sábado, 10 de agosto de 2024

Relatório de Hermann Bruno Otto Blumenau - 1858

Apresentamos a leitura de um documento histórico para Blumenau e Santa Catarina onde está o teor do relatório feito por Hermann Blumenau, relacionado ao ano de 1858, no qual efetuou apontamentos relacionados ao desenvolvimento de sua empresa agrícola, denominada Colônia  Blumenau. 

"Permanecendo ainda, e mesmo aumentando-se os obstáculos e embaraços, que encontrei, no ano passado, no engajamento e na atração de emigrados e que mencionei no meu relatório do mesmo ano, a imigração, nesta colônia, não pôde ser considerável no ano que vai findar. 
A deficiência dos meus fundos pecuniários, que não são proporcionais à magnitude do assunto; a falta de auxílios e de favores especiais, em escala proporcional, por parte do Governo Imperial, para não agravar os meus embaraços pecuniários, com a vinda de mais colonos, não me permitiram desenvolver a conveniente atividade, e lançar mão de todos os expedientes e aproveitar todas as vantagens, que se me ofereceram, para atrair considerável número de emigrados. 
A imigração, em consequência, foi diminuta. 
Não obstante isso, e continuando a militar, em favor da minha empresa, circunstâncias propícias, que também mencionei no referido relatório, os resultados alcançados não foram desanimadores, antes até bastante satisfatórios, comparando-se os mesmos com as somas, que foram empregadas e gastas aqui, e em outras empresas desta natureza, incomparavelmente mais favorecidas e na posse de grandes fundos e com a proporção dos resultados gerais que se obtiveram. 
A colônia, se o seu aumento expansivo não foi grande, todavia não ficou estacionária; a sua consolidação e desenvolvimento interior progrediram largamente e em escala e com estabilidade tal, que melhor que quaisquer outros argumentos, são provas de que repousam em fundamento sólido e são. 
O resumo, que abaixo segue, dá fé desta asserção e demonstra que esse progresso não é efêmero, nem artificialmente produzido, mas é, antes, o resultado do trabalho dos colonos na sua propriedade e de diversas outras circunstâncias permanentes, que concorrem, independentemente da amplidão da emigração de fora e dos favores do Governo Imperial. 
A boa reputação da colônia, apesar do diminuto aumento desta, não só não sofreu diminuição na Alemanha, mas está sempre crescendo. Ainda neste ano o seu empreendedor recebeu muitas e inequívocas provas de estima, consideração e lisonjeira confiança de diversas partes de sua antiga, que o animaram a não desesperar do futuro engrandecimento da sua empresa e a continuar na sua árdua tarefa. Recebeu também valiosas recomendações a diversos governos e a muitos particulares dispostos a emigrar. O futuro da colônia, pois, já não admite dúvidas a respeito da sua produtividade, prosperidade e estabilidade. O fundamento em que repousa a parte mais difícil e dispendiosa do trabalho inteiro, já não precisa criar-se pois que existe, e em proporções tais que poderá sustentar um grande e importante edifício. 
O que convém, pois, aos interesses do próprio governo Imperial, o que é necessário para aproveitar, quanto possível, as favoráveis condições já criadas e existentes, e não perder uma parte dos trutos do árduo trabalho já feito, já não se refere a preparativos, mas sim a amplificar as operações, de maneira proporcional à largueza e solidez do fundamento assentado." H. Blumenau
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Relatório 1858 - Entraram, no presente ano, nesta colônia, 81 pessoas vindas da Alemanha, como consta das listas, que em diversas épocas, remeti às competentes autoridades. Destas, chegaram 29 diretamente de Hamburgo, com escala pelo Desterro, ao mesmo tempo que as  restantes vieram, por via indireta, dos portos do Rio de Janeiro e Desterro. Somente três famílias, com 10 pessoas, foram, propriamente dito, engajadas, ou receberam algum adiantamento para as suas passagens. Os mais vieram inteiramente espontâneos, pagando integralmente o preço de suas passagens e trouxeram, na maior parte, ainda um pequeno pecúlio. 
A proporção dos dirigentes, ou necessitados de algum subsídio e a qualidade dos imigrados, foram, pois, muito vantajosas. A seguinte resenha estatística demonstra o progresso da colônia nos últimos três anos:
Na população havia, pois, um acréscimo de 70 almas, nos fogos um dito de 17 sobre o ano de 1859. Houve 18 casamentos na colônia e dois de pessoas residentes fora dela ; 48 nascimentos, sendo 22 do sexo masculino e 26 do sexo feminino; e 7 óbitos, sendo um de um velho, que morreu de hidropisia, e de três meninos entre três meses e quatro anos . A proporção da mortalidade foi muito favorável neste ano, havendo um excesso de 41 nascimentos. 
Retiraram-se, temporária, ou definitivamente, 52 pessoas, voltando duas famílias com cinco pessoas, uma viúva com dois filhos, um viúvo e um solteiro para a Alemanha. Quatro destas pessoas foram com a intenção de retornarem a esta colônia. O resto estabeleceu-se ou anda trabalhando em outras partes deste rio, ou desta província, dirigindo-se também, alguns solteiros para o Rio de Janeiro e para o Rio Grande, a fim de procurarem melhor ganho nos seus antigos ofícios. Continuam a existir na colônia o pastor evangélico, o professor de primeiras letras, um médico homeopata, um boticário com botica e uma parteira e mais todos os oficiais de ofícios necessários para uma florescente povoação, como se menciona no meu relatório do ano passado. 
Chegaram, e acham-se ainda na colônia, dois doutores em medicina, dos quais um parece querer nela se estabelecer. Chegou também um distinto naturalista, doutor em ciências naturais, subvencionado pelo governo do ducado de Saxe Gotha, para fazer coleções, conhecer e descrever o país e, talvez, fazer referências sobre esta colônia àquele governo, que ultimamente, tomara algumas medidas restritivas contra a emigração para o Brasil. A celebração do culto evangélico e o ensino primário tiveram regularmente o seu exercício; para ambos faltam, infelizmente, locais apropriados e era muito necessário e conveniente remediar a essa falta pela construção de edifícios destinados para fim tão útil. O estado sanitário foi muito lisonjeiro durante o presente ano, como se vê do excesso dos nascimentos sobre os óbitos.
Tendo, um dos médicos recém-chegados, trazido consigo boa vacina, grande número de crianças por ele foi vacinado com pleno sucesso. A segurança individual, felizmente, não sofreu alteração e, exceto algumas pequenas contendas policiais, também não houve demandas. 
Não obstante, torna-se de grande necessidade para a colônia a criação de um juízo de paz e distrito de subdelegacia na colônia . Pedindo, grande número de colonos, a naturalização como cidadãos brasileiros, é de esperar-se que, em breve, entrem na posse desses dois institutos públicos. 
A guarda de 12 pedestres, destacada na colônia, contra os bugres gentios, executou regularmente as suas rondas e, felizmente, não houve novidades a respeito daqueles selvagens. Estes pedestres, com as suas famílias, não estão incluídos no algarismo, acima exarado, da população da colônia. Quanto à indústria, o seu círculo se alarga por uma fábrica de louça ordinária, cujos produtos suprem uma grande necessidade desta colônia e do rio inteiro. A lavoura progride admiravelmente e a resenha, acima exarada, demonstra que este progresso não é passageiro, mas estável em todos os anos e bem proporcionado. Nos engenhos de moer grãos, havia um aumento de um, nos de farinha de mandioca, de três (3) nos de açúcar, de dez (l0) no gado vacum e bovino de sessenta (60), no dito cavalar de dezoito (l8) e no dito cerdum de trezentos sobre o ano antecedente. A cultura mais exercida é, por ora, 'a. da cana de açúcar; o seu rendimento sofreu, infelizmente, desfalque considerável pela doença da cana, que apareceu em diversas localidades. Não obstante a safra regulou por 2.430 arrobas de muito bom açúcar, cuja qualidade, em parte, foi até superior, e 10.530 medidas de aguardente. Considerando-se que, este ano, foi o primeiro que deu uma safra tão completa, visto que a terrível enchente de novembro de 1855 destruíra as plantações de maneira tal, que nem havia semente para o tempo próprio de 1856 e que, só em 1857, é que se pôde plantar maiores roçados e mais, que a doença causou um desfalque de 25 a 30, ou mais por cento, aquele rendimento não deixa de ser bastante satisfatório. A cultura da mandioca, antes algum tanto negligenciada, alargou-se consideravelmente. Grande número de colonos, que intentava plantar cana, ficou aterrado pela doença e pela diminuição dos preços dos produtos dela, que resolveu plantar, de mandioca, grandes roçados destinados à primeira dessas culturas. Se não houver, no ano que vem, uma grande imigração, a produção de farinha excederá o consumo e terá sofrível exportação; será muito considerável, no ano de 1860, se as estações ocorrerem regularmente. Além destes gêneros, a presente colheita de milho será importante; como, porém, o pão de milho forma a base da nutrição da quase totalidade dos colonos, e, além disso muito se gasta para o gado, não sobrará muito para a exportação. Os tubérculos do país, inhames taiá, etc. e o aipim ocupam também grandes  superfícies, servindo, sobretudo o mhame, para engordar o considerável número de gado cerdum que existe na colônia. Por fim, planta-se feijão, batatas inglesas, legumes e hortaliças e algum café, que, em parte, principia a produzir. A cultura do tabaco e a fabricação de charutos continuam, também, em pequena escala. O cultivo aperfeiçoado da terra, por meio do arado, faz progressos, dando sempre os mesmos excelentes resultados e animando, assim, a imitação do exemplo dado. Distribuição da cana roxa da Batávia, cuja cultura atualmente muito se alarga no Rio de Janeiro, e que tem a boa qualidade de não adoecer, 700 mudas, produto de 12 plantas que eu havia introduzido em 1857. Cultivo ainda algumas plantas de mais três qualidades de cana e de quatro ditas de café, que recebi, das que o governo Imperial mandou buscar, na ilha de Bourbon, para também delas distribuir mudas no tempo próprio. As plantações e pastos artificiais ocupam uma área de 1.350 geiras coloniais (a 500 braças quadradas) ou 675.000 braças quadradas. Os colonos avaliam o valor de seus bens de raiz, com as plantações em pé, e os edifícios que lhes pertencem, em 183:000$000 . Reduzindo esta quantia, que, em parte, achei algum tanto exagerada, a 150 contos, mas aduzindo-lhes o valor dos gêneros, prontos para venda, dos bens imóveis, dos gados e dos capitais líquidos, que existem e não foram contemplados naquela avaliação, e deduzindo, então, o importe das dívidas da colônia ou dos seus habitantes, vê-se que o balanço da mesma é bastante favorável e satisfatório. E deve-se, ainda, notar, que neste cálculo não entram os bens de raiz do empreendedor, entretanto que as suas dívidas foram computadas como parte integrante da dívida geral da colônia . 
Das quatro novilhas da raça taurina, que introduzi e que se conservam em excelente estado, espero a primeira criação genuína para o ano próximo, com também criação bastarda dos dois touros da mesma raça, que existem, com as vacas do lugar. O melhoramento da raça do gado do país, acertadamente dirigida, contribuirá, vigorosamente, para a prosperidade da lavoura da colônia e, por isso, lhe dedico todos pós esforços possíveis. O seu efeito já se evidencia nas aves, sendo que, pela introdução das galinhas de "Cochin", que promovi, faz dois anos, a raça existente se tornou muito mais produtiva e aproveitável. Introduz, também, algumas cabras da melhor raça da Alemanha, que dão até seis garrafas de leite, por dia. A produção de queijo e manteiga, já supre, quase, as necessidades da colônia, comprando-se, o resto, dos lavradores vizinhos. O preço desta última regulou por 640 réis a libra, o que prova que não há falta dela.
 Quanto aos trabalhos e obras públicas, anexas à colonização, terminou-se a casa de morada do pastor, que custou a alta soma de 2: 650$000; uma grande casa para abrigo dos imigrados, na barra ou porto do rio; uma dita na povoação da colônia, um rancho, dito, perto do Ribeirão da Itoupava e, em fim, construiu-se uma escada de 85 degraus com um plano inclinado, carro e guindaste, para carga e descarga de bagagem, etc. no barranco do rio, na povoação da colônia. 
Gastaram-se, com esses trabalhos, neste ano, Rs. 1 :765S850, e com diversos outros, de utilidade pública, para a colônia, Rs. 375$000 etc.; despesas com caminhos, pontes na colônia, importaram em Rs. 666$840, as ditas da estrada que segue da colônia para a Barra do Rio, em Rs. 947$470; em tudo, pois, Rs. 1:614,310. 
Esta quantia é mui diminuta e bem longe está de corresponder às necessidades da colônia, mas a míngua dos seus fundos e recursos e as mais despesas urgentes, não permitiram empregar-se maior soma nestes trabalhos. É um grave defeito que não deixa de prejudicar o progresso da colônia. 
Seja-me lícito terminar o presente relatório com algumas observações sobre o futuro e necessidades desta colônia. 
Deve-se considerar esse futuro sob dois aspectos: primeiro em relação à expansão, por meio da imigração de fora e, segundo, contemplando o seu desenvolvimento interior. 
É princípio reconhecido que, somente andando e progredindo ambas essas condições de mãos dadas e, podendo progredir, conjuntamente, haverá pleno sucesso e que, só assim, se há de alcançar o alvo, para que a colônia foi criada, torná-la um foco ou centro de atração de uma corrente, mais ou menos forte, de imigrados espontâneos e conservar-lhe a força atrativa por longos períodos. Todo afastamento, mais ou menos importante, deste principio, é prejudicial e trouxe, em outros países, como já trouxe e ainda trará ao Brasil, as suas más consequências. 
Se, de um lado, a imigração prevalecer, ou for rapidamente promovida, à força de grandes fundos, adiantamentos e subsídios, e a expansão da respectiva colônia não for acompanhada de um desenvolvimento interior correspondente, sobretudo na lavoura, em que uma colônia se deve basear, dos ramos de indústrias imediatamente produtivas, subsiste o contínuo perigo de catástrofes que ocasionarão a cessação do afluxo de forças exteriores.· O fundamento de uma colônia em tais condições, fica como que suspenso no ar; todo capital que afluir, torna de imediato a sair e só as vendas e tavernas e os empregados prosperarão, sustentando-se o resto com os recursos de um dia para o outro. Acabando-se, ou interrompendo-se o afluxo de capitais de fora, vem a debacle, ou, pelo menos, súbito desfalecimento, causando a ruína e dispersão de muitos colonos, provocando, igualmente, repercussão desfavorável em toda parte e, sobretudo, na terra natal dos colonos. E o epílogo será sombrio, com a completa falência do empreendimento. 
A empresa, além da perda de imenso capital e trabalhos infrutíferos, desacredita o país e a sua colonização e atemoriza e desvia os emigrantes em vez de atraí-los, não cumpre a sua missão e não se torna um centro atrativo da imigração espontânea. Se, de outro lado, uma colônia menos dotada de fundos e que não está no caso de fomentar rapidamente a imigração, por meio de grandes adiantamentos e subsídios, se expande a passos lentos, moderados, a lavoura nela prosperar na mesma progressão da imigração, ou excedê-la em adiantamento, o fundamento da colônia, evidentemente, é bem seguro e não tem perigo algum de catástrofe que ameace a sua existência e espalhe o terror entre os imigrados. 
Mas nem por isso deixa de cumprir a sua missão e não se tornará em ponto de atração da emigração espontânea, se chegado ela a um certo, e até alto grau de prosperidade interior, logo lhe faltarem os fundos necessários, ou ela não for socorrida, para fazer face às despesas indispensáveis, para caminhos, pontes, casas de escola, igrejas, etc ., que todos são institutos, aos quais os colonos na sua antiga pátria foram acostumados, e que, com razão, esperam achar, também, no seu novo país; para fomentar a imigração e o estabelecimento de novos colonos, mediante adiantamentos e subsídios, e, em .fim, para efetuar preparativos necessários, como exploração e medição de terras, fatura de novos ranchos de abrigo, à proporção que a distribuição de terras se alarga para o sertão, etc. 
Em tal caso, não haverá uma estrondosa bancarrota e ruína geral, como na primeira hipótese, mas a colônia ficará estagnando por muitos anos e não exercerá sobre a emigração senão uma atração diminutíssima. 
Esta força de atração, depende muito, é verdade, do florescimento interior e boa reputação, de que uma colônia goze, mas, também, e em alto grau, do número de seus habitantes, e quanto mais considerável este for, em tanto maior progressão também aquele crescerá. 
Um núcleo pequeno, pois, embora goze no momento dado, da maior prosperidade, e traga no seu seio todos os germens de um futuro brilhante, não pode, nas atuais condições da colonização no Brasil, corresponder às vistas e realizar as esperanças do governo imperial, n em de qualquer dos mais interessados se, apenas saído da infância, logo ficar restrito às suas próprias e débeis forças. 
Cumpre, pois, se não houver meios para o seu auxílio, abandoná-lo à sua sorte, o que não deixa de vir acompanhado de gravíssimos inconvenientes, tornando vãos e infrutíferos, imensos trabalhos e sacrifícios já feitos, ou acudir-lhe com proporcionados socorros, a fim de que possa adquirir aquele grau de desenvolvimento expansivo e o número de habitantes necessário para atrair uma forte corrente de emigrados espontâneos. E este número, segundo todas as experiências, feitas aqui mesmo no Brasil como em outros países também, não pode ser menor de três a cinco mil almas. 
Aplicando o exposto e seus corolários a esta colônia, parece inteiramente demonstrado, pelos dados estatísticos, acima exarados, e o estado da colônia, que o seu fundamento é sólido e o seu desenvolvimento interno, em todos os respeitos, o mais próspero já na época atual e promete, também, para o futuro, os mais satisfatórios resultados. 
Há um critério muito seguro para avaliar a prosperidade e a feliz situação de uma população, uma escala, que todos os economistas reconhecem como infalível, para medir e conferir aquela situação: é o preço médio e geral dos salários, ou do ganho diário do trabalhador, combinado com o dito do seu sustento. 
Onde o salário for mais alto, tendo o sustento o preço igual, ou menor, do que tem numa outra localidade, que se quer comparar, ' o trabalho rende mais e a população tira maior proveito dele, vivendo em maior abastança, os imigrados preferem sempre tal localidade, se as outras circunstâncias forem iguais, fornecendo os Estados Unidos, o Canadá e a Austrália, de um, a Argélia, a Hungria e a Valáquia e outros países, de outro lado o mais evidente argumento a tal respeito.
Ora, nesta colônia, os salários dos trabalhadores se conservaram sempre, até 1856 e 1857 - em que, em consequência da imigração bastante considerável, havia abundância de trabalhadores - numa altura que foi 1/3, 1/2 e até 1/1 maior do que em muitas outras partes, desta e de outras províncias, entretanto que o preço dos mantimentos, pouco ou nada oscilou. 
Sempre que eu quis baixar os salários, não havia trabalhadores, preferindo os colonos trabalhar nas suas próprias terras. 
A boa reputação da colônia na Alemanha se conservou, não só intacta, mas ainda aumentou, de maneira que mereceu um relatório favorável, impresso é distribuído na Alemanha e numerosos amigos se movimentaram, ali, em meu e em favor da minha empresa. 
Estas circunstâncias e bons ofícios, contribuíram essencialmente, para tornar a proporção dos colonos, espontaneamente imigrados, que integralmente pagaram a sua passagem e a daqueles que receberam pequenos subsídios e ajuda de custo, tão favorável como efetivamente foi 7/8 contra 1/8. 
Mas, nem por isso a imigração aumentou . Antes, diminuiu em relação aos anos anteriores, e não há probabilidade alguma de que, sob as atuais condições, este estado de coisas venha a melhorar. As razões deste fenômeno e do vagaroso aumento expansivo da colônia são muitas e, conquanto já as tenha exposto em diversos relatórios, vejo-me na necessidade de repeti-las e fazê-las acompanhar de algumas observações. 
1.°- A colônia é ainda muito nova e a sua população ainda não chegou a um número bastante grande para exercer, sobre a emigração da Alemanha, atração tal que, por si só, baste para orientá-la à colônia e entreter uma corrente regular e satisfatória de emigrados.
2.° - Os meus fundos foram diminutíssimos e estão, atualmente, exaustos; o rendimento da venda das terras, o único que tenho por ora, apenas basta para manter a administração e os meus adiantamentos, feitos aos colonos, são reembolsados tão morosamente e minguados por tantas perdas, que, tudo reunido, não chega para fazer face às despesas correntes e, ainda menos, para ampliar as operações e aumentar a imigração. 
3.° - Os atuais prêmios e subsídios, que o governo imperial me concedeu, em virtude do meu contrato, são inteiramente insuficientes para, na época atual, mudadas todas as circunstâncias, indenizarem os sacrifícios feitos e ainda a fazer e permitirem a expansão conveniente da imigração e oferecerem probabilidades de, satisfatoriamente, sair dos empenhos e obrigações contraídas. 
4.° - A emigração da Alemanha, e sobretudo, a tendência de dirigir-se ao Brasil, muito diminuíram.
Havia forte concorrência, por parte do governo inglês, a favor das suas colônias na Austrália e do Cabo da Boa Esperança e também da Áustria, em favor da Hungria e essa concorrência, sobretudo quanto ao último Estado, tende a crescer . As diversas empresas, daqui mesmo, do Brasil, dificultaram o negócio, pois, as mais poderosas em fundos, angariavam colonos a qualquer preço e, as menos dotadas, não podiam acompanhar as outras em negócios, manifestadamente tão ruinosos, e hão de ficar, por isso, abafadas e arruinadas. Se isso continuar, muitos agentes daquelas empresas, procederão, no engajamento de emigrantes, de maneira tão imprudente e inqualificável, que muito estragarão a reputação da colonização, apenas um tanto corroída na Europa, e hão de arruiná-la completamente, e sem remédio, por muitos anos, se os poderes do Estado não puserem, com energia, e prontidão, cobro a tais escândalos. Em consequência deles, diversos Estados da Alemanha, lançaram mão de medidas, rigorosamente coercitivas, contra a emigração para o Brasil, sendo apresentado à própria dieta germânica, como à dita suíça, propostas para restringir e acabar a emigração transatlântica, no território da confederação inteira. 
Não se podendo separar os três primeiros pontos, que intimamente são ligados um ao outro, vou considerá-los conjuntamente . Ainda que os colonos estabelecidos, desde alguns anos, principiassem e continuassem a encorajar os seus parentes e amigos na Alemanha a segui-los e até mandassem-lhes, por meu intermédio, algum dinheiro para facilitar a transferência; ainda que, em consequência disso, e de outras recomendações, a proporção dos emigrados espontâneos, tais como considero todos que não receberam subsídios, ou abatimento algum, no preço geral da passagem, contra os subsidiados, seja a mais favorável possível, tudo isto já não basta, na época atual, para, com regularidade e sem arriscar perdas exorbitantes, se poder anunciar e fretar navios, com a indispensável regularidade, seja de mês em mês, ou de dois em dois meses.
Quem conhece estes negócios e sabe a que avultadas quantias chegam as perdas, quando um barco é fretado e logo não tiver carga completa, sabe, também, que nenhum agente de colonos, ou casa comercial, se compromete a engajar e a mandar certo e determinado número de colonos, em épocas determinadas, se não receber uma comissão exorbitante, que não só garanta bom lucro, como previna contra qualquer perda, ou tiver à sua disposição, além de uma comissão, mais ou menos alta ou razoável, fundos bastantes para adiantar a passagem a emigrados pobres e, assim, completar a carga dos navios, caso não haja bastante emigrados espontâneos e abastados. 
É, também, conhecido que a regularidade nas épocas e a pontualidade da partida das expedições de emigrados, é um dos adjutórios mais essenciais e até indispensáveis para promover a emigração espontânea, porquanto os emigrados, uma vez prontos, para a viagem, são facilmente desviados para outros lugares, por agentes da concorrência, se não acharem pronta saída para o país a que originariamente se destinaram. Enfim, o preço atual da passagem é muito alto para que, com bom sucesso, se possa vencer a concorrência dos Estados Unidos. 
O primeiro requisito para conseguir uma emigração constante e proporcional à respectiva colônia, consiste, pois, no despacho de navios em épocas certas e determinadas para a mesma e na existência dos fundos necessários para se poder rebaixar o preço da passagem, ao nível do que se paga para os Estados Unidos, e completar a carga dos navios, fretados por emigrantes subsidiados, caso não haja número suficiente de abastados, devendo-se ainda acrescer, a estas despesas, a comissão do agente, ou da casa comercial, encarregada da expedição dos colonos.
Outro requisito é que essa tarefa seja confiada a uma casa respeitável e capaz; que ela fique obrigada, por um contrato oneroso, e formal, e ofereça as necessárias garantias, não só para cumprimento dele, mas ainda para a solícita escolha e da boa qualidade do colono, não convindo a esta colônia, nem ao Brasil, em geral, as fezes dos povos europeus, como a dos últimos tempos, que nos foram mandadas em grande proporção. As despesas que se têm de fazer, para satisfazer a esses requisitos, só se referem à Europa e ao engajamento e transporte dos colonos. 
Mas há ainda outras, de maior, ou, pelo menos, de não menor monta, no lugar da colônia, no Brasil. Abstraindo das obras públicas de maior custo e importância, como são, para esta colônia, a estrada para a Barra, com as suas pontes e estivas; um templo decente para os protestantes, desde já; uma igreja para os católicos, se o seu número, como é de se esperar, aumentar na colônia; uma casa de morada para o padre católico; casas para escolas e uma dita para cadeia, cujas obras se fazem, é verdade, de uma só vez, mas . querem contínua conservação, existem, ainda, as despesas com a recepção dos colonos, na barra do rio; com o seu transporte à colônia e seu abrigo provisório; com os adiantamentos, que se lhes deve fazer, para poderem cuidar dos seus primeiros roçados e plantações e estabelecer, nas suas terras, as indispensáveis casinhas de morada; com o estudo e exploração, abertura e conserva cão de estradas e pontes, necessárias no recinto da própria colônia, verba essa das mais importantes e dispendiosas, p8la multidão de pequenos e grandes ribeirões, que existem e das pontes, que se tornam indispensáveis; com os adiantamentos a fazer aos colonos mais ativos, morigerados e algum tanto adiantados nos seus trabalhos de lavoura, para poderem estabelecer engenhos, etc. e comprar uma vaca e porcos, ou, em outras palavras, com adiantamentos em favor do Progresso da lavoura e produção, a fim de que progridam, em proporção à imigração, servindo, além disso, para animar os colonos em geral, evitar o seu desânimo e premiar os mais trabalhadores; com, finalmente, a administração, despesas de escritório, viagens indispensáveis, etc. Para obter um sucesso completo e, a todos os respeitos, satisfatório, deve-se providenciar, simultaneamente, todos esses requisitos e despesas. Segundo um cálculo, bastante exato e baseado em experiências feitas, nesta e em outras colônias do império, as despesas a fazer-se com os negócios gerais de uma colônia e do estabelecimento dos emigrados, montam no Brasil, 110$000 a 140$000, por pessoa, variando alguma cousa, segundo a localidade dada, podendo-se contar, num futuro mais ou menos remoto, com uma recuperação de 35$000 a 55$000. Para concorrer às despesas enumeradas, que tenho que fazer, tanto na Europa como no Brasil, estou reduzido: 
1.º) ao rendimento líquido da venda das terras e este importou, em 7 anos, apenas em 8 contos; 
2.°) ao reembolso dos adiantamentos, anteriormente feitos aos colonos - e este se efetua com extrema lentidão e em escala diminutíssima, além das muitas perdas, que nele se dão. A sua cobrança não pode ser apressada sem o gravíssimo inconveniente de apertar os colonos, torná-los descontentes e arruinar e afugentar muitos deles, e, enfim 
3.°) ao prêmio que o governo imperial me paga e este é, apenas, de 20 e 30 mil réis por pessoa, ao passo que a despesa geral, que com ela se faz, desde o ano de 1856 em diante, vai além do triplo e do quadruplo. 
Ora, é óbvio que a maior parcimônia e abnegação, a melhor administração e cuidado no emprego dos fundos disponíveis, não podiam, nem poderão vencer tão enorme desproporção. Reconhecendo isso e vendo que a minha dívida para com o governo imperial, do meu contrato de 17 de abril de 1855, que já não posso cumprir, não pode ser normalmente paga. Não posso, com os meios ordinários, proporcionar à colônia os meios indispensáveis para continuar o seu alargamento e a introdução de colonos e estou na iminência de perder inteiramente o fruto do árduo trabalho de treze anos de sacrifícios feitos em benefício da colonização brasileiro germânica. 
E como essa minha dívida se torna sempre e cada vez mais pesada e não me restando probabilidade alguma de poder resgatá-la, venho insistindo, desde o ano de 1856, para que o governo imperial venha em ajuda da minha empresa, concedendo-lhe mais alguns favores complementares e análogos àqueles com que outras empresas foram subvencionadas e, assim, me ponha no caso de, com elas, poder competir e continuar na minha empresa e tarefa. 
Com efeito, o governo imperial dignou-se favorecer-me com um novo subsídio, mas como devo reembolsá-lo, aumentou consideravelmente a minha dívida, já muito alta, e com um dom gratuito, que recebi com vivo reconhecimento, mas que nas atuais circunstâncias, não trouxe senão um alívio ligeiro e incapaz de sustentar e, muito menos, de ampliar a empresa. 
Em virtude de tudo isso, vi-me constrangido a apertar sempre mais, desde o princípio do ano de 1857, o círculo das minhas operações e as restringir ao mínimo possível, a fim da que esta empresa não desapareça inteiramente do campo da concorrência na Alemanha. 
A consequência lógica foi a diminuição da imigração nesta colônia. 
Restava, ainda, consolidar os alicerces da colônia, pô-la definitivamente ao abrigo de catástrofes e promover a sua prosperidade interna. 
Favorecido pelas circunstâncias propícias da localidade escolhida e, à fôrma de extrema economia, de sacrifícios de toda a casta e privações pessoais, fui bastante feliz em conseguir também este fim: a colônia e sua população se acham em próspera situação e já não existe o perigo de catástrofes irreparáveis e o crédito na colônia não só não foi abalado, como tornou-se até mais forte. 
Se o governo imperial julgar por bem desampará-la e tirar dela a sua poderosa mão, ela ficará estagnada, é verdade, mas não aniquila- da, não perdendo nenhum dos seus habitantes o fruto do seu trabalho, a não ser o empreendedor, não ficando ninguém desamparado e infeliz, senão este. 
Se lançar, porém, sobre a colônia, vistas benignas, e querer alargar o seu círculo, achará prontas e presentes todas as condições e o fundamento do mais vantajoso emprego dos seus fundos, em proveito do país inteiro; pode ficar seguro de feliz sucesso e salvará o futuro de um importante estabelecimento que, a muitos respeitos, merece as suas simpatias e já foi bastante feliz em granjear atenção e benquerença daquém e dalém Atlântico. 
A importância das razões acima reunidas sob n.º 4, constrange-me a dedicar-lhes ainda algumas palavras. 
A atitude dos governos e da opinião pública a respeito da nova fase em que, no último ano, entrou a imigração e colonização no Brasil, tornou-se tão ameaçadora, que merece a mais séria atenção dos poderes do Estado, para afastar, em tempo, um golpe mortal nos interesses vitais do país. 
A circunstância de que, na última legislatura, não passasse uma boa lei sobre o casamento misto e civil, causou a mais desfavorável impressão e acabou, infelizmente, com muitas simpatias que começavam a brotar. Não menos e talvez ainda mais perniciosa foi a influência exercida com o proceder irrefletido e inconsciente de muitos agentes de imigração que trabalhavam para diversas companhias, ou províncias, e se disputavam mutuamente, os emigrados. 
Em vez de principiarem a criar, para si e para as empresas, até então desconhecidas, ou pouco conhecidas, que representavam, boa e sólida reputação, por um proceder honesto e circunspecto, procuraram angariar os emigrados por meio de engodos e de promessas exageradas, de cujo cumprimento pouco se importavam, desbarataram os fundos dos seus comitentes, como se fossem inexauríveis. 
Em vez de procurarem engajar colonos escolhidos e aproveitáveis, o que não seria difícil com enormes quantias na mão, das quais dispuseram e gastaram com o recrutamento de elementos na ínfima plebe proletária e mesmo entre os verdadeiros criminosos, mandando uma chusma de gente, em grande parte mais apta a povoar de salteadores as estradas, de fregueses as tavernas, os asilos de mendigos e as casas de correção do que mesmo para cultivar a terra e para servirem de cidadãos aproveitáveis. 
A imediata consequência de tão inqualificável proceder foi que os governos e a opinião pública se alvoroçaram; que os emigrados honestos e aproveitáveis se afastaram e as casas expedidoras de emigrados, respeitáveis e conscienciosas, desiludiram-se do negócio e o abandonaram, por não poderem concorrer com os angaria dores e, por sua honra e reputação, não querem fazer causa comum com eles. 
Continue-se ainda um ano nessa senda e a boa emigração para o Brasil se tornará um mito, apenas. 
Entretanto, teria sido um grande benefício diminuir o preço da passagem ao nível do que se paga para os Estados Unidos; em vez disso, meteram-se a adiantar a torto e a direito a passagem inteira, cara mesmo, a quem se quis alistar, sem discriminação, nem prudência. 
Ainda bem se tal medida fosse geral, emanada, diretamente, do governo imperial e confiada a sua execução a mãos hábeis, honradas e rigorosamente fiscalizadas, a homens bem reputados e conhecidos e nela participasse o país inteiro e todas as empresas de colonização que se achassem em bom andamento e progresso e fossem procuradas pelos colonos. Mas, como tal benefício ficou restrito a mui poucas empresas, que gozam de maiores favores do governo imperial e dispo em de grandes fundos e, da maneira como a medida foi executada, o seu efeito é o mais pernicioso e, invés de encorajar a emigração espontânea para o Brasil e de promover a sua colonização, há de aniquilá-la. Enormes quantias, que assim se gastaram, foram, em grande parte, desperdiçadas, não só sem proveito algum para o país, mas ainda em manifesto detrimento e pesar seu. As empresas de colonização, de menor monta e menos dotadas, não podendo acompanhar as companhias poderosas na senda encetada, hão de sucumbir, uma após outra, e desaparecer de cena e a pequena, mas sempre, aproveitável, emigração espontânea que atraíram e que, nos anos anteriores era comum, há de ficar reduzida a menos de zero. 
Os meus agentes em Hamburgo, casa bem respeitável e bem reputada na Alemanha, escreveram-me ultimamente a este respeito: 
"Diversas companhias do Brasil, da província do Rio Grande, principalmente, aumentaram, neste ano, o subsídio e adiantamentos de maneira tal que nos foi, e é impossível acompanhá-las nesse caminho. Se V. S . não puder obter do governo imperial, e nô-los fornecer, os necessários fundos, para podermos competir com os demais agentes de emigração para esse país, deverá abandonar toda a esperança de bom sucesso e evacuar o campo; o negócio se torna ruinoso nas atuais condições e não poderemos continuar nele, enquanto estas não forem mudadas. 
Se, porém, V. S . puder acompanhar as demais empresas no Brasil, na proporção conveniente e moderada, e conceder aos emigrados subsídios análogos aos que aquelas dão, teremos grande gosto em continuar a servir a V.S . e encontraremos colonos escolhidos de sobra, porquanto a sua colônia goza da melhor reputação". 
Termino esta exposição, implorando, repetidamente, ao governo imperial, que lance benévolas vistas sobre mim e a minha empresa, rescindindo o meu contrato de 17 de abril de 1855, que já não posso cumprir. 
Colônia Blumenau, 31 de dezembro de 1858.
Parte do mapa desenhado por Heinrich Krohberger - à mão e com as ferramentas que dispunha. Para acessar o mapa inteiro - Clicar sobre: Mapa Santa Catarina .
Lembrando... 
Os imigrantes foram atraídos por propagandas enganosa para o Brasil para substituir a mão de obra escrava nas fazendas de café. O Sul do país era despovoado e atrasado economicamente - também corria risco de ser invadido pelos espanhóis. Muito da propaganda divulgada na Europa não se cumpria. Chegavam notícias na Europa da situação dos imigrantes no Brasil. O Governo alemão organizou "Sociedade de Proteção aos Emigrados Alemães" - Charge que chegavam na Alemanha, ilustrando uma possível realidade vivida pelos imigrantes nas fazendas de café.
Hermann Bruno Otto Blumenau foi um dos fiscais da "Sociedade de Proteção aos Emigrados Alemães" com sede em Hamburg, enviado para o Brasil para averiguar a situação dos imigrantes alemães nas fazendas de café no Sudeste brasileiro, onde ocuparam os lugares dos escravos africanos nas fazendas de café e das quais chegavam denuncia de maus tratos, escravidão e "picaretagem" nos contratos pautados em mentiras. 
Em maio de 1846, 4 anos antes da fundação da formal de sua colônia privada, Hermann Blumenau viajou para o Brasil, como representante desta sociedade e com isto, com a viagem custeada. O contato pode ter ocorrido por meio de Johann Eduard Wappäus.  Hermann Blumenau foi o autor da publicação intitulada "Emigração e Colonização Alemã", que Johann Eduard Wappäus anotou e publicou em 1846, como professor de geografia, sem citar o nome. Blumenau usou relatórios e avaliações de Johann Jakob Sturz (1800-1877), cuja reputação tentou destruir entre os colonos de sua colônia, anos depois. Em 1843, Sturtz havia se tornado Cônsul Geral do Brasil na Prússia na Prússia e no final de 1843, Hermann Blumenau conheceu o Cônsul, em viagem de trabalho da Inglaterra. Nesta época Hermann Blumenau trabalhava para o avô materno de Fritz Müller, Johann Bartholomaeus Trommsdorff. Blumenau e Sturtz trocaram impressões sobre o Brasil.
Quando chegou ao Brasil como fiscal, Hermann Blumenau estava há pouco tempo a serviço da "Sociedade de Proteção aos Emigrados Alemães".
Em 1848 retornou à Alemanha para recrutar imigrantes. Em 1850, fundou sua própria colônia - a Colônia Blumenau, uma empresa privada com a característica de uma colônia agrícola, sobre a qual agora lamentava os desafios encontrados. 
Stadtplatz da Colônia Blumenau em 1869 - Palmenalle Strassen, Rua das Palmeiras
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Um registro para a História.


Eu sou Angelina Wittmann, Arquiteta e Mestre em Urbanismo, História e Arquitetura da Cidade.
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Referências
  • Blumenau em Cadernos, Tomo II. junho 1959. N° 6, págs. 106-109.
  • Blumenau em Cadernos, Tomo II. julho 1959. N° 7, págs. 136-136.
  • Blumenau em Cadernos, Tomo II. agosto 1959. N° 8, págs. 149-150.





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