domingo, 1 de março de 2015

Centro histórico de Blumenau - Stadtplatz - Ontem e Hoje

Rua das Palmeiras - Atualmente é corredor obrigatória de linhas do transporte público, cujos veículos passam rente às ultimas tipologia do conjunto do patrimônio histórico existente no local. Para viabilizar o sistema de vias foram retiradas palmeiras históricas.
Há muito tempo comentamos e dissertamos sobre o Centro Histórico mais antigo do Vale do Itajaí, que por um bom tempo foi conhecido como o Stadtplatz da Colônia Blumenau - Atual Rua das Palmeiras e seu entorno imediato.
Em  fevereiro de 2015 fizemos imagens do local histórico, para ilustrar sua realidade no tempo presente. Também adicionamos imagens atualizadas, no decorrer de sua história - a partir de 2015.
Stadtplatz - visto a partir da Igreja Luterana - Espírito Santo, em dezembro de 2018.
Vamos relembrar esta História através de imagens e comentários atuais do local, espaço  importante não somente para a cidade de Blumenau, mas para o Vale do Itajaí, onde desembarcaram parte dos primeiros imigrantes que povoaram toda a região, desde alemães, italianos, poloneses, austríacos entre outros.

Relembrando...
Stadtplatz

O Stadtplatz foi o primeiro núcleo urbano da Colônia Blumenau - cujo território abrangia, mais ou menos, o território da atual região do Vale do Itajaí. Os primeiros imigrantes participaram diretamente da construção e espacialização dos primeiros elementos urbanos. O parcelamento foi iniciado em 1852 através da medição e demarcação dos lotes. 
Colônia Blumenau em 1905 - Rio do Sul não estava no Mapa de José Deeke.

Alto Vale - Colônia Blumenau - Início do Século XX.

Ribeirão Fresco - Fevereiro de 2015
O mau cheiro não é transmitido na fotografia


O rio Itajaí Açu e os ribeirões Garcia, Fresco (atualmente - esgoto a céu aberto), Velha e Bom Retiro foram de grande importância na definição do traçado do Stadtplatz em 1852, registrado no primeiro mapa (1864). O traçado dos primeiros lotes urbanos surgiu a partir da localização e orientação do rio Itajaí Açu e ribeirões. Este cuidado estava relacionado à acessibilidade através destes caminhos naturais, e também, a facilidade do livre acesso à água potável, para fins de uso doméstico na propriedade e para irrigação da plantação. 





Stadtplatz Blumenau Fotografia da Família Odebrecht 
Encontrada na casa de familiares na Alemanha - Um conjunto de edificações construída com a técnica construtiva enxaimel - características das primeiras edificações da colônia fundada por Hermann Blumenau - na área central da colônia, ou mais, em áreas mais afastadas do centro da colônia. Na virada do século XIX para o século XX, quando começaram a definição das classes sociais no local e surgiram os comerciantes e industriais, com estes também os "novos" ricos" definindo as classes sociais, também surgiu o estilo Art Decó. Estilo adotado pela nova classe da sociedade da Colônia de Blumenau. As casas da Colônia de Blumenau, em suas principais centralidades não eram mais construídas no enxaimel, mas eram edificações autoportantes, rebocadas e seguiam o estilo internacional. Lembramos também que o enxaimel sem o reboco, não significa que seus proprietário as deixavam assim porque não tinha condições de rebocá-las, como muitos "chutam" Mas sim, por tratar-se de uma herança cultural da região norte da Alemanha -região de onde vieram muitos prussianos, no início da segunda metade do século 19. A Prefeitura de Berlim, por exemplo, é uma construção majestosa com tijolos amostra. Também, muitas tipologias - como a "Casa Husadel" - foram rebocadas, por  - talvez o construtora não dominar outra técnica construtiva, ou por ser mais em conta, rebocar o histórico enxaimel e prove-lo de adornos, tornando um "tipo do novo estilo vigente.
Os primeiros lotes da Colônia Blumenau foram entregues aos colonos em 1852. No início da colonização, as famílias residiam na sede da colônia - No Stadtplatz e deslocavam-se diariamente até sua gleba de terra para o trabalho na plantação. À medida que os novos imigrantes chegavam à colônia, iam sendo demarcados os lotes urbanos e rurais ao longo das picadas já abertas, formando as linhas coloniais, onde os colonos passavam a ir à sede somente nos finais de semana. Este traçado ia tomando a forma de“espinhas de peixe”.
O traçado dos primeiros lotes coloniais ocupavam os vales - pela presença da água e fazia surgir um traçado tipo "Espinha de peixe".
Faziam parte desta centralidade da Colônia Blumenau:
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Porto: Local onde aportavam e partiam os imigrantes rumo a Itajaí e de lá para outras partes do Brasil e exterior, quase sempre para Alemanha. 
O porto estava localizado às margens do Itajaí Açu, na foz do ribeirão Garcia. De frente para o "boulevardHermann Wanderburg - Rua das Palmeiras, atual Alameda Duque de Caxias. Rua onde os lotes coloniais foram logo ocupados, por casas comerciais, residências e igreja. No terreno situado às margens do Rio Itajaí foi criado um espaço público através de uma praça linear ao rio. Ponto de encontros, e pequeno comercio local. O Porto, depois do rio Itajaí Açu, foi o primeiro elemento e se firmar como elemento estruturador da cidade. A primeira área a ser ocupada foi em suas proximidades, foz do ribeirão Garcia.
Porto antes de 1890 - na outra margem a "Prainha".
Rua das Palmeiras - Final do Século XIX
Boulevard Hermann Wanderburg - Rua das Palmeiras: Atual Alameda Duque de Caxias. Grande avenida desenhada aos moldes das grandes avenidas francesas. Com duas largas pistas de rodagem, sem ainda ter a presença do automóvel, somente de veículos tracionados a animal -  separadas por duas fileiras de palmeiras e um caminho para pedestres. O início do boulevard se dava no porto, como marco “ zero” da cidade.  no lado oposto - estava a igreja. Sua implantação considerou a orientação do porto, paralelamente ao ribeirão Garcia, orientando de certa forma a ideia de rua principal paralela ao rio ou ao ribeirão. Conforme analisou Peluso e outros pesquisadores, as cidades de colonização alemã apresentam crescimento linear e radial de acordo com a estruturação, geralmente, percebida nas cidades da Alemanha. Os eixos são orientados paralelamente aos cursos d´água. Este fato também é citado por Del Rio, p. 82.


Stadtplatz no ano de  1864 



Rua das Palmeiras - 1880 - Após enchente

Rua das Palmeiras - Final Século XIX.






Rua das Palmeiras - Ano 1900.
Rua das Palmeiras - Fevereiro de 2015.
Rua das Palmeiras - Fevereiro de 2015.


Rua das Palmeiras sendo preparada para o fluxo do transporte público. Neste momento foram retiradas palmeiras do canteiro principal para facilitar o trânsito de ônibus.
Março de 2014.

Rua das Palmeiras - Fevereiro de 2015.
Agosto de 1958 - Blumenau em Cadernos.
Rio Itajaí Açu: O primeiro grande elemento natural estruturador do primeiro núcleo da Colônia Blumenau. Responsável pela viabilização do Porto. Elemento focal natural importante e direcionador na estruturação posterior do Stadtplatz, como também de outros tantos núcleos urbanos que nasceram ao longo de suas margens de rios no interior do Vale do Itajaí para o norte e oeste. Esta acessibilidade facilitou a formação da rede de povoados que deu origem a rede de cidades no Vale do Itajaí. 


Stadtplatz com a localização da Ponte Coberta.
Ponte sobre Rib. Garcia.

Ponte esquecida na paisagem - parte do projeto de revitalização da Praça Hercílio Luz - da foto acima - sob a ponte caminho que acessam até o local do lote colonial de Hermann Blumenau - foto de 2017.

Centro Histórico de Blumenau - paisagismo de outro período históricos com os locais da intervenção em andamento - construção paliativa de um nova ponte - Projeto sem qualquer noção - com o NORTE voltado para baixo - Intervenção apresentada para ponte nova junto a ponte existente para  Centro histórico em 2018










Fonte de alimento e água para irrigação da plantação do imigrante.
O rio, desde o primeiro momento, foi importante para o desenho da cidade, que no primeiro mapa do Stadtplatz, de 1864, foram detalhados com quase precisão, a localização de todos os cursos d´água.

Ribeirão Garcia: Tal como o rio Itajaí Açu tem sua importância como elemento focal natural, fonte de irrigação da lavoura, elemento estruturador das ruas, no traçado do lotes. As ruas foram quase todas, orientadas, adequando-se acessibilidades ao ribeirão
Foz do Ribeirão Garcia - 1869.
Comentário: Observa-se a intenção de promover a ligação entre o porto e a via principal (rua das Palmeiras), sendo que esta é orientada paralelamente ao ribeirão Garcia, forçando o desenvolvimento da malha no sentido do vale do ribeirão Garcia, ocupando as partes planas e baixas do sítio físico. Estas com um traçado que permitisse o acesso à água por todas as propriedades. Resultado: lotes estreitos e profundos.
Rib. Garcia - Fevereiro de 2015.
Praça da Fonte: Foi criada uma pequena praça, hoje inexistente em função do tráfego de veículos (tragada pelo sistema viário atual) entre o boulevard e o porto. Ponto de encontro, interação e lazer. Inserida no espaço do Stadtplatz, respeitando a escala local. Munida de equipamentos urbanos, como: bancos, canteiros e fonte d´água.
Praça da Fonte
Foto: Arquivo Histórico
O conjunto dos elementos formadores da malha urbana do Stadtplatz - primeiro núcleo urbano de Blumenau e do Vale do Itajaí, tem características muito bem delineadas no que tange a ao espaço público e privado na paisagem predominante.
Neste primeiro momento de urbanização, antes do uso e do surgimento da Rua XV de Novembro, tradicional rua de comercio de Blumenau, percebe-se que o não havia uma preocupação em demarcar um local na cidade estritamente comercial. 
Segundo  José Ferreira da Silva, os terrenos eram distribuídos de maneira aleatória aos colonos que escolhiam aqueles que mais lhe agradavam. Criando com isto, pontos de áreas verdes não ocupados, entrecortando as propriedades ainda com características rurais neste primeiro momento da história da formação da malha urbana de Blumenau. A Rua XV de Novembro era então - conhecida por Wurststrasse, somente uma picada na mata margeando o rio Itajaí Açu, rumo à foz do ribeirão da Velha.

A Ponte Coberta

A pequena ponte coberta fazia a ligação das duas margens do Ribeirão Fresco e permitia que a comunidade residente junto à Rua das Palmeiras chegassem a Igreja Luterana, da qual tinha-se uma vista privilegiada do Boulevard Hermann Wanderburg - Rua das Palmeiras.
Ponte  coberta de madeira sobre o Ribeirão fresco - atualmente canalizado.
Croqui ilustrando local aproximado da ponte coberta de madeira.
Ribeirão Fresco - Fevereiro de 2015.
O mau cheiro não é transmitido na fotografia.


Acesso à Igreja Luterana Centro
Pessoas que chegavam do Stadtplatz


Acesso à Igreja Luterana Centro - Vista do local da Ponte Coberta.



Vista da Igreja - Direção Stadtplatz - Fevereiro de 2015.
As edificações

Como já mencionamos, a casa permanente do imigrante das primeiras décadas era construída com a técnica em enxaimel. O enxaimel consiste basicamente, na articulação de peças de madeira horizontais, verticais e inclinadas, formando um sistema rígido, preenchido com materiais de vedação, desde taipa adobe, madeira ou tijolos maciços.
A implantação da casa e das outras instalações domiciliares eram realizadas de forma despretensiosa, nas áreas planas da propriedade e, raramente eram feitas nos aclives, com nítida tendência ao isolamento. 


Em um primeiro momento, os fechamentos eram confeccionados em taipa e dobe. Foi por pouco tempo, logo o imigrante começou confeccionar tijolos e telhas em olarias. As paredes externas passaram então e ser feitas em tijolos aparentes na cor natural.
edificação era feita elevada do chão através de baldrames apoiados sobre pedestais apoiados sobre pedestais de tijolos ou pedras, com isto criando dificuldade para entrada de insetos e cobras, e promovia o isolamento contra a umidade do solo, aumentando a vida útil da madeira. Seu perfil era caracterizado por telhados pontiagudos de duas águas, com o lado da calha voltado para a rua. A cobertura era feitos com telhas duplas, curvadas na parte inferior (conhecida telhas alemãs, germânicas ou cauda de castor), prolongando-se até os beirais apoiados em elementos de madeiras conhecidas como “cachorros”.
As aberturas são usadas nas fachadas de forma simétrica em relação a porta. Apresentam as mesmas dimensões, com a abertura das folhas voltadas para o lado externo da casa. As primeiras casas tinham aberturas de madeira, mais tarde surgiram casas com aberturas com vidros de pequeno tamanho.
porta principal quase sempre era adornada e localizada ao centro da fachada principal. Às vezes era complementada por pequenas esquadrias.
Os volumes das primeiras edificações do Stadtplatz apresentavam quase sempre os mesmos elementos tipológicos. Da rua, como já visto anteriormente, se atravessa um jardim, em direção à porta, na maioria das vezes protegidas por uma varanda ou pequena cobertura.
A espacialização interna também segue, quase sempre uma mesma tipologia. Na parte frontal localiza-se a sala e um dos quartos. Na parte posterior, está a cozinha, a copa e uma escada íngreme que leva ao piso superior, o sótão. O sótão geralmente utilizado como o quarto dos rapazes ou depósito de produtos agrícolas - ao longo de nossas pesquisas - nos surpreendemos ao constatar outras distribuições dos ambientes, mesmo construídas com a técnica construtiva enxaimel - influencia da casa portuguesa/brasileira - Alto Vale do Itajaí - a partir do contato com a região da Serra Catarinense. Nesta tipologia percebemos a presença do quarto do hóspede na parte externa da casa - junto à varanda e na parte frontal interna - uma fileira de quarto ao longo de um grande corredor. 
Prosseguindo - A varanda era utilizada nos períodos de lazer, aos domingos e após o trabalho. Geralmente decorada com gradis de madeira adornados. Protegia a casa dos excessos de sol e chuva.
A decoração interna da casa apresentava paredes com pintura, cortinas claras, móveis de madeira pesada, assoalho de tábuas largas e tetos de madeiras. 
As construções em enxaimel foram utilizadas nas mais variadas funções: desde casas de comércio, escolas, salões de baile até em igrejas.
A região do Stadtplatz da Colônia Blumenau tinha muitas construções com a técnica enxaimel. Atualmente, há poucos. Aparentemente, na Rua das Palmeiras - as edificações do Museu da Família Colonial e a tipologia restaurada pela Igreja Batista, antigo Bar Kriado.

Imagens do Centro Histórico de Blumenau - Fevereiro  2015

Acesso a Igreja Luterana do Centro - Quando construída era o centro da Colônia Blumenau - Stadtplatz.
Acesso das pessoas que vinham a pé do Boulevard Hermann Wanderburg - Rua das Palmeiras.
Igreja Luterana do Centro - Fevereiro de 2015.



























Ribeirão que as pessoas atravessavam, através de uma ponte coberta de madeira, para assistir os Cultos na Igreja Luterana do Centro - Ribeirão Fresco.
Fevereiro de 2015.
Vista a partir da Igreja Luterana do Centro para o Centro Histórico, muito bem sinalizado. Observamos dois novos edifícios no Centro Histórico. Desconhecíamos que havia mudado o plano diretor e aberto a permissão da construção. Lembramos que a construção do Ed. América foi interditado há décadas exatamente por esta razão - Região do Centro Histórico do Vale do Itajaí e também de Blumenau. Edifícios com alturas de 10 pavimentos. 
A rua, que dá acessibilidades aos mesmos é nova e foi construída no meio do terreno que pertenceu ao BEC. Até bem pouco tempo, eram terrenos públicos, no qual poderia assentar outro parque  nos moldes do Ramiro Ruedger para atender a população do sul do município.
Palmeiras doentes - Com folhas amareladas  - Edifícios novos com mais de 10  pavimentos aos fundos
Fevereiro de 2015.

Final da Rua das Palmeiras, passagens de veículos de transporte coletivo.

Palmeiras doentes - Com folhas amareladas   - Fevereiro de 2015.

Palmeiras doentes - Com folhas amareladas 
Rua das Palmeiras - Fevereiro de 2015.




Palmeiras doentes - Com folhas amareladas - Edifícios novos com mais de 10 pavimentos aos fundos.
Fevereiro de 2015.

Palmeiras doentes - Com folhas amareladas .

Palmeiras doentes - Com folhas amareladas. 

Fevereiro de 2015.


Palmeiras doentes - Com folhas amareladas - Fevereiro de 2015.

Rua das Palmeiras - Fevereiro de 2015.

Palmeiras doentes - Com folhas amareladas  - Rua das Palmeiras - Fevereiro de 2015.

Palmeiras doentes - Com folhas amareladas - Fevereiro de 2015.

Palmeiras doentes - Com folhas amareladas - Rua das Palmeiras - Fevereiro de 2015.

Terreno "Vazio" atrás do muro
Fevereiro de 2015


Terreno vizinho - Também vazio
Fevereiro de 2015
Atrás do muro - está vazio - Fevereiro de 2015.
Fevereiro de 2015.


O muro dos terrenos vazios - Fevereiro de 2015.
Fevereiro de 2015.


Fevereiro de 2015.


























Patrimônio da Igreja Adventista do Sétimo Dia. A edificação do Patrimônio Histórico Arquitetônico foi recentemente  restaurada.
No local funcionava entre os anos de 1979 e 1993 - o Bar Kriado e também, a galeria de artes Ki-Kriei.
Antes disto, de 1940 até 1970, foi a residência do casal  Werner Garni e sua esposa   Benardine Garne, que representavam a "Oma" e o "Opa" Garni, nos Oktoberfest Blumenau. A construção data de 1910 - Tombada pelo FCC.













Fevereiro de 2015.




Residência do Engenheiro Joaquim Breves Filho - engenheiro brasileiro que assumiu a construção a Estrada da Ferro Santa Catarina, quando este empreendimento foi encampado pelo governo brasileiro durante a Guerra Mundial. Foi um indicação política - filho de politico da capital do Brasil.
Antes de apresentar a sua residência, tombada pelo FCC, em perfeito estado de conservação e sede do Sindicato dos Têxteis de Blumenau - Sintex, vamos conhecer um pouco parte da História do Sr. Breves Filho, partir do livro - A Ferrovia no Vale do Itajaí - Estrada de Ferro Santa Catarina
O Engenheiro fez parte da história da construção da EFSC e foi o engenheiro designado pelo governo brasileiro responsável por várias mudanças no traçado apresentado no projeto inicial da ferrovia no Vale do Itajaí - Engenheiro formado no Rio de Janeiro. O engenheiro tinha estreitas relações com a família Konder, de Itajaí, e assumiu o comando da construção da EFSC promovendo alterações de projeto na segunda parte da construção da ferrovia. 
Nessa época, o Victor Konder fora nomeado Ministro de Obras e Viação na Capital brasileira, e mantinha laços de amizade com a família Breves e laços familiares. 
Fevereiro de 2015.


Fevereiro de 2015.
Fevereiro de 2015.


Fevereiro de 2015.





Fevereiro de 2015.




Localização Residência de Breves Filhos.

















Casarão 
Fevereiro de 2015.
Localização do casarão.

Fevereiro de 2015.


Fevereiro de 2015.

Fevereiro de 2015.




Fevereiro de 2015.

Residência de Alwin Schrader






Antiga sede comercial de  Louis Hermann Schtleben e de Agnes Sachtleben. Construído no final do Século XIX. Arquitetura de linguagem eclética. Início da Rua XV de Novembro - Estado de conservação ruim - entrando no estado de ruinificação.
Casarão Sachtleben - Fevereiro de 2015.



Casarão Sachtleben - Fevereiro de 2015

Casarão Sachtleben - Fevereiro de 2015

Notícia 2018
"Antigo casarão ameaça estrutura do Museu de Hábitos e Costumes no Centro de Blumenau
Defesa Civil vai solicitar acesso ao imóvel vizinho para avaliar a influência dos estragos causados pela infiltração na área
Matéria Adriano Lins
23/09/2018 - 19h33 - Atualizada em: 24/09/2018 - 11h23
Um impasse judicial entre a Fundação Catarinense de Cultura (FCC) e o proprietário de um casarão tombado como Patrimônio Cultural do Estado tem causado preocupação na direção do Museu de Hábitos e Costumes, de Blumenau. Segundo a professora Sueli Petry, diretora do Arquivo Histórico e Museus, nos últimos dois anos ela tem notado as infiltrações na parede que fica colada com o imóvel, além do chão de madeira que está cedendo.
– São mais de sete mil peças no acervo do museu que precisamos zelar. É uma preocupação contínua por causa da umidade. Estamos sempre pintando a parede por causa disso, mas agora está impossível. Preferimos tirar e colocar num espaço e aguardar o problema ser resolvido, do que correr o risco de perder estas peças – completa Sueli Petry.
O imóvel número 41 da Rua XV de Novembro foi tombado em 2000, com o objetivo de resguardar algumas características do Centro Histórico de Blumenau e desde 2006, uma ação na justiça busca a anulação do tombamento da propriedade, que sem a manutenção devida sofre com a ação do tempo.
Em contrapartida, a FCC também entrou com uma ação em 2008, solicitando o restauro do local por parte do proprietário. O entrave jurídico colaborou para esta situação que o imóvel se encontra, correndo o risco de desabar, conforme afirma o advogado Evaristo Kuhnen, que representa o proprietário do casarão.


Casarão fica ao lado do museu.
Estrutura do casarão fica ao lado do Museu de Hábitos e Costumes.
(Foto: )
– Todos os dias corre o risco daquilo cair, estamos pedindo que o judiciário acelere este processo o mais rápido possível. Buscamos além da anulação do tombamento, uma indenização de reparação pelo tombamento. Já apresentamos laudos, que apontam que o imóvel é irrestaurável, mas o juiz não aceitou – diz Kuhnen.
Quem passa pelo Centro Histórico de Blumenau percebe o estado de abandono da propriedade, as paredes danificadas, rachaduras, o telhado prestes a ceder e a pintura descascada denotam o estado crítico. Uma realidade que poderia ser evitada com uma conciliação entre as partes envolvidas.
– Chegamos numa situação, que o estado do imóvel é deplorável, com problemas inúmeros. Além disso, causando problemas aos vizinhos. A FCC por diversos momentos notificou o proprietário para fazer conversação e restauro, mas sem êxito. Temos uma situação que se arrasta por anos, o tombamento apesar de impor algumas limitações ao proprietário, não determina o engessamento do terreno ou edificação – argumenta Diego Fermo, gerente de patrimônio da FCC.
O presidente da Fundação Cultura de Blumenau, Rodrigo Ramos diz que desde 2006 a fundação vem solicitando a reforma, mas até o momento nada foi feito.


Técnicos da Defesa Civil vistoriam o Museu de Hábitos e Costumes.
Técnicos da Defesa Civil vistoriaram o museu na última semana.
(Foto: )
– O município nunca foi omisso, sempre alertamos sobre a situação. O nosso problema é o excesso de infiltração que corre pro nosso prédio, uma estrutura de madeira, que também está apodrecendo. Daqui a pouco teremos que avaliar se vamos interditar. A todo instante corremos um risco iminente de ocorrer um problema mais sério – alerta.
Outro imóvel que é vizinho do casarão abriga a Câmara de Vereadores de Blumenau. Segundo a empresa Ibiza administradora de bens, responsável pelo prédio, o local não tem sido muito afetado pelas condições de abandono do imóvel ao lado, pois em 2011 uma reforma reforçou a parede que fica colada a propriedade, justamente para evitar problemas com infiltração. Mas admite preocupação com o futuro do local.
– Antes da reforma tínhamos problema com a infiltração, hoje não temos mais, mas é claro que afeta a cidade como um todo, desvalorizando a região. Além disso, não sabemos quais as consequências para o imóvel, caso o casarão venha a cair – diz Amanda Sartorti, advogada da empresa.

Defesa Civil avalia situação

Pela segunda vez, a Fundação Cultural acionou a Defesa Civil do município para avaliar os estragos causados pelo mau estado de conservação do casarão ao lado do Museu de Hábitos e Costumes. Segundo o presidente da fundação, Rodrigo Ramos, com o laudo será possível tomar as medidas cabíveis.
– Com a avaliação da estrutura do prédio, vamos ver se será necessário interditar ou evacuar o local. Se for constato que foi um problema causado pelo casarão também teremos que acionar a justiça – afirma.
Na última sexta-feira, a Defesa Civil, juntamente com o Corpo de Bombeiros estiveram no Museu de Hábitos e Costumes, na visita não foi possível extrair as informações necessárias para uma avaliação concreta.
No local, os técnicos decidiram que será necessário solicitar acesso ao casarão, para poder mensurar a influência do estado da propriedade no prédio que abriga o museu. No prazo de 10 dias, uma solicitação será enviada para os representantes da propriedade, com o intuito de dar andamento na vistoria."
A pressão para demolir - e o descaso com conjunto do patrimônio histórico do Stadtplatz - Centro Histórico do Vale do Itajaí. Capítulo escrito no ano de 2018.Publicação NSC Notícias.
Casarão Sachtleben - Fevereiro de 2015.


Fevereiro de 2015.
Casarão Sachtleben - Fevereiro de 2015.




Casarão Sachtleben - Fevereiro de 2015.








Edifício América - Obra embargada há décadas por construir em área Histórica - Fevereiro de 2015.




Casarão do Comércio Salinger - Importação e exportação - localizado estrategicamente, junto ao porto fluvial, que durante as primeiras décadas, foi a única "porta" de acesso a Colônia Blumenau.Construção do final do Século XIX.
Fevereiro de 2015.






Fevereiro de 2015.




Casarão Walter Schmidt
Casa de Walter Schmidt - Fevereiro de 2015.

























Esta varanda tinha vista voltada para o porto fluvial.





Grande Hotal - Construídos no terreno do antigo Hotel Holetz - Projeto do arquiteto Hans Broos - Primeira construção do modernismo em Santa Catarina - Estado de conservação ruim - Fevereiro de 2015.










Rua das Palmeiras - Corredor de Transporte Coletivo.

Uma das últimas tipologias originais históricas no Local - Museu da Família Colonial - Fevereiro de 2015.







Para ler mais sobre - Clicar sobre: Museu da Família Colonial


Palmeiras da Rua das Palmeiras - aparentam estarem doentes. Algumas estão pequenas com folhas amarelas - Fevereiro de 2015.
Hotel Oliveira - Umas das últimas tipologia eclética, preservadas junto à Rua das Palmeiras.









Rua das Palmeiras - Centro histórico de Blumenau - Fevereiro de 2015.


Rua das Palmeiras - Centro histórico de Blumenau - Fevereiro de 2015.

Rua das Palmeiras - Centro histórico de Blumenau - Fevereiro de 2015.

O Stadtplatz ou Centro Histórico de Blumenau...
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  13. Museu de Hábitos e Costumes - Momentos de sua inauguração
10 de agosto de 2015























Testemunhos vivos daquele tempo - palmeira no pátio da igreja luterana.






















4 comentários:

  1. Caríssima Angelita

    Seu blog é uma riqueza para o conhecimento da história de nossa cidade de Blumenau.
    Esse post me dá uma enorme tristeza ao confirmar o que sei há anos: a crescente degradação do Centro Histórico, cujo simbolo máximo é o horroroso esqueleto do inacabado Edifício América - que a meu ver deveria ser demolido, pois mesmo que fosse completado seria um monstro cada vez mais estranho àquele espaço.

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    1. Ficamos felizes que tenha gostado. Sabe por que o Blog existe, entre tantas coisas? Para ensinar mais a pessoas, através da história, conhecendo-a...amar mais a cidade e seus ícones, marcos, espaço e com isto, cuidar mais, preservar, construir, humanizar. De repente, um dia, consigamos. Não é possível que todos fiquem tão passivos....Abraços

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  2. é uma pena que o telhado da casa Sachtleben tenha desabado... Adorei o blog! Parabéns!! Adoro pesquisar sobre a história da cidade

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    1. Que bom que aprecias. Também lamentei o desabamento e degradação desta tipologia do patrimônio histórico de Blumenau.
      Abraços.

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