quarta-feira, 20 de agosto de 2025

As anotações de Frederico Kilian, neto do primeiro prefeito de Blumenau

Fatos históricos organizados pelo neto de Otto Stutzer, Frederico Kilian, com algumas ilustrações e comentários.

Encontramos um apanhado de pesquemos registros históricos relacionados a Blumenau e região, organizados pelo pesquisador Frederico Kilian, neto do primeiro prefeito de Blumenau, Otto Stutzer. O trabalho foi publicado na Revista Blumenau em Cadernos Tomo XXI, nº 4,  abril de 1980.
Sentados à direita, o avô do noivo - Otto Stutzer, ex-prefeito de Blumenau e à direita, a avó Therese (Bichels) Stutzer. Estes eram pais de  Adele Stutzer (1866-1944) que se casou com Fritz Müller (filho de August Müller)em 1886. Estes eram os pais da esposa de Frederico Kilian, Gertrud Müller que se casaram por volta de 1920. Fonte: pesquisa on-line Pioneiros, Arquivo Histórico de Blumenau.
A título de curiosidade, nós "cruzamos" com Herr Kilian durante a pesquisa em algum momento, e desconhecíamos sobre o trabalho imensurável e importante que deixava, muito menos, seus laços de família, muitos dos quais, atualmente, são nossos amigos particulares. 

Anotações Históricas de Frederico Kilian
1 - O primeiro número de "Blumenau em Cadernos" saiu publicado no mês de novembro de 1957 contendo 20 páginas. 
Capa da primeira revista de Blumenau em Cadernos publicada, no ano de 1957.
2 - O registro de nascimentos ocorridos na colônia, nos primeiros anos de sua existência, eram feitos pelo próprio Dr. Blumenau.
A primeira morte registrada na história local, ocorrida na Colônia Blumenau foi de Maria Luísa Sommer, em 24 de março de 1851. Ela era a esposa de Johann Heinrich Sommer, um dos primeiros imigrantes alemães a chegarem à região. A causa da morte foi uma febre, possivelmente malária, que afetou muitos dos primeiros colonos. Maria Luísa foi sepultada no antigo cemitério da colônia, localizado próximo à Rua XV de Novembro.
Nos primeiros anos de história da Colônia Blumenau, luteranos e católicos não eram sepultados no mesmo cemitério, como se comprova pela inexistência de sepultamento de imigrantes católicos no cemitério da primeira centralidade de Blumenau, inaugurado no mesmo ano em que aconteceu o primeiro falecimento na comunidade luterana que aconteceu em 1857.
Na comunidade luterana, primeira morte registrada  aconteceu em  1857, seis anos depois e foi o de Thekla Friedenreich, sepultada, conforme mencionado, no Cemitério Luterano Centro, junto à Igreja do Espírito Santo, sendo este um dos cemitérios locais também delimitado pelo próprio fundador, Hermann Blumenau. Thekla era filha de Karl Gustav Friedenreich (1834 - 1908), irmão do veterinário Karl Wilhelm Friedenreich (1823–1900).
Túmulo de Thekla Friedenreich, no cemitério Luterano Centro. 

Centenária Igreja do Espírito Santo, projetada por Heinrich Krohberger e se encontra o antigo cemitério da comunidade luterana.




3 -  Um ano depois da fundação, nasceu a primeira blumenauense, a menina Ida Friedenreich, filha do veterinário Wilhelm Friedenreich, um dos 17 fundadores? 
Também foi da família Friedenreich o primeiro nascimento registrado por Hermann Blumenau. 
Ida Friedrinch foi filha de Karl Wilhelm Friedenreich (1823–1900) e de Dorothea Sophia Wilhelmine Schroeder  (1827–1910). Ida se casou com o imigrante alemão de Lübeck, Schleswig-HolsteinCarl Hermann Bruhns (1842–1890), em 29 de outubro de 1869, Blumenau/SC.










4 - Todos os edifícios de maior vulto da então sede da colônia foram construídos pelo engenheiro arquiteto, Heinrich Krohberger, assim como o prédio da direção, que depois passou a ser a prefeitura, as igrejas católica e protestante, a antiga ponte sobre o Garcia, na atual Rua XV de Novembro, a ponte do Salto, etc ... 
Heinrich Krohberger foi filho do mestre de obras alemão Daniel Krohberger (1785 – 1849) de Margaretha Friederika Barbara Schaller (1802 – 1852). 
Os pais de Heinrich Krohberger - DanielFriedericke tiveram 6 filhos e todos migraram para o Brasil e para Blumenau sendo o mais conhecido na história de Blumenau, Heinrich Krohberger, que não se casou e a mãe de José Deeke - Christiane Johanna Krohberger, que nem seu nome informam nos textos, mas sim, irmã de Heinrich Krohberger. Encontramos uma anotação deste fato, o embarque dos filhos do casal Krohberger, para o Brasil. Na época foram mencionados somente 5 filhos Krohberger. O grupo não migrou todo para o Brasil na mesma data. Inicialmente migraram somente Heinrich e Christiane Johanna  Krohberger.
Heinrich Krohberger nasceu em Bayreuth, Oberfranken, Bayern em 18 de novembro de 1836. Tinha somente 13 anos de idade quando seu pai Daniel Krohberger, mestre de obras, faleceu em 1849 e 16 anos, quando sua mãe Margaretha Friederika Krohberger faleceu em  1852. Heinrich ficou conhecido na história de Blumenau como o "construtor de igrejas". Sua vasta obra não se resumiu somente na construção de igrejas. Também construiu casarios ecléticos e neoclássicos para a nova elite do final do século XIX e do início do século XX, estradas, pontes, fez mapas detalhados com informações geográficas e desenhos plano de lotes coloniais, em Blumenau e no grande território da Colônia Blumenau - atuais Médio e Alto Vale do Itajaí. 
Em alguns textos acadêmicos, no Brasil, reportam a Heinrich Krohberger como mestre de obras (DECHAMPS,124). Pesquisamos sobre e é algo a ser considerado de fato, uma vez que a formação acadêmica desta área era muito restrita nesse tempo histórico, sendo que no Brasil somente aconteceu - na área da arquitetura - em 1950. Seu pai, que foi mestre de obras, deve ter repassado o ofício quando ele ainda trabalhava, como também, a seu irmão mais velho, Bartolomäus Joseph  Krohberger. Estes, repassaram o ofício ao irmão mais jovem, Jean Krohberger. Supõe-se, diante da situação social e econômica de sua família de 6 irmãos, na sua adolescência, que começou a trabalhar muito cedo, supõe-se que na área da construção civil. Portanto, sua formação poderia ter sido construída de maneira empírica e prática no canteiro de obras, junto com seu pai e depois, somente na companhia de seus irmãos que trabalhavam na mesma área. 
Heinrich trouxe novas práticas construtivas para a Colônia Blumenau. Trouxe novas maneiras de construir no espaço urbano, que eram edificações autoportante de tijolos e o decorativismo do: românico, barroco, neoclássico e eclético - ofício típico do pedreiro, dispensando a presença dos carpinteiros das construções com técnica construtiva enxaimel.
Câmara Municipal de Blumenau inaugurada em 1875. A obra original de Krohberger  refletia as características da casa permanente urbana dentro de uma evolução no modo de construir na linha histórica da Arquitetura construída em Blumenau de acordo com a publicação de nosso livro "Fachwerk - A Técnica Construtiva Enxaimel", como por exemplo a presença do Dachgaube na mansarda, simultaneamente com a presença do Alpendre sobre a porta do lado lateral direito. Edifício rebocado – aos moldes do que vinha sendo construído na Alemanha – após as restrições aplicadas, a partir de legislações específicas de construções de casas com estrutura enxaimel aparente, no entanto, se repetiu a tipologia da casa urbana da Colônia Blumenau na sua sede administrativa, mesmo com a presença do reboco e do decorativismo do barroco alemão e das janelas tipo guilhotina – influência da casa portuguesa, presente nas construções de Itajaí e geralmente usada em edifício públicos, na Colônia Blumenau, como em igrejas e escolas. Esta arquitetura original do edifício foi descaracterizada e está quase sem resquícios, no atual edifício.


Terceira  Igreja católica de Blumenau no dia de sua inauguração - Padre Maria Jacobs na frente da igreja. A 24 de dezembro de 1876 foi benta a Igreja Matriz com a Missa do Galo. Em fevereiro de 1876, o Padre Jacobs foi nomeado vigário  da Colônia Blumenau. Projeto de Heinrich Krohberger.
5 - Em  22 de novembro de 1874, que chegou pela primeira vez ao porto de Blumenau, o vapor "Lourenço".
Seguindo esta primeira decisão das lideranças locais, surgiu o primeiro barco a vapor para fazer o trajeto regular entre Blumenau e Itajaí. De acordo com notícias na revista Blumenau em Cadernos, tomo XXI nº 10, outubro de 1980, página 284, o barco foi adquirido por Eduard Schadrack, do Brestlein, de Joinville, em agosto de 1871. O vapor, batizado de São Lourenço, inaugurou suas viagens regulares como rebocador de lanchas de carga.
6 - A construção da Estrada de Ferro Santa Catarina foi iniciada em dezembro de 1907, e o seu primeiro trecho, com tráfego regular até Warnow, foi inaugurado em maio de 1909 e a inauguração do trecho até a estação final, de Hansa, (logo após a confluência dos rios do Sul e Hercílio)  deu-se em 1° de outubro de 1909.
Estação de Warnow em festa, no dia da inauguração do primeiro trecho ferroviário, 3 de maio de 1909 – Blumenau a Warnow – Indaial. Fonte: HENKELS e HABITZREUTER, 2009.
7 - Em 15 de dezembro de 1884, chegou a Blumenau, em visita oficial Sua Alteza o senhor Conde d'Eu, marido da princesa Isabel, herdeira do trono brasileiro.
Durante a visita, o Conde D’Eu, acompanhado de algumas pessoas, deu um pequeno passeio em algumas ruas do Stadtplatz. À noite foi realizada uma reunião dançante no Schützengesellshaft Blumenau – Sociedade de Atiradores de Blumenau. Esta sociedade foi fundada em 2 de dezembro de 1859, no aniversário do Imperador do Brasil – D. Pedro II, sogro do visitante. Lembramos que a homenagem feita pela sociedade blumenauense ao Imperador do Brasil é algo cultural e inerente aos imigrantes alemães, que vinham de um sistema, cuja origem aconteceu no Feudalismo e naturalmente, nutriam respeito ao líder máximo dentro do sistema, o Imperador.
8 - A primeira representação da ópera "Anita Garibaldi" do compositor blumenauense, maestro Heinz Geyer e libreto de José Ferreira da Silva, em setembro de 1950, por ocasião dos festejos do centenário desta cidade, sendo seis anos depois repetida em Florianópolis e levada à cena a 25 de novembro de 1957, no Teatro Municipal de São Paulo, assistida na ocasião pelo prefeito bandeirante Sr. Adernar de Barros, o governador de Santa Catarina Sr. Jorge Lacerda, prefeito de Blumenau. Sr. Frederico Guilherme Busch Júnior e Srs. Ingo Hering e Willy Sievert, da direção do Teatro Carlos Gomes, de Blumenau, além de muitas outras pessoas de destaque que não regatearam aplausos desde o início, o que ao terminar o primeiro ato o governador do nosso Estado e o prefeito de São Paulo, foram pessoalmente ao palco abraçar o maestro Heinz Geyer e levar-lhe os cumprimentos dos assistentes.
O maestro Heinz Heinrich Geyer nasceu no dia 27 de junho de 1897 na cidade de Mülheim an der Ruhr, Renânia – Alemanha. Seu pai foi Karl Heinrich G. Geyer  e sua mãe foi Gertrud Geyer. Ambos nasceram perto do ano de 1845, próximo à data da vinda dos primeiros imigrantes alemães para o Vale do Itajaí -1850.
9 - O primeiro ataque de bugres aos moradores da colônia de Blumenau, se deu na barra do Ribeirão da Velha. no dia 28 de dezembro de 1852.

10 -  Em 1856, Hermann Blumenau adquiriu as terras de propriedade de Bento Dias, em Gaspar, e mandou dividi-as em datas urbanas, deslocando, para esses lotes, que formaram povoação, quase todo o movimento comercial de Belchior e do Arraial do Pocinho.

11 - O jornal "BlumenauerZeitung" apareceu ·com seu primeiro número em 1° de janeiro de 1881.

12 -  Conforme lista de preços anunciada naquele jornal, àquela época, os gêneros de primeira necessidade eram assim vendidos: - milho, por saco de 80 litros - Cr$ 3,00; feijão, idem - 5,00; farinha de mandioca, idem - 1,30; arroz, com casca, idem 2,00; batatas, idem - 4,00; fumo, por arroba - 4,00 a 8,00; açúcar, por arroba - 2,00 e 2,50; toucinho, arroba (15kg) 2,50 a 3,00; manteiga, por quilo - 0,50 ; banha, idem - 0,30; ovos, por dúzia - 0,10; galinha, por unidade - 0,30 a 6,00; cachaça, por litro - 1,20.

13 - Foi fundado o "Kranken-Unterstuetzungsverein" em 1862, que contava no ano de 1889, com 110 sócios e tinha um ativo de cinco contos de réis, na maioria em papéis do Estado.

A fundação do Hospital Santo Antônio, em verdade, aconteceu em de 22 de agosto de 1860, quando imigrantes alemães da Colônia Blumenau, contando com o apoio de Hermann Bruno Otto Blumenau, fundaram a “Kranken Unterstützungsverein”, que era uma associação de assistência médica às pessoas doentes, localizado na rua Itajaí, no mesmo endereço onde se encontra a sede do Hospital Santo Antônio atual. A instituição desenvolveu-se tendo construído diferentes espaços de atendimento ao longo dos anos, devido a constantes perdas causadas por temporais e enchentes.
14 - As eleições para a primeira Câmara de Blumenau realizaram-se a 1º de julho de 1882 e que o número de eleitores que votaram foi de 49, sendo 14 no distrito de Blumenau e 35 no de Gaspar.
Sim, a primeira composição da Câmara Municipal de Blumenau foi eleita em 1º de julho de 1882.  Foram eleitos os vereadores Luiz Sachtleben, Otto Stutzer (avô de quem organizou este material, Frederico Kilian), Jacob Zimmermann e A. Gomes. De acordo com a Memória Digital, nesse dia também foram eleitos os Juízes de Paz: W. Eberhardt, com 11 votos, Júlio Baumgarten, com 10 votos, Francisco da Rocha, com oito, Wilhelm Scheffer, com oito, e outros menos votados. W. Eberhardt era, então, agente de Correio de Blumenau. Nesses pleitos foram eleitos apenas quatro vereadores e o número legal era de sete, número insuficiente e houve a necessidade de realizar nova eleição, que aconteceu em 30 de julho de 1882. Câmara Municipal de Blumenau no ano de 1920. 
Câmara Municipal de Blumenau no ano de 1920. Fonte: Memória  Digital.
15 - Ato da instalação e posse da Câmara se deu no dia 10 de janeiro de 1883 e foi presidido por Luiz Fortunato Mendes, presidente da Câmara Municipal de Itajaí. 

16 - Durante a enchente de outubro de 1911, o rio Itajaí-Açu, saindo do seu leito um pouco acima da cidade, formou um novo braço que invadindo os terrenos em direção ao norte, foi desaguar nas imediações da Penha do Itapocoroi. 

17 - No dia 24 de fevereiro de 1883, houve uma reunião para a fundação de uma Loja Maçônica e que o convite para essa reunião, estava assinado pelos srs. Otto Stutzer, Franz Lungershausen e Schaeffer. 
A história de fato. Em 24 de junho de 1870, Hermann Bruno Otto Blumenau – juntamente com outros nomes da Colônia Blumenau (não é possível e permitido somente uma pessoa fundar uma loja maçônica) fundaram a Loja Maçônica Zur Friendenspalme – À Palmeira da Paz – na Colônia Blumenau, mas o calendário alemão maçônico registrou a data de sua fundação somente em 24 de junho de 1885. Interessante registar que na ata oficial da fundação da loja de Blumenau, em 1885, não consta o nome de Hermann Blumenau (informações recebida de uma pessoa que conhece, e está na Alemanha e que possui cópia da ata que documentou este momento histórico – aguardamos a cópia desta ata – que existe e se for possível, publicaremos). Há uma explicação para esta variação de datas a ata.
Quando Hermann Blumenau retornou para à Colônia Blumenau em 1869,  5 anos após sua partida, juntamente com outros nomes da colônia, aparentemente fundou a Loja Maçônica Zur Friedenspalme, em 24 de junho de 1870, embora não registrada no calendário alemão maçônico. A loja maçônica da Colônia Blumenau obrava no Rito Schroeder, conforme rituais trazidos por Hermann Blumenau, da Alemanha.
Apesar de congregar grandes nomes da história da Colônia Blumenau, como Wilhelm Scheeffer, Otto Stutzer, Louis Altenburg Sênior, Gustav Salinger (fundador e primeiro presidente da Associação Comercial do Vale do Itajaí, atual ACIB) e Peter Christian Feddersen – por muito tempo, a Loja Maçônica Zur Friedenspalme  operou irregularmente, pois era disputada diplomaticamente entre o Grande Oriente do Brasil e a Grossem Loge von Hamburg. Isso explica as diferentes datas para: a  de existência e a de registro formal. Foi somente em 10 de novembro de 1885, após o retorno definitivo de Hermann Blumenau para a Alemanha, que a Loja Maçônica Zur Friedenspalme foi, de fato instalada, sob os auspícios da Grande Loja de Hamburg, a qual apresentou uma Carta Magna de Reconhecimento em 24 de junho de 1885.
Parte da página número 21 do livro A Ferrovia no Vale do Itajaí – Estrada de Ferro Santa Catarina (edifurb,2010), com a fotografia da plaqueta de bronze que mostra uma homenagem póstuma a Hermann Blumenau, fundador da Loja Maçônica Zur Friedenspalme de Blumenau, século XIX.



18 - Em 22 de Fevereiro de 1885 foi lançada, com grande solenidade, a pedra fundamental do novo Colégio São Paulo (Hoje colégio Santo Antônio). 

Em setembro de 1868, ainda no governo de Hermann Wendeburg, foi colocada a pedra fundamental da Igreja Matriz projetada por Heinrich Krohberger, no mesmo local da atual Catedral São Paulo Apóstolo. Estava localizada a uma certa distância do Stadtplatz, onde ficava a Igreja luterana, igreja das lideranças da Colônia Blumenau, da época e que não convivia muito bem com os católicos.
Em 1869 foi contratado o padre alemão Wilhelm Friedrich Clemens Röer, conhecido no Vale do Itajaí como Guilherme Röer (nascido em Warendorf, 29 de setembro de 1822)   Este tivera licença de seu superior para permanecer no Brasil por somente três anos, o que não aconteceu e está sepultado no Memorial de Braço do Norte. O padre  Röer não permaneceu em Blumenau.
Passando esse tempo, a situação da Colônia Blumenau retornou ao que era antes e novamente foi integrada à jurisdição espiritual de Freguesia de São Pedro Apóstolo, de Gaspar. Nesse tempo, o padre Gattone já havia sido transferido para a Colônia de Brusque. Em seu lugar estava o padre polonês, Antônio Zielinski.
A sala de aula do Colégio São Paulo e o professor padre Jacobs. Fonte: Brasil Imperial (Facebook - 16 de outubro de 2022).
Em 1870, construíram uma nova igreja temporária na Colônia Blumenau - a segunda igreja no lugar da igreja de sarrafos/madeira, onde, mais tarde, funcionou o primeiro coleginho do padre Jacobs. Foi construída com a técnica construtiva enxaimel com fechamento de taipa e coberta feita com ramos e galhos. Era maior que a primeira e com o passar do tempo foi melhorada com a troca das telhas, tendo também ampliado a sua área. O padre Jacobs reuniu 16 crianças, que foram seus primeiros alunos. Seria muito bom saber o nomes desses meninos. As meninas ficaram alojadas na casa de uma vizinha da igreja. As crianças faziam pequenos trabalhos agrícolas, ao mesmo tempo que o padre Jacobs lançava a pedra fundamental do novo colégio e também fundava a sociedade Associação Protetora da Infância Desamparada para que pudesse angariar fundos para a obra da escola e sua manutenção. Até então ele arcava com todos os gastos e também, com o trabalho.
Em 1879, a escola idealizada e materializada por padre José Maria Jacobs contava com 60 alunos e o edifício escolar, inaugurado em 1885, era um dos mais monumentais da Colônia Blumenau e região. Nele o padre Jacob ministrava as disciplinas de Religião, Línguas (Literatura Portuguesa e  Alemã),  Geografia, História Universal e do Brasil, História Natural, Aritmética e Matemática, Desenho, Escrituração Mercantil, Canto e Trabalhos Manuais. Eram facultativas as aulas de Inglês, Francês, Latim, Grego, Piano, Violino e Bordados.
O colégio fotografado quando ainda era administrado por seu fundador, padre José Maria Jacobs, em 1885, como Colégio São Paulo e, atualmente, como Colégio Bom Jesus Santo Antônio, com uma configuração espacial diferente, dentro de um sítio modificado e também com ideário e metas educacionais diferentes, onde sequer a lembrança do legado de padre José Maria Jacobs tem espaço.

Parte do edifício do Colégio São Paulo inaugurado em 1885  - Nove anos após sua chegada a Blumenau. Registro com alunos e professores na frente do Colégio.
19 - No dia 10 de Junho de 1887, na sessão do júri desta cidade, o colono Frederico Franz, autor de homicídio foi condenado à morte. A sentença não foi executada porque o Imperador comutou  a pena em prisão perpétua.
20 e 21  - Em 13 de maio de 1882, por escritura lavrada no cartório do Escrivão de Paz, Augusto Gloeden Junior, desta cidade, Da. Alexandrina Maria da Conceição, vendeu a Pedro Wagner um escravo de nome Camillo, solteiro, de cor parda, com 40 anos de idade, pelo preço de seiscentos mil réis (Rs. 600$000). 
Tal transação somente foi possível se realizar, depois do Dr. Blumenau ter deixado a direção da colônia, pois durante todo o tempo em que o mesmo esteve na direção não permitiu a introdução de escravos na colônia. 
Em 1846, Johann Peter Wagner / Pedro Wagner, já casado e demais familiares (seu pai - Georg Wagner), mudaram-se para o Vale do Itajaí - 8 anos após chegarem ao Brasil. Na época ouviu falar da fundação das duas novas colônias e sabia que já existiam alemães e flamencos residindo na região. Curioso é que a geografia da região também apresentava um território montanhoso com pouco espaço entre a montanha e o rio para fixar vilas, cidades e fazer plantação. Johann Peter Wagner / Pedro Wagner se casou, ainda na colônia de São Pedro de Alcântara, com uma filha de imigrantes alemães que também viajaram com a Família Wagner da Europa para o Brasil. Casou-se com a filha de Johann Händchen e Maria Margaretha Walldorf que se chamava Agnes. 
Quando Johann Peter Wagner / Pedro Wagner e demais imigrantes - entre estes, seus familiares, desembarcaram às margens do rio Itajaí-Açu, encontraram brasileiros que já residiam no local há mais tempo e produziam açúcar. Eram eles, integrantes da Famílias Furtado e  Mafra. Limparam o chão e prepararam ripas de palmito para a construção do primeiro rancho. 
Casas temporárias.
Os Wagner partiram, definitivamente para a nova propriedade no Vale do Itajaí em novembro de 1847, quando já tinham as roças plantadas. Johann Peter Wagner / Pedro Wagner e os homens permaneceram "arrumando" o local, antes de ir buscar a família, por aproximadamente um ano. Conhecemos outras famílias que também fizeram assim, em que os homens iam na frente, para organizar as tarefas demais necessidades básicas e depois buscavam a família, quando existia o mínimo de estrutura no local, como por exemplo a Família Haas de Blumenau, quando o patriarca a trouxe do Alto Vale do Itajaí.
Com parte da primeira safra colhida e com o auxílio de seu pai Georg Wagner, Johann Peter Wagner / Pedro Wagner  negociou a produção em Itajaí e com o dinheiro adquiriu terras acima de sua propriedade. As terras ficavam onde o rio Itajaí Açu faz uma grande curva, já em território de Blumenau atual. 
Johann Peter Wagner / Pedro Wagner e os demais homens fizeram um trabalho em suas terras, semelhante a este - derrubada da mata, roças e rancho provisório  com material de palmito.
22 - No dia 15 de agosto de 1884,  Hermann Blumenau deixou, definitivamente a colônia que fundara, retirando-se para a Alemanha, onde já se encontrava a sua família.
O fundador de Blumenau - Hermann Bruno Otto Blumenau, após desarranjos políticos e os negócios que não saíram conforme suas expectativas, deixou a Colônia Blumenau e retornou para a Alemanha definitivamente no dia 15 de agosto de 1884. Viveu em Braunschweig - Baixa Saxônia. 
Em outubro deste mesmo ano - 1884, Hermann Blumenau é nomeado agente oficial da Colonização Brasileira em Hamburg. Faleceu no dia 30 de outubro de 1899 na cidade alemã Braunschweig. Viveu, portanto, mais 15 anos, na Alemanha. 
23 - Em 3 de Agosto de 1884 foi colocada a pedra fundamental  igreja evangélica de Indaial.

 

24 - Em dia 30 de Agosto de 1886, o presidente da provinda, Dr. Francisco José da Rocha, assinou a lei nº 1.109 desta data, que criou a Comarca de Blumenau, com a denominação de Comarca de São Paulo de Blumenau.
25 - A nova comarca de Blumenau, foi solenemente instalada no dia 10 de Fevereiro de 1890, presente o cidadão Gustavo Salinger, 1º Suplente do Juiz Municipal em exercício do cargo de Juiz de Direito o Promotor Público da Comarca, Manoel Agostinho Demoro, deferindo o mesmo Juiz o juramento ao Promotor Público e declarando achar-se instalada a Comarca, nomeando o tabelião do Termo, Elesbão Pinto da Luz, para oficial do Registro de Hipotecas. 
Elesbão Pinto da Luz - Comissário de Polícia de Blumenau - não "lia na mesma cartilha política" do seu cunhado e primo - o republicano Hercílio Pedro da Luz. Talvez isto tenha lhe custado a própria vida. Hercílio Pedro da Luz fazia parte do Partido Conservador e o Comissário de Polícia de Blumenau, do Partido Liberal. 
Em 1893, o tenente-militar Manoel Joaquim Machado - Governador do Estado de Santa Catarina - dissolveu o superior Tribunal de Justiça. 
O Comissário de Polícia - Elesbão Pinto da Luz, residindo com Hercílio Luz na mesma casa, consultado por seu auxiliar se poderia fornecer tal documento, não recebeu autorização. O Promotor Manoel dos Santos Lostada reagiu energicamente e de maneira pouco adequado contra Elesbão Pinto da Luz. Algum tempo depois, o Comissário de Polícia foi até o armazém de Heinrich Probst (em março deste ano de 1893, fora empossado prefeito de Blumenau sucedendo o João Kersanach) - e prendeu o Promotor Público que se encontrava conversando com alguns conhecidos. Hercílio Luz contrariado com as ações do Comissário de Polícia - Elesbão Pinto da Luz, seu primo e cunhado, reúne-se com um grupo de simpatizantes e se dirige para a Cadeia Pública de Blumenau a fim de liberar o Promotor Manoel dos Santos Lostada.
No trajeto ao centro de Blumenau, encontram Elesbão Pinto da Luz e o interpelam com agressividade. O Comissário de Polícia usando uma arma que tinha consigo acertou um tiro em Hercílio Pedro da Luz. O Comissário de Polícia Elesbão então foi atingido por tiros dados pelos homens que acompanhavam Hercílio Pedro da Luz. Sendo eles primos e cunhados.
Personalidade da história de Blumenau, que foi fuzilado na Fortaleza de Anhatomirim - o Comissário de Polícia Elesbão Pinto da Luz. Seu maior adversário político foi seu cunhado e primo, de acordo com o Coronel Wiederspahn - um fanático Republicano, Hercílio Pedro da Luz, que depois da manobra, ocupou o cargo de Governador de Santa Catarina.
26 - No dia 13 de outubro de 1930, foi empossada pelo prefeito provisório de Blumenau, João Kersanack, a Junta Administrativa - Municipal composta dos senhores Antônio Cândido de Figueiredo, Thomé Braga, Max Mayr, Adolfo Wollstem e Theodolindo pereira, em substituição do Conselho Municipal (como na época era denominada a Câmara de vereadores) que na ocasião foi exposto e era formado pelos senhores Pedro Christiano Feddersen, como presidente, Arthur Rabe, vice-presidente, Max Haufe, Wllly Hering (do Rio do Sul) Frederico Schmidt, Carlos Schroeder, José Bona, Silvio Scoz, Hermann Sachtleben e Fritz Lorenz.

27 - Blumenau já foi por duas vezes a capital de Santa Catarina? A primeira vez em 1893 quando a Câmara Municipal, num gesto de rebeldia, assim o decretou, proclamando o Dr. Hercílio Luz governador do Estado, o qual prestou o juramento de praxe e tomou posse do cargo. A segunda vez foi em 1930. Florianópolis resistia aos revolucionários que vinham do sul e cujo comando foi estabelecido em nossa cidade que foi declarada capital do Estado. 

28 - Dr. Blumenau, contagiado de entusiasmo provocado pelas vitórias brasileiras na guerra contra o Paraguai, batizou muitas sedes de linhas da sua colônia com nomes dos lugares onde os nossos haviam se coberto de gloria, vindo daí os nomes de Ascurra, Humaitá, Aquiaaban Riachuelo e Timbó. 

Quando o Brasil entrou na Guerra do Paraguai, em dezembro de 1864, os colonos da Colônia Blumenau se organizaram e se apresentaram na capital da Província de Santa Catarina - Nossa Senhora do Desterro para juntar-se às tropas brasileiras. A Guerra durou 6 anos e terminou no final do ano de 1870.
Encontramos um documento com 31, dos aparentes 72 nomes que participaram do conflito - publicado na revista Blumenau em Cadernos do ano de 1976. Ao cruzarmos as duas listas, percebemos que há nomes presentes somente no documento original (abaixo) - aumentando, portanto, este número para 76 combatentes. Observar apontamentos nas listas.
Parte do Ofício assinado pelo Diretor interino da Colônia Blumenau -  Hermann Wendeburg  em 19 de setembro de 1865 - foi encontrado no Setor dos Documentos Raros da Biblioteca da Universidade Federal de Santa Catarina. 
Documento encontrado no Setor de Documentos Raros da Universidade  Federal de Santa Catarina. Observamos que muitos dos nomes dos imigrantes alemães, foram "abrasileirados" - como: Emílio / Emil; Carlos / Karl ; Rodolfo / Rodolph; Ernesto / Ernest; Guilherme/ Willheim; Henrique/Heinrich; Miguel/Michael; Augusto/August.
Lista dos Voluntários da Pátria da Colônia Blumenau

O mais velho da lista dos Voluntários da Pátria e Blumenau inscrito tinha 47 anos e o mais novo - 18 anos.
1.       Emílio Odebrecht  (Emil) - 28 anos – Militar Oficial;
2.       Francisco Ewald – 20 anos;
3.       Luiz Hoffmann – 28 anos - Militar;
4.       Günther Tranche – 30 anos;
5.       Eugen Kurz – 38 anos;
6.       Guilherme Mohr – 21 anos;
7.       Hermann Echelberg - 20 anos;
8.       Henrique Kriegel – 19 anos;
9.       Conrad Kriegel – 18 anos;
10.   Fernando Schuhmacher – 28 anos - Militar;
11.   Elias Müller – 29 anos;
12.   Christiano Müller – 25 anos;
13.   Henrique Lucas  - 23anos;
14.   Miguel Kiegel – 32 anos;
15.   Wendelin Kraemer – 45 anos - Militar;
16.   Ernesto Richter – 18 anos;
17.   Carlos Siebert  - 18 anos;
18.   Otto Lobedan – 40 anos - Militar;
19.   Rodolf Wagner – 27 anos;
20.   Jacob Jasper – 26 anos;
21.    Carlos Baucke – 22 anos;
22.   Chistiano Lucas – 25 anos;
23.   Oscar Kluger – 33 anos;
24.   Christ Frederico Krüger – 40 anos;
25.   Augusto Persch – 27 anos;
26.   Guilherme Hafenstein – 20  anos;
27.   Fred. Guilherme Grofs – 34 anos  - militar;
28.   Julio Hartmann – 21 anos;
29.   João Fred Hafenstein – 47 anos;
30.   Gottlieb Gnewuch – 27 anos;
31.   Fred Guilherme Krieger - 24 anos;

Sr. Hermann Wendeburg
Colônia Blumenau, 19 de Setembro de 1865.
H. Wedenburg
Diretor interino.
29 - Em 3 de agosto de 1863 foi fundada a Sociedade de Cantos da Colônia de Blumenau ("Gesangverein der Kolonie Blumenau") que contando com 27 sócios ativos, tinha como seu primeiro presidente Karl Wilhelm Friedenreich, como secretário Victor Gaertner e como dirigente-musical o Pastor Oswald Hesse e que a mesma sociedade, por deliberação dos sócios, em 10 de agosto de 1865, passou a denominar-se "Germania".

(Excertos do I Tomo de "Blumenau em Cadernos") - Frederico Kilian
Fonte: Revista Blumenau em Cadernos Tomo XXI - nº 4 , abril de 1980
Um Registro Para a História.
 
Eu sou Angelina Wittmann, Arquiteta e Mestre em Urbanismo, História e Arquitetura da Cidade.
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Referências
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