Transitando de automóvel e atentos à paisagem do caminho histórico, registramos em fotografia, esta tipologia histórica regional. Este caminho foi construído por iniciativa de Hermann Blumenau - fundador de Colônia Blumenau, que pretendia interligar sua colônia ao porto de São Francisco e à Colônia Dona Francisca - atual cidade de Joinville - isto ainda no Século XIX.Esta estrada antiga até a Colonia Dona Francisca é a atual SC 110 - transitamos na SC 416, conhecida rodovia dos caminhões, a qual liga esta rodovia à nucleação que se desenvolveu às suas margens, quando ainda era estrada colonial - Timbó.
Também, já escrevemos, que a nucleação urbana de Pomerode, na época denominado
Pommer Oder, foi fundada - no território da Colônia Blumenau - às margens do Rio do Testo - estrategicamente fundada no caminho para o porto marítimo de São Francisco do Sul, o qual passava pelas Colônias de Itapocu, Humbold e Dona Francisca, melhor detalhado em outra postagem - listada no final desta.
Timbó iniciou, mais precisamente, no dia 12 de outubro de 1869, 19 anos após a fundação da Colônia Blumenau, quando chegaram ao local da foz do Rio dos Cedros no Rio Benedito, as primeira famílias de imigrantes alemães. Chegaram para ocupar os lotes coloniais da região. Todo este trabalho foi coordenado do Stadtplatz da Colônia Blumenau. Entre estas famílias que chegaram, estava a família de Friedrich Donner, que tornou-se uma liderança local, e considerado o seu fundador, dentro da história da Colonia Blumenau.
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| Observar a presença da ferrovia - rumo ao porto - até onde chegava a estrada - intermodalidade em 1905, quando foi feito esse mapa. |
A arquitetura têm linhas características da arquitetura da casa do imigrante alemão, construída, mais ou menos no início do século XX, década de 20 e 30, com o aproveitamento do sótão da partir de um determinado tipo de mansarda criada pelos franceses, muitas vezes construída com estrutura enxaimel, em outras vezes autoportante. Observar que a mansarda - tem dois pavimentos. É uma tipologia muito usada na Alemanha - até o tempo presente.
O Mansarddach é encontrado na região, tanto em casas com acabamentos mais caros e ricamente adornadas como também, em casas mais simples, construídas totalmente com o material abundante e barato na época e na região - que era a madeira - mais detalhes no link - no final desta.
A cobertura do casarão, provavelmente é de estrutura de madeira (Como era feito no período que fora construída) coberta com telhas planas ou germânica. As aberturas são de madeira. Volumetria marcada com a presencia da tradicional varanda, onde a família apreciava estar no final do dia, para contemplar, descansar e conversar, após dia de trabalho.
O sítio no qual está assentada a edificação histórica ainda tem indícios do layout original da propriedade da família do pioneiro alemão, com as presenças dos ranchos, espaço do jardim (espaço entre a casa e a estrada - característico afastamento), da horta, pomar e mais distante, estava a roça.
Não temos muitas informações da história dessa edificação histórica da cidade de Timbó e, tampouco, a informação de quem a construiu. Através da publicação de sua fotografia nas redes sociais e de acordo com a historiadora da cidade de Timbó - Jocelia Rocha Barbosa, a edificação está localizada no bairro São Roque - daquela cidade.
E segundo a indaialense Zenita Henkels, o violinista Walter Anklam, residia na casa, quando era vivo.
Pretendemos continuar a preencher as lacunas vazias desta história. Até aqui, apresentamos uma pequena amostra - um embrião - que deverá tomar forma, iniciativa - para receber mais contribuições. Pretendemos retornar ao local e investigar mais. Isso porque, além de sua beleza plástica arquitetônica e histórica, há a presença do entorno, como lembrou o pesquisador indaialense Luiz Carlos Henkels - esta estrada - na sua época, foi um dos importantes caminhos projetado e idealizado pelo fundador da Colônia Blumenau - Hermann Blumenau, para interligar as duas colônias - Blumenau e Joinville e também, criar um acesso a outra porta marítima à região que é o porto de São Francisco, por onde chegaram centenas de imigrantes para se fixar em localidades de toda a região.
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| São Francisco do Sul - Século XIX. |
Deixaremos uma pergunta no ar.
Quem foi Valter Anklam, além de ser violinista?
Há muitas lacunas vazias nessa história. Até aqui, apresentamos uma pequena amostra - que poderá receber mais contribuições.
Em 29 de setembro de 2023 recebemos o seguinte depoimento:
"... o Sr. Alvin Starke, meu avô por parte de mãe, foi que construiu a casa na rua Pomeranos que depois virou propriedade do Sr. Valter Anklam, casado com Úrsula Starke, filha do Sr. Alvin Starke. Ele tinha uma padaria nesta localidade, plantava arroz e criava gado." Ingelore Laemmel
Quanto à edificação, além de sua beleza plástica arquitetônica e histórica, há a presença de elementos do entorno, na paisagem, como lembrou o pesquisador indaialense Luiz Carlos Henkels – e como anteriormente apontado, está a estrada.
Na época de seu traçado pioneiro, foi um dos importantes caminhos projetados e idealizados pelo fundador da Colônia Blumenau - Hermann Blumenau, para interligar as duas colônias - Blumenau e Joinville e também, criar um acesso à outra porta marítima à região que é o porto de São Francisco, por onde chegaram centenas de imigrantes para se fixar em localidades de toda a região.
Leituras Complementares - Clicar sobre:
- História comum entre as Colônias Blumenau, Pommerroder, Itapocu, Humbold e São Bento
- Cidade - Timbó - SC - Um pouco de história da Colônia Blumenau e paisagem atual
- Mansarddach - Uma tipologia de telhado trazida pelo imigrante
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Dia 2 de fevereiro de 2020
Recebemos informações de que havia movimento de pessoas na tipologia pertencente ao patrimônio Histórico Arquitetônico regional e o mesmo se encontra sem portas e janelas. Movimentação de pessoas, também na propriedade.
Dia 3 de fevereiro de 2020
Ingelore Laemmel afirma em redes sociais que a casa fica está localizada na comunidade de Pomeranos e que foi seu avô Alvin Starke que a construiu. Recentemente foi vendida, o que explica a movimentação na casa.
Dia 8 de fevereiro de 2020
Hoje recebemos estas fotografias que mostram o casarão sem aberturas e também sem o assoalho. As imagens comunicam por si só.
Dia 3 de fevereiro de 2020
Ingelore Laemmel afirma em redes sociais que a casa fica está localizada na comunidade de Pomeranos e que foi seu avô Alvin Starke que a construiu. Recentemente foi vendida, o que explica a movimentação na casa.
Dia 8 de fevereiro de 2020
Hoje recebemos estas fotografias que mostram o casarão sem aberturas e também sem o assoalho. As imagens comunicam por si só.
Dia 9 de fevereiro de 2020
Um dos vizinhos do casarão histórico acabou de enviar um depoimento esclarecendo, que a casa ficou seriamente comprometida após a pavimentação asfáltica da rodovia que ficou mais alto que a casa sem contar com drenagem e escoamentos apropriados das águas fluviais. Com isto a casa, sempre era invadida pelas águas quando a vasão não era suficiente, comprometendo o assoalho de madeira. Quem fez o asfalto? Quem se responsabiliza?
Estamos assistindo isso acontecer nas obras da duplicação da BR 470 - parece um rolo compressor que vai passando. Ausência de projeto adequado.
Dia 28 de outubro de 2021
Estado de ruinificação.
Cronologia via Google de 2011 até 2021.
2011
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| 2011 - Floreira sem flores. |
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| 2011- Detalhe do pinheiro de natal. |
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| 2011 - Presença de Ranchos, pomar e o pinheiro de natal, na frente. |
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| 2011 - Ranchos em uso e o pomar no lado esquerdo da casa. |
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| 2011. |
2017
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| 2017 - ainda com ranchos. |
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| 2017 - Flores na floreira - gerânio. Sem o pinheiro. |
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| 2017 - sem o pinheiro em com flores na floreira. |
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| 2017 - Ainda com a presença dos ranchos. |
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| 2017. |
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| 2017 - ribeirão que abastecia a propriedade e para irrigação - característica do lote colonial. |
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| 2017. |
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| 2019. |
2019
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| 2019. |
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| 2019. |
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| 2019. |
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| 2021 - Sem os ranchos e a casa em esta de ruinificação - sem aberturas e sem assoalho, a parte nobre em madeira. |
Nossos registros em 28 de outubro de 2021.
Nossos registros em 20 de setembro de 2023
Retornamos ao local do patrimônio e também, visitamos o cemitério da Comunidade de Mulde Alta, Timbó, em 20 de setembro para encontrar mais informações sobre os Anklam.
O patrimônio – Casarão Anklam – literalmente estava no chão e não encontramos nada sobre os personagens dessa história no cemitério.
Cemitério Mulde Alto - Timbó SC.
Registrado para a História!
Em Construção...
Essa casa fica do lado de onde eu morava,terreno foi vendido a pouco tempo e tem pessoas que estavam desmanchando ela por dentro,acho que a intenção era desmanchar por fora também,muito triste isso,não deveria ser permitido esse tipo de atitude,essa casa deveria ser restaurada e preservada como sendo parte da história de timbo,aos poucos as lembranças do passado vão se perdendo.
ResponderExcluirAs imagens evidenciam isso.
ExcluirÉ um ícone da paisagem que deixa de existir.
Além de violinista, Walter Anklam era meu opa. Que saudade!
ResponderExcluirPreocupante! Como é preocupante também a falta de uma política pública de preservação do Patrimônio Cultural de Timbó que sequer tem lei específica pra tratar do assunto!!!
ResponderExcluirinfelizmente agora ela desmoronou com as chuvas, tendo parte do teto destruído.
ResponderExcluirEu soube... Lamentável.
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