quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Inácio Oliveira - Fundador das Balas de Banana Oliveira comemora seus 80 anos com a presença de um grupo folclórico de Blumenau

Inácio e Maurília Oliveira e o Tanz-und Spielgruppe Gartenstadt - Laurentino SC





Historicamente, os intercâmbios prosseguem entre as nucleações urbanas do território que outrora fez parte da grande Colônia de Blumenau.
Colônia fundada por Hermann Blumenau, que pretendia através de uma empresa agrícola, conseguir o desenvolvimento de seu negócio. O empreendimento foi baseado no ideário de Quesnay, onde as propriedades agrícolas produziam o sustento de cada propriedade e também, poderia comercializar e mesmo, industrializar o excedente da produção das propriedades coloniais. Até certo ponto da história, o projeto do idealizador da Colônia Blumenau teve êxito. A região, juntamente com a região da Colonia Dona Francisca, norte do Estado de Santa Catarina, foram os polos responsáveis pela industrialização do estado.  As primeiras industrias de beneficiamento foram, sem dúvida, a alimentícia - juntamente com a madeireira. Principalmente no interior da Colônia Blumenau. Constatamos dados que confirmam esta afirmativa em nossas pesquisas, junto ao trabalho que desenvolvemos na docência na UNIDAVI - Rio do Sul.
Introduzimos este assunto, porque no último dia 11 de agosto de 2018, acompanhamos o grupo folclórico do Stadplatz da Colônia Blumenau até uma localidade que se desenvolveu no seu interior  - no Alto Vale do Itajaí, conhecida como Laurentino. 
Ao contrário da maioria dos municípios da região, Laurentino não foi fundado por imigrantes alemães e nem, por italianos - estes chegaram depois, através das Companhias Colonizadoras.
Os pioneiros  eram de famílias do litoral, descendentes de imigrantes portugueses ou caboclos - filhos da miscigenação portuguesa e nativos/brasileiros de fato. Estas famílias se instalaram desde a altura da rodovia federal BR 470, em direção ao município do Rio do Oeste - sem formalizar sua posse. Instalaram-se de maneira informal, o que mudou com a chegada posterior das Companhias Colonizadoras.
Escola ocupou o local da casa do
morador de Laurentino
O primeiro morador chegou ao local onde está a sede do município de Laurentino, no dia 10 de novembro de 1908. O primeiro a chegar no local foi o imigrante português João Venceslau  Pereira. João Venceslau construiu sua casa junto às margens do Rio Itajaí Oeste, mais ou menos no local da Escola de Educação Básica Tereza Cristina.
O nome - Laurentino - foi uma prática adotada entre os moradores que tinha ligação com um dos primeiros pioneiros na região: Manoel Laurentino de Andrade - que era um exímio  cavador de poços - possuía o dom de encontrar a nascente. As pessoas, quando pretendiam fazer seu poço - diziam: "vamos lá no  Laurentino!" A prática se perpetuou e foi familiarizada no local onde vivia Manoel Laurentino de Andrade, que era primo de  João Venceslau  Pereira. Ambos eram posseiros e legalmente não possuíam o terreno. 
Viviam no local da maneira informal. Esta situação não permaneceu assim, e mudou com a chegada das Companhias Colonizadoras, responsáveis por lotear e comercializar os muitos lotes coloniais - em toda Colônia Blumenau e, a partir de então, fez surgir os primeiros planos de cidades.
Manoel Laurentino de Andrade partiu e deixou o nome para o local. Informalmente - o Município também foi chamado de Santo Antonio, denominação adotada pelos padres e a capelinha dedicada ao santo.
Manoel Laurentino recebeu um monumento em sua homenagem - na cidade.
A nucleação urbana se desenvolveu  às margens do Rio Itajaí do Oeste - única opção de acessibilidade natural dos colonizadores. Utilizavam a embarcação fluvial - canoa, embarcação que transportava as pessoas de uma margem para a outra do rio e também transportava as pessoas até Rio do Sul para as compras e vendas de produção da propriedade. As primeiras residencias no local eram rudimentares, como aconteceu em todo Vale do Itajaí. Passado algum tempo os colonos começaram as melhorias de suas propriedades e casas. 
"Embora muito simples, mas de tamanho maior. A madeira serrada ainda a mão com traçadores, usavam a madeira roliça ou falquejada a machado, a cobertura era feita de tabuinhas. Não eram usados pregos na fixação da armação, somente encaixes e cunhas de madeira, os pregos só eram utilizados na fixação das tábuas e tabuinhas. A grande preocupação era o numero de quartos para abrigar a grande família que iria se formar." Site do Município - http://www.laurentino.sc.gov.br
No ano de 1920 iniciou o ciclo da madeira no município com a chegada de pequenas serrarias. Contam os historiadores locais que "A madeira cortada a machado, no mato era puxada por dois bois ou cavalos até um estaleiro, as torras eram postas em carretões e conduzidas até a serraria."


Após as serrarias, chegaram os engenhos de cana e de farinha de mandioca. Na década de 1940 surgiram as fecularias Cassaca e Renaux, industrializando a mandioca e incentivando o plantio do produto. 

No ano de 1966 surgiu a Indústria e Comercio Oliveira, atuando no ramo de sabão, doces, balas de banana, conservas, temperos, industrialização de fumo e derivados do leite, cujo fundador comemorou 80 anos com a presença do grupo folclórico de Blumenau Tanz-und Spielgruppe Gartenstadt.

Por este detalhe, lembramos da história pretérita da Colônia Blumenau. Um município - nucleação urbana - que a exemplo de tempos remotos, teve contato com outra nucleação da colônia a partir da cultura e do entretenimento.
Acompanhamos o grupo folclórico  Tanz-und Spielgruppe Gartenstadt - ligado ao Grêmio Esportivo Olímpico de Blumenau que fez uma apresentação folclórica durante as comemorações do 80° aniversário de Inácio Oliveira - fundador, juntamente com sua esposa Maurília, da Fábrica Oliveira -  que entre outros produtos fabrica a conhecida balas de banana Oliveira.
Tradicionais balas Oliveira

As imagens comunicam
Vídeo
O 80° aniversário de Inácio Oliveira com Tanz-und Spielgruppe Gartenstadt
















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Alles Gute zum Geburtstag, Herr Oliveira. 
Alles gut.

Em construção...
Em breve - Vídeos.



























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