terça-feira, 25 de setembro de 2018

Porto Novo - Itapiranga - Sua História - Nossa Palestra e Impressões

Comercial Schoeler - localidade de Sede Capela - Itapiranga - construção de 1928. A colônia tinha 2 anos de existência. Construção de alvenaria de tijolos maciços, autoportante - influencia da arquitetura do imigrante italiano. Aberturas de madeira, telhado com estrutura de madeira em duas águas - com uma boa inclinação, como é usual na Alemanha com cobertura de  zinco - uma características das casas históricas do oeste de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.
Nosso deslocamento - 12 horas de rodovia para cobrir a distância de dois
 extremos do estado de Santa Catarina.  Itapiranga merecia um aeroporto,
 pois tem muitos de seus filhos residindo no Vale do Itajaí e com familiares
 na cidade. 
Visitamos Itapiranga de Santa Catarina durante a semana do dia 6 e também, do feriado de 7 de setembro de 2018. Apresentamos a palestra:  "O Patrimônio Histórico em Debate - Restauro conservação e Possibilidades" dentro do VI JORTEC - Jornada Tecnológica - promovida pela UCEFF de Itapiranga SC. Permanecemos na cidade de Itapiranga de Santa Catarina até o dia 9 de setembro - oportunizando os momentos para pesquisa as quais, compartilharemos nesse Blog, em algumas postagens distintas. Esta, em especial, contará um pouco sobre a história de Itapiranga e sobre nossa palestra.
Palestra no VI JORTEC - curso de Arquitetura e Urbanismo UCEFF - Itapiranga



Lembramos do nosso professor da graduação Zé Gonçalves, que dizia: quando desejava ampliar seus conhecimentos, "criava um curso". É impossível não colher dados sobre uma cidade quando passamos por ela. Conteúdo que somatiza e faz compreender as ações do homem no espaço dentro das várias escalas.
Com a arquiteta Simone Eidt e o professor Douglas Orestes Franzen.
Recebemos o convite do  Professor e Historiador Douglas Orestes Franzen - Professor da UCEFF Itapiranga e também, integrante do Gepe Patrimônio e Planejamento Urbano - Uceff Itapiranga. Parte da equipe que esteve conosco nestes momentos também formada pelos professores do Curso de Arquitetura e Urbanismo, entre eles: Bárbara Reichert e Claudine Badalotti - sua Coordenadora. 
No dia seguinte após a palestra, fomos ciceroneados pela arquiteta de Itapiranga - Simone Eidt e seu esposo Renato Bottega.
Isto, durante pelo menos, dois dias e cujo conteúdo destas visitas in loco, compartilhamos aqui, e em posteriores postagens, separadas em temas, para melhor compreensão.
Nós com Professores e  Coordenadora do Curso de Arquitetura e Urbanismo Claudine Badarotti, Professor Douglas Orestes Franzen - UCEFF. Tivemos grande prazer em conhecer todos e também, a colega Ariane Pedrotti que explanou com muito propriedade sobre a incrível história - arquitetura - pesquisa, diagnóstico e proposta - cujo tema é a Metalúrgica Eberle, localizada na cidade de Caxias do Sul RS - VI JORTEC.
Mas porque mencionamos "Itapiranga de Santa Catarina"
Por existir outra cidade de Itapiranga - no estado do Amazonas. A Itapiranga amazonense teve seu início histórico nos anos de 1660, junto a história da Missão Saracá, fundada pelo Frei Raimundo, da Ordem das Mercês. 
Itapiranga do Amazonas.

Contam  os historiadores que no ano de 1663, houve sangrentas lutas entre os colonizadores portugueses e os índios, próximo ao Rio Urubu - das tribos Caboquenas, Buruburus e Guanavenas, lembrando que muitos apontam a região ocupada por colonizadores alemães no estado de Santa Catarina e suas ações semelhantes, como fosse uma prática exclusiva destes  - dentro da história do Brasil. Os conflitos étnicos fazem parte da história da civilização, em torno do globo.

Observando a história das duas Itapiranga's - a de Santa Catarina e a de Amazonas, concluímos que ambas tiveram suas origens através de iniciativas da grupos ligados à religião católica de Roma, em tempos distintos e de regiões diferentes - no continental território brasileiro.

Antes de prosseguir - e publicar as imagens que fizemos com respectivos comentários - da cidade que visitamos - Itapiranga de Santa Catarina, vamos conhecer um pouco de sua História - para compreender alguma coisa - no Presente, e poder destacar sua história na paisagem e o valor de algumas tipologias arquitetônicas, como também de algumas práticas das pessoas no espaço da cidade.
Um pouco de História - Porto Novo/Itapiranga...

A história de Itapiranga é muito recente, se comparada à história das cidades litorâneas do estado de Santa Catarina. Já escrevemos sobre: que as primeiras cidades catarinenses foram: São Francisco do Sul, Nossa Senhora do Desterro (Florianópolis - sua capital) e Laguna. Para registro - São Francisco do Sul foi descoberta em 1504 por franceses, mais especificamente pela Expedição de Binot Paulmier de Gonneville (IBGE). 
A população estimada atual de Itapiranga de Santa Catarina é de 16.736 habitantes. Sua Densidade demográfica é 54,51 hab/km².
Porto Novo - à margem do Rio Uruguai. Foto de foto. Museu Almiro Theobaldo Müller.
Itapiranga, que nasceu como o nome de Porto Novo, foi a idealização a partir de uma iniciativa de um grupo religioso católico de Porto Alegre denominado Volksverein - Sociedade União Popular, durante um congresso católico. Este congresso aconteceu na cidade de Novo Hamburgo - estado do Rio Grande do Sul, no mês de fevereiro de 1926 que deliberaram a fundação de um núcleo urbano colonizado somente por imigrantes alemães católicos.
Muito interessante. O embrião da cidade de Porto Novo (Itapiranga) foi planejado em Novo Hamburgo, por uma sociedade católica de Porto Alegre, e se tratava de uma colônia alemã privada, como está neste antigo mapa de núcleos de colonizações alemãs no interior de Santa Catarina e Rio Grande do Sul - de 1933.
Mapa de 1933 - na legenda - Munizipalgrenzen - Divisas entre municípios. Porto Novo pertencia - então para Chapecó - como mostra as delimitações em churra vermelha.

Detalhe da localização de Porto Novo - 1933.
Do projeto partiram para sua execução. Para encontrar uma gleba de terra que atendesse às expectativas do objetivo: um núcleo urbano colonizado somente por imigrantes alemães católicos, e também para estudos preliminares, foi montada uma comissão sob a coordenação do Padre João Batista Rick. 
A comissão não encontrou uma área suficientemente adequada para assentar a nova colônia no estado do Rio Grande do Sul. Atravessaram o grande Rio Uruguai que delimita a divisa entre os dois estados e a encontrou no estado de Santa Catarina, entre os Rios Macuco e Peperi-Guaçu, às margens do Rio Uruguai. Os acertos foram realizados com a Colonizadora Chapecó-Peperi Ltda.

No interior do interior, como aconteceram em outras regiões do estado de Santa Catarina - como no Vale do Itajaí, no Século anterior (XIX), a acessibilidade era feita quase totalmente pelos rios e ribeirões - inexistiam caminhos por terra. O grupo de católicos alemães, liderados pelo Padre Max von Lassberg, desceram o Rio da Várzea em embarcações rústicas e, em seguida, navegaram pelo Rio Uruguai, percorrendo uma distância de aproximadamente 150 km, até chegarem no local, no dia 10 de abril de 1926 - sábado, onde iniciaram o embrião da colônia de Porto Novo (mais tarde, denominada Itapiranga). 
No domingo, dia 11 de abril de 1926, como aconteceu no descobrimento do Brasil, também foi celebrada a primeira missa. No local desta primeira missa rezada pelo Padre Max von Lassberg, foi levantado um monumento, no qual estão gravados os nomes dos pioneiros:
  1. Carlos B. Winter;
  2. Leopoldo Werle;
  3. Pedro Tenrolier;
  4. Nicolau Knob; 
  5. Pedro Agnes Filho;
  6. Oscar Angst;
  7. Bruno Nitsche;
  8. João Sausen;
  9. Vendelino Seivzmann;
  10. Carlos Kliemann Filho;
  11. Jacob Becker;
  12. José Kinkler;
  13. Franz Junges;
  14. Manoel Klauck;
  15. Nicolau Both Filho;
  16. João Krein;
  17. Mathias Sausen;
  18. Franz Heck;
  19. Gustavo Stangler;
  20. José A. Franzen (Família de nosso anfitrião na cidade de Itapiranga);
  21. Pedro R. Franzen;
  22. Carlos F. Angst;
  23. Felipe Scherf;
  24. Frederico A. Knamp;
  25. João Tencatem;
  26. Antônio F. Kieling;
  27. João C. Genewai;
  28. Mathias Agnes;
  29. Otto Zimmer. 
Só houve o registro dos nomes dos homens e não há  o nome das mulheres - resquício do intercambio cultural destas pessoas com as culturas espanhola, italiana e portuguesa, pois o germano foi conhecido pelos romanos - durante o auge do Império Romano - e perfil descrito em registro feito no livro de Tácito - Germania, contando como os homens das tribos Germânicas dividiam e compartilhavam tudo, até mesmo a montaria, com suas companheiras - fato não muito compreendido pelos romanos. Característica, talvez perdida, entre estes pioneiros de Itapiranga. No Vale do Itajaí, todos os nomes dos pioneiros foram registrados - mulheres, homens e crianças - de várias maneiras e formas. 

Para ler o livro de tácito - Clicar sobre Livro Germânia - Tácito

Cruzadas Teutônicas junto ao Báltico.
Também lembramos que os imigrantes  católicos alemães, geralmente são originários do sul e sudeste da Alemanha - região cuja cultura e práticas são diferentes  do perfil da maioria dos imigrantes alemães que povoaram o Vale do Itajaí, com predominância luterana e oriundos do norte da Alemanha - região convertida ao cristianismo à força através das Cruzadas e mais tarde, seria de grande importância para consolidar a Reforma de Martinho Lutero. Observamos na região de Itapiranga, que a grande maioria dos residentes são de famílias que falam o dialeto Hunsrückisch, acusando sua origem da região  do Hunsrück, do sudoeste da Alemanha. Percebemos também resquícios na Arquitetura ainda presente na paisagem - com características do sul do estado da Baviera e algumas, com características do Tirol, como por exemplo, a presença de um construtor de Alphorn (Sua casa lembra através de algumas características, casas da região do Tirol) - instrumento usado nas montanhas do antigo Tirol, cujo território foi dividido  entre a Alemanha, Itália e Suíça.
Foto de 2018 - Itapiranga - Na residência mora um construtor de Alphorn - A edificação é um 'mix" com várias linhas arquitetônicas misturadas, mas entre estas há algumas que lembram a casa alpina - que não usa veneziana - como é usada na casa do interior gaúcho. A casa alpina também possui beirais maiores. A casa local de Itapiranga, na sua grande maioria recebe vária contribuições das culturas com as quais têm e teve contato.

Continuando...

Fotos de fotos do Museu Almiro Theobaldo Müller  - Primeiro núcleo urbano de Porto Novo - atual Itapiranga SC. 
Tipologias com volumetria característica daquelas feitas  pelo imigrante alemão - feitas de madeira - edificação vernacular.Foto de foto. Museu Almiro Theobaldo Müller.

Foto de foto. Museu Almiro Theobaldo Müller.
Foto de foto. Museu Almiro Theobaldo Müller.


Após a instalação do primeiro núcleo urbano, os pioneiros sócios do Volksverein escolheram um nome para a nova colônia - seu Stadtplatz. Já existia uma nucleação localizada a 60 Km de distância do local onde estavam - também às margens do Rio Uruguai e que se chamava Porto Feliz. Os pioneiros da nova colônia resolveram então, chamar a sua nova nucleação de Porto Novo.
Porto Novo. Foto de foto. Museu Almiro Theobaldo Müller.


















Para registro, já existiam pessoas residindo na região de Porto Novo (Itapiranga), há aproximadamente 40 Km de Porto Feliz, na comunidade conhecida de  Linha Chapéu. Entre os nomes estavam os nomes da família Düngersleben, Veit, Lottermann, Schäfer e Hofer.
Hundsbach - Local da  origem da família Düngersleben.
Também visitamos a segunda residencia da família pioneira, a primeira que chegou antes do primeiro grupo de imigrantes alemães liderados pela Sociedade Volksverein, que era a família de Johann e Margareth Leimeisen Düngersleben vindos da cidade de  Hundsbach - do sul da Alemanha. O casal tinha 11 filhos e de acordo com o historiador Douglas Orestes Franzen, chegaram às margens do Rio Macuco no dia 25 de julho de 1925, fazendo uma viagem que durou 2 meses e 22 dias.
Fotografamos a residencia mais nova da família, construída em 1959 - e que se encontra sem uso
Na frente da residencia dos Düngersleben foi edificado um memorial em homenagem a três de suas crianças que pereceram logo nos primeiros tempos, no local. São eles: Andreas, Sofia e Rodolf.
Memorial aos pioneiros da Linha Chapéu - com o nome e a foto das famílias pioneiras.


Pioneiros da Linha Chapéu.
Memorial - Homenageando as três crianças da família Düngersleben.

Também, no início da história de Itapiranga de Santa Catarina, surgiram, na verdade, dois núcleos urbanos que se rivalizavam entre si (uma forte característica entre os itapiranguenses - a competitividade), são eles: a sede da colônia Porto Novo e  a Sede Capela, onde Carlos Hope construiu uma farmácia de serviços de primeiros socorros,  e depois foi construído Sociedade Beneficente Hospital São José, onde trabalhava o médico Dr. Ulrich Neff, que residia em uma casa de alvenaria, próximo ao Rio Uruguai, a qual também servia de Hospital. Visitamos este local - também está totalmente vazio.
Hospital de Sede Capela onde trabalhava o Dr. Ulrich Neff - Edificação vazia e aberta - Um dos edifício mais antigos de  Itapiranga - que talvez esteja assim vazio - porque foi construído na concorrente  Sede Capela - belíssima arquitetura da década de 1930.







Soubemos  que no dia 06 de outubro de 1949 aconteceu uma reunião para mudança de estatuto da Sociedade Hospitalar de Sede Capela - para se fazer dinheiro. O Hospital de Sede Capela foi arrematado por Willy Schoeler - representando a Sociedade Literária Padre Antonio Vieira ("Laranja"). A família Schoeler penhorou a casa e imediatamente, repassou as instalações e a área, para os padres jesuítas (Do Statplatz de Porto Novo) para que fosse ocupado com um seminário apostólico.
Foi um negócio feito entre os religiosos que não foi compreendido pela comunidade, que perdeu um hospital e o papel Wlly Schoeler foi o de um "laranja" dos religiosos.  Houve um mal estar diante do mal explicado e envolvendo o nome do Padre Vendelino Junges – S.J. por ter favorecido o fechamento do hospital para que a sua Companhia Religiosa pudesse tirar proveito ou, o Stadplatz - concorrência. 
Característica pavimentação histórica das principais vias,
muitas das quais foram cobertas por asfalto.
Atualmente as instalações, podendo ser usadas, estão abandonadas - mesmo, parte da escola construída pelos Jesuítas que está localizada no mesmo terreno do antigo Hospital. Esta escola é completa, munida de alojamentos e foi construída a partir de uma linguagem arquitetônica contemporânea, onde funcionou a Escola Agrícola de Itapiranga - IAESC e também, pertencia à ordem religiosa. Está subutilizada, com grande parte de suas instalações sem uso. 
Escola com espaços de qualidade e com uma arquitetura que irradia uma identidade com materiais e tecnologia de ponta com espaços sub utilizados - Sede Capela - Itapiranga.

Alojamentos dos internos.



Fundos do alojamento.





Piso salas de aula Parquet de madeira.








Continuando...
Adolfo Konder.

A nucleação urbana fundada pela sociedade católica Volksverein gaúcha foi chamada de Porto Novo até a visita do governador de Santa Catarina Adolfo Konder ao local, no ano de 1929. 
À revelia, Konder resolveu trocar o nome, o qual as pessoas - os primeiros pioneiros escolheram, pelo nome - de língua tupi-guarani - Itapiranga, que significa  "Pedra Vermelha", relacionado ao predominante solo basáltico da região. 
Muitos - até os dias atuais - ainda chamam a cidade de Porto Novo, não aceitando muito bem a interferência e nem o novo nome. 
Visita de Adolfo  Konder em Porto Novo.






No destaque o extinto Território federal do Iguaçu.
No dia 25 de fevereiro de 1932, sob o Decreto Estadual N.º 213, a localidade foi elevada a Distrito de Chapecó, acontecendo a instalação no dia 20 de março de 1932 e no dia 21 de setembro de 1943, sob o Decreto-Lei Federal N.º 5.839, o Território Federal de Iguaçu foi dividido em 4 municípios, um dos quais denominado Chapecó, compreendendo parte do município de igual nome, que pertencia ao Estado de Santa Catarina (publicado no Diário Oficial, de 29 de setembro de 1943). O Território Federal de Iguaçu foi extinto pelo Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, promulgado em 18 de setembro de 1946 (Art. 8.º). Itapiranga continuou a ser distrito de Chapecó até a vigência do quinquênio 1949-1953 quando em 30 de dezembro de 1953 criou outros municípios, entre eles o de Itapiranga, desmembrado de Chapecó sob a Lei N.º 133.
Porto Fluvial no Stadtplatz da Colônia Blumenau - Final do Século XIX.
A história de Itapiranga conta que em outubro de 1932 foi criada a Caixa Rural Popular de Porto Novo - "pioneira de cooperativismo de crédito do Estado de Santa Catarina". Ouvimos este assunto e uma versão semelhante no Encontro dos Países de Língua Alemã da América Latina - CAAL na cidade de Nova Petrópolis RS, o que nos levou a pesquisar o assunto na região do Vale do Itajaí com maior rigor, por desconfiar ser outra afirmativa e constatamos a existência da Cooperativa Kulturverein e a criação dos primeiros bancos, fundados no Stadtplatz da Colônia Blumenau no final do Século XIX - no dia 19 de julho de 1863, portanto, mais antigo que as datas mencionadas, tanto em Nova Petrópolis, quanto em Itapiranga.


Também, como aconteceu em muitas colônias fundadas por imigrantes alemães e italianos, Itapiranga sofreu com o bullying implantado antes, durante e após a 2° Guerra Mundial , durante os governos de Getúlio Vargas e Nereu Ramos. Em Itapiranga, a localidade que mais sofreu com esta prática foi a Linha Becker - e segundo depoimentos aconteceu com maior  intensidade na década de 1940.

"Foto rara: início das obras da antiga Casa Canônica em 1932, hoje Museu Almiro Theobaldo Müller. Demonstração de participação da sociedade no trabalho de construção, provavelmente muitos em troca do pagamentos das terras. A Casa Canônica gerou grande polêmica em Porto Novo, principalmente pela disputa entre Vila Capela e Vila Itapiranga. Ambas disputavam o título de sede da colonização. Fonte: Arquivo Provincial dos Jesuítas em Porto Alegre, foto gentilmente cedida pelo Padre Inácio Spohr S.J." Douglas Oreste Franzen.
Foto de foto do Museu Almiro Theobaldo Müller
Entre o acervo do Museu Almiro Theobaldo Müller, instalado na edificação da casa canônica construída em mutirão no ano de 1932 (Foto acima) - com estrutura em enxaimel, observamos utensílios, ferramentas, documentos e muita cerâmica indígena, com acabamento esmerado e bem decoradas, formas artísticas bem delineadas que nos faz imaginar as sociedades que viviam no local, onde foi instalada as novas nucleações. Segundo o Professor Douglas Franzen, em uma de suas publicações, relatou que foram estudados e catalogadas 53  locais com indícios da presença destas etnias locais, principalmente na margem direita do Rio Uruguai.
"Em 30 sítios explorados foram encontradas 160 igaçabas, as panelas de barro dos bugres. Destas 45 guardavam esqueletos humanos, alguns completos e em bom estado de conservação. Os pioneiros garantem não exagerar quando contam que 'ao lavrarem a terra, as panelas de bugre estouravam e os bois afundavam nelas com as pernas'. As formas e tamanhos das igaçabas são diversas. Algumas estavam ricamente decoradas. Acreditavam numa vida após a morte, mas suas divindades e as características de acomodar os mortos não foram estudadas. Nenhum tesouro ou dote foi encontrado nas urnas funerárias, contrário às lendas e histórias contadas por alguns colonizadores. Introduziam os cadáveres nas urnas logo após a morte, pois estavam acondicionados de cócoras. As igaçabas sempre estavam próximas, o que evidencia a presença de cemitérios."
Igaçaba encontrada na roça - na região de Itapiranga.

Peças cerâmicas decoradas e de vários tamanhos - muito bonitas - encontradas no local de Itapiranga.




Museu Almiro Theobaldo Müller.

Portanto eram locais sagradas, que foram violados e se perderam com a ocupação. Pode-se afirmar que tinham rituais para sepultar os seus mortos semelhantes a outras tribos indígenas no interior do Brasil, como por exemplo - os marajoara.

Documentário - feito pelo Professor Douglas Orestes Franzen
Arquitetura
Sede Capela - Tipologia onde funcionou um Hotel, construída em madeira, seguindo as linhas do neoclássico italiano, caracterizado pela simetria da fachada principal, com  janelas no sótão para munir a mansarda de luz natural e ventilação - usado nas edificações do imigrante alemão - que também tem duas águas com forte inclinação do telhado - coberto com telha de zinco (característica local). Ao lado, construído uma ampliação em alvenaria, com planta quadrada e telhado formado por 4 águas - herança da casa colonial portuguesa. O conjunto é eclético.
A arquitetura da região de Itapiranga, sob um aspecto geral, é o resultado da integração de várias técnicas vernaculares - oriundas de várias culturas - de construir a partir do uso de materiais extraídos da região - como madeira e barro - em tempos diferentes. 
Técnicas construtivas usadas em regiões do estado do Rio Grande do Sul e também de Santa Catarina alinhadas com as práticas e tecnologias locais e trazidas pelos imigrantes alemães, dos quais alguns já viviam a algum tempo no Brasil, outros não.
Foto de foto - Museu Almiro Theobaldo Müller - Antigo Hospital 
Tipologia original característica do sul da Alemanha - construída com material retirado do entorno - a madeira. A volumetria é original contendo o Keller - porão, pavimentos e o sótão aproveitado - a mansarda. O conjunto respeita as proporções que geralmente é usual em território alemã - principalmente na inclinação do telhado. É uma construção muito original, até mesmo nas aberturas, que não receberem a característica folha de veneziana regional - oriundo das práticas do estado vizinho. Observar as janelas pivotantes menores. Esta edificação foi demolida para construir uma nova, que contém outras influencias em seu conjunto - influenciais regionais.
Foto de foto - Museu Almiro Theobaldo Müller - "Novo Hospital" construído sobre o local do antigo hospital. Uma "colagem" de linguagens que culmina com uma volumetria que lembra a casa do imigrante alemão pelo acabamento no "chapéu". Possui linhas do neoclássico (Simetria da fachada) - estilo "desprezado" pelos alemães do país que surgiu no ano de 1871 por considerarem estrangeiro. O conjunto é munido do decorativismo do Art Decó. Um "mix" que caracteriza o eclético.


Foto de foto. Museu Almiro Theobaldo Müller.
Foto de foto. Museu Almiro Theobaldo Müller.


A arquitetura não segue algo homogêneo e característico para a região - identificando-a com a paisagem. Recebeu influencias sob vários aspectos, dentro de alguns recortes de tempo. Isto explica as poucas tipologias que apresentam a estrutura enxaimel amostra que muitos erroneamente, percebem que somente estas são originais como técnica construtiva do imigrante alemão, coisa que percebemos em vários edifícios históricos (que são muito jovens - menos de 100 anos), com outra volumetria e linguagem, no entanto, possuindo sua estrutura em madeira encaixada, o que carateriza a estrutura enxaimel.

Edificação sem uso - estrutura enxaimel - estrutura amostra, com fechamento de tijolos rebocados e volumetria da casa colonial brasileira - telhado com 4 águas, cobertura de zinco e varanda. Eclética, com a justaposição de vários quesitos de várias técnicas construtivas. É uma casa histórica de Itapiranga.
Foto de foto - Museu Almiro Theobaldo Müller - Tipologia original construída em Itapiranga, com estrutura enxaimel, paus roliços, como era a prática da construção no período neolítico - na Europa, e fechamento com taipa. Folhas das janelas feitas com madeira - interferência local. Esta original arquitetura de Itapiranga foi demolida a pouco tempo - fotografamos seu local com resto do material da demolição.
Movido pela pseuda "indústria do turismo" implantada em solo brasileiro e também, no sul do país - nas cidades fundadas e colonizadas  por imigrantes alemães, de que se é necessário mostrar na paisagem da cidade, de suas cidades - edificações com "ripas cruzadas" em suas fachadas, mesmo que não tenham nada a ver com sua história. Muitos imaginam que assim estariam resgatando a identidade alemã de seu local. 
É Fake! 
Lemos e ouvimos que esta prática é um "novo estilo e este, se chama neoenxaimel"! 
Isto não existe!
É lamentável que nos lugares onde se construiu realmente estas tipologias de maneira original, com exceções, muito poucas são valorizadas e muitas estão sendo demolidas para reaproveitamento do material que atingiu um bom  preço no mercado, não somente da área da construção civil, mas também, da moveleira - Móveis de demolição.


Timbó SC

































Um pouco de nossa fala na Palestra de Itapiranga sobre esta questão:
É importante resgatar estes pontos históricos enquanto espaço - como a presença do Rio Uruguai - grande referência espacial, urbano, estético, de lazer, acessibilidade, e também, com a presença da arquitetura histórica, mesmo sendo tipologias simples e singelas, são elementos de fato que dão personalidade e lastro à história local de Itapiranga com verdade. 
Também no seu interior - como as linhas Chapéu e Sede Capela, entre outras - que ainda contam com a presença de exemplares em suas paisagens incríveis, do Patrimônio Histórico Arquitetônico de Itapiranga.

Nem na pequena Alemanha - sob aspecto territorial - pode-se afirmar de que toda a cultura, tecnologia, arquitetura - dentro de seu país, são as mesmas, como também as práticas e tradições - e não significa que deixe de ser Alemanha. Como país, a Alemanha surgiu no ano de 1871, a partir de muitos Ducados que possuíam sua própria bandeira, cores, música, maneira de construir, gastronomia e dialeto
Portanto, em solo brasileiro, nem toda a cidade fundada por imigrantes alemães - para "provar isto" - precisa ter suas casas com tijolos maciços aparentes e com "travessas" de madeira cruzadas nas suas fachadas.
Estrutura enxaimel com planta baixa com interferências da casa colonial brasileira - Trombudo Central SC.

Estrutura enxaimel - Blumenau SC.

Luiz Alves SC.

Blumenau SC.

Mondaí - Oeste de Santa Catarina - fotografia gentilmente enviada por Laude Moesch.
Edificação com estrutura enxaimel semelhante à da construção do imigrante alemão que se fixou em determinada região do Rio Grande do Sul. Estrutura aparente, fechamento do corpo rebocado e da frontão - sob o telhado - na mansarda - de madeira. Aberturas de madeira. Janelas com detalhes arrendondados na parte superior e folhas de madeira, sendo que no sótão são folhas envidraçadas. A volumetria é diferente daquela usual, de duas águas, recebe a complexidade de um jogo de talhado com mais panos.
Primeira Igreja do Stadplatz de Itapiranga - Sem referencia histórica na paisagem atual. Foi relocada, para que no seu local fosse construída a nova igreja. Muitos devem desconhecer a sua original história. 
Lembrando que a cidade foi fundada por religiosos católicos do Volksverein.


Sob a ótica da arquitetura de Itapiranga, há o destaque para a arquitetura religiosa - belíssima, quanto ao uso da madeira e seus detalhes. Até certo ponto, compreensível, uma vez que a motivação da fundação da colônia foi provocada por uma ordem religiosa.

Não possuíam o material geralmente usado nas construções de suas igrejas na Itália ou na Alemanha. Mas nada os impediram de edificar suas igrejas com o material que tinham em abundancia na região - a madeira. 
A linguagem arquitetônica, volumetria eram as mesmas daquelas construídas na Europa, observando a linhas do neogótico e do neoclássico, com todos os elementos característicos, das torres, mosaicos, campanários, altares, naves, tudo construído em madeira.
Não somente em Itapiranga, mas na região, há verdadeira obras de arte da arquitetura religiosa, para a qual faremos uma postagem exclusiva, pelo rico material registrado.
Foto de Foto - Museu Almiro Theobaldo Müller - Primeira igreja Stadtplatz de Porto Novo.

Igreja São Rafael - Linha Popi - construída em 1952. Linguagem arquitetônica  eclética com a presença de características do românico, neogótico e clássico (simetria da fachada principal, monumentalidade, torres góticas/neogóticas, arcos plenos românicos, etc).



Estrutura enxaimel.

Igreja São Rafael -  Linha Popi - construída em 1952 - interior.



A arquitetura residencial do pioneiro de famílias de imigrantes alemães locais, tem sua característica original primária (Planta retangular, varanda e duas águas) - edificações construídas com madeira, geralmente com o telhado em duas águas (também muito comum o de 4 águas - casa colonial brasileira/portuguesa), não com a mesma inclinação usada na Alemanha e também em regiões no sul do Brasil, como no Vale do Itajaí
Era muito comum, construir edificações com paredes duplas, onde as paredes externas tinham o resultado estético/acabamento, oriundo através de tábuas encaixadas assentadas na forma vertical. Geralmente eram edificações com grandes varandas e beirais, inspiração na casa colonial brasileira. 

Centro de Itapiranga.

Centro de Itapiranga.
Centro de Itapiranga.
Típica edificação de madeira com paredes duplas e paredes externas dispostas de maneira horizontal.


As edificações de alvenarias eram mais caras, por isto, nas primeiras décadas de história, foram construídas em menor número, eram mais raras. Geralmente  eram construídas por famílias mais abastadas ou então, eram construídas em edificações públicas, como colégio, escola, hospital. Quase sempre, o comerciante que se destacava um pouco, trocava sua edificação de madeira por uma de alvenaria seguindo a linguagem do decorativismo internacional, fazendo surgir na região as edificações do art decó - década de 1950 e 1960
Interessante citar, que quem não tivesse meios mínimos para construir uma casa completa de alvenaria ("casa de material"), quase sempre, construía somente a fachada principal voltada para a rua. O resto da edificação era completada e construída com madeira.
Foto de foto. Museu Almiro Theobaldo Müller. Fachada de alvenaria - Itapiranga SC.


Encontramos muitas das primeiras tipologias de madeira e também das "novas" edificações em Art Decó. Muitas outras são ecléticas, pois possuem varias características, de vários tempos e culturas dentro de seu conjunto que faz parte da paisagem histórica de Itapiranga - que é uma cidade bem jovem. Para se ter a história sólida nos seus 100, 200 ou 1000 anos - precisa-se cuidar da história ainda presente na paisagem de 20, de 30, de 70 anos

Foto de foto. Museu Almiro Theobaldo Müller.
Foto de foto. Museu Almiro Theobaldo Müller.


As imagens Comunicam...
Janelas com venezianas - característica da arquitetura colonial portuguesa.
Pátio do antigo Colégio das Freiras - atual uso administrativo.
Pátio do antigo Colégio das Freiras.




Contrastes - opções adotadas sob o aspecto - uso do solo.
Muro original do antigo Colégio das Freiras.



Contraste entre a arquitetura original local e o fachadismo.

Matriz - construída no neogótico - característica da arquitetura religiosa construída pelos imigrantes alemães.



 Casa Canônica construída em 1932 - atual Museu Almiro Theobaldo Müller.

Acervo do  Museu Almiro Theobaldo Müller






Foto de foto. Museu Almiro Theobaldo Müller.

Foto de foto. Museu Almiro Theobaldo Müller.

Foto de foto. Museu Almiro Theobaldo Müller.

Foto de foto. Museu Almiro Theobaldo Müller.

Museu Almiro Theobaldo Müller.

Museu Almiro Theobaldo Müller.

Museu Almiro Theobaldo Müller.
Foto de foto. Museu Almiro Theobaldo Müller.

Foto de foto. Museu Almiro Theobaldo Müller.

Foto de foto. Museu Almiro Theobaldo Müller.

Foto de foto. Museu Almiro Theobaldo Müller.

Foto de foto. Museu Almiro Theobaldo Müller.


Foto de foto. Museu Almiro Theobaldo Müller.

Foto de foto. Museu Almiro Theobaldo Müller.

Foto de foto. Museu Almiro Theobaldo Müller.

Foto de foto. Museu Almiro Theobaldo Müller.

Foto de foto. Museu Almiro Theobaldo Müller.




Foto de foto. Museu Almiro Theobaldo Müller.

Foto de foto. Museu Almiro Theobaldo Müller.

Foto de foto. Museu Almiro Theobaldo Müller.

Foto de foto. Museu Almiro Theobaldo Müller.

Foto de foto. Museu Almiro Theobaldo Müller.

Foto de foto. Museu Almiro Theobaldo Müller.

Foto de foto. Museu Almiro Theobaldo Müller.

Foto de foto. Museu Almiro Theobaldo Müller.

Foto de foto. Museu Almiro Theobaldo Müller.

Foto de foto. Museu Almiro Theobaldo Müller.

Museu Almiro Theobaldo Müller.



















Antepassado do relógio cuco da Floresta Negra - Alemanha






Máquina construída pelos pioneiros com o material predominante da madeira - limpar grãos.


Estrutura enxaimel.

Com alunos da rede escolar de Itapiranga que visitavam o museu - Explicação da Professora Marlene - Em breve vídeo.

Antiga Casa Canônica construída em 1932 - atual Museu Almiro Theobaldo Müller. Estrutura em enxaimel.


Cidade



Atual hospital do Stadtplatz.


Primeira igreja do Stadtplatz de Porto Novo.

Primeira igreja do Stadtplatz de Porto Novo.



A estrutura enxaimel foi modificado em alguma reforma - ausência de elementos de madeira - estruturais.



Ocupação das encostas.

Ocupação das encostas.




Característica da casa de imigrantes alemães - o jardim e adornos - Na Alemanha acompanhas os ciclos das estações do ano e sua renovação - e o jardim é a presença da primavera. É quase ritualístico  e tem ligação com a religião antiga - dos povos germânicos.




Ocupação da encostas.









Antigo Colégio das Irmãs - sub uso e pouca valorização do lastro histórico que possui.






Paisagismo da década de 1960.

Antigo Colégio das Irmãs - sub uso e pouca valorização do lastro histórico que possui.


Banco para contemplação - frente da matriz -  sem acesso.


Parede externa frontal do antigo Colégio das Irmãs.

Colégio das Freiras. Foto de foto. Museu Almiro Theobaldo Müller.


Atual uso do antigo Colégio das Irmãs - entrando.





























Vista de sua janela - vista do grande Rio Uruguai semi obstruída.







Fundo palco do Colégio das Freiras.



Anfiteatro do antigo Colégio das Freiras.

Anfiteatro do antigo Colégio das Freiras.



























Palestra











Pesquisa na área rural
Grande Rio Uruguai - cuja foz tem duas capitais de países sul americano - passa por Itapiranga.





Roberto Wittmann com a Arquiteta Simone Eidt e seu esposo Renato Bottega - que nos guaram pelo interior de Itapiranga.

















Marco das Três Fronteiras



Na margem oposta - Argentina - com toda capa vegetal nativa presente em seu território.















Portal para o ambiente do Oktoberfest Itapiranga - a qual pretendemos visitar em um futuro próximo.




Fornos para preparar a festa de outubro.




construções da década de 1920 - falquejadas.








Registo das famílias, de seus antepassados.









Na Linha Popi - edificação de madeira sendo transportada sobre caminhão.


















Informações históricas - pioneiros - no cemitério da Linha Popi











































Cidade novamente...
Novos loteamentos - novos pedaços de cidade - retirada da camada verde - aos fundos reflorestamento e espécie exótica - eucalipto.

O Grande Rio Uruguai - Desprovido de maior integração entre cidade e rio - Grão maior no meio da paisagem que compete com a igreja e bloqueia paisagem homogênea.

Rio Uruguai sem acesso físico e visual nas partes mais baixas.


A Praça da Figueira - junto a Rodoviária


Figueira que marca, junto com aquela que lhe deu origem - Figueira de Florianópolis, os dois extremos do estado de Santa Catarina.

Para ler sobre - Clicar: Um simbolo - A ligação entre dois extremos no Estado de Santa Catarina - a Figueira














































Monumento ao imigrante.


Pioneiros - somente com o nome dos homens.






Atravessando a Fronteira - Rio Uruguai - visitando o Rio Grande do Sul
Video

Em breve mais vídeos.





















Edificação histórica no estado do Rio Grande do Sul.



Retornando para Santa Catarina.







Sede Capela a Arquiteturas Históricas sem uso










Antigo hospital fundado na década de 1920.







No porão do antigo  hospital.

Residência do Dr.  Ulrich Neff e também extensão do hospital.



Característica pavimentação - coberta por asfalto no Stadtplatz.

Nós ainda completaremos esta legenda.
Esta cruz  encontrada no interior de Itapiranga  é muito semelhante à muitas cruzes que encontramos nas estradas da Baviera e também nas montanhas - evidenciando a ligação religiosa entre estes povos. Pesquisaremos esta cruz e completaremos esta legenda.
História no cemitério Sede Capela
























Da Família do Comercial.



Sede Capela - Núcleo rival do Stadplatz Porto Novo - Edificações construídas com técnicas mais avançadas do que as do mesmo período, construídas no núcleo de Porto Novo - Stadtplatz.
Comercial Schoeler.

Hotel
























Linha Chapéu - o local dos primeiros pioneiros de Itapiranga























































Vídeo feito dentro do Museu

Leituras Complementares - Clicar sobre o Título

Gratidão...
Foi muito bom ter estado na cidade de Porto Novo - atual cidade de Itapiranga de Santa Catarina e região.
Nossa gratidão especial aos professores do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UCEFF - Barbara Reichert e Claudine Badalotti e Douglas Orestes Franzen, à Secretária de Turismo de Itapiranga - Carlise e, em especial, ao carinho do casal Simone Eidt e Renato Bottega que nos guiaram por lugares incríveis de sua cidade Itapiranga e região.
Sua região é linda e cheia de potencial histórico, natural e patrimônio imaterial, pautado nas práticas culturais, hábitos e costumes.

Abraço grande!

Referências
  • Revista Grifos - Arquitetura, memória e identidade: interfaces do patrimônio edificado no Extremo-Oeste catarinense Bárbara Reichert, Patrícia Dalmina de Oliveira, Douglas Orestes Franzen
  • BAVARESCO, Paulo Ricardo; FRANZEN, Douglas O.; FRANZEN Tiones Ediel. Emancipação municipal e desenvolvimento local: o caso de Itapiranga - Revista Brasileira de desenvolvimento Regional, Blumenau. P 191 - 211 - 2013.
  • Entrevista: Vilmar Vidor - Preservação do estilo enxaimel, 13, 16 e 19/08/96. -Blumenau : RBS/TV:SPVT, 1996. - 3 video-cassetes (9min).
  • GERNER, Manfred. Fachwerksunden /Manfred Gerner. -2.ed. - Bonn : Deutschen Nationalkomitees fur Denkmalschutz, 1989. - 113p. :il. 
  • KLOCKNER, Karl. Alte fachwerkbauten :geschichte einer skelettbauweise /Karl Klockner. -Munchen : Georg D. W. Callwey, 1978. - 190p. :il.
  • VIDOR, Vilmar. Arquitetura, cultura, identidade local. Revista de divulgação cultural. v. 17, n. 58, p. 47-50, maio1995/abr.1996 UB000224575.
  • IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -  Site : IBGE
  • Vitrúvios - Fachwerk, a técnica construtiva enxaimel. 187.02 técnicaano 16, jul. 2016.








 Em Construção!!













9 comentários:

  1. Muito obrigado por esse olhar "outsider". Ficamos maravilhados com sua presença e que se repitam esses momentos. Grande Abraço professora Angelina.

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  2. Ohh....nós agradecemos a oportunidade! O que seria um olhar "outsider"? :)

    Seria muito bom, uma nova oportunidade.
    Abraço grande.

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  3. Sou descendente do austríaco Adolfo Stangler, presidente da Empresa Chapecó- Pepery,e nossa família tem todos os documentos dessa cidade de Itapiranga, desde a compra até as vendas da terra.

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  4. A história documental é muito importante. Vibro para que o Colégio das irmãs seja bem cuidado, enquanto elemento importante pertencente ao patrimônio histórico arquitetônico local, bem como o edifício do hospital (no meio do nada), creio que é a edificação mais antiga desta história toda. Estes locais poderiam receber o carinho de toda a comunidade e deixá-los aptos para receber este acervo, que na minha opinião, não pertence somente a uma família, mas é memória de toda uma comunidade e região.
    abraços cordiais e grata por compartilhar.
    Que bom ainda existam esta história documental.

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  5. Parabéns pelo blog Angelina Wittmann, sou visitante frequente faz tempo. As matérias são de alta qualidade e profundo conhecimento dos assuntos envolvidos. Sua redação e montagem das fotografias proporcionam uma leitura bastante agradável em temas que muito me interessam!

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    1. Oi André. Ahh que retorno agradável. Muito obrigada. Atingindo nosso objetivo que é compartilhar conhecimento a partir de nossa curiosidade, a partir da história. Abraços.

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  6. Bom dia, André. Agradeço seu retorno, pois somente jogo ao vento e quem tem a sintonia com o assunto absorve. Não penso muito e o faço, tal como uma religião. Aprendo muito e naturalmente sou curiosa.
    Muito obrigada. Fiquei muito feliz com seu retorno.
    Abraços de Blumenau.

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  7. Como um itapiranguense que não mora mais lá, achei muito interessante a história das antigas casas, inclusive de lugares que eu conheci, porém não sabia da história. Muito Obrigado pela publicação.

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    1. História linda e rica em persistência, coragem e muiito trabalho.
      Abraços,

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