domingo, 23 de janeiro de 2022

Livro - Centenário de Blumenau (1850-2 de setembro de 1950) e os Personagens da História que foram escolhidos para esta publicação histórica

O livro Centenário de Blumenau  (1850-2 de setembro de 1950) não é encontrado para aquisição e é um livro de grande valor de coleção. Tivemos um exemplar nas mãos e para a divulgação desta História de Blumenau, com foco nesta importante publicação, vamos publicar as imagens dos personagens históricos, que foram "escolhidos" para estar nas páginas deste histórico livro, em 1950, bem como algumas paisagens de Blumenau.
O livro foi um dos pontos da programação de festejos da fundação de Blumenau, que teve duração de 10 dias, em torno do dia 2 de setembro de 1950. Resumidamente, a programação destes 10 dias contou: com uma maratona, exposições industrial e agropecuária, a inaugurações dos bustos de D. Pedro II (Escrevemos sobre este busto - link no final da postagem)  e de Curt Hering, sessões cinematográficas, homenagens, provas ciclísticas, atrações culturais, competições esportivas e o tradicional desfilhe trazido pelos pioneiros da Alemanha, na Rua XV de Novembro. O desfile teve colaboração da comunidade na elaboração dos 32 carros decorados que contaram a evolução da história de Blumenau. 
A Edição do livro é uma edição especialEdição da Comissão de Festejos. Blumenau. 1950. 492 pp., com mapas e documentário fotográfico. O seu conteúdo distribuído em 492 páginas, em um texto de fácil compreensão e muitas imagens registradas para a história, dos primeiros 100 anos de fundação da Colônia Blumenau. O conteúdo teórico apresentado possui uma pequena parcela romanceada, pois dentro deste Blog mesmo, contamos a história e fatos dentro do contexto estadual e nacional com algumas diferenças. Mas as fotografias são fiéis e comunicam. 
Vamos apresentar algumas fotografias históricas que mereceram estar nesta publicação - escolhidas pela amostra da sociedade de 1950 - responsáveis pelos festejos dos 100 anos de fundação da cidade. Quem ocupava o cargo de Prefeito Municipal de Blumenau em 1950 era Frederico Guilherme Buch - ou seria Friedrich Wilhelm Busch?  Os nomes das pessoas eram modificados, até mesmo no repasse dos mesmos para documentos brasileiros.

Nesta postagem, somente usaremos imagens publicadas no livro histórico - Centenário de Blumenau (1850-2 de setembro de 1950).

Descendente de família (paterna) oriunda de Santo Amaro da Imperatriz. Seu pai, que tinha o mesmo nome e por certo originalmente era Friedrich Wilhelm Busch, foi um dos nomes da economia e da política de  Blumenau, que nasceu em São José (Santo Amaro da Imperatriz) em 29 de dezembro de 1865. Por sua vez, era filho de Wilhelm Busch,  comerciante e carpinteiro em Nossa Senhora do Desterro. Seus pais tinham comércio na Rua do do Livramento (centro do  Desterro), ocupando-se deste ponto Emilie Busch, vendendo roupas - Príncipe, esquina com a Rua feitas, calçados, máquinas de costura, fumos, etc. Seu pai, Wilhelm, fazia comércio de importação e exportação na Rua Altino Correa (atual Conselheiro Mafra). Friedrich Wilhelm, o filho, aos 13 anos foi um dos alunos premiados na aula de Desenho ministrada por Manoel Francisco das Oliveiras, no Desterro. Aos 24 anos, seu nome aparece entre outros (Virgílio Varzea, Lydio Barbosa, vários Freyesleben, Goeldner, Moellmann, etc) admiradores que subscreviam um elogio à célebre atriz Apollonia Pinto, pelo seu papel em “A Mulher Diabo”, no Teatro Santa Izabel (Desterro, 1889). Consta ter vindo para Blumenau em 1890, quando casou em 3.10.1890 com Marie Clara Probst, filha de Heinrich Probst e Caroline Köehler Probst. Em 28 de março de 1900, ela viria a falecer ao abortar uma criança. Busch se casou com sua cunhada, Ottilie Johanna Dorothea, em 14 de junho de 1900. Com Marie Clara - a 1° esposa, teve 4 filhos: Cecilia, Gustavo, Frederico Jr. e Martha Juliane (falecida em 1897, com 6 anos e meio de idade). Da 2° esposa Otillie, teve 3 filhos, onde 2 faleceram cedo: Harry Carl (com 8 dias de vida) e Edith Agnes Auguste (com 2 anos de vida); Gerda casou-se em 28 de outubro de 1928 com Adolph Friedrich. Busch Senior, como era conhecido, trabalhou em várias frentes: alfaiate, exportação de lacticínios e agente empresarial, trazendo para Blumenau a 1ª Companhia Lírica, em 1900. Em setembro de 1903, importou o 1º automóvel. Nestes primeiros anos do século XX, Busch continuou com múltiplas atividades: instalou uma pequena hidroelétrica no Gaspar Alto, proporcionando aos habitantes e indústrias o conforto da iluminação pública (antes de Florianópolis); abriu uma Fábrica de Fósforos e iniciou-se na área do Cinematógrapho, como exibidor ambulante e fixo, importando um projetor da firma Wesphalen & Cia (Hamburg) e filmes da Pathé Frères (Paris). Em 1908, a Imprensa dava notícia de suas atividades como exibidor ambulante no Club Guarany, em Itajaí, tendo como concorrente Júlio Moura, de Florianópolis, levando Busch vantagem por fazer suas exibições gratuitamente. Em 1910, fazia parte da comitiva que recepcionou em Blumenau a Companhia Teatral Alemã Blum & Lessing. Em 30 de abril de 1913 lançou no Rio Itajaí Açu, o 1º barco a motor – o Gustavo, com capacidade para 60 passageiros, fazendo o percurso Blumenau-Itajaí em 8 horas. Com seu sogro, Heinrich Probst, fundou a Empresa Industrial Garcia. Em maio de 1914, introduziu o 1º ônibus motorizado, com capacidade para 12 passageiros sentados e 2 em pé, fazendo o percurso Centro-Itoupava Seca (um auto-bonde da Ford). Após mais de 30 anos na atividade de exibidor cinematográfico, em 1940, três anos antes de falecer, realizou-se à inauguração do novo Cine Busch, na Alameda Rio Branco, portentosa obra com capacidade para 1.323 espectadores, em atividade até 1993 (onde por 40 anos Herbert Holetz trabalhou, de lanterninha à gerente). Busch Jr. (1899-1971), foi Prefeito de Blumenau por duas vezes entre 1947/51 e 1956/61.Link com  mais detalhes, no final da postagem.

 Fundador de Blumenau. Na 2° metade do século XIX, foi um dos agentes de imigração e também fiscal da "Sociedade de Proteção aos Emigrados Alemães" para averiguações da situação dos imigrantes alemães que ocupavam o lugar do escravos nas fazendas de café no Sudeste brasileiro. Em menos de 10 anos, não só estava propagandeando positivamente a migração de alemães para o Brasil, no território onde está atual Alemanha, como também, foi o fundador de seu próprio negócio - colônia agrícola privada com o apoio do Imperador do Brasil D. Pedro II e que comemorava 100 anos no momento desta publicação histórica.  O fundador de Blumenau, após desarranjos políticos locais e os negócios que não saíram como suas expectativas, deixou Blumenau e retornou para a Alemanha definitivamente em 15 de agosto de 1884. Em outubro deste mesmo ano - 1884, Hermann Blumenau foi nomeado agente oficial da Colonização Brasileira em Hamburg. Faleceu em 30 de outubro de 1899 na cidade alemã Braunschweig, onde viveu na Alemanha. Para ler mais sobre, o link está no final desta postagem. 

Hino do Centenário de Blumenau

Publicado em destaque no livro histórico, o Hino do Centenário de Blumenau. A música foi composta pelo maestro nascido em Brusque, Aldo Krieger e a letra pelo Diácono católico e Professor Eduardo Mário Tavares de Blumenau. O Hino é composto por três estrofes e um estribilho. A letra da música tem como influência as representações do cenário do desenvolvimento de Blumenau frente a natureza. É uma fonte para estudos da História Ambiental de Blumenau entre outros temas. 


Paisagens de Blumenau do final do século XIX e início do século XX, lembradas para ser publicada neste livro histórico.
Stadtplatz da Colônia Blumenau. Desenho de Joseph Brüggemann, de 1868  - Vista a partir do morro da Igreja Luterana Espírito Santo do Centro. Barracão dos Imigrantes, Casa Meyer & Spierling e aos fundos, à direita, Morro do Aipim. Presente do Filho de Hermann Blumenau - Peter Blumenau à cidade de Blumenau.


Blumenau, Rua XV de Novembro em 1879. À esquerda, casa de Moritz Holetz e à direita, Hotel de Mauricio (Moritz) Holetz na foz do ribeirão Garcia, local onde seria construído o Hotel Holetz e o Cine Busch e a atualmente está o Grande Hotel. Desenho de autor desconhecido.


Início da Palmenalle - Rua das Palmeiras em  1900. Neudeutschschule - Nova escola Alemã.

Stadtplatz da Colônia Blumenau - Desenho de 1869 de Joseph Brüggemann - Técnica bico de pena. Vista a partir do morro da  residência do Pastor. À direita, no Centro - o Barracão dos Imigrantes, a casa de Hermann Blumenau,com 3 cumeeiras em direção aos fundos (A casa nem parecia tão pequena como se propagava os textos), ladeadas pelas casas de Hermann Wendeburg e Gärtner, Nova Escola Alemã e casa de Friedenreich. Na ala direita do  Stadplatz, atrás do Barracão dos Imigrantes, local onde seria construído o Hotel Schreep, casas de Meyer & Spierling e K. Julius Baumgarten - ainda sem as palmeiras. Ao fundo - Rio Itajaí Açu. Ao centro, foz do ribeirão Garcia no Itajaí. Ao fundo, à esquerda, local onde seria construída a Igreja Católica, à direita, Ponta Aguda e Morro do Aipim.

Boulevard Hermann Wendeburg - Palmenalle - Rua das Palmeiras. Primeira via estruturadora do Médio e Alto Vale do Itajaí com a presença das primeiras residências, Casas comerciais, Hotéis, Escola, Igreja, denominada Stadtplatz da Colônia Blumenau. Destaque - ao centro - Casa de negócios de Meyer & Spierling ao lado do sendo construído galpão dos imigrantes. A técnica construtiva adotada era o enxaimel.

Blumenau em 1905 Rua XV de Novembro, esquina com Rua Hermann Hering Senior, atual Rua Floriano Peixoto. Hotel Pauli à direita em estrutura enxaimel e Hotel Holetz ao fundo. À esquerda, Casa de Negócios de Gustav Ermlich , também com estrutura enxaimel. Será que esta casa ainda está na paisagem, só que rebocada?

Boulevard Hermannn Wendeburg - Palmealle - Rua das Palmeiras. Stadplatz de Blumenau.



Estação de Blumenau construída com técnica construtiva enxaimel, inundada. Enchente de 1911.

Personalidade publicadas na edição do livro histórico.
Pinheiro Machado, Gustav Richard, Peter Christian Feddersen e Louis Abry.



Christine Blumenau - uma das Filhas de Hermann Blumenau e de. Bertha Repsold deixou um  texto escrito a próprio punho, descrevendo a casa paterna (provisória). Deixou claro que a residência do fundador da cidade era provisória,  mesmo com o feitio de um vasto jardim, considerado por muitos de Jardim Botânico. A intenção do seu  pai era de construir uma nova e maior casa no terreno que possuia no Morro do Aipim - Terreno, no qual estava situado o antigo Restaurante Frohsinn.

Temos um impasse de informações. Será o filho ou a filha? Esta publicação é de 1950, livro do Centenário e a a informação "Bertha Louise e filho Pedro (1869-1917)" é do livro Colônia Blumenau no Sul do Brasil - 2019 sob a mesma fotografia. Já detectamos outros errinhos de informações nesta publicação, cujas fotografias estão lindíssimas. Deixamos para a pesquisa.

A propriedade Rural - Uma pequena fabriqueta de produtos alimentícios feitos a partir do excedente da produção da propriedade, do pomar, horta, roça e da criação. Belo esquemático.


A importância da Vida Social
Arte de Carl Bernhard Scheidemantel  - Litografia. Cartaz da programação da Sociedade dos Atiradores, 17 de maio de 1875. 

Blumenau em 1867 - Pioneiros da Colônia. Esq/dir: Gustav Spierling(comerciante, sócio de Meyer) – Karl Friedenreich (com um cachorro no colo) - Bernhard Knoblauch (Médico, de pé) - Karl Meyer (comerciante, sentado, copo na mão)- Hans Breithaupt - Pastor Oswald Hesse – Karl Wilhelm Friedenreich - Victor Gärtner (Cônsul, de pé) e Hermann Wendeburg.

Blumenau em 2 de dezembro de 1904 - Sociedade dos Atiradores. Stamtisch  na Sociedade dos Atiradores - atual Tabajara. Da esq/dir: Hermann Hering – Bruno Hering – Hermann Brandes – Wilhelm Scheeffer – Emil Odebrecht – Bernhard Scheidemantel – Friedrich Blohm – Paul Schwarzer – Carl Jürges – Gustav Arthur Koehler – Alwin Schrader – Richard Paul – Gustav Salinger. Franz Lungershausen (de pé).




Blumenau em 1915  - Grupo de Bolão Fidel Klub. De pé, à esquerda, Woldemar Odebrecht (sem chapéu), nono filho do casal Emil e Bertha Bichels Odebrecht.


Blumenau em 1900. Club Caça e Tiro Ribeirão Fidelis, fundado em 1894 e encerrado em 1968.



Victor Konder - ex presidente da Câmara Municipal de Blumenau, ex Secretário da Fazenda do Estado de Santa Catarina e ex Ministro de Estado dos Negócios de Viação e Obras Públicas do Brasil. Victor Konder tinha sua residencia no bairro, cujo acesso dava-se pelo beco Rabe, atual Rua Timbó. Foi aberta uma rua, próxima à sua residência - que nos primeiros tempos era uma chácara - no dia 8 de abril de 1939. Esta, recebeu o nome de  Rua Victor Konder. Família com influência política em Blumenau, Itajaí e no Rio de Janeiro. Foi responsável por trazer Breves Filho para Blumenau - relações de família.

Curt Victor Hering (1881 - 1945), filho do pioneiro Hermann Hering (nascido em 3 de fevereiro de 1835) que teve 9 filhos e Curt foi seu único filho que nasceu em Blumenau. Os demais filhos  nasceram na Alemanha e migraram para o Brasil em 3 de junho de 1980, junto com o tio Bruno Hering e a mãe Minna.  Curt Hering foi o 14º prefeito de Blumenau e governou a cidade entre 1923 e 1930. Foi na sua gestão que foi projetada, em 1927, a agência dos Correios e Telégrafos de Blumenau na Alameda, em uso para esta função até 1969. 

O verdadeiro nome - Peter Christian Feddersen  nasceu no dia 05 de outubro de 1857, na cidade de Tondern - Schleswig-Holstein - Atual Dinamarca. Na metade do Século XIX, esta região estava sob domínio dos alemães, que ainda não estava organizados como país - o que de fato somente ocorreu em 1871.Em sua terra natal, após sua formação, ele seguiu a atividade ligada ao comércio. Emigrou para a Colônia Blumenau, com 22 anos incompletos, no dia 22 de setembro de 1879. Chegou no Brasil com uma pequena fortuna em marcos. Segundo o relato do Professor Max Humpl (Página 168), adquiriu o lote colonial no Rio do Testo inferior do colono Harb (emigrado para a Colônia Blumenau, em ano de 1864). O restante de seu dinheiro confiou aos comerciantes locais,  Meyer e Sperling. Nessa época, os comerciantes faziam o papel de banco. Guardavam e também emprestavam dinheiro a quem necessitasse, cobrando juros e também devolviam o dinheiro guardado com acréscimo de juros (prática responsável pelo surgimento dos primeiros bancos no Estado de Estado de Santa Catarina). Esse ocorrido o fez decidir a mudar-se para Santos - São Paulo. Por que São Paulo?  Porque o tino comercial de Peter Christian Feddersen assinalava que São Paulo tinha o ambiente propício para desenvolver como comerciante, uma vez que o estado estava envolvido com inúmeras construções de ferrovias em direção ao interior do país. Link no final da postagem.

Verdadeiro nome - Paul Zimmermann.

O Juiz em Blumenau e fundador do Clube Náutico América em março de 1920. 

Chegou na Colônia Blumenau em 1876. Residia nos fundos da Igreja católica do Centro de Blumenau. Foi uma personagem ativa e que contribuiu muito para a comunidade da Colônia Blumenau. Além de contribuir com seu trabalho espiritual, envolveu-se com várias frentes de trabalho comunitário, desde pesquisas biológicas e palestras dentro do Kulturverei, até a fundação de uma escola alemã primária e posteriormente o curso secundário no mesmo espaço de ensino. Na escola alem das principais disciplinas, ministrava o ensino do latim, francês, inglês e alemão. Na formação de sua escola, também tinha o ensino de música e canto com aulas de violino e piano. Outros dois professores lhe auxiliava.Além da atividade de professor, visitou as inúmeras capelas da colônia e famílias residentes de pontos afastados do Stadtplatz da colônia. Em 8 de fevereiro de 1878, imbuídos de suas atribuições, o Bispo da Capital - Rio de Janeiro, Dom Pedro Maria de Lacerda assinou o documento canônico criando a freguesia de São Paulo Apóstolo de Blumenau e confirmando o Padre Jacobs como seu primeiro Vigário.O Padre José Maria Jacobs nasceu na cidade de Aachen - Renânia, na região da atual Alemanha, em 16 de maio de 1832. Seu pai foi Reinério José Jacobs. Foi irmão, igualmente de dois padres. A placa colocada na igreja - diz ter nascido em Düren. Questão que ficará aberto à pesquisa.Sua ordenação aconteceu em 31 de dezembro de 1854 - Coincidentemente, no mesmo ano que chegaram os primeiros católicos na Colônia Blumenau. Mais sobre - link no final da postagem.


Verdadeiro nome - Emil Odebrecht - engenheiro formado pela Universidade de Geifswald - Prússia - Do grupo que esteve em Blumenau na semana que passou - janeiro de 2022, e não fomos avisados para registrar para a História (Coisa comum um tempo atrás - não deve ser relevante) E o único fato lembrado, durante a vista da comissão de Geifswald (2022) foi o fato de que Fritz Müller havia estudado medicina na cidade  e que se negou terminar, em função de um tal juramento. Sendo que Odrebrecht se formou em Geifswald, e aqui no Brasil, abriu estradas no interior de Santa Catarina, com sua formação no ofício de agrimensor. Imigrou para o Vale do Itajaí em 1856, com 21 anos de idade. Participou e coordenou expedições de demarcação de terras, de levantamentos topográficos e da construção de estradas na região do Vale do Itajaí e desta ligando a outras regiões. Agora sabemos que Herr Odebrecht, era nativo de uma das cidades estados prussianas, que foram dominadas, culturalmente, pelos germânicos, que foram dominados pelos romanos. Vinte e cinco anos após a vinda de Herr Odebrecht para o Vale do Itajaí é que, de fato, aconteceria a unificação da Alemanha. Então, ele, Emil Odebrecht e seus compatriotas se diziam nativos prussianos. A cidade natal de Emil Odebrecht é  a cidade de Jacobshagen - cidade da Pomerânia - antigo Reino da Prússia - atualmente está localizada na Polônia. 



Gottlieb Reif  foi um pioneiro que chegou ao Brasil, ainda criança e foi muito importante para a construção dos primeiros elementos que compunham a infraestrutura regional entre a Serra, o Oeste, o Vale do Itajaí, e também no litoral do Estado de Santa Catarina. Não é devidamente reconhecido pelos seus feitos e foi humilhado no período anterior a 1° Guerra Mundial, no litoral catarinense. A partir disto, foi construir e levar infra estrutura, no final de sua vida, em regiões isoladas do estado de Santa Catarina, que ainda não possuíam infraestrutura. Fez muito e trabalhou incansavelmente sem ter o seu nome muito divulgado e reconhecido na História formal local, regional e estadual. Seu nome "Reif", traduzido para o português, significa "Maduro". Fez jus ao significado. Mais sobre - no link - final da postagem.


Otto Stutzer nasceu no mesmo Condado  (território que em 1871 seria a Alemanha)  que nasceu Hermann Blumenau - Condado Brunsvique ou Brauschweig (em alemão) - Reino de Westphalia. Eram conterrâneos e contemporâneos, com uma diferença de idade de 16 anos. A distância entre os povoados que cada um nasceu era de 68Km.  Otto Stutzer nasceu no povoado de Seesen e Hermann Blumenau no povoado de Hasselfelde - povoados do Condado Brunsvique ou Brauschweig (em alemão). O pai de Otto Stutzer era Pastor Luterano.Otto Stutzer nasceu no Condado Brunsvique ou Brauschweig (em alemão) no dia 3 de fevereiro de 1836, no povoado  de Seensen, entre as montanhas do Harz, O Ducado de Brunsvique ou Brauschweig, que é a pátria também de Hermann Blumenau - fundador da Colônia Blumenau. Mais sobre - link no final da postagem.

Seu verdadeiro nom era Maximilian Josef Deeke, A família de Maximilian Josef é natural da Alemanha Central. Deeke nasceu na Colônia  Blumenau, no ano de 1875, quando a colônia já existia há 15 anos. Fo i criado e formado pelo Engenheiro Arquiteto - Heinrich Krohberger, seu tio, irmão de sua mãe: Christiane Johanna (Kristl) Krohberger - bisavó do Niels Deeke. Seu pai foi Friedrich Deeke, e seus pais se casaram em 1860. O jovem José Deeke aprendeu o ofício de agrimensor com o tio Engenheiro Krohberger (que tinha viajado com seus pais, ainda não casados, da Alemanha para o Brasil) - medição de terras dos lotes coloniais, no interior da Colônia. Em São Paulo, completou seus estudos com formação em cartografia, engenharia e matemática. Trabalhou como agrimensor independente, no interior da província de Santa Catarina - em Curitibanos e Campos Novos, a partir da Capital - Nossa Senhora do Desterro - atual Florianópolis. Com 29 anos, viajou para a Europa -1904. Neste mesmo ano  foi nomeado Engenheiro Chefe da Colonizadora Hanseática e com 34 anos foi nomeado Diretor, não somente desta colônia, mas de núcleos coloniais do Grupo Hammonia pertencente ao atual município de Joinville, que são: Hansa Humbold (Atual Corupá) e Itapocu e outro núcleo de São Bento do Sul. Mais sobre, link no final da postagem.



Nome correto: Carl Friedrich Ferdinand Georg August Deeke.

Nome correto: Heinrich Krohnerger. Tio de José Deeke

Nome correto: Friedrich Wilhelm Busch, foi um dos nomes da economia e da política de  Blumenau, que nasceu em São José (Santo Amaro da Imperatriz) em 29 de dezembro de 1865. Por sua vez, era filho de Wilhelm Busch,  comerciante e carpinteiro em Nossa Senhora do Desterro. Seus pais tinham comércio na Rua do do Livramento (centro do  Desterro), ocupando-se deste ponto Emilie Busch, vendendo roupas - Príncipe, esquina com a Rua feitas, calçados, máquinas de costura, fumos, etc. Seu pai, Wilhelm, fazia comércio de importação e exportação na Rua Altino Correa (atual Conselheiro Mafra). Friedrich Wilhelm, o filho, aos 13 anos foi um dos alunos premiados na aula de Desenho ministrada por Manoel Francisco das Oliveiras, no Desterro. Aos 24 anos, seu nome aparece entre outros (Virgílio Varzea, Lydio Barbosa, vários Freyesleben, Goeldner, Moellmann, etc) admiradores que subscreviam um elogio à célebre atriz Apollonia Pinto, pelo seu papel em “A Mulher Diabo”, no Teatro Santa Izabel (Desterro, 1889). Consta ter vindo para Blumenau em 1890, quando casou em 3.10.1890 com Marie Clara Probst, filha de Heinrich Probst e Caroline Köehler Probst. Em 28 de março de 1900, ela viria a falecer ao abortar uma criança. Busch se casou com sua cunhada, Ottilie Johanna Dorothea, em 14 de junho de 1900. Com Marie Clara - a 1° esposa, teve 4 filhos: Cecilia, Gustavo, Frederico Jr. e Martha Juliane (falecida em 1897, com 6 anos e meio de idade). Da 2° esposa Otillie, teve 3 filhos, onde 2 faleceram cedo: Harry Carl (com 8 dias de vida) e Edith Agnes Auguste (com 2 anos de vida); Gerda casou-se em 28 de outubro de 1928 com Adolph Friedrich. Busch Senior, como era conhecido, trabalhou em várias frentes: alfaiate, exportação de lacticínios e agente empresarial, trazendo para Blumenau a 1ª Companhia Lírica, em 1900. Em setembro de 1903, importou o 1º automóvel. Nestes primeiros anos do século XX, Busch continuou com múltiplas atividades: instalou uma pequena hidroelétrica no Gaspar Alto, proporcionando aos habitantes e indústrias o conforto da iluminação pública (antes de Florianópolis); abriu uma Fábrica de Fósforos e iniciou-se na área do Cinematógrapho, como exibidor ambulante e fixo, importando um projetor da firma Wesphalen & Cia (Hamburg) e filmes da Pathé Frères (Paris). Em 1908, a Imprensa dava notícia de suas atividades como exibidor ambulante no Club Guarany, em Itajaí, tendo como concorrente Júlio Moura, de Florianópolis, levando Busch vantagem por fazer suas exibições gratuitamente. Em 1910, fazia parte da comitiva que recepcionou em Blumenau a Companhia Teatral Alemã Blum & Lessing. Em 30 de abril de 1913 lançou no Rio Itajaí Açu, o 1º barco a motor – o Gustavo, com capacidade para 60 passageiros, fazendo o percurso Blumenau-Itajaí em 8 horas. Com seu sogro, Heinrich Probst, fundou a Empresa Industrial Garcia. Em maio de 1914, introduziu o 1º ônibus motorizado, com capacidade para 12 passageiros sentados e 2 em pé, fazendo o percurso Centro-Itoupava Seca (um auto-bonde da Ford). Após mais de 30 anos na atividade de exibidor cinematográfico, em 1940, três anos antes de falecer, realizou-se à inauguração do novo Cine Busch, na Alameda Rio Branco, portentosa obra com capacidade para 1.323 espectadores, em atividade até 1993 (onde por 40 anos Herbert Holetz trabalhou, de lanterninha à gerente). Busch Jr. (1899-1971), foi Prefeito de Blumenau por duas vezes entre 1947/51 e 1956/61.Link com  mais detalhes, no final da postagem.

Hermann Weege foi o único filho dos 15 filhos do casal pioneiro Karl Weege  e Caroline Auguste Sophie Grützmacher  que teve  a chance de estudar e sair da colônia para aprender um ofício, além de cultivar a terra e trabalhar com a criação de animais - quase uma necessidade de todos os pioneiros que fundavam as cidades da região, mesmo munido de outras profissões. Hermann nasceu no Rio do Testo em 28 de maio de 1877. Frequentou o colégio católico do Stadtplatz da Colônia Blumenau fundado pelo Padre José Maria Jacobs - na época era o Colégio São Paulo, que ficou conhecido como Colégio  Santo Antônio e atualmente, é o Colégio Bom Jesus Santo Antônio.Legado Weege - no link listado no final da postagem.

Louis Altenburg.


Leituras que completarão as informações sobre as paisagens e personagens publicados neste histórico livro Centenário de Blumenau  (1850-2 de setembro de 1950). Nos surpreendeu muito, a presença de Gottlieb Reif, uma vez que era pouco citado na história formal. Sentimos a ausência de Leopold Hoeschl e do Professor Paul August Rudolf Damm, entre outros. 
Quem possuir este livro histórico e este não está sendo utilizado, poderá doá-lo a esta pesquisadora, o mesmo será de grande utilidade e seu nome, por certo, estará na História. 

Para ler, basta clicar sobre o título escolhido.
  1. Aniversariante - Imperador do Brasil D. Pedro II - e a Colônia Blumenau
  2. Urbanismo - Revitalização Rua Curt Hering - Blumenau SC
  3. Blumenau - Frederico Guilherme Busch.
  4. Hermann Bruno Otto Blumenau - Primeiro Negociante de Terras no Vale do Itajaí
  5. Heinrich Albert Friedrich Gustav Stutzer - Rápida passagem na Colônia Blumenau - Trabalho Social na AlemanhaFritz e Hermann - Dois Personagens da História de Santa Catarina
  6. Hotel Schreep no Stadtplatz - de Johann Schreep - Do Século XIX até os dias atuais
  7. Carl Franz Albert Hoepcke - Uma personalidade da História Catarinense
  8. Colono no espaço da Colônia Blumenau.
  9. Centro histórico de Blumenau - Stadtplatz
  10. Nome dos moradores da Colônia Blumenau - Ano 1857
  11. August Müller e seu Diário - Colônia Blumenau e a enchente de 1880
  12. Centro histórico de Blumenau - Stadtplatz - Ontem e Hoje
  13. Nacionalismo no Vale do Itajaí
  14. Como pingos Fazer surgimento do Estado Alemão - Século XIX
  15. História ... Parte I - Dos Germanos AO surgimento: "Deutschland"
  16. Sequência Parte I - Livro Germânia - Tácito
  17. História - Prússia e Alemanha
  18. Historia ... Primeiros Imperadores Germânicos
  19. Império Alemão
  20. Residência da Família Blumenau - Texto da Filha do Sr. Hermann Blumenau
  21. Hermann Bruno Otto Blumenau - De 1819 até 1846
  22. Blumenau - do Stadtplatz ao Enxaimel
  23. Rua das Palmeiras e o Museu da Família Colonial
  24. Por que o dia 25 de Julho é uma data importante
  25. Blumenau - Século XIX até a construção da Ferrovia
  26. Fundação de Blumenau e sua formação a partir
  27. Frohsinn - Passo à Passo - Blumenau
  28. Hotel Schreep no Stadtplatz - de Johann Schreep - Do Século XIX até os dias atuais
  29. Residência da Família Blumenau - Texto da Filha de Hermann Blumenau - Descrevendo a Casa Paterna
  30. Peter Christian Feddersen - Revisado em 2017
  31. Carl Bernhard Scheidemantel - Photografhischen - Austalt in Kolonien Blumenau
  32. Um passeio pelo Bairro Victor Konder - no Espaço e na História - Blumenau
  33. Peter Christian Feddersen - Revisado em 2017
  34. Padre José Maria Jacobs - Primeiro Pároco de Blumenau
  35. Emil Odebrecht e os Caminhos ligando Blumenau ao litoral e a Serra Catarinense
  36. Gottlieb Reif - Momentos importantes da História de Santa Catarina.
  37. Imigrante Otto Stutzer do Condado de Brauschweig - De agricultor à prefeito de Blumenau em 1895
  38. José Deeke - Uma personalidade
  39. Paul August Rudolf Damm - Rudolf Damm - Jornalista, poeta, compositor, cantor e tradutor - Professor da Neu Schule
  40. Leopold Franz Hoeschl - 1° Cônsul Honorário do Império Austro-Húngaro na Colônia Blumenau - 1° Parte
  41. Imigrantes alemães nas Fazendas de Café do Rio de Janeiro - São Paulo e depois - Santa Catarina - Século XIX - Kaffeepfklücker





















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