terça-feira, 7 de junho de 2011
A História do vinho nasceu com a História da própria civilização. Não se tem registro de quando, exatamente, o vinho foi criado. O primeiro povo a registrar sua produção do vinho foi o povo egípcio. Seus primeiros registros remontam 1000 a 3000 AC.
Os Faraós ofereciam vinho aos deuses e queimavam vinhedos aos mesmos. Seus sacerdotes usavam a bebida em seus rituais, os nobres e famílias abastadas, em suas festas e banquetes.
Os Faraós ofereciam vinho aos deuses e queimavam vinhedos aos mesmos. Seus sacerdotes usavam a bebida em seus rituais, os nobres e famílias abastadas, em suas festas e banquetes.
Até o momento, sabe-se que os primeiros enólogos foram os egípcios.
Há registros de pinturas egípcias de XV AC onde já mostravam a pisa da uva na produção da bebida.
Em torno de 2500AC os vinhos egípcios, através da expansão comercial, foram exportados para a Europa do Mediterrâneo e África Central. Os fenícios, grandes mercadores da época, promoviam e eram os atravessadores das muitas mercadorias da época, entre elas, ovinho egípcio. Estima-se que em torno de 2000 AC, o vinho já era conhecido pelos gregos.
Mercado da Fenícia |
Na mitologia grega, o filho de Zeus – Dionísio(para os romanos - Baco) era conhecido por ser o deus das belas artes, do teatro e do vinho.
A produção grega superou a produção egípcia, onde muitos confundem sua origem nesta civilização. O vinho, entre os gregos, era saboreado por todas as classes sociais.
Em torno de 1000AC, os gregos, através da expansão e da proliferação de suas Polis, começaram a plantar videiras em outras regiões da Europa. Chegou à Itália, Secília e na Península Ibérica. Nesta época os gregos fundaram a cidade Marselha e apresentaram o vinho aos nativos da região, região da França atual.
Segundo o historiador Sr. Hugh Johnson, em seu livro a História do Vinho – O vinho da antiguidade era ingerido com água do mar e reduzido a um xarope tão espesso e turvo que tinha que se coado num pano e dissolvido em água quente. Homero descrevia o vinho com delicado e suave.
Sr. Hugh Johnson |
Os cristãos usam, desde a antiguidade, o vinho tinto para representar o sangue de Jesus Cristo. Em muitas passagens bíblicas, o vinho é lembrado.
O vinho, na Grécia Clássica, foi enaltecido e documentado por poetas e filósofos e foi com a expansão e conquistas dos gregos, através da ciência, arte e filosofia que o vinho conquistou o mundo.
A Roma fundada em 753 AC era um pequeno povoado de pastores e agricultores. Em 146 AC, já tinha conquistado a península Itálica, o Mediterrâneo e a Grécia. Regiões que conheceram a bebida dos conquistadores.
Os vinhedos eram cultivados nas áreas conquistadas e simbolizavam a demarcação do território, através da imposição de seus hábitos e costumes na cultura nativa apropriada. Assim, o vinho era a bebida dos legionários, gladiadores e dos soldados que o encontravam nas inúmeras tabernas nos territórios dominados.
Os romanos levaram os vinhedos à Grã-Bretanha e no território onde viviam os povos germanos, ou parte de sua região aonde aconteceu o domínio romano, já postado aqui no Blog do C.C. 25 de Julho.
Parte desta região ficou conhecida como Gália, atual França. Estas regiões foram conquistadas pelas tropas de Júlio César, que chegou até o Vale do Rhone e Bordeux, criando então a grande tradição da produção de vinhos nestas regiões.
Os romanos efetuaram mudanças no método de produção. Diferentemente dos gregos, não depositavam o líquido em ânforas de barro, mas sim usavam barris de madeira que aprimoravam seu sabor e distribuíam em garrafas. Preferiam o vinho doce, para isto colhiam as uvas mais tarde ou então colhiam imaturas e as deixavam secar sob o sol para a concentração do açúcar.
Os historiadores afirmam que há 2000 anos, os romanos bebiam vinhos semelhantes aos vinhos atuais: jovem, seco ou forte. Através das conquistas do povo romano o vinho foi difundido entre outros povos no mundo antigo e sua produção no império romano atingiu seu apogeu nos séculos I e II. Com a queda do Império Romano, em 476, não houve a queda da produção do vinho nas regiões conquistadas pelos romanos.
O vinho, neste momento, é internacional e pertence ao mundo, um mundo sem fronteiras.
Na Idade Média, os maiores produtores de vinho pertenciam à igreja católica de Roma. Nesse período, começaram a surgir, com o aperfeiçoamento da técnica, tipos de vinhos semelhantes aos vinhos atuais. O aperfeiçoamento prossegue e é contínuo. Nenhum bom vinho nasceu pronto e cessará as melhorias em sua qualidade. As transformações são constantes e permanentes.
O vinho e sua transformação, de maneira sintética...
Poeticamente, diz-se que:
... o vinho é a chuva que a terra recupera através da videira.
É processo natural, onde, o suco de uva é fermentado e através desta fermentação, o açúcar natural das uvas se transforma em álcool.
Quanto mais doce for a uva, maior será a concentração de álcool.
Em síntese: O processo de fermentação é a transformação do suco em vinho. Mas, antes desta etapa, o início já acontece, no cuidado com o plantio das videiras e durante a sua poda. Depois, observar o cuidado com os equipamentos de produção, armazenamento e estocagem da bebida. Fundamentais, igualmente são os números do clima e as condições ambientais.
A pitada final da boa fórmula, para os entendidos: é a paixão.
Dentre o universo de uvas de qualidade que se prestam a fazer bons vinhos, destacam-se:
CABERNET SAUVIGNON
A uva tinta de maior prestigio mundial originária de Bordeaux (França) produz vinhos macios, com aromas intensos e tem gosto prolongado.
MERLOT
Tinta também originaria de Bordeaux (França). Casa-se muito bem com o Cabernet Sauvignon, é menos tânica e ácida.
PINOT NOIR CEPA
Originaria da Borgonha (França). Esta uva elabora os mais ricos vinhos. Dessa região. Seus vinhos são elegantes com persistência.
PINOT NOIR CEPA
Originaria da Borgonha (França). Esta uva elabora os mais ricos vinhos. Dessa região. Seus vinhos são elegantes com persistência.
GAMAY
A uva dos vinhos Beaujolais. Dá origem a vinhos leves, que degustados quanto mais jovens melhor.
SANGIOVESE
O varietal do famoso vinho Chianti. Muito difundida na Itália central. Produz um vinho de cor "Rubi".
MALBEC OU COT
Uva largamente usada nos vinhos do Chile e da Argentina. Seus vinhos são adstringentes.
CHARDONNAY
A rainha das uvas brancas. Originária da Borgonha, dá origem a um vinho rico em cor e aromas. Também é utilizada no Champaghe.
RIESLING
A mais famosa uva alemã, dela provêem vinhos doces com leve acidez. Seus vinhos são brilhantes na cor.
SAUVIGNON NLANC
Origina vinhos aromáticos intensos, embora seus vinhos sejam secos. O odor à palha é sua característica.
SEMILLON VARIETAL
Branco e aceita envelhecimento. Vinhos aromáticos. Quando atacada por um fungo chamado "Botrytis Cinérea", produz o vinho doce mais famoso do mundo, o Sauternes.
TREBBINO
Uva comum na Itália, dá origem a muitos vinhos como os Orvietos e Soaves. Na França também é conhecida como St. Emillon e Ugni Blanc.
GEWURZTRAMINER
Uva riquíssima em aromas a flores e frutas. Seus vinhos são elegantes e vivazes.
- Nunca adquirir o vinho no dia em que será servido. Recomenda-se dois dias antes, para que o vinho não sofra com o transporte.
- Verificar a safra. Safras muito antigas para os vinhos brancos não são recomendados, a não ser que seja um vinho para sobremesa.
- Para coquetel a medida é uma garrafa para 10 (dez) pessoas. Para um jantar a medida é uma garrafa para cada 03 (três) pessoas.
- Pergunte sempre ao encarregado da seção de bebidas, qual a melhor ofertacusto/benefício em vinhos.
- Procure sempre manter uma reserva de vinhos em casa para evitar contratempos de última hora.
Vinhos na Alemanha
Um vinho alemão de qualidades superiores é dividido em 6 predicados, a saber:
KABINETT
São vinhos requintados e leves, elaborados a partir de uvas maduras, mundialmente conhecidos como vinhos de qualidade, mais leves.
SPÄTLESE
Colheita tardia É um vinho de uvas totalmente amadurecidas, colhidas no mínimo 7 dias após o início da colheita geral. São de paladar mais intenso, não necessariamente doce. São vinhos maduros, elegantes, que combinam também com pratos condimentados, em sendo secos.
AUSLESE
Uvas selecionadas Vinhos nobres, elaborados de uvas sadias e inteiramente maduras, colhidas e selecionadas uma a uma. Destacam-se pelo seu bouquet requintado, sua plenitude quanto ao aroma e pelo seu teor de acidez discreto e maduro. Em geral são um pouco mais doces, porém, existem também vinhos Auslese secos.
BEERENAUSLESE
Bagos selecionados Vinhos plenos e frutados para ocasiões especiais, provenientes de uvas maduríssimas literalmente "passificadas", escolhidas uma a uma. São vinhos doces raros, para sobremesa, plenos de qualidade excepcional, apresentando o inconfundível aroma de Botrytis cinérea.
TROCKENBEERENAUSLESE
Bagos selecionados praticamente secos. Vinhos da mais alta categoria dos predicados, elaborados de uvas escolhidas uma a uma, passificadas. Estes vinhos são doces, raridades que se apreciam em pequenos cálices como aperitivo após uma refeição excepcional.
EISWEIN
Vinho do gelo Uma raridade especial. São vinhos produzidos a partir de uvas pelo menos do predicado "Beerenauslese". Contudo, somente devem ser colhidas geladas, abaixo de 7° C negativos, exigência também para a vinificação, de modo que somente o extrato concentrado de sua doçura e aroma são obtidos na prensagem. São vinhos únicos, incomparáveis, com notável concentração de acidez frutada e doçura.
RHEINHESSEN
É a maior região vinícola da Alemanha. Produz uma enorme gama de vinhos dos mais leves e secos, até os untuosos vinhos doces. Margeia o Rio Reno.
RHEINPFALZ
O palatinado Reno, tem divisa com a Alsácia. Nesta região, nasce o popular Liebfraumilch.
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