domingo, 13 de maio de 2018

Helmuth Högl - fotos inéditas - Acervo Família de Marcos Henrique Buechler


Antes de apresentarmos fotografias inéditas, parte do acervo da Família de Carlos Henrique Buechler, filho de Marcos Henrique Buechler, neto do imigrante alemão Carl Heinz Buechler, relembremos: 

Quem foi Helmuth Högl? 

A geração das primeiras Oktoberfest's de Blumenau não perdia uma apresentação de sua   banda e responderia esta pergunta prontamente, com facilidade.
Helmuth Högl foi um dos primeiros maestro, cantor, compositor e músico alemão, da grande festa de outubro de Blumenau. Sua banda veio da Alemanha, especialmente, para tocar nos primeiros Oktoberfest´s de Blumenau. Helmuth Högl foi trazido para tocar no Brasil pela iniciativa do Secretário do Turismo e idealizador da festa de outubro, Antônio Pedro Nunes. Geralmente, quando sua banda iniciava o show no Oktoberfest Blumenau, atraia todas as atenções da noite do complexo da PROEB - local onde acontecia a festa.
Helmuth Högl foi autor da música Hallo Blumenau - Hino, por vontade popular, de todas os Oktoberfest´s. Escreveu a música especialmente para a festa de Blumenau e demonstrava grande carinho por seu público do Brasil.
Helmuth Högl faleceu no ano de 2000 e deixou saudades!
Helmuth Högl - estrela das primeiras Oktoberfest Blumenau -- dando
atenção ao seu público durante um dos desfiles oficiais do Oktoberfest Blumenau
Foto: www.blumenau.sc.gov.br
Homenagem

O Pavilhão A da PROEB tinha o nome de Helmuth Högl. Quando este foi demolido na administração de João Paulo Kleinubing sob a batuta do Senador de Joinville Luiz Henrique da Silveira, também, governador, que autorizou a demolição do Complexo da FAMOSC/PROEB - um dos exemplares mais fidedignos da arquitetura moderna na cidade de Blumenau. Aconteceu a demolição sem muita reflexão e a placa com o nome do homenageado não mais apareceu. Ficamos conhecendo este importante fato histórico através da entrevista da blumenauense Karin Volkmann feita a nós.
Pavilhão Helmuth Högl - Antiga PROEB e Pavilhão A







Arquitetura diferenciada, contemporânea e com forma arrojada e moderna. De acordo com o Maestro Helmuth Högl, possuía o ambiente com melhor acústica do complexo do Oktoberfest Blumenau dos primeiros anos. Foi demolido no final do Governo de João Paulo Kleinubing

A entrevista com Karin Volkmann

Marcos Henrique Buechler
Quem também conheceu muito bem o Maestro Helmut Högl foi a família Buechler. Carlos Henrique Buechler, atuante na cidade de Blumenau, no que diz respeito às práticas culturais, nos apresentou fotografias inéditas de Helmuth Högl, que pertenceram ao seu pai Marcos Henrique Buechler.
Marcos Henrique nasceu em Florianópolis e era filho do imigrante alemão - Carl Heinz Buechler - funcionário da empresa florianopolitana de outro imigrante alemão - Carl Hoepcke (ex colono da Colônia Blumenau).
Marcos Henrique Buechler nasceu no dia 26 de outubro de 1940 e passou sua infância na cidade de Florianópolis até que sua família mudou-se para Blumenau na metade da década de 1950. Carl Heinz Buechler foi transferido para a cidade como gerente da filial da Firma de Carl Hoepcke, sobre a qual também já escrevemos neste Blog. Em Blumenau, era uma firma de revenda de automóveis. Relembrando, Carl Hoepcke era sobrinho do sócio de Hermann Blumenau - Ferdinand Ernst Friedrich Hackradt - no momento que este veio determinado a fundar sua colônia agrícola. A sociedade não durou muito tempo e não vingou. 
Para ler mais sobre - procurar nas postagens listadas no final desta.

Prosseguindo...

Bernardo Wolfgang Werner
Marcos Henrique Buechler passou a maior parte de sua vida na cidade de Blumenau. Quando serviu o Exército, conquistou a divisa de cabo. Nesse tempo, também, iniciou seu primeiro trabalho formal. Na passagem da década de 1950 para 1960, começou a lecionar no curso Técnico de Contabilidade do Colégio Santo Antônio. Lecionou no colégio franciscano  por mais de 13 anos. Provavelmente lecionou para Alfredo Schossland - também um cantor do Coro Masculino Liederkranz como também o é o filho de Marcos Henrique Buechler -  Carlos Henrique Buechler, biografia que escrevemos nesse Blog.
Marcos Henrique Buechler
Marcos Henrique Buechler, também trabalhou no banco BDE - agência Blumenau - banco fundado em Florianópolis no dia 15 de janeiro de 1962. Mais tarde, o BDE se transformou em BESC que, foi incorporado pelo Banco do Brasil. Marcos Buechler passou a trabalhar na Eletroaço Altona, firma localizada no Bairro de Itoupava Seca (Antiga Altona) e tinha grande amizade com o filho do Engenheiro Paul Werner - Bernardo Wolfgang Werner, o qual o apoiou-o e incentivou-o a  assumir e aceitar o cargo de Vice governador do Estado de Santa Catarina durante o governo de Antônio Carlos Konder Reis. A família Buechler, residia nas proximidades da firma da Família Werner, na Rua Engenheiro Paul Werner - Itoupava Seca. Uma curiosidade: Olhando a fotografia de Wolfgang Werner, o reconhecemos e lembramos que o vimos várias vezes prestigiando as atividades culturais no C.C. 25 de Julho de Blumenau. Vamos buscá-los em fotografias antigas.
Marcos Henrique Buechler ao lado do primeiro ônibus da Autoviação Catarinense, na época empresa da família Lindner - de Blumenau.
O contato com os bastidores do Oktoberfest aconteceu de maneira muito natural. Marcos Henrique Buechler falava e escrevia fluentemente no idioma alemão. Uma das empresas patrocinadoras dos contratos de bandas e grupos da Alemanha, fazia questão da presença de Buechler em seu camarote durante a festa do Oktoberfest Blumenau. Tratava-se do camarote da Empresa Autoviação Catarinense,  sempre muito bem frequentado

Seu filho Carlos Henrique Buechler, que herdou do pai a dedicação e comprometimento com a cultura dos antepassados, nasceu em 1975, como seu pai Marcos, na cidade de Florianópolis, quando este iniciava o seu trabalho de  Vice Governador do Estado de Santa Catarina no governo de Antônio Carlos Konder Reis.
Carlos Henrique Buechler no palco com o Show dos Velhos Camaradas -
Coralista do Coro Masculino Liederkranz - Oktoberfest  Blumenau 2017.
Em 1981, quando Carlos Henrique contava com a idade de 6 anos, a família retornou a Blumenau. Marcos Henrique assumiu o cargo de Diretor Superintendente da Weg Transformadores.
As atividades informais  de Marcos Henrique Buechler nos camarotes das empresas patrocinadoras do Oktoberfest Blumenau  (Década de 1990) possibilitou o contato com bandas e músicos alemães, e foi quando, Marcos Buechler conheceu Helmut Högl e outros maestros que marcaram o Oktoberfest Blumenau e também toda sua família, surgindo a amizade entre os músicos, como no caso com Helmut Högl e famílias, o que possibilitou a materialização destes registros históricos.
"O pai era diferenciado. Todos gostavam dele, por isso ele também era convidado nos primeiros desfiles da Centopeia, nos desfiles do Oktoberfest Blumenau." Carlos Henrique Buechler

As Imagens comunicam
Carlos Henrique Buechler - filho da Marcos Buechler  - Show dos Velhos Camaradas com o Coro Masculino Liederkranz.

Carlos Henrique Buechler - filho da Marcos Buechler - no grupo do Chopemotorrad

Família de Carlos Henrique Buechler  - filho da Marcos Buechler  e Diva Buechler- Dois tempos. Na segunda  foto, com o filho de Helmut Högl






Carlos Henrique Buechler conversando com Michael Högl

Marcos Henrique Buechler com o Maestro Sieg.





Casal Marcos e Diva Buechler e Helmut e Soni Högl

Helmut Högl e Marcos Henrique Buechler






Helmut Högl Band - vídeo
A voz que interpreta as canções é de Helmut Högl.

Parte da História contemporânea da Colônia Blumenau!
Ein Prosit!!



Leituras Complementares - Para ler - Clicar no Título escolhido:

























Um comentário:

  1. Nas décadas de 1980/90 fiz parte da Banda Joaquim Floriani, no Conjunto Educacional Pedro II.
    Estávamos, em uma certa manhã de domingo, nos preparando para participar de um dos desfiles da Oktoberfest. Entre uniformes, aquecimentos e afinações, eis que surge um senhor. Que momentos antes estava dedicado ao seu jogging matinal. Sua atenção foi atraída pelo som cacofônico de instrumentos de sopro e percussão. (Nós, obviamente)
    Não se fez de rogado e foi adentrando ao Ginástico, seguindo a origem deste caos sonoro. (Rsrsrs - Tocávamos bem, mas éramos adolescentes irrequietos). Chegou humildemente e com o pouco de português que conhecia, identificou-se. Nem precisava. Eu, lá do fundo da sala de ensaio, estava quase infartando ao reconhecê-lo.
    Era Helmut Högl.
    Conversou com o nosso maestro, Laerth Ramos, que após algumas palavras, ofereceu um de nossos trompetes para ele tocar. Sem se fazer de rogado, fez um breve trecho de Memory.
    Esta música era o momento especial do show de Helmut Högl. Apagavam-se todas as luzes do pavilhão. A banda iniciava com a base da música e ele, com seu trompete reluzente, fazia da melodia, um dos solos mais bonitos que já se viu na Oktoberfest.
    Nós imediatamente nos aquietamos, da mesma maneira que acontecia na festa. Ele conseguia literalmente silenciar todo um pavilhão da Oktoberfest. E quando terminava, a casa vinha abaixo em ovação. Ficamos extasiados com a presença ilustre.
    Levo este momento, como uma bela recordação e um grande incentivo. Recordação daquele homem humilde que tinha a música em seu coração e que havia criado um carinho por nossa terra. Que veio ao nosso encontro para partilhar deste amor e desejar um feliz desfile.
    Incentivo, pois ele foi um dos meus grandes influenciadores na música. Não fui um grande músico, mas aprendi muito vendo seus shows e ouvindo seus LP's.

    ResponderExcluir