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Missa de Páscoa oficiada pelo padre Apfelbeck n St. Georg. |
Nesta turnê 2025 na Alemanha, estávamos no dia 20 de abril, a data da páscoa em 2025, no Sul da Alemanha na companhia dos amigos padre Josef Apfelbeck e a família Mirwald (em Hengersberg), e participamos, realmente, das tradições que envolve este evento naquela região, que ocupou mais de um dia de nossa estada.
No dia 20 de janeiro, Domingo de Páscoa, assistimos a missa de páscoa oficiada pelo padre Apfelbeck na igreja de St. Georg de Hals, que é um bairro de da cidade de Passau. Depois fomos almoçar na residência dos Milwald, almoço da gastronomia da região bávara e para preparado pela Frau Mirwald. Ela, além de fazer o almoço com muito capricho e zelo, seguiu a tradição também usando o traje da região, o Dirdl, feito por ela mesmo.
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Bairro de Passau onde estava a igreja, na qual o padre Apfelbeck oficiou a missa de páscoa. |
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O pescoço formado pelo rio Ilz, onde está a igreja St. Georg, onde assistimos a missa de páscoa oficiada pelo padre Josef Apfelbeck. |
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Entorno da igreja St. Georg. |
Vamos compartilhar estes momentos, a título de entendimento, que muito além do comércio que inspira esta data, em torno do mundo, há a tradição respeitada e praticada dentro das famílias, ainda.
Antes, vamos relembrar um pouco sobre a Origem da Páscoa.
A Páscoa na Alemanha se chama Ostern e tem relação com uma deusa da mitologia germânica, a origem.
A Páscoa na Alemanha se chama Ostern e tem relação com uma deusa da mitologia germânica, a origem.
A religião e a vida das primeiras vilas no território da Alemanha, cuja origem são do Alto Neolítico, período no qual surgiu o embrião da casa enxaimel, giravam em torno das estações do ano e dos ciclos naturais.
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Deusa da Primavera - Ostara e os coelhos. |
As antigas festividades, geralmente aconteciam durante o equinócio de primavera - no hemisfério norte. As festividades à deusa Ostara, aconteciam no primeiro dia da primavera. Para este povo, o equinócio da primavera tem muita importância, porque marca o retorno do sol – energia máxima da vida e com ligação direta a manutenção da vida, através da colheita do alimento. Até os dias atuais, as pessoas que residem nesta região apreciam e orientam suas atividades de lazer observando esta época do ano. muitos colocam suas mesas de refeição diretamente sob o sol e apreciam muito isso, também origem dos Stammtisch, quando uma mesa se junta a outra, dos vizinhos por exemplo. Acreditavam ser o período do despertar da Terra, com sentimentos de equilíbrio e renovação.
Na região, naturalmente, coelhos e lebres se multiplicavam e se multiplicam na primavera – início da estação, na qual surgiram as festividades da Páscoa ou à deusa Ostara, no Hemisfério Norte. Conta-se, através de relatos, que os padrinhos das crianças teriam inventado uma caçada ao coelho, na qual as crianças encontravam os ovos coloridos escondidos nos parques e jardins.
O pesquisador de Bonn - Alois Döring diz que um dos símbolos mais conhecidos desta época do ano - o coelho dos ovos - foi uma invenção protestante. De acordo com o pesquisador, tem a ver com as diferenças entre católicos e protestantes, no período.
"Crianças católicas sabiam que na Páscoa poderiam voltar a comer ovos, que durante a Quaresma eram proibidos. Mas como explicar às crianças protestantes (luteranos) por que, de repente, havia tantos ovos na Páscoa?", explica Herr Döring. Ele diz ainda, que foi por isso que os protestantes
Antes mesmo de existir os ovos de chocolate enrolados em papel colorido, existia a tradição de colorir ovos de galinha cozidos, que na Alemanha, ainda existe atualmente e também não é coisa do passado e antepassados, como muitos "vendem" no Brasil. Em muitas regiões da Alemanha, não se pode faltar ovos coloridos no café da manhã do sábado ou no domingo de Páscoa, muito bem decorada e degustado em um café da manhã formal, com presença de toda a família - o Ostern Frühstückstisch.
Em Blumenau e região (Antiga Colônia Blumenau), fundada e destino de muitos imigrantes daquele país, em tempo que ainda nem existia, quando perguntamos, aos mais antigos, sobre ovos de páscoa cozidos coloridos, confirmam a sua presença em suas páscoas de infância. Presenteavam se entre si, com ovos de galinha cozidos coloridos e decorados. Interessante, que alguns somente lembram, mas não conhecem a origem da tradição e erroneamente contam que sua família eram“pobres" e não tinham dinheiro para comprar ovos de chocolate. Errado! Na Alemanha atual há industrias para vender ovos cozidos coloridos para o café da manhã de páscoa, das famílias.
Na região, naturalmente, coelhos e lebres se multiplicavam e se multiplicam na primavera – início da estação, na qual surgiram as festividades da Páscoa ou à deusa Ostara, no Hemisfério Norte. Conta-se, através de relatos, que os padrinhos das crianças teriam inventado uma caçada ao coelho, na qual as crianças encontravam os ovos coloridos escondidos nos parques e jardins.
O pesquisador de Bonn - Alois Döring diz que um dos símbolos mais conhecidos desta época do ano - o coelho dos ovos - foi uma invenção protestante. De acordo com o pesquisador, tem a ver com as diferenças entre católicos e protestantes, no período.
"Crianças católicas sabiam que na Páscoa poderiam voltar a comer ovos, que durante a Quaresma eram proibidos. Mas como explicar às crianças protestantes (luteranos) por que, de repente, havia tantos ovos na Páscoa?", explica Herr Döring. Ele diz ainda, que foi por isso que os protestantes
criaram as histórias do coelho que distribuía, de casa em casa, os ovos acumulados durante o período.O pesquisador, prossegue dizendo que contra os ovos em si, os protestantes não tinham nada. Os ovos para todos, sempre foram tidos como símbolo de vida nova e, assim sendo, da ressurreição de Jesus Cristo. Ele afirma que a tradição de pintar, decorar e presentear os ovos já existia há muito tempo, como já constatamos anteriormente.
“... o coelho era um símbolo da fertilidade – o que, aliás, não explicava como o animal, na condição de mamífero, tinha tantos ovos.”
Antes mesmo de existir os ovos de chocolate enrolados em papel colorido, existia a tradição de colorir ovos de galinha cozidos, que na Alemanha, ainda existe atualmente e também não é coisa do passado e antepassados, como muitos "vendem" no Brasil. Em muitas regiões da Alemanha, não se pode faltar ovos coloridos no café da manhã do sábado ou no domingo de Páscoa, muito bem decorada e degustado em um café da manhã formal, com presença de toda a família - o Ostern Frühstückstisch.
Em Blumenau e região (Antiga Colônia Blumenau), fundada e destino de muitos imigrantes daquele país, em tempo que ainda nem existia, quando perguntamos, aos mais antigos, sobre ovos de páscoa cozidos coloridos, confirmam a sua presença em suas páscoas de infância. Presenteavam se entre si, com ovos de galinha cozidos coloridos e decorados. Interessante, que alguns somente lembram, mas não conhecem a origem da tradição e erroneamente contam que sua família eram“pobres" e não tinham dinheiro para comprar ovos de chocolate. Errado! Na Alemanha atual há industrias para vender ovos cozidos coloridos para o café da manhã de páscoa, das famílias.
A região, onde há mais tempo, ocorre a prática da tradição da lenda dos ovos trazidos pelo coelho da Páscoa é, aquela que abrange, atualmente, o sul da Alemanha, e recebemos o nosso ovo cozido e colorido para tomar café da manhã no término da missa de Hals.
Segundo pesquisadores, os registros mais antigos sobre o fato, são do ano de 1678. O pesquisador Heidelberg G. F. Von Franckenau, afirma que a ideia do coelho que trás ovos de páscoa tenha surgido há mais de 300 anos, na Alsácia (França), no Palatinado e no Alto Reno (Alemanha).
Na mitologia grega, o coelho representava a fertilidade.
Ficou conhecido como "Coelho da Páscoa" no norte da Alemanha, somente, há cerca de cem anos. Mitologicamente, o coelho é o animal sagrado atribuído tanto à Afrodite, a deusa do Amor - na mitologia romana, como também, é a deusa Ostara - na mitologia germânica.
Vivenciamos isto tudo nos dias 20 e 21 de abril. Aqui neste espaço, compartilhamos as atividades do dia 20, que terminou em Munique, capital da Baviera e que será apresentado contato nos próximos 3 artigos.
Em 20 de abril acordamos cedo para ir, na companhia do padre Josef Apfelbeck, para Hals, mais especificamente para a igreja St. Georg, onde ele oficiaria a Missa de Páscoa da comunidade. Ele preparou uma cesta onde continha o seu Osterlamm - um bolo, tipo pão doce, na forma de cordeiro de páscoa, que se juntaria a outros de famílias da comunidade e que foram abençoados durante a missa.
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Cesta do Osterlamm do padre Apfelbeck. |
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Cesta de uma família da comunidade sendo levada para o local onde seria abençoada. Quase sempre, as pessoas confeccionam seu Osterlamm. |
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A benção dos Osterlamm, durante a missa de domingo de páscoa. |
No final da missa, após a entrega de ovos cozindos coloridos pelas crianças, encontramos um conterrâneo do local que estava na companhia de uma jornalista correspondente mexicana que falavam português e espanhol, muito simpáticos.
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Gemischter Salat - entrada. |
Depois de muita conversar e boas companhia e comida, seguimos para Munique, onde encontramos os Beinhofer na Hofbräuhaus, depois de efetuar alguns registros importantes da capital da Baviera.
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Kassler im Blätterteig (Osterbraten), assado em massa folhada, com Sauerkraut, chucrute Kartoffelgratin (batatas gratinadas) e Kartoffelbrei, purê de bastadas. |
As imagens comunicam...
Vídeo
Fotografias

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Indo para o bairro de Passau, Hals, onde está a igreja de St. Georg. |
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Padre Josef Apfelbeck oficiou a missa de Páscoa. |
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Igreja St. Georg. |
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Das famílias, para receber a benção do padre Josef. |
Nesse momento o padre Josef Apfelbeck partiu um Osterlamm e dividiu com a comunidade.

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A menininha nos dois ovos coloridos. |
Residência dos Mirwald
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Arranjo de páscoa. |
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Fotografia do padre Josef Apfelbeck, com os Mirwald. Georg Mirwald nos acompanhou até Munique. |
Rumo a Munique...
Eu sou Angelina Wittmann, Arquiteta e Mestre em Urbanismo, História e Arquitetura da Cidade.
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