terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

Brasão da Cidade de Ascurra SC - feito pelo heraldista Edison Mueller.

Casarão construído por Giovanni Buzzi e o Brasão de Ascurra.
Observando nos registros em livros e revistas deparamo-nos com a história da criação do Brasão de Ascurra, cidade localizada no Médio Vale do Itajaí e sobre a qual já escrevemos algumas postagens para este espaço - links disponíveis no final deste.  Lembramos que os primeiros imigrantes italianos chegaram ao local, conduzidos pelo fundador da Colônia Blumenau - Hermann Blumenau, em 1876. Dois nomes destacaram-se na sua história: Giovanni Buzzi, construtor de belíssima casa acima e que está em processo de ruinificação. O vídeo para registro está abaixo. A outra personalidade é o professor e Padre José Maria Jacobs  - Pároco da Colônia Blumenau e um dos incentivadores da educação em toda a colônia fundada por Hermann Blumenau. Muito pouco reconhecido na História formal.

Vale apena ver esta entrevista sobre o Casarão de Giovanni Buzzi

O nome - Ascurra (Localidade do Paraguai) - foi sugerido por Hermann Blumenau para homenagear as tropas brasileiras e celebrar uma vitória decisiva em batalha da Guerra do Paraguai - contra as tropas de Solano Lopes, em 1869. Muitos homens da região do Vale do Itajaí, fizeram parte das tropas - conhecidos Voluntários da Pátria, que foi organizada por Hermann Wendeburg e Emil Odebrecht.
Lotes Coloniais definidos em 1874 pelos agrimensores da Colônia Blumenau - Local marcado da propriedade do colono Ermenegildo Poffo e da Igreja Matriz de Ascurra.
No dia 16 de abril de 1919 foi criado o Distrito de Ascurra, pertencente à Blumenau - pela lei municipal N°120. Existe registro do Distrito de Ascurra como de Blumenau, no Recenseamento Geral de 1920. Em 5 de outubro de 1929, o Distrito de Ascurra é extinto, pela Lei Estadual N° 1650. Volta a existir, no ano de 1933, em 4 de agosto, no território de Blumenau. A regulamentação é feito pelo Decreto Estadual N° 403. Poucos meses depois, em 28 de fevereiro de 1934, Ascurra é desmembrada de Blumenau para formar o município de Indaial. 
Ascurra se tornou município em 1° de abril de 1963, pela Lei Estadual N° 878, desmembrando-se de Indaial. Sua área territorial é de 111,67 Km2 - Altitude de 88m acima do nível do mar.
Ascurra tornou-se Distrito de Indaial até 1963, quando, através da Lei estadual nº 878, de 1° de abril, foi desmembrada e passou a ser um novo município de Ascurra. 
Ascurra - Residência da Família  Poffo - localizada em frente da Residência de Giovanni Buzzi, de acordo com informações recebidas foi demolida. Tipologia feita com tijolos autoportantes maciços, planta em "T", dois pavimentos, sendo que o segundo pavimento é quase a mansarda tipicamente construída pelos imigrantes alemães. Rebocada. Apresenta uma varanda que protege o acesso social - porta. Detalhes para o "rendilhado" a partir da colocação de tijolos maciços, no muro.
Seis anos após o desmembramento, início de 1970, o Prefeito Gelindo Testoni, decidiu criar um brasão para Ascurra, que em abril de 2023 comemorou 60 anos de fundação.






Significado de um  Brasão
 
O Brasão é um sistema de identificação visual, em princípio de caráter pessoal e hereditário, que utiliza símbolos segundo determinadas convenções, basicamente dispostos sobre uma superfície delimitada à feição dos escudos defensivos antigos. Compreende a criação, a descrição em termos adequados, a garantia, à posse exclusiva e ao uso desse tipo de insígnia. O estudo do Brasão, também chamado Armaria, integrava as funções de um servo dos senhores feudais antigos, encarregado também de organizar determinadas cerimônias e a genealogia das famílias nobres — o arauto, título do qual se deriva, pela sua forma alemã, "Herold", a denominação popular dessa Arte/Ciência — a Heráldica. Edison Mueller

O brasão, de uma maneira abrangente, teve sua origem na Europa medieval. É uma composição feita a partir de um desenho que segue critérios determinados, obedecendo regras da heráldica. Essa composição em forma de desenho tem o objetivo de identificar grupos familiares, clãs, corporações, cidades, estados, países, regiões, etc. A composição de um brasão é assentada em uma forma que lembra um escudo – arma de defesa dos cavalheiros medievais. Pode também ser representados em bandeiras, vestimentas, edificações, objetos pessoais.
Com o declínio do feudalismo na Europa – Ascensão da burguesia e declínio da aristocracia e do clero, também o brasão perdeu um pouco de sua importância na sequência histórica, mas não na Alemanha, de onde vieram os pioneiros para a região. E Ascurra estava na região e nesta época seguiu o exemplo de Balneário Camboriú, que tinha feito o seu Brasão. Lembramos que para os alemães, a Idade Média e seu estilo, hábitos e costumes sempre foram consideradas características do estilo nacional alemão.
Além disso, no século XX, novamente houve uma busca dos símbolos do brasão, como aconteceu em Blumenau, Balneário Camboriú e agora, Ascurra.
Desenho histórico original - Brasão da cidade de Blumenau.
Na época, ficou responsável por providenciar o Brasão de Ascurra, José Scalabrino Finardi, que foi até Blumenau conversar com o responsável do arquivo Histórico de Blumenau José Ferreira da Silva. Este intermediou a contratação de Edison Mueller, estudioso de Heráldica e que deixou registros publicados sobre este trabalho de Ascurra, para a história. 
Contratado por Finardi, Mueller produziu o projeto do Brasão de Ascurra, pautado em uma pesquisa histórica detalhada.
O primeiro estudo foi apreciado pelo prefeito Gelindo Testoni e aprovado. Foi apresentado na Câmara de Vereadores de Ascurra em  8 de agosto de 1970 e após a  análise de todos os envolvidos, foi finalmente aprovado em 7 de dezembro de 1970, data consagrada ao padroeiro de Ascurra, Santo Ambrósio, que também fez parte da pesquisa de Mueller
A instituição formal do Brasão de Ascurra aconteceu sob a Lei nº 130/70, que apresentava o seguinte teor:
"GELINDO TESTONI, Prefeito do Município de Ascurra, Estado de Santa Catarina. 
Faço saber que, em consonância com a faculdade concedida na Constituição Federal de os Municípios terem símbolos próprios, a Câmara Municipal decretou e eu sanciono a seguinte Lei:
Artigo 1º - Ficam instituídas as Armas deste município que conforme modelo e descrição anexos, têm o seguinte: brasonamento: 
"Escudo português; de blau uma torre de prata, aberta e iluminada de sable, em abismo, inclusa na voluta de um báculo episcopal de ouro, em pala, movente da ponta. Coroa mural de ouro forrada de goles, de quatro torres, cada uma com três ameias e sua porta também aberta de goles. Divisa: "ASCURRA" de prata em listel de blau". 
Artigo - É obrigatório o uso das Armas do Município nos papéis de expediente da Prefeitura e da Câmara Municipal em todas as publicações de caráter oficial; bem como em todos os próprios municipais e veículos motorizados pertencentes à Prefeitura.
§ único - Os atuais papéis de expediente da Prefeitura e da Câmara serão utilizados até' sua extinção.
Artigo 3° - Nas reproduções monocrômicas, as Armas ora instituídas deverão ter seus esmaltes (metais e cores) indicados segundo as respectivas convenções heráldicas universalmente adotadas.
Artigo 4° - É vedado o uso das Armas de Ascurra sem previa autorização do Prefeito Municipal, sob pena de multa a ser fixada. Os objetos contendo reprodução desse emblema feita em desacôrdo com os modelos legais serão apreendidos e incinerados pelo Poder Público Municipal competente.
Artigo 5° - É igualmente proibido que se apresente ou se trate com desrespeito o mesmo símbolo municipal, sobre o qual é vedado colocar inscrições impróprias. 
Artigo  - E obrigatório o ensino do desenho das Armas do Município em todos os estabelecimentos públicos municipais ou particulares de ensino primário e secundário ou normal.
Artigo  - É o Poder Executivo autorizado a tomar todas as providências necessárias à reprodução e divulgação do precitado símbolo do Município de Ascurra. 
Artigo  - Fica o Chefe do Executivo municipal autorizado a abrir crédito especial para cobertura das despesas oriundas desta Lei. 
Artigo  - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrario. 
Ascurra, 7 de dezembro de 1970 (a) Gelindo Testoni Prefeito Municipal. 

 Anexo da Lei nº. 130/70, de 7/12/1970, que institui as Armas de Ascurra, Estado de Santa Catarina.

 Brasonamento - de Ascurra

A descrição e significados do brasão cria por Edison Mueller para Ascurra. O brasão é munido de um Escudo português; de blau, uma torre de prata, aberta e iluminada de sable, em abismo, inclusa na voluta de um báculo episcopal de ouro, em pala, movente da ponta.  Coroa mural de ouro forrada de goles, de quatro torres, cada uma com três ameias e sua porta também aberta de goles. Divisa: "Ascurra" de prata em listel de blau. 
Desenho original feito por Edison Mueller - Brasão de Ascurra.
Elucidação Hieráldica 

Escudo Português  -  Também chamado entre outras designações ibérico (1) e boleado (2) com sua ponta formada por um semicírculo: caracteristicamente peninsular, de uso intenso na Idade Média e em Portugal mormente à época do descobrimento e da colonização do Brasil. Melhor indicado pelos especialistas "brasileiros" de origem portuguesa, para compor os brasões das cidades do Brasil. Na Heráldica brasileira, evoca a origem da cultura lusa, contando somente com a cultura do portuguesa para a formação, como elemento étnico predominante, o que não é verdade. além dos imigrantes de outras etnias, havia o povo que português escravizou, de descendência africana.

De Blau - Do alemão, reporta ao azul do céu, que simboliza todas as ideias que consideramos elevadas: constância, amor da pátria, devoção, fidelidade, nobreza e propósitos altos e sublimes.

Uma torre - Característica obra arquitetônica de fortificação, que tanto pode rematar os castelos ou em número se encontram a proteger-lhes os ângulos, como pode ser uma construção isolada, normalmente de forma cilíndrica, ameia  alta, com porta e duas frestas. Lavrada, isto é, tem as juntas de alvenaria (ou arestas da pedraria que a compõe) marcadas geralmente de sable (negro), razão por que nenhuma referencia ao fato é necessária neste brasoamento. O número de ameias das torres são três.

De Prata - Simboliza a amizade, a equidade e a pureza de sentimentos, atributos condizentes com o espirito do povo de Ascurra

Aberta e iluminada de Sable - Significa que como são de esmalte (sable ou negro) do esmalte da construção (prata) em que se encontram, partes da torre devem ser especificadas no brasoamento. Assim, a porta diz-se aberta e as duas frestas iluminadas, desse esmalte. 

 Em abismo - Apesar de estar colocada no centro do brasão, a figura descrita tem dimensões menores do que a outra a acompanha.

Inclusa na voluta - Quer dizer, a torre se encontra dentro da extremidade superior, curvada em forma de espiral da peça a ser descrita a seguir. 

Báculo Episcopal de ouro - Em Heráldica, o brasão é descrito sempre da posição de algum cavalheiro que acaso segurasse o escudo hipotética mente voltado para o observador. Seu lado esquerdo é o seu destro e o de seu lado direito, sinistra. O báculo simboliza a autoridade e a missão pastoral dos bispos e abades  e admite duas posições, sobretudo exteriores ao escudo. Se for  de ouro e tem a voluta curvada para a sinistra, é um báculo episcopal. Se for de prata e tem a volua curvada para a destra, é um báculo abacial. O báculo é, com o pálio, a mais antiga insígnia eclesiástica. O comentador do Cerimonial dos Bispos afirma que já no século IV, era considerado como a insígnia de jurisdição episcopal. Isidoro de Sevilha (560-636) menciona-o como um símbolo do poder governamental dos bispos, enquanto no 4° Sínodo de Toledo (em 633), o báculo foi citado como símbolo do bispo. É certo ainda que, depois do século VII, os abades também passaram a usa-lo.

Em Pala - Significa que a figura precitada está colocada no meio do escudo, em posição vertical.

No ventre da Porta - Quando a figura entra no escudo por um de seus lados, ângulos ou bordos, deixando sempre invisível uma parte de seu todo, como é o caso, que surge de sua parte inferior, diz-se movente.

Ornamentos externos do brasão - explicado por Edison Mueller

Coroa Mural de Ouro - é o emblema privativo e consagrado das municipalidades e de sua autonomia administrativa. De acordo com o uso heráldico, tanto a muralha como suas torres são lavradas isto é, têm as juntas de alvenaria marcadas perfeitamente de sable (negro).

Forrada de Goles - quando a superfície interior da coroa tem cor diferente da exterior e, no caso, é esmaltada de goles (vermelho). As coroas heráldicas, como assinalou com precisão o insigne mestre e pesquisador infatigável Émile Gevaert, deixam entrever, com raras exceções, seu forro vermelho.

De quatro torres - apresentadas de conformidade com a perspectiva, isto é, duas torres visíveis: uma no centro e meia de cada lado.

Cada uma com ameias e sua porta  - de acordo com a usança generalizada na armaria. 

 Aberta de Goles - representa que as portas tem coloração diferente das respectivas torres, por isso se diz que estão abertas e com isso revelam o interior da coroa mural e seu forro - vermelho.

Divisa "Ascurra" - De prata, em listel de blau (azul), porque, como ensina o douto mestre Jouffroy d'Eschavannes, "as divisas devem ser sempre gravadas com letras de metal sobre listão de cor, tomados um e outro das cores do brasão". 

Simbologia com a História de Ascurra -  De acordo com Mueller, o autor do Brasão de Ascurra, em Santa Catarina, a colonização do Vale do Itajaí se efetuou durante cerca de vinte e cinco anos seguidos (1850 e 1875) quase que exclusivamente por imigrantes provenientes da Europa Central, alemães. A partir de 1874, chegaram na região, os primeiros imigrantes da Itália e do Tirol austríaco. Com isso ele comenta que aguardando justamente a intensificação da imigração, a direção da Colônia Blumenau acelerou a demarcação e divisão de lotes de terras nos vales dos rios Benedito e Cedros e seus afluentes, dos ribeirões Diamante, São Paulo, Guaricanas e outros, tributários do Itajaí-açu. As povoações então demarcadas foram dados nomes relacionados com as vitórias das forças brasileiras na guerra contra o ditador paraguaio Solano Lopez, guerra que, havia poucos anos, terminara e cujos principais feitos estavam ainda bem vivos na lembrança de todos. Assim, a povoação localizada às margens do ribeirão São Paulo, cujos lotes haviam sido distribuídos para as famílias italianas em 1876, foi denominada  Ascurra. O nome recorda a localidade fortificada por Solano López e seu quartel-general, já na última fase da Guerra do Paraguai, situada numa elevação escarpada e íngreme da serra de Ibitirapé, onde os exércitos aliados, graças a estratégia do Conde d'Eu e do General Osório, obtiveram decisiva vitória em agosto de 1869. 
Anos mais tarde, aconteceu a criação da Diocese de Santa Catarina e em 1912, Ascurra foi elevada à condição de paróquia, sob a invocação de Santo Ambrósio, padroeiro a quem se dedicara uma capela nos primórdios da colonização do município. 
Santo Ambrósio nasceu em Treves, na Gália, em torno de 340. Depois de estudar leis em Roma, foi nomeado governador das províncias italianas de Ligúria e Emília, cuja capital era Milão. Ali conseguiu pôr termo às desavenças religiosas que dividiam a população da cidade. Tornou-se bispo aclamado pelo povo. O bispado era um cargo da mais alta responsabilidade, porque nessa época Milão constituía o centro da parte ocidental do Império Romano e, em consequência, seu bispo inevitavelmente se envolvia em política. Ambrósio encontrou grandes problemas com conflitos religiosos entre os cristãos e os pagãos. Teve papel importante na sociedades deste tempo para contornar os conflitos. A conversão de Santo Agostinho foi uma conquista de seu apostolado. Santo Ambrósio, cuja festa se comemora no dia 7 de dezembro, é também o padroeiro da cidade de Milão e para a cultura italiana lá e cá, isto é de suma importância.
E a partir disto, são justamente estes os fatos históricos recordados no Brasão de Ascurra criado pelo heraldista Edison Mueller.

Palavras de Mueller
- a torre, característica obra arquitetônica militar, lembra a origem do nome do município, uma localidade fortificada do Paraguai, palco de notável vitória das tropas aliadas, mormente brasileiras, na guerra contra o ditador Solano Lopez;
- o báculo episcopal lembra a atividade pastoral do insigne taumaturgo escolhido como orago do Município e, ao mesmo tempo tempo, por sua posição envolvendo a torre, alude à proteção invocada por Ascurra a Santo Ambrósio, bispo e Doutor da Igreja. 
Está assim perfeitamente elucidado o emblema distintivo que, em sua singela composição, simboliza de modo eloquente o Município de Ascurra - e de acordo com a melhor tradição heráldica, porque a simplicidade das armas é o o principal elemento da sua maior distinção e da sua maior nobreza. Edison Mueller

 

Bandeira de Ascurra.

Quem passa por Ascurra sempre encontra um grupo de canto - 2016.



Nossa homenagem ao filho de Ascurra, Paulo Bertoldi, que, em 2016 residia sozinho na propriedade histórica de sua família. Neste tempo fazia 30 anos que havia retornado à casa paterna para tomar conta dos pais, idosos. Cuidava de seu jardim e o cultivava das mais diversas flores e folhagens. em breve escreveremos mais sobre esta personalidade de Ascurra.



Um Registro para a História!

Eu sou Angelina Wittmann, Arquiteta e Mestre em Urbanismo, História e Arquitetura da Cidade.
Contatos:
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@AngelWittmann (X)

Referências

  • FARIA, Antônio Machado de Faria. Vocabulário Heráldico in Armorial Lusitano; Editorial Enciclopédia Ltda., _ Lisboa. 1961; p. 600.
  • LANGHANS, F. P. de Almeida. Heráldica - Ciência de Temas Vivos; ed. Gabinete de Heráldica Corporativa, Fundação Nacional para a Alegria no Trabalho, Lisboa, 1966; 
  • MATTOS,  Armando de. Manual de Heráldica Portuguesa; Livraria Fernando Machado, Porto; 3ª edição, s/d (1961);.
  • MUELLER, Edison. Armas de Ascurra. Blumenau em Cadernos. Tomo XII, Abril de 1971, Nº 4. Página 62.
  • MUELLER, Edson. A Heráldica ontem e hoje. ÁGORA: Arquivologia Em Debate, 4(7), 25–27. Recuperado de https://agora.emnuvens.com.br/ra/article/view/63. 2011.

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