Ludwig van Beethoven nasceu na cidade de Bonn - Prússia - atual Alemanha - no dia 16 de dezembro de 1770 (Um ano antes da unificação da Alemanha liderada pelo império da Prússia) - a partir de sua data de batismo, que aconteceu no dia 17 do mesmo mês. Seria quase indispensável dizer que foi um dos principais compositores alemães do Período Romântico e também, foi quem introduziu o canto coral à apresentação de um peça clássica.
Seu pai - Johann Beethoven, figura rude, foi que introduziu a música na vida de Beethoven. Quis torná-lo um menino prodígio e o obrigava a estudar música, desde os cinco anos de idade, diariamente, durante muitas horas, muitas vezes submetendo o pequeno Beethoven a severos castigos. Johann Betthoven foi alcoólatra, entre outras patologias.
Sua mãe, Maria Heinrich Keverich era filha do chefe de cozinha do Príncipe da Renânia - Johann Heinrich Keverich. Com seu segundo marido - Johann Beethoven - teve sete filhos além do primeiro filho, do primeiro casamento.
Beethoven - o grande compositor, um dos setes filhos de Maria Keverich, teve uma infância muito difícil, na qual sofreu violências físicas e psicológicas. Talvez uma das causas, de sua surdez posterior. Surdo, escondia esta condição de muitos e isto, não impedia o compositor de trabalhar - de produzir música. Sentiu os primeiros sintomas da doença aos 24 anos de idade. Embora tenha feito inúmeras tentativas para tratá-la. Durante os anos seguintes, a doença continuou a progredir. Aos 46 anos (1816), estava praticamente surdo.
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Era admirado e assediado pelas mulheres, mas de acordo com cartas encontradas posteriormente a sua morte, existiu uma mulher especial, para qual deixou doces palavras. Foram encontradas cartas escritas destinada à uma dama misteriosa - sua herdeira por vontade documental - escritas em tempos distintos, por volta de 1812. Não sabe-se ao certo o número de cartas. Foram descobertas algumas, que não foram remetidas, em uma gaveta secreta, onde ele também manteve: a Hailigenstadt - sua vontade testamental, algumas economias e algumas fotos.
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Tradução de Lubru Lumen - que menciona: "Como não encontrei nenhuma tradução boa das cartas, resolvi me arriscar sozinho a traduzi-las. Mas como não sou tradutor, peço ajuda aos que arranharem o inglês ou alemão melhor do que eu e tiverem algum tempo sobrando bem como vontade de colaborar. Seguem as três cartas traduzidas e alguns links para as versões em inglês, alemão e português."
"Manhã de 6 de julho [de 1812]
Meu anjo, meu tudo, meu ser. Apenas algumas palavras hoje, à lápis (o seu). Até amanhã a minha morada estará definida. Que desperdício de tempo. Por que [sinto] esta tristeza profunda quando a necessidade fala? Pode o nosso amor resistir ao sacrifício, em não exigir a totalidade um do outro? Pode mudar o fato de que você não é toda minha nem sou todo seu? Oh, Deus! Olhe para a beleza da natureza e conforte o seu coração com o que deve ser. O amor exige tudo e com razão. Assim, eu estou em você e você em mim. Mas você se esquece facilmente que preciso viver para mim e para você. Se estivéssemos completamente unidos, você sentiria esta dor tão próxima quanto eu sinto. A minha viagem foi terrível; só cheguei ontem às 4 horas da manhã, uma vez que na falta de cavalos, o cocheiro escolheu um outro caminho, mas que caminho terrível. Na penúltima parada fui avisado para não viajar à noite, fiquei com medo da floresta, e isso só me deixou mais ansioso – e eu estava errado. O cocheiro precisou parar na estrada infeliz, uma estrada imprestável e barrenta. Se estivesse sem os apetrechos que levo comigo teria ficado preso na estrada. Esterhazy, percorrendo este caminho habitual, teve o mesmo destino com oito cavalos que eu tive com quatro. Senti algum prazer nisso, como sempre sinto quando supero com sucesso as dificuldades. Agora uma rápida mudança das coisas externas para as internas. Provavelmente nos veremos em breve, mas hoje não posso compartilhar contigo os pensamentos que tive durante estes poucos dias dias sobre a minha vida. Se os nossos corações estivessem sempre juntos, eu não teria nenhum deles. O meu coração está repleto de coisas que gostaria de dizer-te. Ah. Há momentos que sinto esse discurso não ser nada. Alegre-se. Você permanece [sendo] a minha verdade, o meu tesouro, o meu tudo como eu sou o teu. Os deuses devem nos mandar o restante, aquilo que deve ser para nós e será. Seu fiel Ludwig.
***
Segunda, noite de 6 de julho [de 1812]
Você está sofrendo, minha querida criatura. Só agora percebi que as cartas precisam ser enviadas nas segundas ou quintas de manhã bem cedo. Os únicos dias em que o correio vai daqui para K. Você está sofrendo. Ah, não importa onde eu estou, você está lá. Eu arrumarei isso entre eu e você para que possa viver contigo. Que vida!!! Assim!!! Sem você, perseguido pela bondade humana, o que pouco quero merecer é o que mereço. A humildade do homem diante do homem me machuca. E quando me considero em relação ao universo, o que eu sou e o que é Ele, a quem chamamos de maior, ainda assim, nisto reside a divindade do homem. Choro ao pensar que provavelmente não receberá a minha primeira carta antes de sábado. Por mais que você me ame, eu te amo mais. Mas nunca se oculte de mim. Boa noite. Devo ir dormir. Oh, Deus! Tão perto! Tão longe! Não é o nosso verdadeiro amor uma construção celestial, mesmo assim é firme como as colunas do céu?
***
Bom dia, em 7 de julho [de 1812]
Embora ainda esteja na cama, os meus pensamentos vão até você, minha Amada Imortal, agora felizes, depois tristes, esperando para saber se o destino nos ouvirá ou não. Eu só posso viver completo contigo ou não viver. Sim, estou decidido a vaguear assim por muito tempo longe de você até que possa voar para os seus braços e dizer que estou em casa, e poder enviar a minha alma envolta em você ao reino dos espíritos. Sim, isto deve ser tão infeliz. Você será mais contida quando souber da minha fidelidade à você. Outra jamais poderá ter o meu coração, nunca, nunca, Oh, Deus! Por que um precisa estar separado do outro quando se ama. E, no entanto, a minha vida em Viena é agora uma vida miserável. O teu amor me faz ao mesmo tempo o mais feliz e infeliz dos homens. Na minha idade eu preciso de estabilidade, de uma vida tranqüila. Pode ser assim na nossa relação? Meu anjo, acabo de ser informado que o carteiro sai todos os dias. Por isso devo terminar logo para que você possa receber a carta logo. Fique tranqüila, somente através da consideração tranqüilade nossa existência podemos atingir o objetivo de vivermos juntos. Fique tranqüila, me ame, hoje, ontem, desejos sofridos por você, você, você, minha vida, meu tudo, adeus. Oh, continue a me amar, jamais duvide do coração fiel de seu amado.
Sempre teu
Sempre minha
Sempre nosso."
Estas cartas inspiraram o filme A minha Alma Imortal - Immortal Beloved, que mostramos na postagem. Não encontramos o filme legendado em português ou mesmo dublado - o qual já tínhamos assistido - há algum tempo.
Outros trechos do filme
O filme Minha Amada Imortal fornece o "enredo" a partir da presença destas cartas e de como elas surgiram, contando, de maneira romanceada, boa parte da vida do grande compositor alemão e o cenário de suas principais peças. É um drama, que nos permite fazer empatia e delinear o sofrimento gerado por inúmeros conflitos na alma de Beethoven, que pelo visto, também sofreu, por um amor proibido. A história, ou estória, reflete fortes características do Romantismo - período de grande empatia e sintonia em quase todo o território, no qual, atualmente está a Alemanha - a partir das diversas releituras. O filme, que se desenvolveu na busca do nome da amada e da herdeira, por direito e por vontade do compositor, de sua herança.
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A partir da morte de Beethoven - inicia a trama, ao descobrir que o compositor deixou sua fortuna para seu verdadeiro amor, até então desconhecido por todos - criando um determinado suspense. O filme mostra como que inúmeras tentavas de viver este amor foram frustradas por desentendimentos, pequenos enganos e até mesmo tragédias, características fortes do Romantismo.
No filme, percebemos, com que intensidade, Beethoven viveu emoções com as mais variadas características e de como estas influenciavam sua vida. Uma de suas maiores obras - a Nona Sinfonia é apresentada no final do filme - como uma síntese de sua vida, onde os acordes, no filme - reportam momentos fortes vividos pelo compositor. Regendo-a, totalmente surdo, com toda a emoção de sua interpretação e regência - quase como uma despedida da vida - parte pouco tempo depois. Um Epílogo.
No filme, sua Amada Imortal está na platéia na noite do grande Concerto.
Também destacamos a presença do canto coral, até então não adotado por outros compositores em composições clássicas orquestradas.
O Filme completo(Até que tirem do ar novamente)...
Para assistir - abaixo - esta parte do filme.
Além de envolvente, o filme possibilita a reflexão sobre o quanto as pessoas deixam seus sentimentos isolados para si.
Vale a pena conferir. A seguir, parte do filme onde interpreta a Sonata ao Luar - surdo, é descoberto, o que o irrita profundamente. Escondia sua surdez. Emocionante.
Segue o filme...
Minha Amada Imortal - Immortal Beloved (Inglês)
Filme de 1994 - Filme biográfico britânico e norte americano de 1994 que mostra a vida do compositor alemão Ludwig van Beethoven. Foi dirigido por Bernard Rose e estrelado por Gary Oldman, Jeroen Krablé, Isabella Rosselini e Valéria Golino. Roteiro de Bernard Rose. Música de Ludwig van Beethoven, George Fenton Gioachino Rossini.
Foi lançado nos Estados Unidos da América em 6 de janeiro de 1995.
Vídeo - Filme na íntegra: A minha Alma Imortal
É lamentável que o filme não está acessível para todos - inteiro. Recomendamos assisti-lo - é muito bom. Se a cultura e a história fossem mais acessível às pessoas, acreditamos que mundo seria melhor. Se alguém souber um link onde possamos disponibilizar este filme, livremente, neste espaço, por favor entrar em contato conosco. Desde já, nosso agradecimento.
Elenco
Gary Oldman: Ludwig van Beethoven
Jeroen Krabbé: Anton Schindler
Isabella Rossellini: Anna-Marie Erdödy
Johanna ter Steege: Johanna Reiss
Christopher Fulford: Kaspar van Beethoven
Marco Hofschneider: Karl van Beethoven
Miriam Margolyes: Nanette Streicher
Barry Humphries: Klemens von Metternich
Valeria Golino: Giulietta Guicciardi
Leo Faulkner: Ludwig van Beethoven (jovem)
Matthew Northcomo: Karl van Beethoven (jovem)
Grande, triste e vibrante vida,
com contribuição universal...
Para a história da Humanidade.
OLA AMIGA.
ResponderExcluirAMEI TEU BLOG. ESTA DIVINO !
ENCONTREI ESTE LINK, NAO SEI SE É O QUE MENCIONASTE COMO PROCURADO...UM GRANDE BJO NO CORAÇAO.
MARIA TORRES/ LONDRINA, PARANÁ.
O FILME: "MINHA ALMA IMORTAL".
https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwifod3I0LfTAhXLkpAKHZ9ZAC0QtwIIJTAA&url=https%3A%2F%2Fwww.youtube.com%2Fwatch%3Fv%3DbcR63fPtSLs&usg=AFQjCNHDxV48wI_R3KPImFNmLNHROia2Ag
Feliz que gostou desse trabalho voluntário. Abraço grande...
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