segunda-feira, 25 de junho de 2018

Reunião das representações do Vale do Itajaí com Técnicos da Valec - Traçado ferroviário da Ferrovia da Integração

Estivemos no dia 22 de junho de 2018, na Sala Nobre da UNIDAVI - na cidade de Rio do Sul participando de mais um encontro da sociedade do Vale do Itajaí - cujo tema é a Ferrovia da Integração. 
Presentes na reunião, estavam também, técnicos da Valec – Engenharia, Construções e Ferrovias S.A - representando o responsável pela área - pois este tinha outro compromisso. 
Lemos a matéria no Jornal de Santa Catarina e as informações ali publicadas, referente a esta reunião não condiz com a fala do palestrante - representante da VALEC - Francisco Luiz Baptista da Costa e com o assunto apresentado pelo mesmo.
Para ler a matéria - Clicar em: Corredor Ferroviário de Santa Catarina
Ao contrário do que diz a matéria do Jornal de Santa Catarina do dia 22 de junho de 2018, cujo assunto é debatido desde o ano de 2010 na região (época que o mesmo jornal ignorava o tema na região), a Valec apresentou duas opções de traçados ferroviários para locar a Ferrovia da Integração. 
Antes de prosseguir - Registros dos debates anteriores sobre a Ferrovia da Integração foram postados no Blog, na postagem a seguir. 
Sugerimos sua leitura - clicando sobre:


De acordo com as palavras do palestrante em Rio do Sul - representante da Valec -neste momento, há dois traçados sendo debatidos pela equipe técnica da VALEC – Engenharia, Construções e Ferrovias S.A. 
Para a escolha do primeiro ramal a ser construído sentido leste oeste,  no estado, serão levadas em considerações, algumas questões ainda estudadas pela equipe técnica para definir, enfim, o traçado definitivo. 
Francisco Luiz Baptista da Costa fez uma exposição de aproximadamente 40 minutos, destacando as vantagens e desvantagens de cada um dos dois traçados apresentados  na tarde, em Rio do Sul.
O engenheiro ferroviário Francisco Luiz Baptista da Costa da Vale, apresentando os dois traçados e qual foi o método para chegar nos mesmos - o contrário do que noticiou o jornal de Blumenau.
Há a definição de dois trajetos ferroviários para a Ferrovia da Integração - Corredor Ferroviário de Santa Catarina:
O traçado, que passa pela região do Vale do Itajaí e chega no Porto de Itajaí e o traçado em “y" que chega até a Ferrovia Oceânica - ferrovia troncal na costa brasileira sentido norte/sul, na qual chegarão todos os ramais com direção leste/oeste das várias latitudes do continental Brasil.
Durante a reunião - no momento de perguntas e posicionamentos, foi unânime durante a fala das representações empresariais, políticas e sociais no sentido de tentarem mostrar à equipe da Valec – as vantagens do ramal ferroviário que passa  na região do Vale do Itajaí.
Isto nos fez lembrar, que na década de 50 e 60  do Século XX, estas mesmas representações erradicaram o modal ferroviário do Brasil em detrimento do rodoviarismo. Não conseguimos nos calar no momento, que ouvimos a fala do representante da FIESC argumentar que o interesse dos empresários catarinenses é somente escoar sua produção para São Paulo e não para o interior de outras regiões país, onde citou o nome de uma cidade desconhecida – nome da cidade do interior do nordeste e não lembramos o seu nome.
O grande mal da política econômica regional e do país - quase sempre custeada e coordenada por estes representantes empresariais é o fato de ser alimentada e coordenada por estes disparates ao longo da história do Brasil.
Disparates defendidos e colocados em mesa de negociações por representantes momentâneos de entidades representativas - geralmente da área econômica/empresarial. 
Getúlio Vargas em Blumenau, acompanhado pelo Governador
 catarinense Nereu Ramos - Perseguição à cultura 
e à história local e ameaças veladas - em parte cumpridas
 posteriormente, com desmembramentos de  municípios

 a partir da Colônia Blumenau
No momento, que ouvimos a fala do representante da FIESC,  lembramos a política getulista do nacionalismo, que investiu nas ferrovias para interligar células isoladas das economias regionais no gigantesco território brasileiro e que depois, seguido por Jucelino Kubitschek, decidiu ampliar a ligação entre regiões, também a partir do rodoviarismo e abrir o país para a indústria automobilística e graças estes rompantes, na época, os empresários da região festejaram o fim da ferrovia e a inauguração da BR470 mais ou menos no mesmo traçado ferroviário da EFSC - aqui na região do Vale do Itajaí. Há registros históricos sobre isto.
JK - Garoto propaganda da indústria automobilística no Brasil
Os técnicos da VALEC deixaram claro em sua fala, que priorizam o sistema e não um ramal isolado, que ao nosso entender é a malha ferroviária nacional. 
Francisco Luiz Baptista da Costa
O que isto significa? Contrariando a fala do representante da FIESC que disse em alto e bom tom, que o que de fato interessa aos empresários de Santa Catarina é transportar a produção até São Paulo e não, às demais regiões, mencionando a cidade desconhecida.
Esquecem-se, de que quando os pioneiros – chegaram na região para "plantar" cidades no meio da mata, trouxeram consigo os planos de criar uma malha de caminhos, caminhos que não eram para São Paulo, mas para escoar, criar artérias para locais onde não tinha como chegar a produção das propriedades rurais, em um primeiro tempo. Um tempo depois, também escoar a produção oriunda indústria local – a origem da industrialização do Estado de Santa Catarina.
Como pode lideranças empresariais, no meio de uma reunião desta magnitude, negar regiões consumidoras e condená-las ao isolamento a partir de uma iniciativa pública - e que podem tornarem-se viáveis e com grandes perspectivas de negócios, se é isto, que de fato que lhes interessam, a partir de uma malha ferroviária nacional?

Então - perguntamos à equipe técnica:
– “E porque não – as duas malhas? 
A do Vale do Itajaí e a “Y” que passará mais ao sul do estado,  nas proximidades de Alfredo Wagner.  Francisco Luiz Baptista da Costa respondeu que em um primeiro momento, será construída um ramal sentido leste/oeste, com trens de grande capacidade de cargas, e posteriormente, deverá acontecer a construção de outras malhas, que não é novidade alguma em países, como Estados Unidos, Alemanha, França, Rússia e China.

Em nossa opinião, o evento foi somente mais uma palestra de um assunto que não tem data certa para ser definido e para ter assunto sobre o tema ferroviário. Os técnicos da Valec deixaram claro que estão fazendo este tipo de palestra em todo o território nacional, mais para esclarecimentos e não deixou nada definido. Em sua palestra apenas apresentou qual foi a metodologia utilizada para definir o corredor ferroviário do Estado de Santa Catarina, o qual não está concluído e está disponível a retornar quantas vezes forem necessárias, para dissertar sobre o assunto.

As imagens
















A mancha da região que está mais apropriada para receber a ferrovia, mas nada é certo 

Apresentando os dois traçados que estão sendo estudados pela Valec - onde os critérios são puramente técnicos e não políticos de acordo com o engenheiro ferroviário.


Continuidade da análise das duas alternativas de traçado ferroviário - estudados por parte da equipe técnica





















Mais um capítulo desta história que iniciou no final do século XIX - reiniciou em 2010 e prossegue...
Aguardemos os próximos

Em breve vídeo






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Já tivemos a Estrada de Ferro Santa Catarina, que não atingiu seu centenário...






























Leituras complementares (Basta clicar sobre o título)

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