O ambiente da pesquisa é gratificante, também pelas sinapses que ocorrem e que propiciam - que sejam efetuadas pontes através das sintonias.
Quando dávamos prosseguimento à pesquisa sobre a ferrovia - EFSC, conhecemos Dona Aiga Hering, apresentada por nossa saudosa amiga Tânia Fausto. Dona Aiga - solteira, seu nome era da família Deeke e pelo casamento, passou a se chamar Hering. Quando estivemos na reunião marcada em sua residência, já tinha lido todo o livro a Ferrovia no Vale do Itajaí - Estrada de Ferro Santa Catarina e fez comentários muito inteligentes sobre o assunto. Conversamos durante toda um tarde sobre todos os assuntos de política, economia à História de Blumenau - pretendíamos entrevistá-la e saber se possuía alguma contribuição para nossas pesquisas. Sentimos que tinha muito orgulho e alegria de sua família Deeke e também, de sua história.
Percebemos que estávamos na frente de uma pessoa culta, dotada de grande conhecimento e que participou, de maneira direta e também indireta, de muita das ações históricas e politicas de Blumenau, mesmo na condição de mulher.
Bem sabemos que a situação da mulher na sociedade, era diferente em décadas passadas. Sua juventude transcorreu nos anos de 1950 e 1960. Disse-nos que não poderia nos ajudar muito, como fonte de pesquisa, mas que poderia nos ajudar de outra maneira - apresentando seu primo - não conhecíamos Niels Deeke, nem de nome. Era uma pessoa muito reservada. A Dona Aiga Hering (Deeke) providenciou uma reunião nossa na residencia de Niels Deeke - a qual aconteceu na tarde do dia 9 de outubro de 2007.
Após conhecê-lo - concluímos que os primos Deeke possuíam muito em comum. Além do conhecimento, inteligencia e perspicácia, possuíam temperamentos fortes, respeitavam-se mutuamente, mas não conversavam muito entre si - talvez pelo temperamento.
Devemos a este momento propiciando por Dona Aiga Hering, a oportunidade de conhecer um dos maiores pesquisadores da história local, regional e estadual. Ele e sua esposa Dona Johanna, nos receberam em sua casa - no início da tarde, em um local cheio de história - muita história - e ficamos meio que anestesiados diante de tantos documentos nas paredes, corredores e mesmo diante de sua narrativa e de tanta história. O tempo transcorreu em outro ritmo e logo terminou a tarde. Parecia-nos algo surreal - algo que não era real. De tudo tão incrível, pela primeira vez esquecemos de fazer registros fotográficos, ou ao menos, pedir licença para fazê-los.
Aliás, fizemos somente uma foto - a foto do pesquisador em uma pose imponente da altura de toda sua sapiência, cuja olhar transmite todo seu desprezo pelo que via acontecer na cidade que sua família ajudou a construir, falou-nos isso. Pedimos permissão e fizemos a fotografia - usada na capa desta postagem.
Aliás, fizemos somente uma foto - a foto do pesquisador em uma pose imponente da altura de toda sua sapiência, cuja olhar transmite todo seu desprezo pelo que via acontecer na cidade que sua família ajudou a construir, falou-nos isso. Pedimos permissão e fizemos a fotografia - usada na capa desta postagem.
Talvez uma das poucas fotografias atuais que possuía, pois vimos esta estampada no cartaz do livro "Colônia Blumenau - no Sul do Brasil" - lançado no dia 2 de maio ultimo. Niels Deeke era neto de José Deeke e Emma Deeke e filho de Hercílio Deeke e Namy Deeke.
Parte do cartaz do livro "Colônia Blumenau - no Sul do Brasil" - Foto de Niels Deeke - 4° foto da esquerda para a direita - última fila. |
Dono de uma sapiência simples e sem ostentação. Niels Deeke falava tupi guarani fluentemente e conhecia quase tudo sobre a fauna e flora das matas brasileiras. Nem precisa dizer o quanto conhecia da história local e regional. Disse-nos que cresceu sob a mesa de trabalho de seu pai Hercílio Deeke, cuja residência foi demolida em 16 de maio de 2012 - localizada entre a Rua Getúlio Vargas e Sete de Setembro.
Hercílio Deeke foi prefeito de Blumenau e Deputado Federal - com isso o menino Niels Deeke cresceu acompanhando os acontecimentos mais importantes que envolviam sua cidade. Tinha um grande busto de seu pai no jardim de sua casa, quando o visitamos.
Hercílio Deeke foi prefeito de Blumenau e Deputado Federal - com isso o menino Niels Deeke cresceu acompanhando os acontecimentos mais importantes que envolviam sua cidade. Tinha um grande busto de seu pai no jardim de sua casa, quando o visitamos.
Hoje pesquisávamos nos arquivos de nossas correspondências eletrônicas encontramos as poucas que trocamos com o pesquisador e que atualmente são documentos históricos e como tal publicamos uma aqui nesse espaço. (Nesta única visita que fizemos em sua casa - nos disse que passeava pelos lugares de Blumenau anonimamente e que acompanhava as mudanças rudes que sua cidade sofria e lamentava muito).
A pesquisa nos possibilitou conhecer estas duas pessoas, personagens da História de Blumenau - Aiga Hering e Niels Deeke (Dois primos que se admiravam mutuamente pelo perfil muito semelhante - forte, característico dos Deeke's e por isso, talvez, mesmo respeitando-se, viviam afastados). Nós percebemos, quando um mencionou o outro, que admiravam-se mutuamente.
Compartilhamos a troca de uma - das poucas correspondências eletrônicas - ele disse-nos para nunca mencionar "e mails" - era grosseiro e não era correto. Não era de bom tom. Assim o fazemos até os dias atuais.
Compartilhamos a troca de uma - das poucas correspondências eletrônicas - ele disse-nos para nunca mencionar "e mails" - era grosseiro e não era correto. Não era de bom tom. Assim o fazemos até os dias atuais.
Fragmentos da história de Personagens...
da História de Blumenau.
Leituras complementares - Clicar sobre o título escolhido
- Despedida - Niels Deeke
- Hercílio Arthur Oscar Deeke
- Dona Emma e sua História - Um Pedaço da Colônia Blumenau
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