segunda-feira, 10 de junho de 2024

Acadêmicos de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Católica de Santa Catarina de Joinville em Blumenau

Em 26 de maio de 2024 recebemos uma mensagem de texto da professora Laura  Moure de Joinville, compartilhando a vinda de acadêmicos da turma de arquitetura e urbanismo da Universidade Católica do Brasil, de Joinville, de três diferentes turmas para observar, estudar e analisar tipologias da arquitetura de Blumenau. 

Livro doado à biblioteca da instituição.
"Boa tarde, Sra. Angelina. Me perdoe por entrar em contato por este canal (Instagram), mas estou tentando encontrar outro meio de contatá-la, mas sem sucesso. Me chamo Laura Moure e sou professora da Católica de Santa Catarina de Joinville e gostaria muito de falar com você. Depois de muito custo, conseguimos agendar uma ida de uma turma de Arquitetura Brasileira até Blumenau e gostaria muito de tentar um encontro da turma com você. Acompanho muito a sua atuação junto à defesa de preservação da técnica enxaimel em Santa Catarina, e seria incrível se eles pudessem ter contato com o seu trabalho. Abraços, Laura." 27 de maio de 2024.

Foi um prazer poder falar e rever, ao lado de futuros arquitetos e professores de arquitetura e urbanismo, a arquitetura na paisagem, na cidade de Blumenau. Oportunizamos e ofertamos dois exemplares do livro "Fachwerk - a Técnica Construtiva Enxaimel", para a biblioteca da instituição, como também, destinamos um exemplar para ser sorteado entre os acadêmicos presentes na viagem de estudos.
Ficou definido que os acadêmicos  visitariam uma tipologia fabril, com partes de projeto do arquiteto Hans Broos e do paisagista Burle Marx. Os acadêmicos visitariam o Centro Histórico de Blumenau, onde apresentamos a edificação enxaimel mais antiga de toda a região do Vale do Itajaí, a residência do secretário de Hermann Blumenau, Hermann Wendeburg que vendeu à família do advogado Paul Schwartzer, sogro do primeiro diretor da  Estrada de Ferro Santa Catarina e do Cônsul alemão em Blumenau, Johann Otto Rohkohl. Sua filha Renate Louise residiu na casa até falecer e doou, em vida, toda a propriedade à municipalidade de Blumenau.
Mais sobre essa história no final da postagem. E para terminar foi visitada a arquitetura religiosa inaugurada na década de 1950, projetado por dois arquitetos alemães, pai e filho, Dominikus e Gottfried Böhm.
A professora Laura, marcou, via mensagem, às 10h na Cia. Hering. Para nós seria algo novo, pois a empresa está sob nova direção e pela primeira vez, fora da administração familiar - família Hering, o que é um pouco  preocupante, pois os Hering's ficaram conhecidos por seu envolvimento, desde o século XIX, com a história e cultura locais, entre outros. Oportunizamos o momento para efetuar registros para efeitos de comparação, no futuro. Registros para a história.
Deixaremos todos nossos artigos relacionados aos ambientes da Cia Hering e também às obras de Hans Broos no final desta postagem. Despois fomos com a turma, até o Centro Histórico de Blumenau - o Stadtplatz - onde os acadêmicos visitaram o Museu da Família Colonial e também receberam informações técnicas sobre  a tipologia enxaimel mais antiga, na região do Vale do Itajaí, na época de sua construção, Colônia Blumenau.
Para terminar a visita técnica dos acadêmicos de arquitetura e urbanismo de Joinville, aconteceu a visita à tipologia de arquitetura religiosa, a Catedral São Paulo apóstolo, onde foram recebidos pelo Padre João Humberto Luciani. Antes de sua fala, expomos parte da história da catedral, do estilo, da técnica construtiva e sobre os arquitetos que assinaram seu projeto. Após a explanação do padre, grande parte do grupo acessou o local do coreto, feito para apresentações de coros e também, onde está localizado um dos dois órgãos existentes na cidade de Blumenau. O grupo teve sorte, pois encontrou no local, o musicista, cantor e coordenador da equipe que restaurou o órgão alemão. Gentilmente Paulo Eduardo Visconti apresentou o centenário instrumento e alguma coisa sobre sua técnica musical.

As imagens Comunicam
Vídeo

Fotografias





Companhia Hering
A empresa e sua integração com o meio

Arquitetura e ecologia
Para a Hering Têxtil, a expansão física integrada harmonicamente com o meio não é uma coincidência. Trata-se do resultado objetivo da uma filosofia de concepção arquitetônica, que foi aplicada sob a consultoria do arquiteto Hans BroosNa concepção dos projetos das edificações da Hering, a preservação da natureza e o conforto ambiental dos usuários foram sempre fatores determinantes. Mesmo nos ambientes construídos para a produção industrial, buscou-se abandonar uma visão puramente funcionalista e racional e incorporar conceitos mais abrangentes, que respeitassem as características naturais, sociais e culturais das pessoas que ali iriam viver. Página 21
A necessidade de expansão
Apesar de suas dimensões, a área do vale do Bom Retiro não dispunha de espaço plano suficiente para acompanhar a expansão fabril. Essa limitação física motivou a política de construção de unidades satélitesaproximando os locais de trabalho da população operária. A proximidade entre moradia e fábrica e a integração entre colaboradores e dirigentes foram valores mantidos com carinho. Da mesma forma que preservaram as paisagens, foi preservado o desejo de desenvolvimento individual e profissional de cada empregado. Página 24
O arquiteto Hans Broos - é um dos nomes da arquitetura brutalista no Brasil. Muitos desconhecem as características e o que fez surgir essa linguagem arquitetônica.

Arquitetura brutalista

A arquitetura brutalista destaca a verdade estrutural da edificação, enaltecendo seus elementos estruturais - conseguido com o uso do concreto armado aparente e destacando suas marcas, criadas durante sua execução, como as marcas das madeiras de caixaria. Também destacando os perfis metálicos de vigas e pilares.
O percursor da linguagem arquitetônica foi o arquiteto franco-suíço Le Corbusier (1887-1965), que delineou o brutalismo em seus últimos projetos, bem característico na Unité d´Habitation de Marselha construída no período ente 1945 e 1949.
A arquitetura brutalista dentro do conceito da arquitetura moderna - foi o desnudar de todo o decorativismo usado até então, e o resultado de uma arquitetura estandardizada ou industrializada (com o menor custo possível), para suprir o déficit habitacional durante a reconstrução das cidades na Europa - período pós guerra. A construção maciça, sem com isso, se afastar do gosto e da arte de maneira sistematizada - tal como vem ocorrendo hoje nas cidades do Brasil.
Unité d´Habitation de Marselha (1945-1949) - projeto de Le Corbusier.
Os nomes da arquitetura brutalista no Brasil ao lado do nome do arquiteto Hans Broos, foram: João Batista Vilanova Artigas e Paulo Mendes da Rocha.
A arquitetura brutalista surge no Brasil a partir do início da década de 1950 em obras na capital nacional - Rio de Janeiro e também, em São Paulo - período que também o arquiteto Hans Broos a conheceu a partir de Nova York. Sua produção foi contemporânea e não posterior ao concurso e construção da nova capital do Brasil - Brasília, ganhando mais destaque na década de 1960. A nova tendência teve grande expansão nos anos 1970, em todo o mundo.
O brutalismo se adéqua muito bem ao meio natural, como é o caso da expansão da Cia Hering, pois "brinca" com a justaposição e integração dos opostos. É preciso ter muita sensibilidade e maestria para compor - de maneira equilibrada - a arquitetura e o meio natural, criando uma unidade plástica e funcional, o que denota o grande valor da obra do arquiteto Hans Broos ao atingir esse resultado em sua arquitetura diante do meio e no meio construído.
Hans Broos - 2010.
Nessa visita dos acadêmicos à Cia Hering em junho de 2024, é possível contemplar, mais uma vez, a obra do arquiteto Hans Broos, integrada à arquitetura histórica e à paisagem natural local.
Ao contrário da última vez que estivemos ao local, em 2017, tudo parecia um pouco abandonado e em obras não muito definidas com resultados não muito bons para o conjunto. Também encontramos no Museu da Hering, documentários em vídeos sendo exibidos com muito material de nossa pesquisa, relacionado ao arquiteto Hans Broos, sem a informação da fonte, com informações não de acordo com a realidade e sua história. 
Vemos com muita preocupação, o futuro desse patrimônio, que depois de mais de um século, saiu das mãos da família. Registraremos para deixar para a história.
A visita guiada nos foi permitido somente no espaço do jardim suspenso projetado pelo arquiteto urbanista e seu amigo paisagista e no setor onde está algum material de memória, com acesso restrito. No mesmo lugar que estivemos com a equipe do Documentário da "Vida e Obra do Arquiteto Hans Broos", em 2017.  
Produtor: Darina Smržová e Diretor, roteirista do documentário eslovaco: Ladislav Kaboš, 2017.
Jardim suspenso - projeto assinado pelo paisagista Burle Marx - teto de alguns ambientes entre eles - o refeitório.

Visita dos Acadêmicos de Joinville em 7 de junho de 2024


















O mesmo local em 2027.









Esse projeto é o projeto original da Prefeitura de Rio do Sul sobre o qual escrevemos, link no final. Desde o início da obra, não está concluído. Chamaram o arquiteto, que já estava doente, para o ato de tombamento do mesmo, totalmente descaracterizado.
Tombamento

Através de um ato político e com a presença de políticos municipais, regionais e estaduais, entre esses, um Senador e também, governador do Estado de Santa Catarina - Luiz Henrique da Silveira, autoridade que autorizou a demolição do Complexo da FAMOSC/PROEB na cidade de Blumenau (exemplar importante da arquitetura moderna nesta cidade), foi assinado o tombamento do Edifício da Prefeitura Municipal de Rio do Sul, com a presença do Arquiteto Hans Broos, que se encontrava doente e com a idade de 88 anos, no dia 25 de maio de 2009. Alguns meses depois, foi vítima de dois derrames.

O então governador do estado de Santa Catarina Luiz Henrique da Silveira, segurando o microfone para o arquiteto Hans Broos.



O edifício da nova Prefeitura de Rio do Sul que substituiu a antiga e histórica, foi projetado entre os anos de 1958 e 1960. Ao observarmos o edifício, podemos afirmar que não foi respeitado o projeto original de Hans Broos, bem como, posteriormente esse recebeu intervenções destoantes da linguagem predominante da obra, terminando por descaracterizar o projeto do arquiteto.

Projeto


















Arquitetura atual está reproduzindo dentro dessa tendência, sem o devido lastro, como aquele morango vermelho, perfeito e grande, sem o sabor adocicado e suculento, do original.


Uma das três residências da família Hering, nas primeiras décadas da fábrica no local.







Estivemos no Centro Histórico de Blumenau a apresentamos a casa mais antiga da região, momento no qual falamos, portando com poucos registros.
Uma das tipologias urbanas construída na Colônia Blumenau, ainda na metade do século XIX e que se encontra na paisagem de seu Stadtplatz, reconhecida por sua beleza e importância histórica, foi escolhida para estampar a capa de nosso 3° livro, cujo tema aborda a técnica construtiva enxaimel. Esta edificação histórica teve sua manutenção e cuidados feitos pela mesma família desde o ano de 1880, quando foi adquirida de Hermann Wendeburg pelo pioneiro Paul Schwarzer, um dos primeiros advogados de Blumenau e avô de Renate Luise Rohkohl, que casada, adotou o nome de família, Dietrich.

É sabido que foi adquirida após a morte de Wendeburg que aconteceu em 1881. A casa foi adquirida em 1880. Existe alguma coisa nessa transação que precisa ser corrigida e ou esclarecida. 

Paul era natural da Prússia e foi casado com a nobre Mathilde von Knorring, nascida na capital do Brasil, Rio de Janeiro em 23 de outubro de 1852 e batizada em Florianópolis em 1857. A Frau Schwarzer foi sepultada em São Paulo, em abril de 1919. Mudou-se de Blumenau, pois ficou viúva muito cedo, deixando a residência enxaimel da Rua das Palmeiras, construída em 1858, para sua filha Edith Anna. Seu marido Paul Schwarzer, por sua vez, nasceu em 30 de outubro de 1844 na cidade de Brieg, Prússia e faleceu com 62 anos de idade, em 13 de abril de 1906, em Blumenau.
Edith Anna, filha de Paul Schwarzer e Mathilde von Knorring e herdeira da casa.
Esposa de Otto Rohkohl e mãe de Renate Luise Rohkohl.

A família de Paul Schwarzer passou a residir na ex-casa de Hermann Wendeburg, construída em 1858. Sua filha mais jovem Edith Anna (1887–1945) se casou com o jovem engenheiro alemão da equipe de construção da ferrovia EFSC, Johann Otto Rohkohl, ou Otto Rohkohl em 27 de novembro de 1909, no mesmo ano que foi inaugurado o primeiro trecho ferroviário da estrada de ferro que dirigia. Foi o primeiro diretor da EFSC. Seu sogro Paul Schwarzer tinha falecido 3 anos antes do seu casamento, portanto Otto Rohkohl não chegou a conhecer o sogro. Sua sogra mudou-se de Blumenau. Há indícios que o casal Rohkohl e a filha mais nova, mudaram-se para a Alemanha e permaneceram por lá durante a Segunda Guerra Mundial.
Filhas de Otto Rohkohl e de Edith Anna Rohkohl.
Otto Rohkohl e Edith Anna tiveram duas filhas e conhecemos Renate Luise Rohkohl, sua filha mais velha, através do pequeno texto publicado na Revista Blumenau em Cadernos, onde este menciona que Renate Luise desejava encantar uma das sacadas da estação ferroviária de Blumenau com uma trepadeira. Estação que recebeu uma "réplica" fake sobre uma praça pública atual de Blumenau.
Ao tentar conhecer todas as questões desta pequena nota encontramos fatos históricos sobre Johann Otto Rohkohl e de sua filha, Renate Luise Rohkohl.
Para escrever este texto, fomos visitar, novamente a residência de Renate Luise Rohkohl, casada, Dietrich, parte físico do atual Museu da família Colonial.


Residência da Família Schwartzer/Rohkohl/Dietrich (3 gerações de uma mesma família) de 1880 até 1997.
A Casa Wendeburg/Schwarzer/Rohkohl/Dietrich esteve com a família, por 117 anos, abrigando três gerações. A casa foi doada para a municipalidade de Blumenau com tudo o que tinha no seu interior, sabendo nós que ali residiu um engenheiro alemão que ocupou o cargo de direção da EFSC, que se casou com uma filha da família Schwartzer e que foi vizinha dos Gärtner. Entramos na residência da família, agora espaço do Museu da Família Colonial, que não apresenta nada muito específico sobre essa história a partir das atividades destas pessoas. Vimos fotografia de Cônsul Honorário Alemão, mas somente na ex-residência dos Gärtner, onde este cargo foi ocupado pelo sobrinho de Hermann Blumenau, Viktor Friedrich Bruno Gärtner. Não vimos uma fotografia na parede da ex-residência de Renate Louse Rohkohl, de seus pais, onde ele é apontado, igualmente, como Cônsul, cargo que ocupou por mais de 25 anos, além de suas outras atividades na sociedade de Blumenau dentro de um recorte de tempo histórico.
Para melhor compreensão, além das imagens, vamos mostrar a história da filha mais velha do engenheiro alemão da EFSC, seu primeiro diretor e Cônsul Honorário Alemão em Blumenau, Renate Luise Rohkohl, último membro da família que residiu nesta incrível tipologia construída com enxaimel em 1958 e que a doou e tudo que tinha no seu interior, à municipalidade de Blumenau.
Muito pouco é mencionado sobre esta questão e principalmente, sobre a história destas pessoas. O destaque é direcionado à casa dos Gärtner.

Como se formou o Museu da Família Colonial?
Museu da família Colonial

Rosalie Julie Auguste Sametzky  e Viktor
Friedrich Bruno Gärtner, 
pais da Edith Gaertner.  

1865 - Dia do casamento. 
Foto Clic RBS
O Museu da Família Colonial está localizado no espaço de três edificações históricas, sendo que duas delas, construídas com a técnica enxaimel, com fechamento de tijolos aparentes e a terceira com fechamento de tijolos rebocados, construída em 1920 e foi residência do tio de Edith Gärtner, Reinhold Gärtner, irmão de Viktor Friedrich Bruno Gärtner .
Uma das edificações construídas com a técnica construtiva enxaimel com fechamento de tijolos aparentes, data de 1864 e foi residência de Viktor Friedrich Bruno Gärtner (1832 - 1888), sobrinho do fundador, casado com Rosalie Julie Auguste Sametzky (1844-1900), Rose na intimidade, e pais de Edith (1882 - 1967) que ficou residindo na casa da família até 1967, quando faleceu. Viktor foi comerciante, inicialmente com apoio dos Wagner que lhes cederam mercadorias e também foi Cônsul Honorário Alemão em Blumenau.
Hermann Wendeburg.
Dos dois cônsules que residiram no local do atual museu, este é o único que tem sua fotografia exposta na parede do museu, com o status de Cônsul.
A terceira casa, objeto de estudo dessa postagem, foi construída em 1858 e foi a residência do braço direito de Hermann Blumenau, Hermann Wendeburg. Foi adquirida pela família Schwarzer em 1880. O local foi residência dessa família até 1997, quando oficialmente foi transferida para a municipalidade. Nessa casa, igualmente residiu um Cônsul Honorário Alemão em Blumenau e não há indícios desse fato histórico, exposto nos ambientes, como percebido há na outra casa que fora residência de Viktor Friedrich Bruno Gärtner. Também há muito pouco de identificação dos pertences de tão ilustre família no local.
Esta terceira casa é considerada a edificação mais antiga da Colônia Blumenau - ou do Vale do Itajaí.
Terceira casa, residência do Cônsul Alemão em Blumenau Johann Otto Rohkohl - construída em 1858 por Hermann Wendeburg.
Stadtplatz da Colônia Blumenau - Rua das Palmeiras, um pouco após a metade do século XIX.
Edith Gärtner.

Em 1950, durante as comemorações do Centenário de Blumenau, Edith Gärtner, doou um terreno de 1.775 m2 à municipalidade de Blumenau, com direito a usufruto. Neste terreno estava construída a edificação de 1864 e de 1920.
Edith Gärtner faleceu em 15 de setembro de 1967, quando, logo após, o imóvel foi incorporado à Fundação Casa Dr. Blumenau, adequando-o ao uso de museu, sem descaracterizar "a residência". A terceira geração da família Schwarzer residia na casa construída em 1858 e também ainda residia no local o Cônsul Honorário da Alemanha Otto Rohkohl e eram contemporâneos à criação do Museu da família Colonial.
Na fotografia, Rohkohl na companhia de suas duas filhas. Uma de suas filhas, Elise Sigrid faleceu e foi sepultada na Alemanha, junto de sua mãe Edith Anna Schwarzer.
O museu recebeu o nome de Museu da Família Colonial, que vai muito além dos limites das edificações. Também faz parte do complexo do museu: o Horto Botânico Edith Gaertner, a Biblioteca Pública Municipal Dr. Fritz Müller, o Arquivo Histórico José Ferreira da Silva e a segunda casa, construída na década de 1920, a qual foi residência do sobrinho do fundador, Reinhold Gärtner, irmão de Viktor Friedrich Bruno Gärtner. Finalmente, a terceira e mais antiga edificação, não somente de Blumenau, mas do Vale do Itajaí, construída somente 8 anos depois da chegada da primeira leva de imigrantes alemães na região, foi encampada ao complexo do museu. A casa que pertenceu a Hermann Wendeburg, secretário de Blumenau, que foi adquirida por Paulo Schwartzer em 1880, que foi herdada por sua filha Edith Schwartzer, que era casada com o Otto Rohkohl. Sua filha, Renata Luisa Rohkohl Dietrich, herdou a casa e fez uma doação do patrimônio à cidade de Blumenau em 1964, com direito a usufruto.
Após sua partida em 1997, o patrimônio foi incorporado ao complexo do museu, ou ao Patrimônio da Fundação Cultural de Blumenau.
Foi restaurada com apoio do Ministério da Cultura - Secretaria de Patrimônio, Museus e Artes Plásticas, Prefeitura Municipal e Fundação Cultural e entregue à comunidade em 28 de julho de 2003. Há 20 anos atrás.
Seria muito bom conhecer, o que está no acervo do museu que pertencia à família Schwartzer/Rohkohl/Dietrich. Vimos alguma coisa da EFSC no ambiente do Mausoléu da Família Blumenau, mas nada identificado.

Material do acervo memorial da EFSC expostas no Mausoléu da Família Blumenau, sem identificação. Também existia uma réplica perfeita de um vagão ferroviário que ficava exposta na casa do Reinhold Gärtner, não vimos.
Renate Luise Rohkohl - Casada Dietrich

Renate Luise Rohkohl.
Renate Luise Rohkohl foi a filha mais velha de Johannes Otto Rohkohl e de Edith Anna Schwarzer. Seus pais se casaram em Blumenau no dia 27 de novembro de 1909.
Seu pai Otto Rohkohl não migrou imediatamente para o Brasil. Fazia parte da equipe técnica que construiu a ferrovia EFSC.
Edith Anna e a pequena Renate Luise.
Renate Luise Rohkohl nasceu em 29 de agosto de 1910. Sua irmã mais nova, Elise Sigrid Rohkohl nasceu 6 anos depois, em 9 de maio de 1916. Sua mãe Edith Anna e sua irmã Elise Sigrid faleceram e estão sepultadas na Alemanha.
Em 1930, Renate Luise foi para a Alemanha para estudar, quando conheceu Werner Dietrich durante a viagem. Casaram-se no Rio de Janeiro, capital do Brasil, antes do início da guerra, em 26 de maio de 1934. Renate e Werner mudaram-se para a casa da Rua das Palmeiras, na mesma casa de seus avós e de Hermann Wendeburg. Neste tempo, sua irmã e seus pais residiam na Alemanha.

Não há informações se os Rohkohl mudaram-se para a Alemanha durante o período da guerra ou, o que aconteceu de fato, mas Edith e Elise não retornaram mais para Blumenau. Edith Anna faleceu em 6 de setembro de 1945, como também Elise, no mesmo ano que terminou a guerra. Em um Site de genealogia é apresentada uma suposta filha de Elise que se chama Siegrid. Não há confirmação.
Em 1949 seu pai Otto Rohkohl imigrou definitivamente para o Brasil, então viúvo. Até então, Rohkohl residia em Baeuerschestr.2, Blankenburg, Alemanha, onde sua esposa Edith Anna foi sepultada. Também há lacunas de como foi Cônsul Honorário Alemão em Blumenau e depois disto, mudou-se para a Alemanha. Aparentemente passou os anos do tempo da Segunda Guerra Mundial na Europa. Retornou ao Brasil, com quase 70 anos de idade, viúvo, onde sua família se resumia na família de sua filha Renate Luise que agora assinava Dietrich. O casal Dietrich não teve filhos e como mencionado, Werner Dietrich faleceu em 5 de setembro de 1955, restando na casa, Renate Luise e seu pai Otto Rohkohl.
Viúva e na companhia do pai Otto Rohkohl, que também ainda se mantinha muito ativo, os dois continuaram residindo na casa construída em 1858.
Em Blumenau, Otto Rohkohl sempre foi muito ativo. Exerceu o cargo de primeiro gerente da Empresa Telefônica de Blumenau S/A. Foi diretor-conselheiro da Caixa Agrícola e Comercial de Blumenau (depois Banco INCO), membro do primeiro conselho do Hospital Santa Catarina e em primeiro de maio de 1914, assumiu o cargo de Cônsul Honorário da Alemanha em Blumenau, nomeado pelo Imperador Wilhelm II, confirmado em 1921, em título emitido pelo presidente Friedrich Ebert. Deixou o cargo depois de 25 anos de serviços constantes.
Ainda na década de 1950, Renate Luise começou a trabalhar na Artex como desenhista Industrial. Não demorou muito, para se tornar encarregada da Sala de desenhos e criação, até que seu senso de bondade e responsabilidade não permitiu que continuasse no seu emprego.
Parou de trabalhar para cuidar de seu pai Otto Rohkohl e também, de sua vizinha Edith Gärtner, que não tinha família. Cuidou de Edith Gärtner até 15 de setembro de 1967 e do seu pai até 14 de agosto de 1969, quando faleceram respectivamente.
A carismática Renate Luise Rohkohl sentada em uma das portas da propriedade que pertenceu a Hermann Wendeburg, seu primeiro proprietário e que fora adquirido por seu Opa e Oma em 1880. Fonte: Fundação Cultural de Blumenau - Arquivo Histórico José Ferreira da Silva.
A Casa
Renate oficializou em cartório, a doação de sua residência construída em 1858, para a Fundação Cultural de Blumenau fazer uso após seu falecimento em 1997, quando o patrimônio foi incorporado ao complexo do museu da família Colonial com todo o acervo da família. Isto explica as muitas peças relacionadas a EFSC presentes no local como a perfeita maquete de um vagão da EFSC, e muito pouca informação histórica há no museu sobre esta família benfeitora.

As mulheres sempre estiveram presentes nos acontecimentos da cidade. Trabalhando no campo, no lar, nas fábricas, na educação, na cultura, na saúde e em outras atividades afins. Ela é a grande figura oculta ou visível. Um desses exemplos é a blumenauense Renata Luiza Rohkohl Dietrich, filha do engenheiro e Cônsul alemão em Blumenau Otto Rohkohl e Edith Rohkohl. Herdeira e moradora da mais antiga casa da Blumenau Colônia (1858), num gesto de consciência de preservação da memória da cidade, foi doadora do patrimônio que abriga uma das casas que constituem o Museu da Família Colonial. (Fonte: Arquivo Histórico José Ferreira da Silva / Fundação Cultural de Blumenau)


DIETRICH, Renata Luiza Rohkohl
Nasceu no dia 29 de Agosto de 1918, em Blumenau. Os pais eram Otto Rohkohl da Silésia, da Alemanha e Edith Schwarzer de Blumenau.
O pai foi diretor e engenheiro da estrada de ferro de Blumenau, diretor da empresa Força e Luz de Blumenau e Cônsul da Alemanha em Blumenau.
Em 1930, foi até a Alemanha para estudar. Na viagem conheceu Werner Dietrich, com quem se casou em 1934, no RJ. Em 1953 faleceu o senhor Werner e D. Renata passou a trabalhar na fábrica da Artex, como desenhista Industrial e encarregada da Sala de Desenhos. Depois de trabalhar anos na Artex, saiu para cuidar de seu pai e de uma amiga e vizinha, Edith Gaertner que faleceu em 1964, seu pai faleceu em 1969.
O grande mérito de D. Renata está na doação que fez à cidade de Blumenau em 1964, quando oficializou em cartório a doação de sua residência construída em 1858, para a Fundação Cultural de Blumenau fazer uso após seu falecimento.
D. Renata faleceu dia 4 de Dezembro de 1997 em sua residência na Alameda Duque de Caxias. VER – Jornal de SC do dia 5 de Dezembro de 1997. Pg. 4/b
(amigos prestam homenagem no velório de D. Renate)  Fonte: Arquivo de Blumenau
Muito do acervo do Museu da Família Colonial pode ter pertencido à família Schwarzer/Rohkohl/Dietrich e muito pouco é divulgado sobre, onde, quem é mais lembrado é Hermann Wendeburg, Edith Gaertner e seu cemitério de gatos, o que recebe destaque.
Residência da família Schwarzer/Rohkohl/Dietrich desde 1880.

Na residência de 1858, não há uma cozinha montada. Esta cozinha está na residência dos Gärtner. Quantos utensílios presentes neste acervo pertenciam a Renate Luise e sua família?
A visita dos acadêmicos terminou na Catedral São Paulo Apóstolo.
O templo que dá espaço à catedral de Blumenau foi inaugurado em 25 de janeiro de 1958.  Seu projeto foi assinado pelo arquiteto alemão Dominikus Böhm, recomendado pelo Papa, e por seu filho, também arquiteto, Gottfried Böhm. A igreja foi elevada à catedral em 19 de abril de 2000, através da criação da Diocese de Blumenau. 
Até esta data era denominada Igreja Matriz de Blumenau.

"Obedecendo o estilo a linhas modernas, diferentes às das igrejas tradicionais construídas na região, era óbvio que surgissem muitas opiniões a respeito da planta, de autoria dos arquitetos alemães Dominikus e Gottfried Böhm. Inconcebível, para alguns, era a construção de uma torre completamente separada da nave principal. Frei Brás Reuter, pároco e incentivador da obra, chegou a escrever: 'A planta é ousada. É uma construção em estilo moderno, algo novo e diferente. No Brasil, quase somente são conhecidas igrejas em estilos colonial e gótico. A impressão colhida entre o povo diverge muito'." Padre Antônio Francisco Bohn. 

O livro do Frei Antônio Francisco Bohn, parte das Referências, avaliza (citação acima) de que o projeto da Catedral São Paulo Apóstolo é de autoria dos arquitetos Dominikus Böhm e de Gottfried Böhn, como também, é a nossa opinião, esta pautada na análise das datas históricas e também, da obra produzida pelos dois arquitetos, quem tem aspecto identitários muito diferentes e também, uso de técnicas construtivas, diferentes. A catedral tem muito do traço e linguagem do arquiteto Dominikus Böhm, que era o proprietário do escritório, onde o filho Gottfried Böhm passou a trabalhar (8 anos somente), após sua formatura de Arquitetura, em München.
A pedra fundamental da nova igreja de Blumenau foi lançada em 24 de maio de 1953 e Dominikus Böhm faleceu em 6 de agosto de 1955 (Nasceu em 23 de outubro de 1880), quando a igreja já se encontrava em construção. Foi inaugurada em 25 de janeiro de 1958, um pouco mais de dois anos, após a morte de Dominikus Böhm.
A arquitetura de Dominikus Böhm tirava partido e efeitos a partir do uso da luz, tal qual como os construtores medievais faziam em suas catedrais. Neste momento, com o uso da nova tecnologia e dos novos materiais. Usou a luz como parte da construção e como parte da liturgia - Comunicando. O arquiteto tirou partido da linguagem da arquitetura e a influência de seu espaço nas pessoas, a influência da igreja nos seus fiéis, como também faziam a partir dos espaços das catedrais góticas e seus multicoloridos vitrais. Para isto, usava a tipologia de modelos dos templos antigos com a forma da basílica romana (construção oficial romana -Tribunal, Fórun e feira) adotada pelos cristãos romanos convertidos ao cristianismo - para seu templo - ou igreja.
Suas igrejas geralmente eram  monumentais, com linhas simples e com a valorização central do altar como pode ser observado na Catedral São Paulo Apóstolo de Blumenau.
Outra característica de suas obras religiosas e que também incluiu em sua obra de Blumenau, foi os vitrais. Este elemento, muito usado nas catedrais góticas - na idade média e depois, não mais usado no período da renascença, foi resgato como forte elemento cultural e de identidade. Os vitrais tinham um espaço muito importante na arquitetura religiosa de Dominikus Böhm e eram uma de suas paixões. Antes de desenhar os vitrais da Igreja de São Paulo Apóstolo - de Blumenau, desenhou os vitrais da Igreja do Espírito Santo - Brunswick-Lehndorf, em 1952. 
Croqui  original, perspectiva interna da Catedral São Paulo Apóstolo - Blumenau
Fonte: www.vitruvius.com.br
Sua obra em  Blumenau, sob nosso ponto de vista profissional, é uma releitura do neogótico e do gótico alemão, fazendo uso  de elementos da arquitetura religiosa trazida pelos imigrantes, com o uso de materiais encontrados na região, como por exemplo o granito rosa que também lembrava a cor da arquitetura Backsteinexpressionismus. Respeita-se a identidade a partir da presença e espaço para a monumentalidade, verticalidade e a presença dos vitrais. Este último elemento, diríamos que trata-se de um dos principais resgates da arquitetura religiosa da idade média. Os vitrais foram banidos no renascimento - período seguinte ao gótico. Renascimento, considerado pelos alemães - uma arte internacional em seu território e por isto não teve solo muito fértil neste país. 
Sua arquitetura foi responsável pela definição de uma linguagem contemporânea e moderna, nacional dentro de seu país, sem com isto perder as características de uma conjunto que reporta aos templos góticos - estilo nacional alemão.
Torre

Construída em granito rosa. Possui 45 metros de altura. Contem três sinos que são acionados eletronicamente. Acima do arco, está os três círculos que guardam os sinos na torre. O objetivo do projeto original era de convidar as pessoas acessarem a escadaria e entrar na igreja. No topo da torre há um cruz em granito de 1,2 mil quilos, importada da Alemanha no ano de 1930. Nas quatro fachadas da torre, veem-se o quatro mostradores de bronze do relógio, medindo o ponteiro maior 1,20 m de comprimento. Foi inaugurada no ano de 1963, três anos após a inauguração da igreja.
Os sinos doados pelo Imperador Brasileiro D. Pedro II à Igreja Católica de Blumenau estavam avariados e sem uso. Foram encomendados 3 novos sinos que chegaram em Blumenau em março de 1928. Frei Gabriel Zimmer teve a iniciativa de encomendar os sinos de uma firma da cidade de  Bochem. 
O sino maior, chamado de "Jesus" pesa 510 quilos, o sino médio, chamado "Maria", pesa 350 quilos e o sino menor, chamado "José", pesa 200 quilos. Seu custo foi de nove contos, quatrocentos e noventa mil e quinhentos réis. 
Foram abençoados, de maneira festiva, no domingo de ramos, em 24 de junho de 1928. Como já mencionado, a Igreja Matriz foi modificada, e sua torre foi reforçada e altura aumentada, para receber os três sinos novos, Foram realocados na nova torre - da nova Igreja Matriz, em 1963. 

Relógio
Nas quatro fachadas da torre da Catedral São Paulo Apóstolo, estão os quatro mostradores de bronze do relógio, cujo ponteiro maior mede 120 cm de comprimento. Foi fabricado na firma alemã Eduard Korfhage & Söhne. Chegou em Blumenau em janeiro de 1930. Foi transportado pelo Vapor Bagé. Seu peso total é de 484 quilos e possui quatro pesos, cujo total soma mais 290 quilos.
Escadarias

As escadarias, construídas em granito rosa, possuem 44  degraus e tem seis metros de largura. À esquerda, de quem sobe, está locado a imagem do patrono São Paulo Apóstolo. Sua imagem tem 1,80 metros e é feita de concreto.
Órgão de tubos

Órgão Faber & Greve

Durante a obra de ampliação e reformas ocorridas na Igreja Matriz de Blumenau, na década de 1920, também foi instalado um órgão alemão, que de acordo com  Paulo Visconti - seu restaurador no século XXI, o órgão possui 862 tubos. Como já mencionado, o órgão foi fabricado na Firma Faber & Greve da cidade de Salzhemmendorf, Hannover, Alemanha - em 1926 (Temos dúvidas sobre esta data - ao observarmos a história da Firma, quem em 1926, não se chamava assim). De acordo com Visconti, o órgão possui tração original do tipo pneumática com someiro e com sistema de acionamento por membranas de couro. Contém dois teclados manuais com 56 notas cada e uma pedaleira de 30 notas. Possui ainda, 15 registros e 07 acoplamentos. Originalmente, seu aspecto externo reportava às linhas neogóticas e a pedido do Arquiteto Dominikus Böhm que projetou a atual igreja,  o invólucro do órgão recebeu linhas contemporâneas para a época e linhas retas, para sintonizar com a nova arquitetura - moderna. O que não compreendemos, é a desconsideração com a originalidade plena deste órgão, cuja fábrica na Alemanha fechou antes da 2° Guerra Mundial. Em Blumenau, originalmente o  órgão foi inaugurado na igreja projetada por Krohberger, em 1927.
A partir de registros no Livro de Tombo N°. III pertencente  à Paróquia São Paulo Apóstolo, ficou conhecido o responsável pelo translado do órgão da igreja antiga para a igreja nova. O responsável também pela construção do novo "envólucro" do órgão, obedecendo as orientações do arquiteto Böhm foi o  Orgelbaumeister  - mestre organeiro alemão  Siegfried Schürle, que residia em São Bento do Sul. O início destes trabalhos, de acordo com o documento, aconteceu em 21 de maio de 1957.  Recebemos a imagem de parte da página deste importante documento do Padre João Humberto Luciani em 12 de fevereiro de 2021
Do Livro de Tombo N°. III -  pertencente  à Paróquia São Paulo Apóstolo - 25 de maio de 1957.
Passando somente 26 anos após esta reforma, em 24 de maio de 1953, foi feito o lançamento da pedra fundamental da nova  igreja projetada pelos arquitetos alemães Böhm's - pai e filho - Gottfried e Dominikus Böhm. (Esta história está no link no final desta). E, em 1956, a antiga igreja foi demolida (lamentavelmente) e também foi retirado o cemitério dos pioneiros da área central de Blumenau, que, nos dias atuais, seria local de história e visitação. Tentamos encontrar os nomes destes primeiros católicos da Colônia Blumenau, em cemitérios adjacentes e não encontramos nenhum vestígio.
 Em 25 de janeiro de 1958 a nova igreja foi consagrada. Seu campanário foi inaugurado em   1°  de junho de 1963, onde também foi inaugurada a torre e concluídas as obras. Da antiga igreja, permaneceram na nova, os sinos, a ponta do campanário neogótico e o órgão, transladado por Orgelbaumeister Siegfried Schürle. 
Restauro do Órgão da Catedral São Paulo Apóstolo, com a alma de um  Faber & Greve 

Em 8 de fevereiro conversamos com Paulo Eduardo Visconti, após presenciarmos ele tocando e sonorizando a 1° missa oficiada pelo Padre João Humberto Luciani, que também fez parte da equipe de restauro do histórico órgão.
Neste vídeo Visconti explica um pouco sobre como aconteceu a iniciativa do restauro e a sua contribuição neste trabalho.

Os trabalhos de restauro do órgão Faber & Greve da Catedral de Blumenau iniciaram em agosto de 2019, como uma missão e amor pela música e história por parte de Paulo Eduardo  Visconti que aceitou o desafio, mediante a não existência de pessoas especializadas no ofício. A equipe está recebendo auxílio e assessoramento do Frei Lauro Both, que conhecemos em Vinhedo, onde também estava presente o organeiro Gero Jann. Link's no final desta. De acordo com FRESARD 2019, o trabalho está sendo coordenado a seis mãos. O Frei Lauro Both, trabalhou com o grande organeiro Georg Jann e está em um trabalho na cidade de Petrópolis, é especialista nesse tipo de restauro e vem para Blumenau sempre que possível prestar assessoria e apoio ao engenheiro Civil  Paulo Eduardo Visconti e à Arquiteta, Vanessa de Sousa e demais membros da equipe.




A Equipe que está a frente do Restauro

Paulo Roberto Visconti (Coordenador e Auxiliar Técnico)
Engenheiro Civil  – CREA/SC 118.996-8
Regente da Associação Coral Santa Cecília
Regente da Associação Coral Santa Isabel

Lauro Both (Mestre organeiro e Coordenador do Projeto)
Organeiro pela Oscar-Walcker-Schule Ludwigsburg.

Vanessa de Sousa (Projetista e Auxiliar Técnico)
Arquiteta e Urbanista – CAU/SC A140241-2

Lourival Duve (Marceneiro e Auxiliar Técnico)
Pe. João Humberto Luciani (Auxiliar Técnico)
Material

Foram usados em sua construção:
  • 3.662 metros cúbicos de granito rosa oriundo de Subida e transportado de trem da EFSC.
  • 985 metros quadrados de vidros para os vitrais.
  • 1.875 metros quadrados de mármore para o piso.
  • 20 metros cúbicos de mármore branco para o altar, confessionários, assentos, púlpito e mesa de comunhão.
A igreja projetada pelos arquitetos Gottfried e Dominikus Böhm possui 23 metros de largura, 15 metros de altura e 75 metros de profundidade. Seu átrio tem 15 metros e sua nave - 45 metros. O presbitério tem 15 metros.

O som do canto coral em seu ambiente

A visita dos acadêmicos




























A seguir disponibilizamos os link's de nossa pesquisa sobre os locais visitados para complementar a pesquisa e o conhecimento dos acadêmicos e interessados. Basta clicar sobre o link escolhido.
  1. Arquitetura - Projetos de Hans Broos - Rio do Sul SC
  2. Hans Broos - Vida e Obra
  3. O Documentário da Vida e Obra de Hans Broos - Estréia Oficial em Bratislava Outubro de 2021 - Documentário Architekt Drsnej Poetiky - Arquiteto da Poética Bruta
  4. Desenvolvimento Urbano da Cidade de Blumenau - Por Hans Broos 1
  5. Brutalismo de Hans Broos - Caminhada Cultural - Blumenau
  6. Jardim suspenso Cia Hering - Entrevista com João Maria Schissel
  7. Passagem da Equipe do Documentário Arquiteto Hans Broos e parte de sua obra - Blumenau SC
  8. Contato da Família do Arquiteto Hans Broos da Alemanha - a partir de um publicação nossa no You Tube
  9. Você conhece a casa da família (de 1880 até 1997) do 1° Diretor da ferrovia EFSC e Cônsul Honorário da Alemanha que foi doada à Blumenau, por Renate Luise Rohkohl - sua filha?
  10. O Livro On line: FACHWERK - A Técnica Construtiva Enxaimel - Publicado em 2019
  11. Lançamento do livro Fachwerk - A Técnica Construtiva Enxaimel - Blumenau SC
  12. Lançamento do livro Fachwerk - A Técnica Construtiva Enxaimel - 37° Festa Pomerana - Pomerode SC
  13. Terminado - o livro Fachwerk - A Técnica Construtiva Enxaimel.
  14. Angelina Wittmann lança obra sobre o enxaimel
  15. Arquitetura Hans Broos - Obra inacabada - Prefeitura Municipal de Rio do Sul - desde 1960
  16. Arquitetura - Catedral São Paulo Apóstolo - Blumenau - Arquitetos alemães Gottfried e Dominikus Böhm
  17. Georg Jann - Mestre construtor de órgãos na Europa e no Brasil
  18. Um pouco do Aachener Domchor - Da catedral de Aachen para a catedral São Paulo Apóstolo - Blumenau

Um Registro para a História.

Sou Angelina Wittmann, Arquiteta e Mestre em Urbanismo, História e Arquitetura da Cidade.
Contatos:
@angewittmann (Instagram)
@AngelWittmann (Twitter)








 





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