sexta-feira, 9 de abril de 2021

"Centro de Convenções e a Centralidade Urbana - Parque Municipal" - TCC - Arquitetura e Urbanismo para Agrolândia SC - Pesquisa e Projeto: Laiz D. C. Correa- Orientação: Angelina Wittmann


Arquiteta Laiz Daiane Claudino Correa.
Trabalho  de Conclusão de Curso - TCC desenvolvido por  Laiz Daine Claudino Correa no curso de Arquitetura e Urbanismo sob orientação da  Arquiteta Angelina Wittmann, no 2° Semestre de 2020, quase totalmente através da plataforma Meet do Google, exceto, no dia da visita ao local de estudos, que aconteceu em 28 de agosto de 2020 - momento que também, foi efetuado parte do levantamento fotográfico. A pesquisa e a proposta foram desenvolvidas para um local da cidade do Alto Vale do Itajaí - Agrolândia - no local onde atualmente está o Parque da FECOL - espaço onde acontece a tradicional Festa do Colono - na data comemorativa do aniversário de Agrolândia e, para os vazios urbanos do entorno com objetivo de criar diretrizes urbanísticas e orientar a ocupação do solo nesta área da centralidade urbana do município, próximo ao novo complexo proposto.
O trabalho abrangeu questões relacionadas ao patrimônio histórico, questões urbanísticas e arquitetônicas quando apresentou o projeto arquitetônico  para o Centro de Convenções de Agrolândia e o Plano Piloto estruturador de sua nova centralidade urbana, contando com a presença do revitalizado parque municipal. A proposta, foi muito além da estruturação espacial envolvendo os principais edifícios da administração pública e dos principais serviços, pois redesenhou e apresentou uma nova hierarquia viária a partir da nova espacialização, contanto com ambientes urbanos mais racionais, seguros, sustentáveis e adequados às novas funções pre estabelecidas e expectativas da sociedade atual e futura de Agrolândia. 

28 de agosto de 2020 - único contato presencial - visita ao local de estudo
Após percorrer toda a grande área sob um sol escaldante.
Rua 25 de Julho - principal via estruturadora do Projeto.

Grandes áreas verdes junto à Rua 25 de Julho - Local do Plano Piloto para nova centralidade administrativa de Agrolândia, integrada, através da Praça de Integração, rua compartilhada ao Centro de Convenções e Parque Municipal.

Locais com a presença de nascentes d'água - oportunizadas para humanizar parte da proposta.



Espaço com áreas verdes entre a rodovia intermunicipal e a Rua 25 de Julho - parte do sítio da proposta.

Rua 25 de Julho com sub uso e pavimentação inadequando para tráfego local - impermeabilizada e sem arborização.


Grandes extensões de áreas verdes.




Fundos de uma tipologia do patrimônio Histórico Arquitetônico localizada no sítio da proposta e valorizada com uso apropriado, integrando-a ao conjunto urbano de Agrolândia.






Acesso ao atual local da FECOL.

Atual local da FECOL.

Atual local da FECOL.


Parte dos fundos do grande terreno onde está a sede da FECOL.




Mapa de Agrolândia e local estudado.
Área de Estudo.
Área de Estudo - Agrolândia SC.






















Proposta
Os centros não são centros porque neles se localizam os palácios, as catedrais ou os bancos. Vimos que o oposto também é verdadeiro. Não é verdade que os palácios, catedrais ou bancos se localizam nos centros porque eles são centros. E por que eles são centros? Fica claro o círculo vicioso. Qual origem ou fonte da centralidade? Está na possibilidade de minimizarem o tempo gasto, os desgastes e os custos associados aos deslocamentos espaciais dos seres humanos. Flávio Villaça, 2001.
1 - Introdução

Agrolândia, município da área que receberá esta proposta, está localizado no Alto Vale do Itajaí e se  tornou município em 12 de junho de 1962, quando foi  desmembrado de Trombudo Central, que se desmembrou de Rio do Sul e este, de Blumenau, portanto fazia parte da antiga Colônia Blumenau.
Dentro deste processo histórico regional de ocupação, a estrutura urbana e a centralidade da cidade permaneceram junto a rodovia dos “viajantes”, ou aquela que interliga os municípios, antigas nucleações urbanas da Colônia Blumenau. O centro da cidade, espacialmente está limitado à característica rua comercial de cidade fundada por imigrantes alemães, sem espaço para expansão e para vazios urbanos.
Simultaneamente a esta formação urbana, a localidade de Trombudo Alto, antigo nome de Agrolândia no início de sua história, recebeu maior contribuição cultural dos descendentes dos pioneiros alemães, os quais possuíam determinadas festividades características trazidas por seus antepassados, da Alemanha, representadas na música, na dança, nos hábitos e costumes,  na gastronomia - dentro de espaços genuinamente construídos com tipologias da arquitetura pioneira alemã.
Dentro deste contexto, a data mais festejada e importante para o município de Agrolândia é o dia 25 de Julho, o qual reporta à chegada do primeiro grupo organizado de imigrantes alemães ao Brasil, na cidade de São Leopoldo RS.  Nas regiões do país onde conta com a presença da imigração alemã e  descendentes, o dia 25 de Julho é comemorado festivamente, data também conhecida como, dia Dia do Colono. Em Agrolândia, a Festa do Colono tem muita importância e é comemorada desde o ano de sua emancipação de Blumenau, em 1962.
 A festa possui o espaço próprio para o evento. O local é conhecido regionalmente, como o espaço da FECOL - Festa do Colono, e está localizada na Rua 25 de Julho (referência a data histórica), paralela à via, onde se desenvolveu a centralidade da cidade - Alameda Trombudo Alto. 
O complexo atual da Fecol, deveria prover espaços para estacionamentos, paisagismo, alimentação, áreas de lazer, equipamentos urbanos. No entanto, é desprovido de organização, não atendendo às expectativas mínimas de um programa de necessidades atual para usos múltiplos, o que fomentariam práticas e usos diversos dentro de uma agenda anual para o município. 
O edifício da Fecol apresenta uma arquitetura com espaços subdimensionados, não adequados, sem conforto, com uma técnica construtiva  não sustentável e ambientes que não  atendem a diversidade de eventos que poderiam ocorrer nos mesmos, em outras datas do ano.
Pautado em conceitos atuais de centralidade, e sob o olhar globalizado das cidades,  este trabalho propõe a reestruturação do espaço da FECOL, com um programa de necessidades que priorize o multiuso, integrando áreas externas e internas e este, ao Parque Municipal e à centralidade de Agrolândia, adequando de maneira integrada, o local de lazer, gastronomia, eventos e negócios, fazendo com que este espaço tenha uso diário e com equipamentos adequados para o uso.

(...)estabelecem-se espaços na cidade que dispõem de uma maior concentração de atividades que concedem a esses espaços um maior poder de articulação. Assim, esses espaços exercem atração sobre as demais parcelas do tecido urbano e constituem uma centralidade urbana, que compreende também uma área capaz de gerar e manter fluxos (de pessoas, capitais, mercadorias etc), e não apenas concentrar determinados fixos. GLUSZEVICZ, MARTINS(2013).

GLUSZEVICZ e MARTINS ainda afirmam que a concentração de equipamentos, atividades econômicas e serviços, é extremamente necessária para uma maior dinamização dos fluxos. Tal concentração, ao propiciar uma centralização urbana, termina por implicar numa articulação diferenciada nos usos do solo, alterando a forma urbana e tornando-a segmentada tanto social e econômica, quanto espacialmente.
As questões que envolvem o centro e a centralidade - intra-urbana têm sido debatidas por correntes teóricas que apresentam certas distinções entre si. Essas correntes baseiam suas análises em dois conceitos: estrutura urbana e o de estruturação urbana. 
Com relação a estrutura urbana de Agrolândia, esta proposta arquitetônica espacial para um Centro de Convenções, com ambientes multiusos temporários e outros de uso permanente, implementado através das diretrizes arquitetônicas, uma readequação espacial da centralidade de Agrolândia, baseada nas diretrizes urbanísticas, modificando e planejando, para o futuro, uma readequação da estrutura urbana. 
Esta proposta de um novo espaço para eventos, não somente para Agrolândia, mas com escala de uso regional, contribuirá para o delineamento e a nova estruturação para a centralidade da cidade - sendo que a atual é desprovida de espaços para expansão, quando houver necessidade. 
Esta proposta apresentará um plano urbano com os principais edifícios públicos e paisagismo integrados à área de eventos e do Parque Municipal, no qual o Centro de Convenções estará situado.

Nessa direção, depreende-se que o estudo da centralidade urbana se consolida em íntima relação com a própria noção de estrutura e estruturação urbana, e das modificações e rupturas que se, processam no tempo. Conceitos que dizem respeito às diferentes disposições (arranjos) no uso e ocupação do solo urbano e as diversas articulações e interações entre estes, resultantes do próprio arranjo. Contudo, esta seria uma centralidade também em movimento, “um movimento dialético que a constrói e a destrói; que a cria ou a estilhaça” (LÉFÈBVRE, 1999, p. 110).

Ao implementar a atualização espacial para eventos na Fecol, aos moldes atuais - esta têm reflexo na configuração do espaço urbano. Este trabalho, não poderia se omitir diante das questões urbanas, observando o significado da centralidade para a cidade.
Sposito (1998), afirma que a relevância da análise da redefinição da centralidade intra-urbana pode ser sintetizada a partir de quatro dinâmicas que expressam um conjunto de mudanças sociais, econômicas e espaciais em curso. São elas: 

1) dos novos padrões de localização dos equipamentos comerciais e de serviços e seus impactos frente ao papel do centro principal
2) das transformações econômicas expressas em formas flexíveis de produção que impõem fortes vínculos interurbanos na estruturação intra-urbana; 
3) das novas dimensões da redefinição da centralidade intra-urbana, que embora não seja um processo novo, passa a ocorrer também nas cidades médias; 
4) da redefinição do cotidiano frente ao crescimento da importância conferida ao lazer e ao tempo destinado ao consumo.

A administração pública atual, está localizada em uma área bastante adensada, com poucos lugares para as pessoas, estacionamentos e equipamentos urbanos, não existe espaço público adequado em seu entorno. O plano piloto possibilita um desenho de cidade, compondo a nova centralidade junto ao Centro de Convenções, resultado de uma análise de projeto urbano que vai ser espacializado de acordo com a necessidade, e não em uma edificação pertencente ao patrimônio histórico arquitetônico regional, que não foi feita para ser usada pela Prefeitura, criando espaços adequados para o crescimento da população, visto que o atual espaço está muito adensada, com poucos lugares para pessoas, estacionamentos, equipamentos urbanos, sem espaço público no seu entorno.
Portanto, esta proposta apresenta novo projeto arquitetônico para um Centro de Convenções com espaços multiusos, englobando áreas para alimentação, exposições, show’s, conferências, exposições, localizado dentro do Parque Urbano Municipal e este, dentro da nova centralidade de Agrolândia, ao lado de espaços projetados para os principais edifícios públicos e áreas de lazer e convívio, junto a estes organizado em uma malha de caminhos devidamente estruturados, para veículos motorizados, bicicletas e pedestres.

1 .1 - Problema e Justificativa

O município de Agrolândia foi criado a partir do desmembramento ocorrido em 12 de junho de 1962, ano no qual surgiu a primeira edição da FECOL - Festa do Colono, e que se fez conhecida na região. Recebeu um local próprio para suas edições festivas anuais, evento ocorrido no dia 25 de julho, data da chegada do primeiro grupo de imigrantes alemães, de maneira organizada, ao Brasil. 
Do início de sua fundação, até o presente momento, não houve uma organização espacial de sua centralidade urbana, observando sua função e seus principais elementos no espaço da cidade
A sede administrativa atual do município está locada na principal via do comércio e intermunicipal que corta a cidade, em torno da qual foi estruturada a malha urbana. A prefeitura municipal ocupa o espaço de uma edificação pertencente ao patrimônio cultural, um antigo comércio, restaurada, mas não projetada para esse uso sob aspecto arquitetônico e sob aspecto urbanístico - e organizado dentro de um projeto diante uma organização espacial desta centralidade e todo seu significado de acordo com a análise de CORREIA, 2003.

De fato, a Área Central constitui-se no foco principal não apenas da cidade,  mas de sua hinterlândia. Nela concentram-se as principais atividades  comerciais, de serviços, da gestão pública e privada, e os terminais de  transportes inter-regionais e intra-urbanos. CORREIA, 2003.

No município de Agrolândia, cada uma destas questões citadas por Correia, de serviços, gestão pública e privada, terminais de transportes e a FECOL, espacialmente estão desconjuntadas, se levarmos em conta algumas questões como: o da distância percorrida, mencionada por Villaça (partiu em março de 2021 - link no final da postagem), a circulação de capital, mencionada por Lefébvre, a centralidade das multiatividades citada por Correia, mais as áreas de circulação de vias e áreas de lazer.
Considerando estas questões, alinhadas à existência de um grande vazio urbano ainda existente no entorno do terreno da sede da FECOL, esta proposta justifica e propõe a inserção do plano piloto, considerando o projeto desta nova centralidade urbana e a nova sede da FECOL, agora Centro de Convenções de Agrolândia no Parque Municipal.

O espaço físico de um Salão para Eventos Sociais caracteriza-se pela  funcionalidade e facilidade de adequação a qualquer tipo de evento, podendo receber  várias configurações, adaptando-se a acontecimentos de grande, médio e pequeno  porte, promovidos de forma concomitante ou independente. ZANELA, 2017.

O Centro de Convenções, apresenta o aspecto multiuso com opções de diferentes usos para atender uma agenda de eventos, anual. O conjunto, na proposta, conta com áreas verdes munidas de equipamentos, parque, praças, resgates dos leitos de rios existentes nos locais - subutilizados, paisagismo,  vias apropriadas para pedestres, ciclistas e motoristas de automóveis, humanizadas.
O conjunto projetual será formado pelo Centro de Convenções integrado fisicamente à sede da prefeitura
municipal, câmara de vereadores,fórum, Cafehaus em uma tipologia do patrimônio cultural, Centro Comunitário (Creche, biblioteca, reuniões, entre outros) rodoviária, paisagismo, espaços de lazer e estruturação urbana. 

O Centro de Convenções, o Centro Administrativo e Social  estarão integrados ao Parque Municipal de Agrolândia, terceira questão abordada nesta proposta. 
Por consequência, a cidade abarca na verdade a dupla acepção do termo “produzir”. Sendo também ela obra, é o lugar onde se produzem obras diversas, incluindo o que dá sentido à produção: necessidades e satisfações. Igualmente constitui o lugar onde se produzem e trocam os bens, onde são consumidos. LEFEBVRE, p.53. 1972.

A proposta apresenta perfil regional, visto que o município de Agrolândia é cercado por cidades limítrofes. Este trabalho propõe revitalizar, reorganizar, planejar, trazendo esse centro administrativo para o local da Fecol, criando espaços adequados para os usos.

Mapa da situação atual da centralidade urbana e do Parque da Fecol do Município de Agrolândia | SC
Mapa da situação atual da centralidade urbana e do Parque da Fecol do Município de Agrolândia | SC
A conexão entre a antiga centralidade, que tem caráter histórico, e a “nova” proposta, acontece através das vias que estruturam os locais citados, cujas hierarquias serão readequadas, como ilustrado no mapa ao lado..
A distância entre o centro antigo e o proposto é inferior a mil metros. Este, contempla uma via local compartilhada, tornando o local da nova centralidade adequada à escala humana e ao conforto do homem. O traçado intermunicipal deixa de passar no meio da centralidade, como ocorria. Na proposta, este tangencia a área, central, que será munida de locais de lazer, contemplação, equipamentos urbanos e vias de fluxo local, e compartilhadas e também, ciclistas. Além de contar com a presença dos principais edifícios e espaços públicos 

A questão de união público privado é fundamental para a vitalidade de empreendimentos na atualidade, para que não se tornem estruturas obsoletas, muito boa a justificativa (WARMLING, JOICE, 2020).

O projeto proposto do plano piloto deste trabalho prevê a integração espacial das áreas de lazer (parque e praças), com as áreas de eventos, negócios, gastronomia (Centro de Convenções  e Café) e também, com as áreas administrativa e de serviços (prefeitura municipal, creche, biblioteca, câmara de vereadores, rodoviária).
O projeto prevê a organização dos acessos, ciclovias e rodovias que estruturam o plano piloto projetado, visto que a atual prefeitura está localizada em uma casa pertencente ao patrimônio cultural projetada para uso misto - residencial/comercial.
A Figura abaixo, ilustra a ausência de igrejas na atual área central da cidade, elemento importante focal nas centralidades locais e regionais, portanto, descaracterizado como centro urbano.
O “casarão” é o edifício histórico onde está a atual prefeitura municipal do município de Agrolândia, conforme pode ser visto na Figura 5. Demais Figuras abaixo mostram partes do Parque da Fecol, para compreender sua situação atual.
Algumas imagens registram momentos da comemoração da Festa do Colono no atual Parque da Fecol, com aglomeração de pessoas, o parque rapidamente é transformado em estacionamento, tendas e barracas de lona são montadas para tentar dar suporte às pessoas
1.2 Objetivos
1.2.1 Objetivo Geral

O Objetivo Geral deste trabalho é elaborar uma proposta urbanística, arquitetônica e paisagística, na forma de um anteprojeto, apresentando um plano piloto considerando espaços para locar os principais elementos da Centralidade Urbana, o Centro de Convenções e o Parque Municipal de Agrolândia SC de maneira integrada, sendo apresentado o anteprojeto arquitetônico para o Centro de Convenções - este munido de espaços multiusos, para uso diário.
1.2.2 Objetivos Específicos
  • Levantar mapas e dimensões de elementos construídos e naturais na área da proposta;
  • Efetuar levantamento fotográfico e visita da equipe in loco;
  • Efetuar projeto de situação e urbanos com diretrizes urbanísticas, arquitetônicas e paisagísticas contendo o zoneamento do plano piloto;
  • Efetuar projeto de situação da ala administrativa de Agrolândia (Lado oeste da via), zoneando espaços para prefeitura, câmara de vereadores, café, playground, creche, biblioteca, fórum, rodoviária, estacionamentos de ônibus, e caminhos integrados com o rio e a via 25 de Julho, munidos  de equipamentos;
  • Efetuar anteprojeto da via 25 de Julho, humanizada, contando com novo tipo de fluxo, layout contando com a Praça de Integração locada na via, está integrando o conjunto urbano proposto pelos lados leste e oeste da via, com espaços para estacionamentos, equipamentos e obra de arte;
  • Projetar parte da ciclovia - trecho locado na proposta promovendo integração com a ciclovia municipal e intermunicipal;
  • Efetuar projeto de situação do Parque Municipal contando com o espaço destinado ao Centro de Convenções, espaços dos lagos e rio, floresta, pomar, jardins, praça, caminhos, pic nic, entre outros. Munidas de informações e equipamentos urbanos.
  • Definir, a partir do zoneamento e programa de necessidades previamente delineado, os ambientes do Centro de Convenções, em planta baixa;
  • Fazer plantas de cortes, a partir da planta baixa, do edifício do Centro de Convenções;
  • Fazer as plantas de coberturas;
  • Fazer plantas de situação e localização;
  • Fazer desenho das principais  elevações do Centro de Convenções;
  • Criar caminhos com grande quantidade de arborização;
  • Efetuar a maquete eletrônica de todo o anteprojeto do Plano Piloto, considerando os volumes da prefeitura municipal, câmara de vereadores, fórum, biblioteca, creche, rodoviária e do café, mais os caminhos e paisagismo.
  • Maquete eletrônica do Centro de Convenções e de alguns de seus ambientes internos;
  • Estruturar a Centralidade Urbana para as proximidades do Parque da Fecol.
  • Revitalizar a paisagem urbana local, atual;
  • Reestruturar o passeio público e via de acesso principal da Rua 25 de Julho.

Esta proposta foi elaborada para ocupar, de maneira planejada, grandes áreas verdes localizadas junto a Rua 25 de Julho, via paralela à via central do município de Agrolândia e também localizada ao lado do terreno onde está o atual Parque da Fecol, espaço subutilizado localizado junto ao leito de 2 pequenos rios, uma pequena área munida de arborização e demais territórios desprovidos de cobertura vegetal, apresentando apenas: pastos (resquícios da área rural que foi o local). 
O espaço atual das realizações da Festa do Colono - Fecol, apresenta uma grande área com grande potencial nas proximidades da atual centralidade de Agrolândia, que dista somente 1.000 metros da atual prefeitura municipal,  espaço no qual é usado uma vez ao ano. Área desprovida de arborização e valorização de leitos e nascentes de água, grande e bem localizado, porém com espaços inadequados, mais semelhantes à lonas e ao improviso o qual recebe o evento da Fecol  desde de 1962, grande festa regional, a Festa do Colono. 
O plano piloto, com objetivo de readequação da área central, oportunizando os espaços abertos verdes e a nova proposta para eventos através do Centro de Convenções de Agrolândia integrado ao parque municipal, agregando nascentes e mata existentes, com áreas de lazer e contemplação é destinado aos residentes de Agrolândia, como também, ao público da Festa do Colono que tem um perfil regional, bem como, para o público de outros eventos regionais que poderão acontecer nos espaços multiuso da Centro de Convenções.
A proposta, além de fomentar outros eventos além da Fecol, pela apresentação de um espaço multiuso e adequado, pretende oferecer uma nova centralidade de Agrolândia, a partir de um plano piloto, projetando os espaços públicos integrados, através dos órgãos administrativos, de lazer, de serviços públicos e de eventos, prevendo conflitos, a curto prazo mediante a atual organização espacial, com ocupações aleatórias e desprovidas de projeto. Envolto a composição, o grande Parque Municipal, como cenário agregador.

1.3 Delimitação do Tema

Mapa da situação atual do terreno da proposta e do entorno, com a distância entre a nova centralidade e a antiga.

1.3.1 Mapa do Brasil, Estado de Santa Catarina e Alto Vale do Itajaí

A área desta proposta está localizada no Alto Vale, região do Vale do Itajaí, pertencente ao Estado de Santa Catarina, Sul do Brasil, conforme mostra a Figura abaixo: o primeiro mapa sendo do Brasil com o Estado colorido em verde, o segundo mapa é um zoom do Estado de Santa Catarina com o Vale colorido em verde e o terceiro mapa é um zoom do Vale do Itajaí, com o município de Agrolândia colorido em verde.
1.3.2 Mapa de Agrolândia e municípios limítrofes

A proposta do Centro de Convenções e a nova centralidade urbana junto ao Parque da Fecol, está situada no município de Agrolândia, em área urbana que envolve a centralidade do município, que faz divisa com: Otacílio Costa., Braço do Trombudo, Pouso Redondo, Trombudo Central, Rio do Sul Agronômica, Atalanta, Ituporanga e Petrolândia.
Sua área na centralidade de Agrolândia ocupa o local e entorno imediato da atual sede do Parque da Fecol.
O mapa da Figura 16 apresenta o limite territorial do todo o município de Agrolândia colorido com a cor verde, dentro do município está a mancha urbana e dentro desta o terreno da proposta.
2 Referencial Teórico
2.1 Histórico do surgimento do parque urbano no mundo e no Brasil

Segundo (KLIASS, 1993), os primeiros parques urbanos surgiram com o propósito de criar um espaço paisagístico, na Inglaterra no final do século XVIII. Cerca de cem anos depois, os parques voltam a surgir por causa da revolução industrial do século XIX, onde as cidades se encontravam em situação de poluição e insalubridade.
E ainda para (MARTINS, 2007), a origem dos parques se fundamenta em dois pontos primordiais e norteadores: a urbanização e a industrialização dos países. Para (MACEDO, 2003), o papel do parque como um espaço livre público estruturado por vegetação e dedicado ao lazer em massa. Atendem a uma grande diversidade se solicitações de lazer, tanto esportivas, como, culturais, não possuindo, muitas vezes, a antiga destinação voltada basicamente para o lazer contemplativo, características dos primeiros grandes parques públicos.
Scocuglia 2009 ressalta que parques, são definidos como equipamentos públicos. Apresentam sua história marcada através de experiências inglesas, francesas e norte-americanas; os primeiros parques urbanos surgiram paralelamente à formação das cidades em fins do século XVIII, sendo o seu apogeu nas décadas de 1850 e 1860, na Europa e nos Estados Unidos.
De acordo com (FERREIRA, 2005) a partir da década de 1980, quando a questão ambiental foi institucionalizada no aparelho estatal brasileiro, surgiu, então a necessidade de tratar o espaço urbano como um espaço em constante evolução, vinculado aos problemas ambientais e à qualidade de vida dos habitantes. Segundo (SEGAWA, 1996), na Europa dos séculos XVII e XVIII, manifestações de apreço com a natureza e a paisagem afloraram com maior intensidade.
No início do século XIX, o Brasil foi marcado por uma organização em sua estrutura, principalmente a partir da vinda da família real portuguesa em 1808. Macedo (MACEDO,2003) afirma que tal reestruturação reflete nas velhas e pequenas cidades, reorganizadas para desempenhar novas e sofisticadas funções administrativas, uma dessas cidades é a antiga capital, o Rio de Janeiro. 

Nesse contexto, no Rio de Janeiro são construídos os três primeiros parques públicos: Campo de Santana (projetado em 1873, seguia padrão anglo-francês utilizado nos parques e jardins modernos de Paris), Passeio Público (criado em 1783, é o parque urbano mais antigo do Brasil, possuía um traçado extremamente geométrico e inspirado em jardins clássicos franceses) e o Jardim Botânico (o qual se observa “[...] uma clara mistura do traçado romântico com os grandes eixos clássicos [...]” (MACEDO, 2003, p.22).

A Figura 17 o Campo de Santana, projetado no ano de 1873, é um local bem arborizado, porém o chão de concreto já não faz parte de elemento natural na natureza. A Figura 18 mostra o Passeio Público e o entorno do Lago com a presença de animais, no qual é notável a presença de árvores de porte grande e em grande quantidade posicionadas pelo parque. As árvores proporcionam sombra e formam um ambiente com vários tons de verde.
2.2 A influência dos espaços verdes na vitalidade humana

Para (CAPORUSSO & MATIAS, 2008), a preservação das áreas verdes justifica-se pelo seu potencial em propiciar qualidade ambiental às pessoas. Ela interfere diretamente na qualidade de vida dos seres por meio das funções sociais, ecológicas, estéticas e educativas, que elas exercem para amenização das consequências negativas da urbanização.
Segundo Barton e Pretty (2010) apenas cinco minutos de caminhada em áreas verdes, como por exemplo, em um parque público, já é suficiente para melhorar a saúde mental, com benefícios para o humor e autoestima.
Gehl afirma que “é alto o preço da perda de atividade física como parte da rotina diária: a diminuição da qualidade de vida, um dramático aumento nos custos de saúde e uma menor expectativa de vida” (GEHL, 2013, p.111).
Gehl afirma ainda que “uma simples mudança na política urbana reforçará a qualidade urbana e os objetivos sociais mais importantes. Além de outros benefícios, um convite mais direto para caminhar e pedalar nas cidades pode ser feito de forma rápida e econômica. Seria visível, seria um sinal positivo e uma boa política para todos os usuários da cidade” (GEHL, 2013, p.115). 
Para (VIEIRA, 2004), as áreas verdes tendem a assumir diferentes papéis na sociedade e suas funções devem estar inter-relacionadas no ambiente urbano, de acordo com o tipo de uso a que se destinam.
2.3 Informações que auxiliam na criação e no planejamento de um Parque para Pessoas

Segundo (JACOBS 2001), a variedade de usos dos edifícios propicia ao parque, uma variedade de usuários que nele entram e dele saem em horários diferentes. Eles utilizam o parque em horários diferentes porque seus compromissos diários são diferentes. Portanto, o parque tem uma sucessão complexa de usos e usuários.
Para (JACOBS 1961), os parques urbanos não conseguem substituir a diversidade urbana plena. Os que têm sucesso nunca funcionam como barreira ou obstáculo ao funcionamento complexo da cidade que os rodeia. Ao contrário, ajudam a alinhavar as atividades vizinhas diversificadas, proporcionando-lhes um local de confluência agradável, simultaneamente, há a integração de um elemento novo e valorizado,  prestando um serviço ao entorno.
Segundo (JACOBS 2001), a complexidade é o elemento mais importante, refere-se a diversidade de usos e de pessoas  no entorno do parque. A centralidade, refere-se com hierarquia superior aos demais, para atuar como referência, atua como polarizador dos usos e da legibilidade do espaço. A insolação, é desejado que os parques propiciem tanto boas áreas de sombra para o verão como também, áreas ensolaradas para os dias de inverno. A delimitação espacial, defende a noção de que os espaços abertos devem ser conformados pelos edifícios, e não serem configurações dos espaços fechados.
Segundo (GEHL 2010), no processo de planejamento, em vez da sequência que prioriza os edifícios, depois os espaços e depois (talvez) um pouco de vida, o trabalho com a dimensão humana requer a vida e os espaços sejam considerados antes das edificações.

2.4 Histórico do Parque da Fecol e do município de Agrolândia

Conforme afirma Carneiro (2006), “Trombudo Alto foi a sua denominação inicial, em função das curvas do rio ali existentes, se assemelhavam à tromba de uma anta e alto pela altitude local. O município teve seu nome alterado para Agrolândia em 1962 e o nome nome significa cidade da agricultura” (CARNEIRO, 2006, p.27).
Carneiro afirma ainda que “O município teve seu nome alterado para Agrolândia, em 1962, data de sua emancipação e que significa cidade agrícola, já que mais da metade da população sobrevive da agricultura” (CARNEIRO, 2006, p.28).
O 25 de Julho, a data é do Dia do Colono e foi declarada feriado estadual em Santa Catarina...No dia 25 de Julho de 1962 Trombudo Alto se emancipou e tomou o nome “Agrolândia”. Desde então, o dia é festejado pela prefeitura. Uma longa fila de automotrizes, tratores, caminhões, autos, micro tratores e outros veículos desfila pelas ruas principais de nossa cidade. Escolas, sociedades e outras organizações seguem marchando...E à noite é representada uma peça teatral no salão Floresta” ou “Continental”. (KRESS, 1991, p.89).
Segundo informações da Amavi, por volta de 1916 chegaram os primeiros colonizadores descendentes de alemães, instalando-se na localidade então conhecida como Trombudo Alto.
E ainda segundo a Amavi, a tradição germânica tem presença marcante, através de danças folclóricas e as festas populares. Uma das principais comemorações é a de aniversário da criação do município, com a já tradicional Festa da Colheita, que se destaca pela gastronomia e apresentação de grupos folclóricos, mini-rodeio e gincana. A tradicional feijoada é realizada em todas as comemorações anuais da festa e serve toda a população local e de regiões vizinhas. Uma das apresentações mais esperadas é o show de patinação, com coreografias ensaiadas pelo grupo de dança de jovens meninas.

2.4 Histórico do Parque da Fecol e do município de Agrolândia

A seguir algumas imagens mostram a comemoração da Festa da Colheita, com desfiles de tobatas, tratores e carroças, puxadas a cavalo, nos primeiros anos da festa, o desfile acontecia pelo centro do município e após então a comemoração acontecia no atual terreno do Parque da Fecol.
2.5 Centro de Convenções

O conceito de centro de eventos está ligado ao conceito de centro de convenções, que trata-se da edificação devidamente aparelhada para o acontecimento.

O centro de convenções é um local destinado a grande concentração humana, com a finalidade de debater, reunir e apresentar congressos e eventos culturais de vários meios… oferecendo toda uma infra-estrutura… como espaço físico, conforto térm,ico-acústico, etc. (FABRIS, apud BONONI, 2001).

Segundo Matias (2002), evento é um acontecimento que desde as suas origens na antiguidade e em sua trajetória histórica até chegar aos tempos modernos sempre atraiu um grande número de participantes, que se acomodavam em determinado local ou edificação. Torna-se importante conhecer um pouco de sua história.
Os eventos ampliam as possibilidades de uma maior permanência dos participantes em uma localidade receptora, em alguns casos, os eventos podem suprir a ausência de atrativos e se tornarem o próprio atrativo de uma localidade (BAHL, 2004). Isso ocorre, principalmente, em pequenas cidades, que não oferecem muitas formas de lazer para os habitantes.
Conforme afirma Schuler (2018), as edificações que se referem a finalidade de centro de convenções, aqueles que a identidade do setor - ABRACCEF - determina terem área de exposições superior a 1000m², auditório para um mínimo de 300 pessoas e mais duas salas paralelas.

Evento é uma concentração ou reunião formal e solene de pessoas ou entidades realizadas em data e local especial, com o objetivo de celebrar acontecimentos importantes e significativos e estabelecer contatos de natureza comercial, cultural, esportiva, social, familiar, religiosa, científica, etc (ZANELLA, 2003, P.13).

Conforme (FIORI, apud BONONI 2001), o primeiro centro de convenções “experimental” foi aberto na Costa da Califórnia em 1913, para sediar encontros universitários. Porém, as primeiras edificações utilizadas para a realização de convenções foram os hotéis, os quais, na década de 1960, não possuíam uma infra-estrutura apropriada para tais acontecimentos. Neste tempo, o Arden House, afiliado à Columbia University, abre o primeiro centro de convenções em um campus universitário afastado da cidade, o qual foi bem aceito pelas empresas, que buscavam espaços para seus encontros.
No final da década de 1960, segundo (ASSIS, apud BONONI 2001), este tipo de edificação havia se tornado uma tendência inevitável. Nesta mesma época, foi inaugurado o primeiro centro de convenções propriamente dito, em Tarrytown, Nova York. Em torno de 1970, haviam cerca de 15 centros de convenções localizados na região nordeste dos Estados Unidos. Dez anos depois, centenas de outros similares já estavam em operação, atendendo a milhares de encontros em todo o mundo.
Para Matias (2002), como a construção de centros de convenções no país apresentou crescimento considerável nos anos 80, surgiu nesse período, precisamente em 1985, uma entidade com o objetivo principal de orientar tecnicamente a implantação, construção e reformas de centros de convenções. Essa entidade é a Associação Brasileira de Centros de Convenções, Exposições e Feiras - ABRACCEF, localizada em Curitiba - PR.

2.6 Centralidade

Corroborando com a necessidade de relacionar centralidade e estrutura(ção) urbana, Castells (1983), aponta que a centralidade constitui-se como elemento fundante das articulações entre os demais elementos que compõem a estrutura urbana, sendo a centralidade permeada por um conteúdo social, ao mesmo tempo em que se apresenta como um local geográfico. Assim, a centralidade expressaria, ao mesmo tempo, um conteúdo e uma forma, posto que se materializa em centros, desdobramentos do centro, sub-centros, dentre outras possibilidades da centralidade se materializar ao assumir formas espaciais na estrutura urbana.
Para Corrêa (2003), a Área Central constitui-se no foco principal não apenas da cidade, mas de sua hinterlândia. Nela concentram-se as principais atividades comerciais, de serviços, da gestão pública e privada, e os terminais de transportes inter-regionais e intra-urbanos. Ela se destaca na paisagem da cidade pela sua verticalização.

A concentração e centralidade espacial tem como tendência localizar a atividade econômica em torno de um número relativamente pequeno de centros urbanos. Este fenômeno também é conhecido como aglomeração, produzido pela concentração do mercado, fontes de informação, controle e tomada de decisões em relação a atividades e outras economias externas… A concentração e a centralização do espaço estão associadas à tendência da atividade econômica se organizar em unidades de tamanho crescente e dentro de uma estrutura organizada. (JOHNSTON, ibid., 2000).

Para Lefebvre (1999), “Não existe cidade, nem realidade urbana sem um centro. Mais que isso, o espaço urbano, é um espaço onde cada ponto, virtualmente, pode atrair para si tudo o que povoa as imediações: coisas, obras, pessoas”.
Nessa direção, depreende-se que o estudo da centralidade urbana se consolida em íntima relação com a própria noção de estrutura e estruturação urbana, e das modificações e rupturas que se, processam no tempo. Conceitos que dizem respeito às diferentes disposições (arranjos) no uso e ocupação do solo urbano e as diversas articulações e interações entre estes, resultantes do próprio arranjo. Contudo, esta seria uma centralidade também em movimento, “um movimento dialético que a constrói e a destrói; que a cria ou a estilhaça” (LÉFÈBVRE, 1999, p. 110).

Segundo Corrêa (2003), a formação do centro pode ser entendida como ponto de convergência de uma grande parcela da população que diariamente circula por seu espaço, ou mesmo que o centro existe pelo grande número de comércio e serviços presentes, ou ainda, construir um centro administrativo. Dessa forma, desencadeia-se fenômenos como larga expansão e maior acessibilidade dentro da grande cidade.
O que distingue o centro das cidades das zonas periféricas é a sua multifuncionalidade e sua mistura de funções, podendo encontrar-se mercados públicos, centros de negócios, escolas e universidades, instituições de saúde e salões de beleza, locais para reuniões, galerias de arte, cultura e lazer, locais para visitar, transportes e áreas residenciais. (BALSAS, 1999).

Para Sposito (1996), a centralidade “diz respeito aos fluxos, à fluidez, ou seja, é a expressão da dinâmica da definição/redefinição das áreas centrais e dos fluxos no interior da cidade”. Assim, correspondem às áreas de atração desse fluxo, que concentram fatores econômicos, sociais e culturais, que se tornam a força da rede urbana das pequenas cidades.
O local considerado centro em uma cidade é, na maioria das vezes, onde se concentram as principais atividade econômicas e os principais agente imobiliários da cidade. Além disso, segundo Castells (2009), “Centro é o espaço que permite além das características de sua ocupação, uma coordenação das atividades urbanas, uma identificação simbólica e ordenada destas atividades e, daí, a criação das condições necessárias à comunicação entre os atores”.

4 Diagnóstico da Área
4.1 Contextualização

A proposta do Centro de Convenções e a Centralidade Urbana junto ao Parque da Fecol, trás a solução de uso de um espaço subutilizado - o Parque da Fecol, e um grande espaço territorial em frente para a criação do novo centro urbano com uma Praça de Integração da Rua 25 de Julho.
A Figura 39 delimita a área do terreno do parque mencionado acima e a área de estudo de toda a proposta, além dos principais acessos de vias existentes atualmente. Por meio deste mapa, pode-se ver também o entorno imediato de um raio de 600 metros, área verde e arborizada, e dois pequenos lagos.
A contextualização do plano piloto envolve: área urbana e arquitetônica.
4.1.1 Contextualização Urbanística
4.1.1 Contextualização Arquitetônica

A Figura 41 mostra ideias de projeto para o plano piloto na contextualização arquitetônica e a realidade atual.
A Praça de Integração conforme o nome já descreve, interliga o lado Leste do Centro Administrativo, com o lado Oeste do Centro de Convenções.
4.2 Análise do Entorno

A Figura abaixo mostra o recorte de 600 metros do entorno do Parque da Fecol, com a marcação do terreno do parque e da proposta de nova centralidade urbana, também estão destacados os lagos e vias de acesso.
O mapa de zoneamento do terreno do parque e do seu entorno, está representado pela Figura abaixo. Nessa imagem, o terreno do parque está no zoneamento Zona Urbana 1 (ZU1), com uso destinado a comércio e serviço, porém, predomina o uso residencial.
A Figura 43 representa uma parte do mapa do município de Agrolândia, onde aparece o terreno da área de estudo e o local da atual sede da prefeitura municipal e o Centro Urbano.
Esse mapa serve de ajuda para apoio para compreender as áreas de estudo e de seu entorno.
A Figura 44 representa uma parte do mapa do município de Agrolândia, com as curvas de nível e zoom apenas da área de projeto do Parque da Fecol e entorno.
4.2.1 Cheios e Vazios

O município de Agrolândia, ainda apresenta grande quantidade de vazios urbanos, esses sem nenhuma construção e sem uso, são espaços que tem potencial, mas ainda estão sendo utilizados como terreno baldio. Ao lado do parque foi concluído a abertura de um novo loteamento, onde antes era a pista de corrida de motocross do Parque, conforme mostra a imagem abaixo.
Analisando o Mapa Noli abaixo, os cheios representam cerca de 9,6 % e os vazios representam cerca de 90,4 % da área disponível para ocupação de solo. Os vazios representam lotes de terra com grande potencial para o desenvolvimento e do município.
4.2.2 Uso do Solo Urbano e Gabarito

A análise de uso do solo foi realizada em todo o raio de 600 m, destacando o uso para oito tipos de edificações que fazem parte dessa região, são elas: residências, comércio, misto, serviço, institucional/educacional, templo, indústria e edificações em construção.
O mapa abaixa apresenta em sua maioria o uso do solo por residências, em seguida pelo uso misto e após o comércio. A intensidade de barulho é baixa, visto que é zona residencial.
O aspecto visual do gabarito das edificações, é marcado por construções de um ou dois pavimentos em sua maioria e algumas construções com gabaritos maiores, em número bem menor. Pelo fato de residências comporem a maior parte do raio de 600 metros, o gabarito apresenta na maioria de um à dois pavimentos de altura apenas. 
No gabarito abaixo, o tom verde escuro representa altura de 1 pavimento e o verde mais claro mostra altura de 5 pavimentos. As edificações com mais pavimentos, geralmente com uso misto, com uso comercial no primeiro pavimento e residencial nos demais. Segundo o Zoneamento ZU1 dessa região, o gabarito de altura máximo é de até 6 pavimentos.
4.2.3 Sistema Viário

O mapa abaixo mostra dois tipos de vias: vias locais e vias coletoras. As vias locais (em amarelo) recebem o fluxo das vias com menos fluxo. Já as vias coletoras (em laranja) recebem o tráfego das vias locais e direcionam para as vias estruturais. As vias coletoras são: Alameda Trombudo Alto, Avenida Oscár Zwicker, SC 112 e Rua 25 de Julho. O terreno da proposta possui seu acesso principal por uma via coletora, que apresenta um tráfego mais intenso.
O mapa da Figura 49, apresenta o sentido do fluxo do trânsito. O fluxo e intensidade do trânsito na via em frente ao terreno localizada na via intermunicipal que é  um dos acessos ao município de Agrolândia, ocorre em sentido único, com tráfego apenas em um sentido. As demais vias apresentam duas mãos de tráfego,  no município - sentido duplo.
4.2.4 Mapa de Infraestrutura Urbana Geral

A análise de infraestrutura urbana estudada está dentro do raio de 600 m da Figura 50 apresenta  a vegetação, rede de energia, rede de esgoto com zoom detalhado e rede de água
A Rede de Energia está instalada em redes aéreas através de postes com fios aéreos expostos e locados cerca equidistantemente de 20m em 20m, contendo iluminação pública situada na  Rua 25 de Julho (frente do parque).
A linha em azul representa a rede de água, cuja tubulação está localizada ao longo do trajeto das vias e acessa os lotes. 
A Figura 51 apresenta  o sistema de tubulações da rede de água de Agrolândia e a coleta de rede de esgoto no entorno do parque, para compreensão e entendimento como está estruturada a rede de esgoto e a rede de águas pluviais.
O mapa de pavimentação das vias do local desta proposta, Figura 52 apresenta o material predominante usado na pavimentação das vias do município, no entorno do terreno - raio de 600 metros.
4.2.5 Transporte

O mapa da Figura 53 apresenta o trajeto do táxi. Os pontos de ônibus estão delimitados em dois locais e são utilizados para a espera da linha de de transporte público rodoviário interligando o local com  outras cidades do Alto Vale do Itajaí. O tráfego de ônibus e táxis acontece em frente ao parque, movimentando o local  a partir da disponibilidade de vários horários  ao longo  do dia.
4.2.6 Localização do Terreno

A Figura 54 agrega apresenta os seguintes dados para o projeto: curvas de níveis, contorno do terreno do Parque da Fecol (representado pela cor verde), terreno da centralidade urbana e proposta (representado pela cor cinza), posição do norte e entorno imediato com vias e edificações.
4.2.7 Condicionantes Ambientais

Para a elaboração do projeto faz-se necessário considerar os condicionantes ambientais de um terreno. A imagem abaixo apresenta a carta solar posicionada conforme a posição do Norte, através disso é possível perceber qual a fachada viável, e qual a posição de luz solar seria apropriada bloquear, lado Oeste que acessa a lateral e necessita análises uma solução arquitetônica adequada.
A mapa da Figura 56, apresenta as principais influências climáticas que atuam no momento de definição de materiais utilizados em uma construção. Cada fachada deve ser estudada para que o material correto seja utilizado. Nessa figura, o terreno da proposta está marcado com um tom verde e sobre ele a arborização.
A espécies de vegetação de grande porte está concentrada no fundo do terreno e na frente algumas palmeiras acompanham o trajeto até a parte interna. 
A rosa do ventos marca o vento predominante para a região e sua velocidade. O vento que predomina na região estudada do projeto do município de Agrolândia é o NE (Nordeste), com velocidade de 6m/s. A Figura 57 trata da rosa dos ventos, no qual o destaque colorido evidencia o vento Nordeste como vento predominante da região.
A Figura 58 mostra o contorno do terreno com a posição predominante do vento Nordeste. O vento está rotacionado conforme a posição do Norte.
4.2.8 Skyline

O estudo do skyline está voltado para o terreno da proposta do Centro de Convenções localizado no Parque da Fecol, para as fachadas Nordeste (NE) onde está marcado o skyline B, o lado Noroeste (NO) no skyline A e o lado Sudoeste(SO) no skyline C do mapa da Figura 59.
Cada face do skyline, vai mostrar o levantamento das edificações e arborização.
A fachada do skyline A está para a Rua 25 de Julho, cujo entorno apresenta um terreno vazio (novo loteamento) e  áreas de pastagens. Destacando o terreno da proposta, a parte mais elevada atinge a altura de três pavimentos e a parte mais baixa com um pavimento. A parte central é composta pelo portal de acesso ao Parque da Fecol, esse com dois pavimentos de altura. No entorno a vegetação se faz presente: palmeira de grande porte e vegetação baixa, além dos postes de energia e iluminação que acompanham toda a via e o interno do parque.

A fachada do skyline B não está localizada em nenhuma rua ou via, no seu entorno apresenta apenas área de pastagem visível. Nesse ângulo de percepção, nota-se que novamente uma construção de três pavimentos de altura ganha destaque. Tem-se um vazio de construções no meio da imagem, esse vazio é levemente marcado por postes de energia e iluminação, e também por uma espécie de palmeiras de grande porte.

A fachada do skyline C, no seu entorno destaca-se apenas vazios de terra. Nesse vista da fachada, continua acontecendo o mesmo que acontece no skyline B, leve vazio no centro e grande volume de alturas no fundo do lote.
4.2.9 Levantamento das edificações existentes

As edificações existentes dentro no terreno do Parque da Fecol, serão retiradas e substituídas por novos usos e edifícios, incluindo o novo Centro de Convenções e equipamentos urbanos.
O lago tem APP marcada com linha azul e terá uso de contemplação, caminhada e corrida em volta, além de uma ponte para poder acessar o outro lado através da ponte.
O terreno da proposta está na ZU1 - Zona Urbana. A Figura 63 representa pela linha laranja a área do parque e o entorno imediato estudado. As edificações coloridas com a cor cinza, são aquelas que serão desmontadas.
4.2.9 Levantamento das edificações existentes

No Parque, estão locados algumas edificações que serão demolidas e não fazem parte da nova proposta com a estrutura no qual estão atualmente, são elas: Portal, Salão Principal, Palco, Galpão Feijoada, Restaurante, Galpão de Rodeio, Cabine CTG e Escoteiros. Algumas edificações serão desmontadas, porém inseridas na nova centralidade urbana, são elas: Rodoviária e Câmara de Vereadores.
4.2.10 Legislação

O local onde está inserido o terreno do Parque da Fecol, faz parte da Zona Urbana 1 – ZU1. Essa zona permite o uso comercial e de serviços, que sejam centralizadas e com maior infraestrutura disponível.
A atividade industrial de alto impacto ambiental não é permitido no local e indústria de baixo e médio impacto de degradação ambiental deverão ser  sujeitas à análise.
O mapa da área territorial de Agrolândia da Figura abaixo, demarca uma região urbana na cor vermelho, nessa parte está localizado o terreno do parque e o raio de 600m.
A Tabela 1 de índices urbanísticos, permite uma TO -Taxa de Ocupação de no máximo 70% e número máximo de seis pavimentos. Para edificações, o recuo frontal deve ser de 4,00 metros e o recuo lateral e fundo de lote deve ser de H/6¹ mínimo 1,5 metros.
4.2.10 Legislação

A Tabela 2 mostra os usos permitidos e não permitidos na Zona Urbana 1. Os usos permitidos são representados pela letra P, os usos sujeitos a análise representados pela letra A e usos proibidos pela letra X.
Analisando a tabela, o uso de indústria de grande impacto ambiental não é permitido em toda área estudada. Já o uso de polo gerador de tráfego e ruído noturno, além de indústria de baixo e médio potencial de degradação ambiental é sujeito a análise em todos os portes.
As atividades de uso residencial, comercial e serviços, institucional e comunitário, estão sujeitos a análise ao que diz a grande porte e, uso permitido ao que diz a porte pequeno e médio.
Para construção de edifícios, é permitido parede cega até a altura de 7,00 metros.
5 - Partido Geral
5.1 Diagrama e Croqui da Concepção do Conceito do Projeto

O plano piloto do Centro de Convenções, tem capacidade para realização de eventos a nível regional. Com base nisso, várias pessoas vem do município, do centro administrativo, do parque, centro de convenções e de outras regiões, e se encontram na Praça de Integração, o ponto de Convergência, que são várias coisas (pessoas), direcionadas para um mesmo ponto de encontro, surge o Conceito de Convergência.
5.2 Partido Geral

A Centralidade Urbana, atrai as pessoas que se encontram no centro da cidade. O atual centro urbano do município de Agrolândia está localizado a mil metros  de distância da atual proposta, e se encontra com espaços totalmente ocupados, mesmo que não adensado.
Com o deslocamento do antigo centro para o eixo do Centro de Convenções, o qual está integrado ao parque municipal formando um complexo central para onde convergem as pessoas, que buscam serviços, alimentação, negócios, entretenimento, lazer, esportes e até viajar. O ponto de convergência mudou de lugar, com foco no planejamento e na organização espacial a partir de seus principais edifícios. Agora, quando as pessoas se dirigirem a prefeitura, não irão mais até a edificação pertencente ao patrimônio cultural, elas irão até o eixo da nova centralidade urbana junto ao Parque Municipal. O eixo da Praça de Integração é o que promove através do espaço um local que"atrai" as pessoas.

“O centro é centro porque ali estão o grande comércio e as sedes das grandes instituições”.. VILLAÇA, 2001.

Segundo Guttdiener (1985), o modelo de círculos concêntricos de Burgess destaca a noção de centralidade nos seguintes termos: “Assim, as diversas posições não são iguais na competição espacial - existe uma hierarquia de localizações e a posição central domina essas hierarquia em virtude de estar no centro". Sem dúvida, esse modelo implica que as forças econômicas e políticas requerem centralidade, a fim de organizar atividades sociais.
A Figura 67 mostra o fluxo de pessoas direcionadas para a nova centralidade, gerando o ponto de convergência.
5.3 Programa de Necessidades do Centro de Convenções

O programa de necessidades do Centro de Convenções, é setorizado por três categorias de ambientes construídos: o serviço contendo área total de 101 m², o espaço de somente pessoas autorizadas contendo área total de 1.415 m² e inclui o auditório, e o espaço destinado ao público contendo área total de 810 m².
5.4 Fluxograma
5.4.1 Fluxograma (Macro)

A Figura 68 apresenta o fluxograma em escala macro, uma ferramenta de compreensão de projeto que auxilia na visualização dos fluxos e sequência operacional das edificações, por meio do esquema gráfico, referente ao projeto da nova centralidade urbana, do Centro de Convenções e do Parque Municipal.
No fluxograma, a cor azul representa construções de prestação de serviços, a cor laranja representa espaços Destinados ao Público e a cor verde são espaços destinados somente para Pessoas Autorizadas.
5.4.2 Fluxograma (Centro de Convenções)
A Figura 69 apresenta o fluxograma do Centro de Convenções, localizado dentro do parque. Esse esquema detalhado, serve de apoio para compreender a direção de cada ambiente, dentro da edificação.

5.6 Zoneamento

O zoneamento da proposta do projeto é baseado na Praça de Integração, no qual por meio dela, as pessoas vão de encontro até onde precisam ir.
A Praça de Integração marcado pelo círculo vermelho na Figura 79, direciona as pessoas para o Setor Administrativo Municipal e Serviços, para o espaço com Caminhos e de Contemplação, para o Bosque e Área de Lazer e para o local de Eventos e de Alimentação, sendo o ponto integrador.
As setas vermelhas são as direções no qual as pessoas chegam até esses locais, gerando o ponto de encontro chamado: Convergência.
5.7 Planta de Situação Macro Atual

A planta de situação macro mostra a localização do terreno da proposta do Centro de Convenções e do Parque Municipal. Junto com o novo local da Centralidade Urbana com o Centro ADM (administrativo) e de Serviços.
Através da Figura 80, é possível entender o formato do terreno, sua localização baseada nas ruas mais próximas, e demais informações do entorno, como os rios, lotes com construção e a distância de 1.000 metros do atual centro urbano.
6 - Anteprojeto Urbanístico, Arquitetônico e Paisagístico

A proposta do anteprojeto urbanístico, arquitetônico e paisagístico é dividida entre: lado administrativo com prefeitura, fórum, câmara de vereadores, creche, biblioteca, café, playground, lago, Estacionamento, Praça, bicicletário e rodoviária  (número 1), eixo com a Praça de Integração com chamariz em cada ponta de integração, esculturas artísticas, ciclovia e vegetação (número 2) e o lado de eventos e lazer com pátio, paisagismo, jardins, centro de convenções, banheiros, bicicletário, estacionamento, quadra poliesportiva, pista de skate, restaurante, piquenique, área com churrasqueiras, deck em volta do lago e pomar (número 3).
 6.1 Anteprojeto Urbanístico
6.1.1 Mapa de Situação Humanizado do Anteprojeto

A proposta urbanística busca a valorização do rio, da paisagem natural, melhorias no sistema viário, sistema de acesso melhorado, sistema ciclo viário, onde a grande área será setorizada e integrada com a parte de administração pública a oeste da Rua 25 de Julho, com a via, com o centro de convenções e o parque, juntos totalizam 204.150 mil m².
O mapa humanizado de situação ao lado, apresenta por meio de numeração, os edifícios e ambientes existentes e a proposta de anteprojeto, fracionado em três mapas de anteprojeto, sendo: o mapa de urbanismo, mapa arquitetônico e o mapa paisagístico.
A proposta urbanística reformula a hierarquia do  sistema viário local, criando vias locais compartilhadas com espaços multiuso e a presença da intermodalidade: para pedestres, veículos motorizados e bicicletas, com velocidade local  e integrados, com equipamentos urbanos e espaços de contemplação.
O conjunto urbano, também chamado de plano piloto, prevê espaço para a realocação da prefeitura municipal de Agrolândia, do Fórum, da Câmara de Vereadores, a creche, com paisagismo e revitalização dos rios, localizado a oeste da Praça de Integração e a leste do Parque da Fecol.
Os ambientes de administração pública e de serviços e o centro de convenções são integrados ao Parque Municipal, oportunizando elementos naturais que existem dentro da área de trabalho.
O plano piloto estrutura as vias principais do município e integra os espaços por meio de espaços adequados conforme o uso.
Os elementos que definem o projeto urbanístico são: sistema de acesso, sistema viário, sistema ciclo viário, espaços de cheios e vazios criados a partir de um grande vazio existente. O plano piloto é setorizado e integra a parte Administrativa Pública e área verdes a oeste da Rua 25 de Julho e a leste o Centro de Convenções, junto com a parte natural e nativa do parque: bosque, resgate de árvores, paisagismo com caminhos, locais valorizados junto ao rio.
O Centro de Convenções serve para ocupar o déficit da atual Fecol, que era um evento improvisado. Com o projeto, o Parque da Fecol para a ser o Parque Municipal e disponível para uso diário, com diversos usos, para a população local e regional.

6.1.2 Zoom do Mapa de Situação do Anteprojeto

O anteprojeto urbanístico é composto do plano piloto e por:
  • 1. Rua 25 de Julho - Rua Compartilhada;
  • 2. Praça de Integração;
  • 3. Prefeitura;
  • 4. Biblioteca;
  • 6. 11. 19. Estacionamentos veículo e ônibus.
  • 5. Creche;
  • 7. Lago;
  • 8. Fórum;
  • 9. Câmara de Vereadores;
  • 10. Casa Antiga transformada em Café;
  • 12. Pátio para Apresentações e Feiras;
  • 14. Restaurante existente;
  • 15. Lago atravessando todo o Parque;
  • 16. Espaço com Churrasqueiras;
  • 18. Quadras Poliesportivas;
  • 20. Pista de Skate;
  • 22. Área de Piquenique;
  • 23. Deck no lago para caminhada;
  • 27. Bicicletários;
  • 28. Playgrounds.
6.1 Anteprojeto Urbanístico
6.1.3 Perspectivas Externas
Praça da Integração - Eixo.

Rua 25 de Julho.

Lagoa e Ponte.
Espaço para apresentações e feiras.
Playground.





















Bicicletário.
Espaço de churrasqueiras.
Área de Pique Nique.
Espaço de Skate.
Quadros Poliesportivas.
Tipologia pertencente ao Patrimônio Histórico Arquitetônico.
Lago no centro do Parque.
Ponte sobre o lago.
Bicicletário no estacionamento.
6.1.4 Desenho Universal e Rotas Acessíveis

O Anteprojeto apresenta o design com uso equitativo, ou seja, todos os caminhos que levam aos equipamentos urbanos, seja eles no lado administrativo, na praça de integração ou no parque municipal, podem ser utilizados por pessoas com diferentes graus de habilidade, fornecendo a mesma condição de travessia a todos.

6.2 Anteprojeto Arquitetônico
6.2.1 Zoom do Mapa de Situação do Anteprojeto

Foi a partir de diretrizes arquitetônicas que surgiu a necessidade do anteprojeto, propondo a melhoria espacial do Parque da Fecol que existe desde 1962, onde no entanto os eventos acontecem de maneira improvisada, viu-se a necessidade de organizar e efetuar melhorias para esse espaço, tornando o mesmo apropriado para eventos do município e com capacidade regional, com ambientes de apoio com espaço para venda de produtos e alimentação, através de:
13. Centro de Convenções e Estacionamento com garagem subterrânea.
6.2.2 Perspectivas Externas

Praça de Integração e Centro de Convenções (vista frontal).


Centro de Convenções (vista frontal).



















Praça de Integração e Centro de Convenções.
Elevadores Panorâmicos.




Um dos Banheiros do Parque.



Centro de Convenções.
Acesso Estacionamento subterrâneo.
6.2.4 Planta Baixa
6.2.4.1 Implantação

O mapa abaixo apresenta a implantação com a planta de cobertura do Centro de Convenções de Agrolândia.
A linha em na cor laranja, mostra a posição do corte transversal e do corte longitudinal, em relação ao edifício e ao terreno.
6.2.4.2 Planta Baixa Garagem Subterrânea

O acesso para a garagem subterrânea acontece por uma entrada lateral ao Parque que leva até à rampa no Centro de Convenções. A imagem abaixo ilustra os acessos.
O estacionamento tem a capacidade de 277 vagas para automóveis e 40 vagas para motos. O acesso da garagem até o pavimento térreo do centro de convenções é feito através de elevadores panorâmicos.
Nesse espaço ainda há quatro depósitos de mesas e cadeiras, utilizadas nos eventos, como a Festa do Colono - Fecol. A área total da garagem é de 7.571 mil m².
6.2.4.3 Planta Baixa Pavimento Térreo

O pavimento térreo apresenta uma paginação de piso diferenciada na entrada, junto com dois pontos de informação posicionados em volta de pilar de sustentação.
Na entrada está locado quatro tendas para venda de produtos artesanais e peças pequenas.
O acesso do pavimento térreo até o pavimento superior pode ser feito pela escada e também, pelo elevador. Ainda nesse pavimento, está a área de administração que contém duas salas multiusos, banheiros, copa, café, quiosques, mesas, bancos e depósito.
A área total do pavimento térreo é de 7.571 mil m².
6.2.4.4 Planta Baixa Pavimento Superior

O pavimento superior é composto pelo auditório com capacidade para 650 pessoas, banheiros, camarim, espaço para piano, duas salas multiuso com copa, banheiros e adm. O espaço também permite exposições.
O terraço é chamado de Jardim das Cores, pela grande presença de canteiros de flores. O terraço também foi munido de equipamentos urbanos, como bancos, ambrelone e o mirante possibilitado pelo terraço com vista para o eixo onde está o setor administrativo do plano piloto.
A área total do pavimento superior é de 4.904 mil m² e a área do terraço é de 2.930 mil m².
6.2.5 Fachadas com descrição de materiais
6.2.5.1 Fachada Frontal
6.2.5.2 Fachada Posterior
6.2.6 Cobertura 
6.2.7 Malha de Pilares

O anteprojeto do Centro de Convenções, teve uma análise de estudo de estrutura, considerando uma área de 20.046,00 mil m² total distribuídos nos pavimentos e no terraço com área total de 2.930 mil m².
Segue a imagem da malha de pilares representandos por um círculo verde que representa os pilares de sustentação do edifício. Esta malha conta com distância de no máximo 25m. A distribuição dos pilares acompanha os raios da planta do edifício.
6.2.8 Detalhamentos

A laje nervurada permite construção de vãos mais amplos, sendo mais leve e permite que os pilares sejam afastados, além de suportar alta capacidade de carga, sem sofrer deformação.
O telhado verde é composto por várias camadas protetoras, permitindo que a vegetação cresça e não provoque infiltrações e danos a construção. No Centro de Convenções,  o telhado verde está na parte do terraço.
A energia solar não produz resíduos poluentes e não impacta de maneira negativa na natureza, além de economizar no gasto de energia, as placas solares são de fácil manutenção. Abaixo está um detalhamento da instalação das placas.
6.2.9 Cortes
6.2.9.1 Corte Transversal

6.2.10 Edificação Histórica Mantida (Caffee Haus)

A tipologia pertencente ao patrimônio histórico arquitetônico é um edifício que está presente na área estudada para a proposta, é uma parte da história dos antigos moradores, que pode ser preservada.
O anteprojeto arquitetônico destina a casa o uso de um café e no seu entorno urbanístico e paisagístico, o uso de bancos, ambrelones, vegetação e iluminação para criar um ambiente convidativo.
6.3 Anteprojeto Paisagístico
6.3.1 Zoom do Mapa de Situação do Anteprojeto

O projeto paisagístico para a proposta busca o resgatar de espécies da fauna local e da mata atlântica, com espécies de pequeno porte, médio porte, alto porte e arbustos, distribuídos de maneira ordenada nos espaços pelo Parque e Pelo Centro Administrativo. 
A proposta pretende valorizar e resgatar dois rios, elementos da paisagem natural, com o respeito pela mata ciliar na APP em torno dos rios, além de equipamentos urbanos e caminhos, conforme:
  • 21. Parede verde no banheiro;
  • 24. Pomar;
  • 25. Paisagismo com petit pave, postes de luz e lixeiras;
  • 26. Terraço - Jardim das Cores (Garten der Farben).
6.3.2 Projeto Paisagístico
6.3.4 Perspectivas Externas
Jardim de Ipês.


Jardim das Cores - Terraço.

Jardim das Cores - Terraço.

Paisagismo no Parque.
7 Considerações Finais

O município de Agrolândia tem uma área central muito adensada se comparada com a população da cidade, além de subutilizada e mal organizada - sob o aspecto espacial. 
Desenvolveu-se em torno do caminho das tropas, que tornou-se rodovia intermunicipal, tudo sem projeto e planejamento, de maneira informal. Quando se movimenta uma parte da cidade, há reflexos e reverberações no seu entorno imediato. Ao propor o Espaço novo para a FECOL, através do Centro de Convenções, com leituras e referenciais teóricos, foi impossível não envolver outros elementos que compunham o centro da cidade de Agrolândia, projetando um plano piloto para esta área e organizando seus principais espaços públicos.
Envolvendo áreas complementares, de negócios, administração, serviços e lazer, resultou nesta proposta, sendo que o objetivo, o espaço para a FECOL, também recebeu um projeto Arquitetônico inserido na proposta.
A Arquitetura está presente em todas as escalas, do banheiro do espaço das festas ao centro da cidade, organizados através de seus caminhos e áreas afins.

Resumo - através de imagens de 18 horas filmadas de assessoramento.
8 Referências
  • ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos – Citações em documentos –. Rio de Janeiro, 2004.
  • BARTON, J., PRETTY, J. What is the Best Dose of Nature and Green Exercise for Improving Mental Health? A Multi-Study Analysis. Environ, 2010.
  • CHOAY, Françoise. A alegoria do patrimônio. São Paulo: Editora da UNESP, 2001
  • CORRÊA, Roberto Lobato. O Espaço Urbano. 4. ed. São Paulo: Átila, 2003.
  • DAHL, R. Poliarquia: participação e oposição. São Paulo: Editora USB, 1971.
  • FERNANDES, José Alberto Rios. Urbanismo Comercial – A Experiência Portuguesa.  Revista da Faculdade de Letras, X/XI, 1994-95. (105-125).
  • FERREIRA, A. D. Efeitos positivos gerado pelos parques urbanos: o caso do passeio público da cidade do Rio de Janeiro. Dissertação, Rio de Janeiro, 2005.
  • GEHL, Jah. Cidade para Pessoas. São Paulo: Perspectiva, 2013. Tradução de: Anita Di Marco.
  • GLUSZEVICZ, Ana Cristina; MARTINS, Solismar Fraga. Conceito de Centralidade Urbana - Estudo no Município de Pelotas RS. SEURB - II Simpósio de estudos Urbanos. A Dinânima cas Cidades e Produção do Espaço.Universidade Federal do Rio Grande (FURG-RS), Pelotas, 2013.
  • INSTRUÇÃO NORMATIVA. IN 09: Sistema de saídas de emergências– Citações em documentos –. Santa catatina, 2014.
  • KLIASS, Rosa Grena. Parques Urbanos de São Paulo. São Paulo: Pini, 1993.
  • MACEDO, S. S. Parques Urbanos no Brasil. São Paulo 2.ed: Editora da Universidade de São paulo, 2003.  
  • MACEDO, S. S & SAKATA F.G. Parques Urbanos no Brasil. São Paulo: Edusp, 2003.
  • REIS, Antônio T. Repertório, Análise e Síntese: uma introdução ao projeto arquitetônico. Porto Alegre: Ufrgs, 2002.
  • OLIVEIRA, Gilberto Alves Júnior. Redefinição da Centralidade Urbana em Cidades Médias. Programa de Pós-Graduação em Geografia. Universidade de Brasília – UnB. Sociedade e Natureza. Uberlândia MG, 2018. 
  • SANTOS, Milton. Por uma geografia nova: da crítica da geografia a uma geografia crítica. São Paulo: Hucitec, 1978.
  • SCOCUGLIA, J. B. C. O parc de La Tête d’Or: patrimônio, referência espacial e ligar de sociabilidade. São Paulo: Vitruvius, 2009. Tradução de: Henrique A. Rego Monteiro.
  • SPOSITO, Maria Encarnação Beltrão. O centro e as formas de expressão da centralidade urbana. Geografia, São Paulo, n. 10, 1991.
  • SEGAWA, H. Ao amor do público: jardins no Brasil. São Paulo: Studio Nobel: FAPESP, 1996.
  • VIEIRA, O. B. H. Uma visão geográfica das áreas verdes de Florianópolis, SC: estudo de caso doParque Ecológico do Córrego Grande (PECG). Florianópolis, SC, 2004. 
  • VILLAÇA, Flávio. Espaço intra-urbano no Brasil. São Paulo: Studio Nobel: FAPESP:  Lincoln Institute, 1998.
  • LÉFÈBVRE, Henri. O pensamento marxista e a cidade. Lisboa: Ulisseia, 1972.
  • MACEDO, S. S. Parques Urbanos no Brasil. São Paulo 2.ed: Editora da Universidade de São paulo, 2003.  
  • MACEDO, S. S & SAKATA F.G. Parques Urbanos no Brasil. São Paulo: Edusp, 2003.
  • LÉFÈBVRE, Henri. O pensamento marxista e a cidade. Lisboa: Ulisseia, 1972.
  • ZANELA,  Makerli Galvan. Proposta de Intervenção Urbana - Centro de eventos no Município Dois Vizinhos. Semana Acadêmica - Revista Científica.  ISSN 2236 6717 - 5 de outubro de 2017.
  • Site: Archdaily.com.br
  • Site: Amavi.org.br
  • Manual de desenho universal do portal mpsp.
  • ÁBALOS, IÑAKI. A Boa-Vida: Visita Guiada ás Casas da Modernidade. Editora Gustavo Gilli, 2003
  • IBGE. Censo Demográfico. Agrolândia SC.
  • LEI DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO. Plano Diretor. Agrolândia.
  • CASTELLS, Manuel. A questão urbana. São Paulo: Paz e terra, 1983. https://www.archdaily.com.br/br/794322/o-papel-das-ruas-compartilhadas-como-recuperar-a-qualidade-de-vida-no-espaco-publico-guillermo-tella-e-jorge-amado
Vídeos
Processo - Via Meet Google (Em Breve)
Logo mais

Vídeo projeto apresentado na Banca
Avaliação da Banca

TCC defendido em 11 de dezembro de 2020, pela plataforma meet do Google, entre os horários de 19:00 às 20:00. 
A Banca examinadora, formada somente por docentes do quadro de Arquitetura e Urbanismo da UNIDAVI, coordenado pela professora Maristela Macedo Polezza foi formada pelos professores e suas respectivas notas: 

- Joice Warmling -  Nota: 7,00;       
- Rodrigo Neves  - Nota: 7,01;
-Angelina Wittmann (Orientação) - Nota: 10,0 - equivalente a 20% nota final)
 
Nota Final: 7,60.
Que estas reflexões encontrem ecos dentro da sociedade de Agrolândia, no sentido de buscar construir uma cidade melhor a partir de questões que reportem ao Urbanismo, Arquitetura, Patrimônio Histórico, Patrimônio Natural e Sociedade. Que este debate nunca termine e através da formação de Laíz, prossiga, a partir de suas contribuições profissionais.
Parabéns Laíz. Gratidão por nos permitir participar deste processo social e criativo a partir da Arquitetura e do Urbanismo e suas variantes, agora para a História.
Leituras Complementares - Clicar sobre o título escolhido:


















































































Nenhum comentário:

Postar um comentário