância, que um dia, pretende tornar um adulto campeão.
Brasil tem que se dar conta, que o trabalho sério e contínuo deve ser coroado. Se deseja vencer, tem que trabalhar sério, duro. Não é a comoção criada por uma Rede de Televisão brasileira que "carrega as massas", que vai fazer um time campeão. A Alemanha trabalha em unidade, é um conjunto que trabalha muito e há muito tempo, a partir dos garotos - trabalho de base.
Se as crianças choram e o bando de adultos iludidos pela mídia está chorando, muitas vezes foram "cegados" pela ausência de humildade. Esta, percebida no time alemão que saiu constrangido de campo, pela facilidade de fazer tantos gols no Brasil - sete. 
Tem que haver seriedade e investimento no esporte e na educação, desde cedo, com as crianças.

Existem grupos aguardando e "cantando" os resultados. São colocados na boca dos torcedores iludidos - antes dos jogos - através da mídia - para tirar partido e vender o "produto", independentemente de sua natureza. Estes mesmos grupos, agora "atiram as pedras" e disfarçam,  como se não fizessem parte deste grande circo. É muito ruim ver os mesmos comentaristas que "adulavam" antes do jogo, criticando, como se nada tivessem com o resultado. São os "instrumentos" para iludir "a massa" que não reflete, não analisa, só repete, crente que faz parte do time campeão.
Na real, real realidade, no Brasil, o atleta tem que se virar sozinho, treinar com dificuldades, passar fome, andar a pé e correr atrás. Se vencer, torna-se campeão, é explorado sem perceber, com sua vaidade massageada, muitas vezes por determinados canais da mídia - a tal Rede de Televisão - que agora atira as pedras na equipe brasileira. Quando o humilde vence - sozinho - "torna-se brasileiro" e passa a ser usado por aqueles que já mencionamos. Com este vencedor solitário, surgem muitos que querem dividir o mérito e cantar  "Eu sou brasileiro com muito orgulho, com muito amor". O canto abafa, despista e não o deixa perceber que ele conquistou seu espaço sozinho. Por isto, quase sempre, chora sob o holofote, o pseudo holofote, mais ainda quando lembra  dos tempos solitários e difíceis.
Alemanha investe na formação das crianças, desde cedo, sem distinção e não as deixa desamparada. O Trabalho e investimento são contínuos e permanentes e merecem serem coroados. 
Acorda Brasil!!
O locutor desta Emissora de Televisão acabou de perguntar: "Com quantos anos, o garoto que chorava no final do jogo, levaria para esquecer  o trauma?" Dizemos - a culpa é da tal Emissora e de toda a expectativa criada pela própria e outros veículos, que vendeu e vendem "o produto", sem investir como deveriam, junto com o Estado brasileiro, nas bases e na educação. O torcedor brasileiro foi  "usado" no cenário da Copa das Copas e recebeu uma "carga" emocional com apelos e chantagens emocionais. Sentimo-a, diante da pressão que, quem não torcesse pela Copa das Copas, é porque não era patriota. Isto foi feito por estes - A Tal Rede de Televisão e outros elementos. Neste momento a "massa" recebe os "Parabéns" destes, por ter se comportado e feito seu papel - de "massa"! 
Lembramos também, do antecessor do atual técnico da Seleção brasileira, hostilizado e perseguido por esta Rede de Televisão e uma parte da mídia, porque  não aceitou fazer parte do "jogo". Quem lembra do Dunga? Atualmente está dando entrevistas para a imprensa internacional. Dentro de seu país, poucas. Por que?
Neste vídeo a pressão da Rede de Televisão e a exposição do técnico feita por esta, constrangendo-o, por não aceitar as regras ditadas. 



Alguém fez a análise do vídeo anterior - Muito interessante.


O técnico da Seleção analisando a situação do vídeo anterior...


"Vamos cantar a pedra"  - Esta Rede de Televisão vai noticiar tudo, que puder tirar atenção do público (O que até então não entrava na pauta de sua programação) sobre sua participação no "circo", nesta Copa e em toda a estrutura da Copa na qual estava envolvida. Também dará um pouco menos de espaço ao esporte - futebol. Fiquemos atentos...

Este Documentário da BBC de 1993 esclarece muito, do que aconteceu na Copa Mundial de Futebol no Brasil e a Rede de Televisão em questão.


Achamos muito interessante este texto tirado da internet, sem ter certeza de sua autoria...
"...Nós não perdemos hoje... Perdemos desde a abertura quando torcedores gritaram palavrões para a presidente... Perdemos ao vermos envergonhados um belo exemplo da torcida do Japão limpando suas arquibancadas após uma derrota... Perdemos quando nossa torcida não soube respeitar o hino de seu adversário... Perdemos ao vermos brasileiros invadindo perfis do jogador Zuniga ofendendo seus familiares e fazendo sérias ameaças, tudo por um lance de futebol... Perdemos nas redes sociais ao ver brasileiros cantando vitória antes da hora com uma soberba de quem não aceita que não tem um time de estrelas...Perdemos quando assistimos orgulhosos a belíssima atitude de David Luiz ao pedir aplausos a seu adversário derrotado, mas não soubemos seguir este exemplo quando foi a nossa vez de perder...Perdemos por mostrarmos mais revolta e indignação com a derrota do Brasil dentro do campo, do que com as tantas derrotas fora dele... Perdemos ao vaiarmos uma seleção que apesar de não ser brilhante, chegou às semi-finais, teve seus méritos, choraram sua derrota e se desculparam em lágrimas... Perdemos nos quesitos respeito, educação e espírito esportivo... E estamos perdendo faz tempo, e isso sim, é motivo pra chorar..."

Parabéns seleção da Alemanha... 
Venceu o Trabalho nas bases...
contínuo e permanente.
Merecem colher os louros.

Deutsche Welle
+ Fim de jogo: Alemanha goleia o Brasil por 7 a 1 no Mineirão +

Com gols de Klose, dois de Schürrle, Thomas Müller, dois de Kroos e outro de Khedira, Brasil dá adeus ao Mundial. O placar é a maior derrota brasileira na história das Copas.

BRASIL 1x7 ALEMANHA
Encerramos aqui a tranmissão da eliminação brasileira na Copa do Mundo. O Brasil joga agora pelo terceiro lugar, no próximo sábado (12/07). Já a Alemanha luta pelo quarto título mundial, no domingo, no Maracanã.
Jogadores brasileiros rezam em campo e Oscar chora bastante e é confortado por Thiago Silva. Alemães comemoram timidamente, em respeito aos brasileiros. Felipão chama os jogadores para o círculo central e dá um curto discurso.
FIM DE JOGO
47'- Fim da tragédia do Mineirão! A Alemanha está na final da Copa do Mundo de 2014.
47'- David Luiz arrisca de fora e Neuer faz a defesa.
46'- Oscar dribla Boateng dentro da área e marca o gol de honra do Brasil. Aplausos tímidos da platéia.
44'- Draxler enfia bela bola para Özil, que finaliza a direita do gol brasileiro.
44'- Bernard recebe dentro da área e fuzila de primeira. Muito longe da meta.
44'- Oscar entra livre na grande área e isola de bico.
43'- Alemanha toca a bola e spera pelo apito final.
39'- Ramires finaliza de fora da área para fácil defesa de Neuer no centro do gol.
37'- Torcida brasileira canta "olé" quando a Alemanha toca na bola.
33'- De novo Schürrle. Ele recebe a bola dentro da área e fuzila de primeira. A bola ainda toca no travessão antes de entrar.
33'- Goooooooooolll da Alemanha!
31'- Alteração na Alemanha: sai Philipp Lahm e entra Julian Draxler.
31'- A derrota por 6 a 0 iguala a pior derrota do brasil em competições oficiais. Em 1920, a Seleção perdeu para o Uruguai por 6 a 0.
28'- A seleção brasileira sofre seis gols pela primeira vez em uma Copa do Mundo. Antes havia sofrido cinco gols em 1938, quando venceu, na prorrogação, a Polônia por 6 a 5.
25'- Alteração na Alemanha: sai Fred e entra Willian.
24'- André Schürrle, sem ser incomodado dentro da pequena área, recebe a bola de Philipp Lahm e aumenta o chocolate no Mineirão!
24'- Gooooooooooooooooollll da Alemanha!
23'- Cartão amarelo para Dante, do Brasil.
22'- A presidente Dilma Rousseff é "homenageada" pela torcida presente no Mineirão.
21'- Outro lançamento em profundidade para Schürrle. Desta vez o goleiro brasileiro sai com os pés e evita o sexto.
19'- Lançamento para Schürrle é muito forte e Júlio César fica com a bola.
15'- Thomas Müller arrisca de fora da área e Júlio César faz ótima defesa. A bola ia no ângulo brasileiro.
14'- Thomas Müller invade a área, passa por Luiz Gustavo, mas Júlio César consegue colcoar para escanteio.
14'- Fred finaliza de fora da área para fácil defesa de Neuer. Público vaia e hostiliza o atacante brasileiro.
13'- Marcelo sofre falta na latera. Vem bola alçada na área.
12'- Alteração na Alemanha: sai Miroslav Klose e entra André Schürrle.
11'- David Luiz recua a bola de joelho para Júlio César, que pega com a mão, mas o árbitro marca nada.
9'- Alguns torcedores já deixaram o Mineirão no intervalo.
8'- Quase Paulinho! O volante entra livre na área e fuzila Neuer, duas vezes. Na segunda bola, o goleiro alemão opera um milagre. Grande defesa!
6'- Oscar aparece cara a cara com Neuer, finaliza de três dedos, mas o goleiro alemão espalma. Quase o gol brasileiro.
5'- Fred enfia a bola para Ramires que cruza rasteiro para Oscar. Neuer entra em ação e tira de soco.
3'- Oscar tenta a jogada individual na grande área e cai, mas o árbitro, corretamente, manda seguir.
1'- Alterações no Brasil: saem Hulk e Fernandinho e entram Ramires e Paulinho.
1'- Alteração na Alemanha: sai Mats Hummels e entra Per Mertesacker.
1'- Bola rolando para o segundo tempo no Mineirão.
SEGUNDO TEMPO
Essa foto demonstra bem o que está acontecendo em Belo Horizonte.
Miroslav Klose é abraçado por Lukas Podolski. O veterano atacante se tornou o maior artilheiro de todas as Copas. Com 16 tentos, ele ultrapassou o brasileiro Ronaldo. Thomas Müller é outro que abocanhou recordes no Mineirão. Seu gol foi o de número 2000 da seleção alemã. Além disso, ele já marcou 10 gols em 12 jogos de Copa e é o primeiro a repetir na Copa seguinte o mesmo número de gols que deram a artilharia da Copa anterior. Thoams Müller foi o artilheiro na África do Sul com cinco gols.
INTERVALO
45'- Fim do primeiro tempo.
45'- Marcelo puxa contra-ataque e tenta rolar para Fred, mas o atacante do Fluminense não tem na velocidade a sua principal qualidade.
44'- Marcelo levanta na área, mas a bola não chega até David Luiz.
38'- Özil cobra por cima da barreira e da meta.
37'- Falta em Thomas Müller na entrada da área. Luiz Gustavo deu o carrinho faltoso.
35'- Bernard lança Hulk, mas o atacante estava em impedimento.
35'- A torcida canta a imaculada música "eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor".
33'- David Luiz faz falta dura em Müller e aponta o dedo para o alemão. Time brasileiro está desolado em campo.
31'- Kroos finaliza de fora da área e acerta David Luiz. Escanteio.
29'- Khedira. Depois de outra tabela livre, limpa, sem sem incomodada, a Alemanha faz o que bem entende no Mineirão.
26'- Virou chocolate no Mineirão! Aos 24, Toni Kroos finalizou de fora da área e fez o terceiro. Dois minutos depois, Kroos, de novo, define o jogo. Alemanha está na final da Copa do Mundo!
22'- Klose tem duas oportunidades dentro da pequena área. na primeira, Júlio César faz grande defesa, mas no rebote Klose completa e faz o seu 16º gol em Copas. Ele bateu assim o recorde de Ronaldo e é o maior artilheiro em Copas.
22'- Goooooooooooooolllll da Alemanha!
21'- Klose busca a finalização, ams ela sai mascada e Júlio César faz fácil defesa no meio do gol.
20'- Klose recebe a bola na entrada da área, tenta passar por David Luiz, ams se enrola com a bola.
18'- Müller tenta o passe para Özil, livre no lado esquerdo, mas Maicon faz o corte providencial.
17'- Marcelo invade a área, sofre carrinho perfeito de Lahm e cai no gramado. Boateng vem tirar satisfação e começa um início de confusão.
16'- Maicon e Fernandinho fazem bela tabela pelo lado direito, mas o lateral cruza nas costas de Höwedes.
13'- Hulk puxa contra-ataque, mas ao invés de buscar o drible contra Boateng, prefere dar um passe rasteiro para a área. Alemanha recupera a bola.
10'- Toni Kroos cobra o escanteio na segunda trave e Thomas Müller, totalmente livre, só tem o trabalho de tocar a bola com a chapa do pé para as redes. É o quinto gol de Müller nesta Copa.
10'- Goooooooooooooollll da Alemanha!!!
10'- Escanteio para a Alemanha.
5'- Quase gol da Alemanha! Khedira recebe passe de Özil dentro da área, mas acerta Klose na finalização.
5'- Alemanha trocou alguns pases no campod e ataque, mas a marcação sob pressão do Brasil está bem encaixada. Oscar rouba a bola e o Brasil domina os toques de bola.
3'- Hulk sobe bem pela esquerda e cruza na área para Bernard. Neuer cai e fica com a bola.
2'- Só Brasil está com a bola. Marcelo arrisca de fora da área, sem perigo para Manuel Neuer.
1'- Escanteio para o Brasil.
1'- Bola rolando no Mineirão! Saída pertence à Alemanha.
PRIMEIRO TEMPO
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Deutsche Welle  2° Matéria

Os atletas pedem desculpas, também o técnico. Em nossa opinião, não precisam se desculpar, por não cumprir algo que "venderam" por eles. Criaram expectativas, por eles, para envolver a "massa". Jogaram bem e como muitos, perderam. Não foram os únicos que perderam. Se ganhassem, valorizava ainda mais aquilo que vendiam a partir da Copa. A matéria da Deutsche Welle...

Jogadores pedem desculpas, e Felipão diz: "O responsável fui eu"

Chorando, David Luiz lamenta chance de fazer "o povo sorrir", e Júlio César afirma que preferiria que partida terminasse 1 a 0 com erro seu. Técnico também se desculpa pelo vexame histórico.

Descrita como vexame histórico, humilhação e vergonha pela imprensa brasileira, a goleada alemã de 7 a 1 no Mineirão foi seguida de pedidos de desculpas por jogadores, como David Luiz e Júlio César, e do técnico Luiz Felipe Scolari.
"Peço desculpas pelo resultado negativo, vamos continuar trabalhando e honrando aquilo que é a nossa equipe, jogando pelo terceiro lugar em Brasília", afirmou Felipão. "Mas quem é o responsável? Quem é colocado como técnico, quem é responsável pelas escolhas? Sou eu, então pronto. O responsável sou eu. A escolha da parte tática é minha. O responsável fui eu", afirmou.
No mesmo tom reagiu, ainda no gramado, David Luiz, capitão na derrota desta terça-feira (08/07): "Eles foram melhores, se preparam melhor, fizeram melhor. Tomamos quatro gols em seis minutos, é um dia de muita tristeza e muito aprendizado também para a vida."
Júlio César sofre o sexto gol alemão
Aos prantos, o zagueiro reforçou ainda o coro de desculpas à torcida brasileira: "Eu só queria poder dar alegria ao meu povo, minha gente que sofre tanto, infelizmente não conseguimos. Desculpa a todo mundo, a todos os brasileiros, só queria ver meu povo sorrir."
Um dos remanescentes da eliminação de 2010 e um dos mais criticados na África do Sul, o goleiro Júlio César usou o Mundial de quatro anos atrás para falar da derrota. Como Felipão e David Luiz, ele também exaltou o futebol alemão.
"Eu troco minha falha que carreguei por quatro anos pelo jogo de hoje, queria que terminasse 1 a 0 com erro meu do que 7 a 1", afirmou o goleiro. "Explicar o inexplicável é muito complicado. Temos que reconhecer o grande futebol alemão. Acho que o povo brasileiro está de parabéns, por todo apoio que nos deu até aqui. Com certeza, os jogadores vão falar, agradecer, vão se desculpar, mas eles foram muito fortes."
A vitória alemã representou a primeira derrota de Felipão à frente da Seleção, e a maior já sofrida pelo Brasil em sua história centenária – a anterior fora para o Uruguai, por 6 a 0 na Copa América de 1920.
A seleção brasileira volta a campo no próximo sábado, em Brasília, onde enfrentará quem perder no confronto entre Argentina e Holanda.
  • Data 08.07.2014
  • Autoria Rafael Plaisant
  • Edição Alexandre Schossler






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Deutsche Welle  -  3° Matéria

Löw consola Scolari: "Conheço a angústia que ele está passando"
Técnico alemão se solidariza com Felipão, analisa vitória com frieza e mantêm os pés no chão. Apesar do placar elástico, jogadores mal comemoram e falam com surpresa sobre postura da seleção brasileira.

Para o tamanho da goleada de 7 a 1 sobre o Brasil, nesta terça-feira (08/07), no Mineirão, a comemoração dos jogadores alemães foi tímida e respeitosa. O treinador Joachim Löw se solidarizou com o colega de profissão Luiz Felipe Scolari, lembrando a eliminação em 2006, e os jogadores se mostraram surpresos e analisaram friamente a partida.
"Estou com muitos sentimentos positivos. Estou espantado com o que aconteceu em campo. Nunca houve algo assim e provavelmente nunca mais vai haver, e por isso eu vou aproveitar o momento. Mas no vestiário a festa é pequena. A gente já sabia há um bom tempo que estávamos na final", disse o zagueiro Mats Hummels.
"Nós somos uma unidade e isso é possível ver no campo", disse o recordista Miroslav Klose
O treinador Joachim Löw conseguiu ainda encontrar a tranquilidade para analisar a partida. "Foi importante contra-atacar a vontade e o poderio emocional do Brasil com paciência e tranquilidade, mas com coragem. Nós jogamos bem posicionados. Sabíamos que com os nossos rápidos contra-ataques pegaríamos eles desprevenidos. A defesa brasileira é desorganizada. No primeiro tempo fizemos tudo certo e reagimos bem às bolas longas", analisou o treinador, sem deixar transparecer muita alegria.
Löw também deixou o seu apoio para Felipão. "Hoje fizemos a nossa tarefa muito bem. Três gols em três minutos ou cinco em 18 minutos, se preferir. É claro que a seleção brasileira ficou chocada. Conheço a angústia que Scolari está sentindo. São 200 milhões de brasileiros querendo chegar de qualquer maneira à final. Em 2006 foi parecido, quando perdemos a semifinal aos 119 minutos de jogo. Eu sei um pouco o que ele está sentindo agora."
A noite em Belo Horizonte foi de vários recordes. A maior derrota da história da Seleção, de um país anfitrião e em uma semifinal de Copa. Mas também foi a noite de Miroslav Klose, que marcou o seu 16º gol em Mundiais e ultrapassou o brasileiro Ronaldo. "Estou muito feliz por Miro. Chegar a essa marca contra o Brasil e no Brasil. Grande desempenho dele", elogiou o treinador.
"Chegar a esta marca contra o Brasil e no Brasil. Grande performance dele", elogiou Löw o atacante Klose
E o recordista não perdeu tempo e preferiu focar exatamente naquilo que o Brasil pecou: a coletividade. "Nós somos uma unidade e isso é possível ver no campo. Também é importante que nossas bolas paradas funcionem", disse Klose, que ainda esclareceu que não deu o seu salto mortal tradicional porque havia sofrido uma pancada na perna no lance do gol.
Artilheiro da última Copa, Thomas Müller falou ainda incrédulo com os jornalistas. "Claro que não era de se esperar. Mas fica evidente o quão diferente as partidas podem transcorrer. Os espaços estavam maiores do que aqueles que encontrarmos contra equipes mais defensivas. E isso aproveitamos muito bem, até que o adversário sucumbiu.
Mas, assim como Löw, Müller também avisou: "Precisamos deixar esse resultado rapidamente para trás. Precisamos agora dar aquela última pisada no acelerador e buscar a taça. Mas devemos manter a calma e não perder a concentração com a onda de elogios que vão aparecer."
  • Data 08.07.2014
  • Autoria Philip Verminnen
  • Edição Rafael Plaisant







Alemanha é tetracampeã mundial
A seis minutos do fim da prorrogação no Maracanã, Mario Götze faz o gol da vitória sobre a Argentina e dá aos alemães seu quarto título mundial. É a primeira vez que uma seleção europeia é campeã nas Américas.

Jogadores alemães erguem a taça de campeão do mundo no Maracanã
Assim como com Jorge Burruchaga, em 1986, e Andreas Brehme, em 1990, o gol que decidiu a final da Copa do Mundo de 2014 saiu nos minutos finais da partida. Na decisão deste domingo (13/07), no Maracanã, porém, o gol de Mario Götze foi no final do segundo tempo da prorrogação e deu a quarta estrela à seleção alemã.
A Alemanha, por ter vencido três vezes de 1974 para cá (1974, 1990 e 2014), se tornou a maior vencedora na era da Taça Copa do Mundo, que substituiu a Jules Rimet. É a primeira vez que uma seleção europeia é campeã mundial nas Américas. Com a quarta taça, a Alemanha igualou a Itália em número de títulos e ficou a apenas um do Brasil.
O jogo
Ainda no aquecimento, a seleção alemã teve uma baixa. Samie Khedira sentiu a panturrilha e deu lugar ao jovem Christoph Kramer no time titular. Kramer inicialmente nem estava na pré-lista dos 30 convocados. O treinador Joachim Löw, depois do amistoso contra a Polônia, resolveu dar uma chance ao garoto do Borussia Mönchengladbach e o chamou para a fase preparatória na Áustria.
Nos minutos iniciais, a Alemanha estabeleceu seu estilo e ritmo de jogo, com muitas trocas de bola e procurando as pontas com Özil na esquerda e o próprio Kramer na direita. As bolas cruzadas na área, procurando Klose e Müller, deram trabalho à zaga argentina. Mas a única real chance surgiu em uma cobrança de falta frontal à grande área. Após longa conversa entre seis jogadores, a jogada ensaiada ficou na barreira.
Antes da partida, o espanhol Carles Puyol e a modelo Gisele Bündchen apresentaram a taça no Maracanã
A Argentina cresceu então no jogo, principalmente com Ezequiel Lavezzi e Lionel Messi e forçando as jogadas em cima do zagueiro improvisado na lateral esquerda, Benedikt Höwedes, que teve sorte em receber apenas o cartão amarelo após entrada no joelho de Zabaleta.
Em duas oportunidades, o cruzamento não encontrou um atacante argentino na área. A melhor chance – e que chance – surgiu aos 20 minutos. Toni Kroos, sem motivo algum, cabeceou em direção à própria defesa e acabou dando um passe para Gonzalo Higuaín. O atacante do Napoli, livre, de frente para Manuel Neuer, pegou mascado na bola e desperdiçou excelente oportunidade de abrir o marcador.
Nove minutos depois, Lavezzi recebeu na ponta direita e cruzou rasteiro na grande área. Higuaín, de primeira, tocou para o fundo das redes, mas a arbitragem, corretamente, assinalou o impedimento do atacante argentino. Aos 35, Lavezzi fez boa jogada individual e rolou para Messi. O camisa 10 argentino viu Higuaín entrando livre na área, mas o passe foi cortado por Schweinsteiger.
A seleção alemã resolveu acordar, e os últimos dez minutos do primeiro tempo no Maracanã reservaram boas emoções. Aos 36, Thomas Müller puxou contra-ataque com velocidade e rolou para trás. Schürrle – que havia entrado no lugar de Kramer, que sofreu uma pancada forte na cabeça e deixou o campo desnorteado – finalizou de primeira para boa defesa de Sergio Romero.
Gonzalo Higuaín saiu para comemorar seu gol, mas a arbitragem marcou corretamente o impedimento
A Argentina respondeu com Messi, que recebeu nas costas da defesa, invadiu a área, mas teve a finalização travada por Hummels. A bola passou por Neuer e ficou viva dentro da pequena área, mas antes da chegada de outro jogador argentino, Boateng afastou o perigo. Aos 42, Romero defendeu com precisão a finalização de Kroos.
E no último lance da primeira etapa a trave salvou a Argentina. Toni Kroos cobrou o escanteio, e Benedikt Höwedes entrou livre e acertou a trave. No rebote, Thomas Müller obrigou Romero a excelente defesa em cima da linha.
Para o segundo tempo, Ezequiel Lavezzi deu lugar ao ex-genro de Diego Maradona, Sergio Agüero, e a Argentina começou pressionando. No segundo minuto, Lionel Messi entrou livre no lado esquerdo da área e bateu cruzado, mas a bola passa raspando à trave esquerda de Neuer. As jogadas argentinas paravam sempre em Higuaín, ora impedido, ora demonstrando falta de qualidade técnica para dominar ou passar as bolas.
À Alemanha restava aproveitar os não tão raros erros na saída de bola dos argentinos e alçar bolas para a disputa aérea. Assim, após erro de Demichelis aos 14 minutos, Lahm cruzou na grande área e Klose cabeceou, mas sem força e para tranquila defesa de Romero.
A partida foi bastante pegada e principalemten Bastian Schweinsteiger apanhou bastante no meio-campo
Quando a Alemanha conseguiu tabelar na faixa central, com Müller, Klose e Schürrle, o atacante do Chelsea adiantou demasiadamente a bola dentro da área e Romero ficou com ela. Aos 34, Müller encontra Höwedes livre na altura da marca do pênalti, mas o zagueiro do Schalke se enrola com a bola e deixa a zaga argentina limpar a jogada. Na sequência, Lahm recebeu belo passe na ponta direita e rolou para a entrada da área. Kroos finalizou de primeira, com a parte interna do pé, mas sem oferecer muito perigo à meta de Romero.
No final do tempo regulamentar, Mirolav Klose foi substituído por Mario Götze e saiu aplaudido pelo grande maioria do público presente no Maracanã. Era a última cena do maior artilheiro em Copas no torneio mundial.
Com o 0 a 0 no tempo normal, a partida foi para o tempo-extra. A Copa no Brasil igualou assim o recorde da Copa do Mundo de 1990, na Itália, com oito prorrogações. E logo no primeiro lance, Götze venceu a disputa na linha de fundo e rolou para Schürrle que fuzilou para boa defesa de Romero.
E aos seis minutos, a Argentina teve outra chance de ouro. Após cruzamento de Marcos Rojo, Hummels errou o tempo de bola, subiu e não achou nada. A bola sobrou para Rodrigo Palacio. Ele dominou no peito, ficou cara a cara com Neuer e tentou encobrir o goleiro alemão, mas errou o alvo.
O segundo tempo da prorrogação foi truncado, com faltas duras, até que aos sete minutos, André Schürrle arrancou pela faixa esquerda do campo e cruzou na medida para Mario Götze. O meia do Bayern de Munique matou no peito, e sem deixar cair no chão, emendou para as redes da meta argentina.
Mario Götze, que passou o Mundial inteiro apagado, apareceu no momento mais importante e, depois de Paul Breitner e Gerd Müller, se tornou o terceiro atleta do Bayern de Munique a marcar em uma final de Copa. O gol foi o de número 171 no torneio, igualando o recorde da Copa de 1998. Não deu mais para a Argentina voltar no jogo. A Alemanha comemorou assim o seu quarto título mundial.

Após cruzamento de Schürrle, Mario Götze dominou no peito e finalizou de primeira: assim 
foi o gol do título
Ficha técnica
Alemanha 1 x 0 Argentina
Local: Estádio Maracanã, Rio de Janeiro
Arbitragem: Nicola Rizzoli (Itália) auxiliado por seus compatriotas Renato Faverani e Andrea Stefani.
Gols: Mario Götze (7'/2P)
Cartões amarelos: Bastian Schweinsteiger (28'/1T), Benedikt Höwedes (34'/1T), Javier Mascherano (18'/2T), Sergio Agüero (19'/2T)
Alemanha: Manuel Neuer; Philipp Lahm, Jérôme Boateng, Mats Hummels, Benedikt Höwedes; Christoph Kramer (André Schürrle 30'/1T), Bastian Schweinsteiger, Toni Kroos, Thomas Müller, Mesut Özil (Per Mertesacker 15'/2P); Miroslav Klose (Mario Götze 42'/2T). Técnico: Joachim Löw.
Argentina: Sergio Romero; Pablo Zabaleta, Martín Demichelis, Ezequiel Garay, Marcos Rojo; Javier Mascherano, Lucas Biglia, Enzo Pérez (Fernando Gago 40'/2T); Ezequiel Lavezzi (Sergio Agüero 1'/2T), Lionel Messi e Gonzalo Higuaín (Rodrigo Palacio 32'/2T). Técnico: Alejandro Sabella.
  • Data 13.07.2014
  • Autoria Philip Verminnen
  • Edição Rafael Plaisant

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