A Fortaleza de Hohensalzburg vista a partir do cemitério de São Pedro.
Localização do Petersfriedhof e da Fortaleza Hohensalzburg.
O Petersfriedhof é provavelmente tão antigo quanto o Mosteiro de São Pedro, localizado ao lado do cemitério histórico e responsável por sua existência na atualidade. A origem do cemitério histórico remonta ao ano 696 e é, juntamente com o cemitério do Mosteiro de Nonnberg, um dos mais antigos locais de sepultamento cristão de Salzburgo. O cristianismo chegou à região junto com os romanos. Desde os primeiros dias, quando já pertencia ao Mosteiro de São Pedro, somente membros do mosteiro tinham permissão para serem sepultados no local.
Vista da Fortaleza de Hohensalzburg.
A primeira evidência documental da existência do cemitério histórico é confirmada na existência do documento de concessão de direitos de sepultamento pelo Arcebispo Konrad I de Abensberg, em 22 de março de 1139. A lápide mais antiga preservada no Petersfriedhof é a do Abade Dietmar († 1288). O cemitério foi fechado para receber novos enterros, em 9 de dezembro de 1878, uma vez que o cemitério municipal de Salzburgo era considerado o único cemitério da cidade. Em 1900, foram destacados os sinais de decadência na paisagem da cidade neste local, uma vez que ficava no caminho para o acesso da Fortaleza Hohensalzburg. Houveram debates sobre o desmantelamento parcial do cemitério e o uso do terreno para Festungsbahn, que promovia o acesso das pessoas à montanha da fortaleza. A ideia não vingou devido à resistência do mosteiro, que era proprietário das terras. Até 1930, o mosteiro, juntamente com alguns proprietários de criptas, garantiram a manutenção do cemitério às suas próprias custas. Com isso, em 24 de março de 1930, a prefeitura reconheceu os esforços e permitiu novos enterros no Petersfriedhof. A arte cemiterial deveria seguir a tendência do histórico cemitério. No Petersfriedhofestão sepultadas algumas das mais ilustres personalidades da Áustria ou que, se não forem austríacos, contribuíram para o desenvolvimento do país. Ali estão sepultados arquitetos, compositores, prefeitos, atores, cantores, pintores, políticos e historiadores. Maria Anna Mozart, irmã mais velha de Mozart que faleceu em 1829 está sepultada nesse cemitério. Em 1769 Mozart, com apenas 13 anos, compôs uma missa para o abade do mosteiro. Atualmente ainda acontecem concertos, onde se ouvem as obras do compositor. O local ficou conhecido no mundo, porque foi cenário do filme “Música no Coração” e também foi o local que se esconderam os membros da família Von Trapp quando estavam sendo perseguidos e antes de conseguirem fugir para a Suíça. Cenas do filme "Noviça Rebelde" também foram feitas no local.
Locais do filme "Noviça Rebelde"
Estão sepultados nas arcadas da cripta:
Gregor Baldi (1814–1878, Cripta nº 34)
Maria Anna von Berchtold zu Sonnenburg (1751–1829, Cripta No. 54), irmã de Mozart
Mathias Gschnitzer (1808–1884, Cripta nº 28), Prefeito da Cidade de Salzburgo
Johann Georg Hagenauer (1748–1835, Cripta No. 52)
Johann Lorenz Hagenauer (Cripta nº 16)
Wolfgang Hagenauer (1726–1801, Cripta No. 52)
Sigmund Haffner d. UM. , (1699–1772, Cripta nº 39), Prefeito da Cidade de Salzburgo
Sigmund Haffner d. J. (1756–1787, Cripta nº 39)
Michael Haydn (1737–1806, Cripta nº 54)
Ferdinand Holböck (1913–2002, Cripta nº 31)
Gustav Kapsreiter (1893–1971, Cripta nº 33)
Robert Keldorfer (1901–1980, Cripta nº 32)
Herbert Klein (1900–1972, Cripta nº 51)
Andreas Laun (1942–2024, Cripta nº 31), Bispo Auxiliar em Salzburgo
Carl Mayr (1875–1942, Cripta nº 33)
Richard Mayr (1877–1935, Cripta nº 33)
Heinrich Ritter von Mertens (1811–1872, Cripta nº 19), Prefeito da Cidade de Salzburgo
Franz Heinrich von Naumann (1749–1795, Cripta No. 32)
Johann Christian Paurnfeind (1687–1768, Cripta nº 50), Prefeito da Cidade de Salzburgo
Otto Pflanzl (1865–1943, Cripta nº 41), poeta local
Santino Solari (1576–1646, Cripta nº 31), arquiteto da Catedral de Salzburgo
Josef Thorak (1889–1952, Cripta nº 25), escultor
Franz Wasner (1905–1992, Cripta nº 51)
Ignatz Anton von Weiser (1701–1785, Gruft No. 22), prefeito da cidade de Salzburgo, escreveu o libreto para “ O Dever do Primeiro
Este patrimônio austríaco comprova aquilo que mencionamos sobre a importância destes locais para as sociedades a partir de informações da genealogia e da história, bem como, da arte cemiterial.
Repetimos, há muita vida pulsando nos cemitérios. Os visitantes identificam nos seus ambientes, elementos que ilustram a história social e artística da região no qual o mesmo está instalado, através de sua estatuária, obras arquitetônicas, epitáfios, símbolos variados.
Há registros de fotografias, datas de nascimento e de partida - Verdadeiros museus a céu aberto.
A capela de Santa Margarida, construída em 1491, no centro do Petersfriedhof.
Arcadas onde estão túmulos e jazigos de família de figuras ilustres.
Túmulo de um arquiteto italiano, cujas principais obras estão na Áustria.
Fundos da capela de Santa Margarida, construída em 1491.
A fortaleza de Hohensalzburg vista a partir do cemitério de São Pedro.
A capela de Santa Margarida, construída em 1491. Aos fundos, a Catedral de Salzburg.
A capela de Santa Margarida, construída em 1491.
Arcadas onde estão túmulos e jazigos de família de figuras ilustres.
As torres do mosteiro de São Pedro.
Nas catacumbas do cemitério foram esculpidas duas capelas, consagradas em 1178 pelo arcebispo de Salzburgo e dedicadas ao arcebispo Thomas Becket que lutou pelos direitos e privilégios da Igreja e por isso foi perseguido e assassinado em 1170. Hoje em dia é venerado como santo e mártir pela Igreja Católica e Anglicana. Em 1491 foi construída a capela de Santa Margarida no centro do cemitério.
A capela de Santa Margarida, construída em 1491.
Caminho na lateral e nos fundos da capela de Santa Margarida.
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