quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Europa – Segunda Metade do século XIXDurante a segunda metade do século XIX, a revolução industrial se difundiu pela Europa, principalmente ao noroeste do continente. Alguns autores, afirmam que a partir da segunda metade do século XIX, ocorreu a segunda revolução industrial em função do surgimento e adoção de novas energias: o vapor e a eletricidade, motores de propulsão; adoção de sistemas ferroviários permanentes para transportes de pessoas e carga e novos sistemas de transportes: automóveis e aviões.
As ferrovias na Inglaterra a partir da invenção da máquina à vapor |
Houve um aumento considerável da população européia, na virada para o século XIX. No final do século XVIII, a população da Europa girava em torno de 187 milhões. Este número, mais do que dobrou, na virada do século XIX para o século XX. Mesmo com a grande carga horária do trabalhador nas fábricas e a insalubridade das cidades industriais no período, a ciência e a nova tecnologia foram as grandes responsáveis pelo aumento populacional.
A situação da Alemanha refletia a instabilidade de pós-guerra, com uma situação política instável. Vários fatores negativos, como: baixos salários, preços de produtos em alta, quebra da safra da batata e um surto de tifo, fizeram com que a população se revoltasse, na Alemanha. Em 1848 eclodiu a revolta democrata. A chegada da revolução industrial, 40 anos após a invenção da máquina a vapor, na Inglaterra, provocou grandes transformações nos aspectos sócio políticos e econômicos vigentes, até meados do século XIX.
Berlim - Século XIX |
Na segunda metade do século XIX, a Alemanha era formada por diferentes reinos, ducados e até mesmo cidades livres. Toda a região sofria influencia cultural das duas principais potências da língua alemã: Prússia e Áustria. Predominava a estrutura feudal em plena idade contemporânea, onde já aconteciam as grandes transformações sociais, econômicas, políticas e tecnológicas na Inglaterra e na França a mais de meio século. Havia uma vontade comum de todos pela unificação, por dois principais motivos: falavam a mesma língua e tinham a mesma origem e formação cultural.
Este desejo de unidade nacional era percebido logo no inicio do século XIX, principalmente no meio intelectual. Diversos Estados alemães, em 1748, se uniram e induziram as manifestações populares, a reivindicarem um parlamento nacional eleito pelo povo, que elaborasse uma nova constituição para a Alemanha unificada. Estas movimentações resultaram em um grande impasse, que terminou com a Alemanha governada pelos Hohenzollern (Lembram-se...era a dinastia que governou o território da Prússia até o fim da Primeira Guerra Mundial). A coroa foi oferecida ao rei prussiano,Frederico Guilherme IV, que também não aceitou a Constituição de Frankfurt, seguido pelo governo da Áustria e dos outros Estados alemães. O povo não aceitou a aprovação da nova constituição, pois o poder permaneceria na mão dos antigos líderes. A nova estrutura governamental e a unificação alemã não se concretizaram, mas deixou um caminho aberto a futuras tentativas, através da liderança da Prússia, pelas mãos dos Hohenzollern, e não por meios revolucionários, como na tentativa anterior.
Karl Anton Hohenzollern - 1811 - 1885 Esposa : Josephine – Princesa de Baden - 1813-1900 |
Frederico Guilherme IV |
Os principais territórios de língua alemã, durante o Congresso de Viena, em 1815, criaram uma associação política que abrangia a maior parte da Áustria e da Prússia e outros territórios alemães menores: conhecida Confederação Germânica. A Confederação tinha como objetivo, manter unida da Europa central e neutralizar qualquer iniciativa revolucionária dentro dos estados membros, bem como abafar
movimentos nacionalistas. As líderes da Confederação percebiam nestas ações de massas, uma ameaça à ordem estabelecida.
A Prússia era, neste período, uma sociedade agrícola, onde menos de um quarto de população vivia em cidades com mais de dois mil habitantes. A autoridade real era transmitida para todo o país pela nobreza hereditária, conhecida por Junkers. Nas primeiras décadas do século XIX, existia entre os Junkers e o campesinato, uma pequena classe média instruída, mas afastada, pelas lideranças, de qualquer iniciativa próxima a algum tipo de reforma política.
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Em 1848, a Europa foi assolada por uma onda de revoluções. Em Paris, o rei Luiz Filipe fugiu para a Inglaterra, disfarçado, para onde também foi o príncipe austríaco Metternich. O Imperador Ferdinando da Áustria, temendo a ocupação do palácio real por estudantes, fugiu de Viena. O rei Frederico Guilherme IV da Prússia permitiu que Berlim fosse ocupada por reformistas liberais.
Em função dos novos acontecimentos, a Confederação Germânica tomou novas providências e estabeleceu novas ações: No Parlamento de Frankfurt, os membros da Confederação começaram a preparar a constituição de uma Alemanha unificada, mas este Parlamento, por vários fatores, durou somente, um pouco mais de um ano.
Em 1861, Guilherme se torna o rei da Prússia e em 1862, Bismarck é nomeado seu primeiro-ministro. A Prússia e a Áustria vencem a guerra contra Dinamarca, em 1864, obtendo, assim, o controle do conjunto das províncias de Schlewig e Holstein.
Em 1866, Prússia vence a Áustria na batalha de Sodowa, com isto em 1867, Bismarck forma Confederação Alemã do Norte (Deutscher Bund), A confederação incluía todos os estados germânicos acima do rio Main, ou seja, participaram 22 estados. A Confederação durou até a fundação do Império alemão, em 1871.
O império alemão surgiu 21 anos após a fundação de Blumenau.
O império alemão surgiu 21 anos após a fundação de Blumenau.
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