Catarininha - na Estação de Matador - Comunidade de Bela Aliança - Rio do Sul. |
Há mais de 20 anos descobrimos e pesquisamos a história da ferrovia local e regional Estrada de Ferro Santa Catarina e tudo que tem relação com o assunto, fazemos questão de contribuir e apresentar, compartilhar, construindo pontes.
Nesta registro de uma reunião de 1998 - na estação de Matador - estávamos presente - tempo 2.45.
No final desta postagem listamos alguns link's do Blog abordando o assunto relacionado à história da ferrovia EFSC.
Durante todo o período de nossa pesquisa ferroviária, passamos algumas vezes na Comunidade Bela Aliança, município de Rio do Sul e visitamos a estação de Matador.
Com Jones Schmidt e Marciano Pereira - Estação de Matador - EFSC.
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No ano de 2018, passamos na estação no dia 7 de abril quando conversamos com dois voluntários da memória ferroviária regional que estavam trabalhando sábado a tarde, de um dia espetacularmente bonito. Eram eles o carpinteiro - filho e neto de carpinteiro - família muito conhecido no meio cultural de Blumenau - Jones Schmidt e Marciano Pereira, outro voluntário, que há longa data, acompanhamos seu trabalho em prol memória ferroviária local.
Naquele momento, olhando o trabalho, vimos a construção de um vagão totalmente original e com encaixes de madeira sendo feito. Também conhecemos a máquina conhecida Catarininha.
Naturalmente aconteceu um "Um dedo" de conversa com Marciano e Jones, nesse dia 7 de abril de 2018.
Naquele momento, na estação de Matador, 20 anos após a reunião do primeiro vídeo - explicaram um pouco de seu trabalho, que acontece todos os sábados, a tarde, faça chuva, faça sol. Recebem pedaços de trem, e por amor à memória ferroviária regional, resgatam peças históricas.
Conversando com Jones e Marciano...
Estação de Matador - Bela Aliança - Rio do Sul - Km 138,97 - Inaugurada em 1933. |
A linha ferroviária da EFSC na década de 1960. |
Os voluntários recebem pedação de trens e recuperam a história. |
Vagões sendo reconstruídos. |
Edificação pertencente ao patrimônio ferroviário - Matador - Casa do Agente da Estação. |
A máquina Catarininha, como é carinhosamente chamada, de acordo com o pesquisador ferroviário Luiz Carlos Henkels - foi construída em 1913 e trabalhou na E. F. Campos do Jordão e depois, foi para a Usina Barão de Cocais. De acordo com Henkels, nenhuma locomotiva da EFSC possuía redução como esta tinha.
Não sabemos por que recebeu o apelido - "Catarininha".
Esta turma restaurou esta máquina a vapor que foi construída na Orenstein & Koppel - Arthur Koppel SA.
Não sabemos por que recebeu o apelido - "Catarininha".
Esta turma restaurou esta máquina a vapor que foi construída na Orenstein & Koppel - Arthur Koppel SA.
Construção da EFSC - Não é a Catarininha, mas sim um máquina fabricada pela Borsig e não possuía redução. Arquivo Público Histórico de Rio do Sul. |
Jones Schmidt ao lado de parte da "Catarininha". |
Orenstein e Koppel foi uma grande empresa de engenharia alemã especializada em
veículos ferroviários, escadas rolantes e equipamentos pesados. Foi fundada no dia 1° de abril de 1876, na cidade de Berlin por Benno Orenstein e Arthur Koppel- Foi a firma que fabricou a Catarininha e a Macuca, entre outras tantas.
Imagens da Estação de Matador e entorno - 2018
No dia 16 de março recebemos informação da estação de Matador e também recebemos imagens de um teste da máquina em movimento. O vagão também está sendo preparado para ser puxado no trem.
A equipe que está participando desse resgate é voluntária, alguns até estão arcando com custos como é o caso de Horst Bremer e de Germano Emílio Purnhagen de Rio do Sul que adquiriram a Catarininha (em pedaços) em no ferro velho do Barranco, em Curitiba, meio a meio e, juntos com a equipe de voluntários, a recuperaram. Sendo que a caldeira foi resgatada na empresa HBremer Caldeiras de Rio do Sul.
A Catarininha, segundo Jones Schmidt, é "irmã gêmea" da Macuca, com a diferença, que possui um reduzido para rodar na serra.
Breme e Purnhagen a adquiriram em pedaços, a equipe a desmontou toda, limparam, refizeram peças danificadas e que estavam faltando e no dia 16 de março de 2019 a fizeram rodar em seu primeiro teste e de volta aos trilhos.
"É uma máquina espetacular" Jones Schmidt
Vídeo
Reduzido |
A história de um meio de transporte - onde o primeiro trecho inaugurado aconteceu menos de 60 anos depois da chegada dos pioneiros que fundaram a Colônia Blumenau, e foi erradicado também, aproximadamente 60 anos depois.
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