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Blumenau em Cadernos - TOMO XXI N.3 Março de 1980
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"Se mais nenhuma obra tivesse realizado, durante 3 anos de nossa administração, esta seria sem dúvida suficiente para justificar a nossa trajetória pelo Executivo.Não pelo seu custo ou pela sua resistência, mas elo sua repercussão no sistema viário, no campo dos transportes, definindo uma obra sonhada por tantos outros administradores que nos antecederam.Mais ainda por que é uma obra realizada para o povo. Destinadas a todos as camadas sociais, mas principalmente àqueles que não dispondo de condução ou recursos suficiente para adquirir um veículo, se sentem na contingência de fazer na Estação rodoviária um lugar freqüente de embarque, intermediário entre o seu lar e o trabalho ou necessário nos passeios.Localizada na orla do Anel Viário Norte, numa área aproximada de 800.000m2, expropriada de cerca de 22 proprietários, ela se constitui hoje no maior Terminal urbano de passageiros do Estado de Santa Catarina, contendo 6.891m2, e dispondo de excelente vão livre para maior movimentação de seus usuários.O projeto elaborado por arquitetos da nossa Assessoria de planejamento, Drs. Sergio Montovani e Sônia Fumagalli, procurou, cumprindo as exigências do órgão competente do D.N.E.R., expressar nas linhas do concreto aparente a funcionalidade das construções modernas.Prestando observância à topografia, sistema viário, fluxo de veículos, volume de passageiros, desenvolvimento urbano, segurança e rapidez de movimentos, o Terminal de passageiros Hercílio Deeke, foi deslocada do miolo urbano da malha viária central, para a periferia da cidade, possibilitando fácil acesso com as BRs ou Rodovias Federais, principalmente os ônibus intermunicipais e interestaduais que se vêem obrigados a médio ou longo percurso.Convém, todavia, assinalar que a obra não se acha completa, no seu projeto global. Tanto que os acessos são provisórios e somente com a construção da ponte sobre o rio Itajaí-Açu ligando o terminal à rua Xantina e rua São Paulo é que se completará. Mas acreditamos que o povo blumenauense, que não nos tem faltado com seu apoio, saberá relevar e suportar as primeiras dificuldades e por que não dizer os pequenos desacertos desta fase inicial.A execução do projeto custou até agora Cr$ 62.000.000,00, sendo Cr$ 5.000.000,00 já obtidos através de convênio de colaboração para a construção do prédio do D.N.E.R e os restantes Cr$ 57.000.000,00 destinados ao pagamento do prédio, das desapropriações, da canalização, estaqueamento e acessos, com recursos próprios do Município, através de impostos, portanto com dinheiro do próprio povo.A obra foi construída pelo Município, através da companhia de Urbanização de Blumenau, empresa de economia mista, constituída de capital majoritário da prefeitura (99%).Decorrido 100 anos da nossa emancipação política, nada mais justo do que presentear a todos os blumenauenses com uma obra digna do alto significado histórico do evento hoje comemorando. Pg 71"Por Renato de Melo Vianna-------------------------------------------------Atualmente, a Rodoviária de Blumenau apresenta um edifício com uso descaracterizado do projeto original proposto, com aparente ausência de manutenção e deficiência de serviços. Muito de suas áreas estão destinadas às atividades burocráticas da própria administração pública. Na época, que foi inaugurada, a rodoviária foi locada distante da área central da cidade, onde até então funcionava, para atender somente às pessoas menos favorecidas, que dependiam de transporte público e não chegariam ou passariam na área central da cidade. Os usuários da nova rodoviária tinham a disposição um transporte público com poucos horários. Quem podia, chegava na rodoviária com automóvel particular, táxi, ou mesmo, viajava de carro e não mais de ônibus.O novo edifício foi construído em áreas alagáveis. Já foi cogitado, sobre a possibilidade de, mais esta propriedade da administração publica, ser terceirizada ou privatizada. Ideia defendida e e justificada ser vantagem de grande vantagem aos cofres públicos , diante dos inúmeros problemas "existentes".
Antiga rodoviária - área central de Blumenau A falta da inoperância pública, atualmente, justifica qualquer "passar adiante" contrariando o sentido de existir uma administração pública na cidade - para administrar e efetuar manutenção das propriedades públicas.Os Mobiliários são os mesmos desde 1980. Grande parte de sua área é ocupada pelo Seterb, onde deveriam estar funcionando lojas, restaurante e lanchonete.
Fotos Clic RBS
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