quinta-feira, 2 de março de 2023

Você conhece a casa da família (de 1880 até 1997) do 1° Diretor da ferrovia EFSC e Cônsul Honorário da Alemanha que foi doada à Blumenau, por Renate Luise Rohkohl - sua filha?

Sogro de Otto Rohkohl e avô de
Renate Luise Rohkohl.
Uma das tipologias urbanas construída na Colônia Blumenau, ainda na metade do século XIX e que se encontra na paisagem de seu Stadtplatz, por sua beleza e importância, foi escolhida para estampar a capa de nosso 3° livro, cujo tema aborda a técnica construtiva enxaimel. Esta edificação histórica teve sua manutenção e cuidados feitos pela mesma família desde o ano de 1880, quando foi adquirida de Hermann Wendeburg pelo pioneiro Paul Schwarzer, um dos primeiros advogados de Blumenau e avô de Renate Luise Rohkohl, que casada, adotou o nome de família, Dietrich

É sabido que foi adquirida após a morte de Wendeburg que aconteceu em 1881. A casa foi adquirida em 1880. Existe alguma coisa nessa transação que precisa ser corrigida e ou esclarecida. 

Paul era natural da Prússia e foi casado com a nobre Mathilde von Knorring, nascida na capital do Brasil, Rio de Janeiro em 23 de outubro de 1852 e batizada em Florianópolis em 1857. A Frau Schwarzer foi sepultada em São Paulo, em abril de 1919. Mudou-se de Blumenau, pois ficou viúva muito cedo, deixando a residência enxaimel da Rua das Palmeiras, construída em 1858, para sua filha Edith Anna. Seu marido Paul Schwarzer, por sua vez, nasceu em 30 de outubro de 1844 na cidade de Brieg, Prússia e faleceu com 62 anos de idade, em 13 de abril de 1906, em Blumenau.
Edith Anna, filha de Paul Schwarzer e Mathilde von Knorring e herdeira da casa. Esposa de Otto Rohkohl e mãe de Renate Luise Rohkohl.

Contemporâneos da família Schwarzer em Blumenau.
Interessante que é mencionado uma Srta Wendeburg.
O casal Paul Schwarzer e Mathilde von Knorring tiveram 4 filhas:
  • Olga Schwarzer (1873–1953
  • Paula Schwarzer (1879–1956)
  • Alice Olympia Schwarzer (1883–1964)
  • Edith Anna Schwarzer (1887–1945) - Esposa de Otto Rohkohl .


Paul Schwarzer entre os nomes da cultura, tradição e economia de Blumenau do início do século XX. Na foto está também Edith Gärtner, sua vizinha que foi cuidada por sua neta mais velha Renate Luise Rohkohl, quando idosa.




Johann Otto Rohkohl.

A família de Paul Schwarzer passou a residir na ex-casa de Hermann Wendeburg, construída em 1858. Sua filha mais jovem Edith Anna (1887–1945) se casou com o jovem engenheiro alemão da equipe de construção da ferrovia EFSC, Johann Otto Rohkohl, ou Otto Rohkohl em 27 de novembro de 1909, no mesmo ano que foi inaugurado o primeiro trecho ferroviário da estrada de ferro que dirigia. Foi o primeiro diretor da EFSC. Seu sogro Paul Schwarzer tinha falecido 3 anos antes do seu casamento, portanto Otto Rohkohl não chegou a conhecer o sogro. Sua sogra mudou-se de Blumenau. Há indícios que o casal Rohkohl e a filha mais nova, mudaram-se para a Alemanha e permaneceram por lá durante a Segunda Guerra Mundial.
Cemitério Luterano Centro - Blumenau.


Residência exclusiva  dos Dietrich, por algum tempo, até o término da Segunda Guerra Mundial. Os Rohkohl estavam na Alemanha.
Filhas de Otto Rohkohl e de Edith Anna Rohkohl.
Otto Rohkohl e Edith Anna tiveram duas filhas e conhecemos Renate Luise Rohkohl, sua filha mais velha, através do pequeno texto publicado na Revista Blumenau em Cadernos, onde este menciona que Renate Luise desejava encantar uma das sacadas da estação ferroviária de Blumenau com uma trepadeira. Estação que recebeu uma "réplica" fake sobre uma praça pública atual de Blumenau.
Ao tentar conhecer todas as questões desta pequena nota encontramos fatos históricos sobre Johann Otto Rohkohl e de sua filha,  Renate Luise Rohkohl.
Para escrever este texto, fomos visitar, novamente a residência de Renate Luise Rohkohl, casada, Dietrich, parte físico do atual Museu da família Colonial.


Dama da Noite.
"A filha do primeiro diretor da E. de F. "Santa Catarina" contou-nos certa ocasião, que, desejando adornar a varanda da estão com uma bonita trepadeira, escreveu para a Alemanha, para um floricultor conhecido, pedindo-lhe que mandasse o que de melhor houvesse. Vieram as sementes que, germinando, foram tratadas com carinho. quando começaram a florescer, qual foi o espanto da senhora ao constatar que a trepadeira, cuidada com tanto esmero, era uma das plantas mais comuns à margem do rio Itajaí, onde crescia em estado silvestre. No próprio barranco onde ficava atrás da estação havia-as em grande abundância, perfumando o ambiente com suas grandes flores brancas que desabrochavam a noite e se mantinham abertas até o sol se levantar no horizonte."
Residência da Família Schwartzer/Rohkohl/Dietrich (3 gerações de uma mesma família) de 1880 até 1997.
A Casa Wendeburg/Schwarzer/Rohkohl/Dietrich esteve com a família, por 117 anos, abrigando três gerações. A casa foi doada para a municipalidade de Blumenau com tudo o que tinha no seu interior, sabendo nós que ali residiu um engenheiro alemão que ocupou o cargo de direção da EFSC, que se casou com uma filha da família Schwartzer e que foi vizinha dos Gärtner. Entramos na residência da família, agora espaço do Museu da Família Colonial, que não apresenta nada muito específico sobre essa história a partir das atividades destas pessoas. Vimos fotografia de Cônsul Honorário Alemão, mas somente na ex-residência dos Gärtner, onde este cargo foi ocupado pelo sobrinho de Hermann Blumenau, Viktor Friedrich Bruno Gärtner. Não vimos uma fotografia na parede da ex-residência de  Renate Louse Rohkohl, de seus pais, onde ele é apontado, igualmente, como Cônsul, cargo que ocupou por mais de 25 anos, além de suas outras atividades na sociedade de Blumenau dentro de um recorte de tempo histórico. 
Otto Rohkohl.


Para melhor compreensão, além das imagens, vamos mostrar a história da filha mais velha do engenheiro alemão  da EFSC, seu primeiro diretor e Cônsul Honorário Alemão em Blumenau, Renate Luise Rohkohl, último membro da família que residiu nesta incrível tipologia construída com enxaimel em 1958 e que a doou e tudo que tinha no seu interior, à municipalidade de Blumenau
Muito pouco é mencionado sobre esta questão e principalmente, sobre a história destas pessoas. O destaque é direcionado à casa dos Gärtner.
Stammtisch de amigos na frente da sociedade de tiro e entre eles, o advogado Paul Schwarzer. Blumenau - século XIX.


Equipe de execução e projeto da EFSC, 1907 - do livro A Ferrovia no Vale do Itajaí Estrada de Ferro Santa Catarina- Edifurb, 2010.


Como se formou o Museu da Família Colonial?
Museu da família Colonial
Rosalie Julie Auguste Sametzky  e Viktor
Friedrich Bruno Gärtner, 
pais da Edith Gaertner.  

1865 - Dia do casamento. 
Foto Clic RBS
Museu da Família Colonial está localizado no espaço de três edificações históricas, sendo que duas delas, construídas com a técnica enxaimel, com fechamento de tijolos aparentes e a terceira com fechamento de tijolos rebocados, construída em 1920 e foi residência do tio de Edith Gärtner, Reinhold Gärtner, irmão de Viktor Friedrich Bruno Gärtner . 
Uma das edificações construídas com a técnica construtiva enxaimel com fechamento de tijolos aparentes, data de 1864 e foi residência de Viktor Friedrich Bruno Gärtner (1832 - 1888), sobrinho do fundador, casado com Rosalie Julie Auguste Sametzky (1844-1900), Rose na intimidade,  e pais de Edith (1882 - 1967) que ficou residindo na casa da família até 1967, quando faleceu. Viktor foi comerciante, inicialmente com apoio dos Wagner que lhes cederam mercadorias e também foi Cônsul Honorário Alemão em Blumenau. 
Hermann Wendeburg.
Dos dois cônsules que residiram no local do atual museu, este é o único que tem sua fotografia exposta na parede do museu, com o status de Cônsul.
A terceira casa,  objeto de estudo dessa postagem, foi construída em 1858 e foi a residência do braço direito de Hermann Blumenau,  Hermann Wendeburg. Foi adquirida pela família Schwarzer em 1880. O local foi residência dessa família até 1997, quando oficialmente foi transferida para a municipalidade. Nessa casa, igualmente residiu um Cônsul Honorário Alemão em Blumenau e não há indícios desse fato histórico, exposto nos ambientes, como percebido há na outra casa que fora residência de Viktor Friedrich Bruno Gärtner. Também há muito pouco de identificação dos pertences de tão ilustre família no local.
Esta terceira casa é considerada a edificação mais antiga da Colônia Blumenau - ou do Vale do Itajaí. 
Terceira casa, residência do Cônsul Alemão em Blumenau Johann Otto Rohkohl - construída em 1858 por Hermann Wendeburg.
Stadtplatz da Colônia Blumenau - Rua das Palmeiras, um pouco após a metade do século XIX.
















Edith Gärtner.
Em 1950, durante as comemorações do Centenário de Blumenau, Edith Gärtner, doou um terreno de 1.775 m2 à municipalidade de Blumenau, com direito a usufruto. Neste terreno estava construída a edificação de 1864 e de 1920. 
Edith Gärtner faleceu em 15 de setembro de 1967, quando, logo após,  o imóvel foi   incorporado à Fundação Casa Dr. Blumenau, adequando-o ao uso de museu, sem descaracterizar "a residência". A terceira geração da família  Schwarzer residia na casa construída em 1858 e também ainda residia no local o Cônsul Honorário da Alemanha Otto Rohkohl e eram contemporâneos à criação do Museu da família Colonial.
Na fotografia, Rohkohl na companhia de suas duas filhas. Uma de suas filhas, Elise Sigrid faleceu e foi sepultada na Alemanha, junto de sua mãe Edith Anna Schwarzer.
O museu recebeu o nome de  Museu da Família Colonial, que vai muito além dos limites das edificações. Também faz parte do complexo do museu: o Horto Botânico Edith Gaertner, a Biblioteca Pública Municipal Dr. Fritz Müller, o Arquivo Histórico José Ferreira da Silva e a segunda casa, construída na década de 1920, a qual foi residência do sobrinho do fundador, Reinhold Gärtner, irmão de Viktor Friedrich Bruno Gärtner. Finalmente, a terceira e mais antiga edificação, não somente de Blumenau, mas do Vale do Itajaíconstruída somente 8 anos depois da chegada da primeira leva de imigrantes alemães na região, foi encampada ao complexo do museu. A casa que pertenceu a Hermann Wendeburgsecretário de Blumenau, que foi adquirida por Paulo Schwartzer em 1880, que foi herdada por sua filha Edith Schwartzer, que era casada com o Otto RohkohlSua filha, Renata Luisa Rohkohl Dietrich, herdou a casa e fez uma doação do patrimônio à cidade de Blumenau em 1964, com direito a usufruto. 
Após sua partida em 1997, o patrimônio foi incorporado ao complexo do museu, ou ao Patrimônio da Fundação Cultural de Blumenau
Foi restaurada com apoio do Ministério da Cultura - Secretaria de Patrimônio, Museus e Artes Plásticas, Prefeitura Municipal  e Fundação Cultural e entregue à comunidade em 28 de julho de 2003. Há 20 anos atrás. 
Seria muito bom conhecer, o que está no acervo do museu que pertencia à família Schwartzer/Rohkohl/Dietrich. Vimos alguma coisa da EFSC no ambiente do Mausoléu da Família Blumenau, mas nada identificado.

Material do acervo memorial da EFSC expostas no Mausoléu da Família Blumenau, sem identificação. Também existia uma réplica perfeita de um vagão ferroviário que ficava exposta na casa do Reinhold Gärtner, não vimos.

Renate Luise Rohkohl - Casada Dietrich
Renate Luise Rohkohl.
Renate Luise Rohkohl
foi a filha mais velha de 
Johannes Otto Rohkohl e de Edith Anna Schwarzer. Seus pais se casaram em Blumenau no dia 27 de novembro de 1909. 
Seu pai Otto Rohkohl não migrou imediatamente para o Brasil. Fazia parte da equipe técnica que construiu a ferrovia EFSC.
Edith Anna e a pequena Renate Luise.
Renate Luise Rohkohl nasceu em 29 de agosto de 1910. Sua irmã mais nova,  Elise Sigrid Rohkohl  nasceu 6 anos depois, em  9 de maio de 1916. Sua mãe Edith Anna e sua irmã Elise Sigrid faleceram e estão sepultadas na Alemanha.
Em 1930, Renate Luise foi para a Alemanha para estudar, quando conheceu Werner Dietrich durante a viagem. Casaram-se no Rio de Janeiro, capital do Brasil, antes do início da guerra, em 26 de maio de 1934. Renate e Werner mudaram-se para a casa da Rua das Palmeiras, na mesma casa de seus avós e de Hermann Wendeburg. Neste tempo, sua irmã e seus pais residiam na Alemanha.
Não há informações se os Rohkohl mudaram-se para a Alemanha durante o período da guerra ou, o que aconteceu de fato, mas Edith e Elise não retornaram mais para Blumenau. Edith Anna faleceu em 6 de setembro de 1945, como também Elise, no mesmo ano que terminou a guerra. Em um Site de genealogia é apresentada uma suposta filha de Elise que se chama Siegrid. Não há confirmação.
Em 1949 seu pai Otto Rohkohl  imigrou definitivamente para o Brasil, então viúvo. Até então, Rohkohl residia em   Baeuerschestr.2, Blankenburg, Alemanha, onde sua esposa Edith Anna foi sepultada. Também há lacunas de como foi Cônsul Honorário Alemão em Blumenau e depois disto, mudou-se  para a Alemanha. Aparentemente passou os anos do tempo da Segunda Guerra Mundial na Europa. Retornou ao Brasil, com quase 70 anos de idade, viúvo, onde sua família se resumia na família de sua filha Renate Luise que agora assinava Dietrich. O casal Dietrich não teve filhos e como mencionado, Werner Dietrich faleceu em 5 de setembro de 1955, restando na casa, Renate Luise e seu pai Otto Rohkohl.



Viúva e na companhia do pai Otto Rohkohl, que também ainda se mantinha muito ativo, os dois continuaram residindo na casa construída em 1858. 
Em Blumenau, Otto Rohkohl sempre foi muito ativo. Exerceu  o cargo de primeiro gerente da Empresa Telefônica de Blumenau S/A. Foi diretor-conselheiro da Caixa Agrícola e Comercial de Blumenau (depois Banco INCO), membro do primeiro conselho do Hospital Santa Catarina e em primeiro de maio de 1914, assumiu o cargo de Cônsul Honorário da Alemanha em Blumenau, nomeado pelo Imperador Wilhelm II, confirmado em 1921, em título emitido pelo presidente Friedrich Ebert. Deixou o cargo depois de 25 anos de serviços constantes.
Ainda na década de 1950, Renate Luise começou a trabalhar na Artex como desenhista Industrial. Não demorou muito, para se tornar encarregada da Sala de desenhos e criação, até que seu senso de bondade e responsabilidade não permitiu que continuasse no seu emprego.
Parou de trabalhar para cuidar de seu pai  Otto Rohkohl e também, de sua vizinha Edith Gärtner, que não tinha família. Cuidou de Edith Gärtner até 15 de setembro de 1967 e do seu pai até 14 de agosto de 1969, quando faleceram respectivamente. 
Atestado de óbito de Edith Gärtner, faleceu com 85 anos.



Lembramos que seu Opa Paul Schwartzer faleceu em 13 de abril de 1906, antes mesmo, de conhecer  seu pai Otto Rohkohl e sua Oma Mathilde von Knorring que faleceu em 1919, deixando a casa para sua mãe  Edith Anna e depois, com o falecimento de sua mãe em 1945, Renate Luise  herdou a casa, que tomou conta até o dia de sua morte, em 4 de dezembro de 1997.
Renate Luise Rohkohl está sepultada junto de seu pai Otto Rohkohl, no cemitério Luterano Centro - Blumenau.


A carismática Renate Luise Rohkohl sentada em uma das portas da propriedade que pertenceu a Hermann Wendeburg, seu primeiro proprietário e que fora adquirido por seu Opa e Oma em 1880. Fonte: Fundação Cultural de Blumenau - Arquivo Histórico José Ferreira da Silva.
Documento do casamento de Renate Luise e Werner Dietrich.
Edith Anna Schwarzer,  esposa de Otto Rohkohl era filha de Paul Schwarzer (1844–1906) e de Mathilde von Knorring  (1852–1919). A Frau Rohkohl teve mais três irmãs, que foram: Olga Schwarzer (1873–1953), Paula Schwarzer (1879–1956) e Alice Olympia Schwarzer (1883–1964).
Irmã de Edith Anna.
Fonte: Blumenau em cadernos - Tomo VI - N°6
A Casa
Renate oficializou em cartório, a doação de sua residência construída em 1858, para a Fundação Cultural de Blumenau fazer uso após seu falecimento em 1997, quando o patrimônio foi incorporado ao complexo do museu da família Colonial com todo o acervo da família. Isto explica as muitas peças relacionadas a EFSC presentes no local como a perfeita maquete de um vagão da EFSC, e muito pouca informação histórica há no museu sobre esta família benfeitora.

As mulheres sempre estiveram presentes nos acontecimentos da cidade. Trabalhando no campo, no lar, nas fábricas, na educação, na cultura, na saúde e em outras atividades afins. Ela é a grande figura oculta ou visível. Um desses exemplos é a blumenauense Renata Luiza Rohkohl Dietrich, filha do engenheiro e Cônsul alemão em Blumenau Otto Rohkohl e Edith Rohkohl. Herdeira e moradora da mais antiga casa da Blumenau Colônia (1858), num gesto de consciência de preservação da memória da cidade, foi doadora do patrimônio que abriga uma das casas que constituem o Museu da Família Colonial. (Fonte: Arquivo Histórico José Ferreira da Silva / Fundação Cultural de Blumenau)


DIETRICH, Renata Luiza Rohkohl
Nasceu no dia 29 de Agosto de 1918, em Blumenau. Os pais eram Otto Rohkohl da Silésia, da Alemanha e Edith Schwarzer de Blumenau.
O pai foi diretor e engenheiro da estrada de ferro de Blumenau, diretor da empresa Força e Luz de Blumenau e Cônsul da Alemanha em Blumenau.
Em 1930, foi até a Alemanha para estudar. Na viagem conheceu Werner Dietrich, com quem se casou em 1934, no RJ. Em 1953 faleceu o senhor Werner e D. Renata passou a trabalhar na fábrica da Artex, como desenhista Industrial e encarregada da Sala de Desenhos. Depois de trabalhar anos na Artex, saiu para cuidar de seu pai e de uma amiga e vizinha, Edith Gaertner que faleceu em 1964, seu pai faleceu em 1969.
O grande mérito de D. Renata está na doação que fez à cidade de Blumenau em 1964, quando oficializou em cartório a doação de sua residência construída em 1858, para a Fundação Cultural de Blumenau fazer uso após seu falecimento.
D. Renata faleceu dia 4 de Dezembro de 1997 em sua residência na Alameda Duque de Caxias. VER – Jornal de SC do dia 5 de Dezembro de 1997. Pg. 4/b
(amigos prestam homenagem no velório de D. Renate)  Fonte: Arquivo de Blumenau
Muito do acervo do Museu da Família Colonial pode ter pertencido à família Schwarzer/Rohkohl/Dietrich e muito pouco é divulgado sobre, onde, quem  é mais lembrado  é  Hermann Wendeburg,  Edith Gaertner e seu cemitério de gatos.
Residência da família Schwarzer/Rohkohl/Dietrich desde 1880.

Na residência de 1858, não há uma cozinha montada. Esta cozinha está na residência dos Gärtner. Quantos utensílios presentes neste acervo pertenciam a Renate Luise e sua família?



A partir de uma pequena nota de Renate Luise publicada na Revista Blumenau em Cadernos, descobrimos sua história e sua ligação com a história desta linda edificação cuidada por sua família por mais de 100 anos. Fomos até sua casa em 12 de fevereiro de 2023 e vimos a casa e seu acervo com outros olhos. Algumas fotografias do local.

Interior da Casa de 1858.
 





Travessa que pertenceu a filha de Hildegard Spernau Ruediger, Ilse Rudiger, tia de Julius Carlos Krueger, seu único sobrinho.


Tem aspectos de cristais do século XIX. A quem pertenceu?









Único local onde acessamos toda esta história, impresso em um folha do tamanho de um papel ofício. A história está perfeita. É isso.


Renate Luise Rohkohl  - viúva.

O bule azul pertenceu à Wally Krueger, filha de Hildegard Spernau Ruediger, mãe de Julius Carlos Krueger.








Obra óleo sobre tela. Quem pintou?








Parte de um jogo de jantar que serve 12 pessoas. Mesmo estando na casa construída em 1858 esta louça pertenceu à Ilse Ruediger, doado ao museu por Tânia e Júlio Carlos Krueger. Ilse Ruediger era solteira e não teve filhos, deixando o aparelho de jantar para seu único sobrinho Júlio Carlos Krueger, filho de sua única irmã Wally Krueger.
Parte de um jogo de jantar que serve 12 pessoas. Mesmo estando na casa construída em 1858 esta louça pertenceu à Ilse Ruediger, doado ao museu por Tânia e Júlio Carlos Krueger. Ilse Ruediger era solteira e não teve filhos, deixando o aparelho de jantar para seu único sobrinho Júlio Carlos Krueger, filho de sua única irmã Wally Krueger.


Parte de um jogo de jantar que serve 12 pessoas. Mesmo estando na casa construída em 1858 esta louça pertenceu à Ilse Ruediger, doado ao museu por Tânia e Júlio Carlos Krueger. Ilse Ruediger era solteira e não teve filhos, deixando o aparelho de jantar para seu único sobrinho Júlio Carlos Krueger, filho de sua única irmã Wally Krueger.






A quem pertenceu este relógio de bolso?


Pertenceu a Renate Luise, sem identificação.

Com certeza absoluta, esta peça decorativa pertenceu aos Schwarzer, avós  de Renate Luise Rohkohl.



As filhas de Otto Rohkohl e de Ruth Anna. Renate Luise é a primeira de cabelos lisos. Fotografia sem identificação.

Quarto principal para acomodação do casal. Quadro fora do centro.



Armários do conjunto de dormir do casal, quarto principal. A quem pertenceu?






Essa mala foi dos Schwester ou dos Rohkohl?



Quem usou esta cadeira?

Esposa  e filha Renate do Cônsul Otto Rohkohl, que não possui nenhuma fotografia sua no espaço.

Um tempo atrás. Sem identificação, que uma destas meninas doou todo este espaço à municipalidade.





Óculos de Renate Luise Rohkohl.


Não conseguimos imagem melhor porque é inacessível pela "cordinha" Documento que comprova a doação feita em vida por Renate Luise à cidade de Blumenau.




Misturaram peças de origens distintas no museu, que deveria estar formado pelo acervo da família que doou. E misturando não identificaram as famílias doadoras. Esta licoreira pertenceu à  Hildegard Spernau Ruediger (1898-1969),  mãe de Ilse Ruediger e Wally Krueger, solteira Ruediger.

Misturaram peças de origens distintas no museu, que deveria estar formado pelo acervo da família que doou. E misturando não identificaram as famílias doadoras. Esta licoreira pertenceu à  Hildegard Spernau Ruediger,  mãe de Ilse Ruediger e Wally Krueger, solteira Ruediger.


Escada de acesso à mansarda/sótão.





Seria esta mesa a mesa de trabalho do engenheiro da EFSC?




Circulação. Na frente a porta que acessa a casa pela rua. Lados esquerdo e direito, acessos para dois quartos localizado em cada lado do corredor. No extremo oposto a entrada da casa, está localizada a escada que dá acesso à mansarda/sótão. Esta planta não característica da região. Vimos residências enxaimel com distribuição de ambientes semelhantes no Alto Vale do Itajaí.



Forro trabalhado a partir da colocação das peças "macho/fêmea".









Terreno ao lado da propriedade que foi de Renate Luise Rohkohl. Seus avós foram vizinhos do fundador Hermann Blumenau. Área onde estava a casa de Blumenau.



Acervo da EFSC está no Mausoléu da Família Blumenau
Onde está o resto?

Parte externa da casa que foi de Renate Luise Rohkohl







 Clicar sobre o livro - para ler.


Um registro para a História.

Referências

  • Centenário de Blumenau. 1850 – 2 de setembro – 1950. Edição da Comissão de festeiros. Blumenau, 1950. Administração Frederico Guilherme Buch.
  • GERLACH, Gilberto Schmidt, Colônia Blumenau no Sul do Brasil / Gilberto Schmidt-Gerlach, Bruno Kilian Kadletz, Marcondes Marchetti, pesquisa; Gilberto Schmidt-Gerlach, organização; tradução Pedro Jungmann. – São José : Clube de Cinema Nossa Senhora do Desterro, 2019. 2 t. (400 p.) : il., retrs.
    HUMPL, Max. Crônica do vilarejo de Itoupava Seca: Altona: desde a origem até a incorporação à área urbana de Blumenau; Méri Frotscher Kramer e Johannes Kramer (orgs.). – 1.ed. – Blumenau (SC) : Edifurb, 2015. – 226 p. : il.
  • SANTIAGO, Nelson Marcelo. ACIB – 100 Construindo Blumenau. Blumenau. Editora Expressão, 2001. 204p il.:
  • SILVA, José Ferreira. História de Blumenau. -2. ed. – Blumenau: Fundação “Casa Dr. Blumenau”, 1988. – 299 P.
  • VIDOR, Vilmar. Industria e urbanização no nordeste de Santa Catarina. Blumenau: Ed. da FURB, 1995. – 248p. :il.
  • WETTSTEIN, Phil. Brasilien und die Deutsch-brasilieniche Kolonie Blumenau. Leipzig, Verlag von Friedrich Engelmann, 1907.
  • WITTMANN, Angelina. Centro histórico de Blumenau – Stadtplatz – Ontem e Hoje.  1 de março de 2015. Disponível em: https://angelinawittmann.blogspot.com/2022/02/correspondencia-oficial-25-de-fevereiro.html 
  • WITTMANN, Angelina. Correspondência Oficial – 25 de fevereiro de 1876 – Hermann Bruno Otto Blumenau – com Palavras Ásperas.  6 de fevereiro de 2022. Disponível em: https://angelinawittmann.blogspot.com/2022/02/correspondencia-oficial-25-de-fevereiro.html 
  • WITTMANN, Angelina. Fritz e Hermann – Dois Personagens da História de Santa Catarina.  14 de novembro de 2014. Disponível em: https://angelinawittmann.blogspot.com/2014/11/fritz-e-hermann-dois-personagens-da.html 
  • WITTMANN, Angelina. Hermann Bruno Otto Blumenau – Primeiro Negociante de Terras no Vale do Itajaí.  2 de fevereiro de 2019. Disponível em: https://angelinawittmann.blogspot.com/2019/02/hermann-bruno-otto-blumenau-primeiro.html 
  • WITTMANN, Angelina. História – Blumenau SC.  29 de agosto de 2018. Disponível em: https://angelinawittmann.blogspot.com/2019/02/hermann-bruno-otto-blumenau-primeiro.html 
Sob Revisão...

Sou Angelina Wittmann, Arquiteta e Mestre em Urbanismo, História e Arquitetura da Cidade.
Contatos:
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@AngelWittmann (Twiter)



Chegou o livro “Fragmentos Históricos – Colônia Blumenau” – Primeiro Lançamento em Blumenau - em 9 de março de 2023 - Fundação Cultural de Blumenau / MAB

Agradecemos e a todos que nos inspiraram e incentivaram para esta publicação. Colocaremos nas Bibliotecas das Escolas Municipais e nas principais bibliotecas de Blumenau.







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