Brasil com problemas que iniciaram no berço da República quando executaram o primeiro golpe de estado, por iniciativa de militares que estiveram na Guerra do Paraguai e acharam se no direito, de ter mais poder dentro do governo imperial de Pedro II. Resolveram tomar o poder na calada da noite que, teatralmente chamaram de Proclamação da República e à força, sob um nacionalismo pasteurizado, fizeram com que os brasileiros aceitasse a nova realidade "democrática". Não bastou passar 4 décadas para que houvesse outro golpe e depois outro, e assim sucederam-se os governantes fazendo parte da população acreditar que há ideologias distintas e democracia "conquistada" (Utopia!). O Brasil atualmente é dividido entre "grupos tribais", dentro dos quais, seus seguidores defendem acaloradamente a bandeira interna e sua cor, sem se aperceber, que todos estão no mesmo "barco" e submetidos às mesmas tiranias, sob "pseudo idealismo" pois quem ocupa o poder defende o grupo - o qual representa, e não o discurso usado para conduzir as massas sob os dogmas de determinada "ideologia" que não tem lastro prático, somente discurso.
Na base de tudo isto está o grande mar de brasileiros, que produz a riqueza através das inúmeras frentes de trabalho, muitas vezes sem o apoio necessário da instituição brasileira, como por exemplo, na área da educação, da saúde e principalmente, da segurança e o direito de trabalhar com a legislação trabalhista de fato e de direito.
Não bastasse este quadro caótico dos últimos anos, que ao contrário do que partidários afirmam, ser este ou aquele partido, o responsável ou, os responsáveis, por este ou outro quadro melancólico que se encontra o país, acontece esta paralisação do setor que transporta 65% do abastecimento do país, de maneira apartidária.
Diante disto, com a paralisação dos caminhoneiros, trabalhadores das rodovias - poderíamos afirmar - predominantemente, quase o único modal de transportes neste continental país que já possuía a intermodalidade, mas que, por desmandos de governos, sucatearam modais e continuam sucateando, como o ferroviário, para favorecer seus parceiros econômicos internacionais, favorecendo a indústria automobilística dos anos de 1950/1960 até a atual.
Esta iniciativa cívica popular de uma classe - os caminhoneiros - iniciou como retaliação às decisões políticas/econômicas nacionais que atingiram e atingem a todos nós.
Aquela empresa estatal nacional, cenário de escândalos presente em manchetes dos maiores jornais brasileiros e internacionais - a Petrobrás - em julho deste ano iniciou um processo que aparentemente parecia querer resolver seus problemas de caixa. Implantou uma política de reajustes quase que diários nos preços dos combustíveis nas refinarias, em linha com o mercado internacional e câmbio. De julho até hoje, o valor do diesel aumentou mais de 30% e a gasolina, mais de 45%. Todos assistiam isso até que ficou insustentável para esta categoria que transporta o abastecimento do Brasil por estas estradas cheias de buracos e pedágios.
Os caminhoneiros e sua associação - a ABCAM - resolveram paralisar. De acordo com a categoria, os protestos contra a alta do diesel e a carga tributária no combustível continuarão até que a isenção da alíquota PIS/Cofins sobre o produto seja aprovada na Câmara dos Deputados e seja publicada no Diário Oficial da União.
A ABCAM disse à Reuters, por meio de sua assessoria de imprensa, que a paralisação só será encerrada quando a medida, que ainda precisa ser analisada pelo Senado Brasileiro, for sancionada pelo Presidente do Brasil e publicada.
A paralisação acontece através dos bloqueios das estradas de todo o Brasil - o que está provocando o desabastecimento de produtos e enormes filas de motoristas em postos de combustíveis - dos quais muitos não tem mais o produto para comercializar. Esta situação provoca o efeito cascata, imobilizando toda a sociedade brasileira - numa situação reflexiva. A Petrobrás tentou, ao divulgar uma redução de 10% dos preços do diesel nas refinarias por 15 dias - como se fosse uma brincadeira de "vendinha e dinheirinho".
Na noite do dia 23 de maio, com urgência (nunca vista antes) a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei da reoperação da folha de pagamento de alguns setores da economia, incluindo a isenção de PIS/Cofins sobre o diesel, reivindicações dos caminhoneiros.
Representantes da categoria participaram de reuniões com o Presidente do Brasil no Palácio do Planalto no mesmo dia 23 de maio e não saíram satisfeitos apontando falta de soluções do governo. Criou-se um impasse.
Representantes da categoria participaram de reuniões com o Presidente do Brasil no Palácio do Planalto no mesmo dia 23 de maio e não saíram satisfeitos apontando falta de soluções do governo. Criou-se um impasse.
"É difícil estimar quantos caminhoneiros deixaram de trabalhar desde o inicio da paralisação. Mas os reflexos são críticos e estão por toda parte: grandes cidades anunciaram a redução da frota de ônibus no transporte coletivo por falta de combustível; aeroportos alertam que não há estoque suficiente para aviões encherem os tanques nos próximos dias, e vários voos foram cancelados; e o desabastecimento de produtos básicos preocupa supermercados e feiras livres." Deutsche Welle
Também é o momento para repensar os meios de transportes no continental território brasileiro. O meio rodoviário de transporte é responsável por 65% da
circulação de toda a carga que é transportada no Brasil, segundo levantamento
apresentado por pesquisadores da FGV e Ipea durante evento do setor ferroviário
no início do mês.
Está difícil a situação instaurada no país - do que já não era bom. Mas não podemos deixar de dar razão à reivindicação da categoria que está paralisada, que não tem conotação ideológica ou política em sua iniciativa, e talvez outras categorias, que pagam também mais caro, mediante a insensibilidade e truculência da atual política econômica brasileira devessem também observar seus direitos. Talvez devêssemos repensar, e unir esforços para tentar tornar o Brasil, um lugar melhor e sem tanta corrupção.
Até parece um discurso político, mas não o é.
É a nossa manifestação - uma pessoa atenta às movimentações das cidades - das redes de cidades, como espaço em contante readequação à sociedade que nele vive e interage.
Ao retornarmos da cidade de Rio do Sul - no Alto Vale do Itajaí - em direção a Blumenau - Estado de Santa Catarina, foi impossível não se sensibilizar, ao passarmos - no interior de um veículo de transporte público de passageiros rodoviário, por três barreiras de caminhoneiros. No interior deste veículo no qual estávamos - ônibus intermunicipal linha de Videira a Florianópolis - estavam, igualmente caminhoneiros que se comunicavam-se com colegas nas barreiras.
Ao retornarmos da cidade de Rio do Sul - no Alto Vale do Itajaí - em direção a Blumenau - Estado de Santa Catarina, foi impossível não se sensibilizar, ao passarmos - no interior de um veículo de transporte público de passageiros rodoviário, por três barreiras de caminhoneiros. No interior deste veículo no qual estávamos - ônibus intermunicipal linha de Videira a Florianópolis - estavam, igualmente caminhoneiros que se comunicavam-se com colegas nas barreiras.
Linha de ônibus entre Videira e Florianópolis - Caminhoneiros à bordo. |
Que Brasil estamos deixando...
para aqueles que ocuparão nossos lugares?
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