sábado, 24 de junho de 2023

Palhoça SC - 230 anos de História. Ocupações irregulares e crescimento desordenado


Palhoça tem sua história muito mais antiga que a história do Vale do Itajaí. Já existia na época, na qual o Salto existente no Alto Vale do Itajaí foi "disputado" por empresários de Blumenau, local onde surgiu a povoação, atual cidade de Ituporanga, então divisa entre Palhoça e Blumenau. De seu território antigo e primeiro, foi desmembradas inúmeras cidades com denominações atuais.
No mapa de 1907 é possível observar a espacialização território no início do século XX.
Palhoça fazia divisa com Blumenau, em 1907.Mapa Atlas Histórico de Santa Catarina.




Ano 1907.
Ano 2023.


Ano 2023.
Palhoça - 230 anos de História 

Dias Velhos chegou na Ilha de Santa Catarina, Nossa Senhora do Desterro, em 1651. Em 1771, Lages foi fundada por portugueses de São Vicente. Nesse período houve a necessidade de uma ligação entre as duas localidades, resultando na abertura de uma estrada que ligava Desterro a Lages, o caminho das tropas. 

Em 1777, houve a invasão dos espanhóis na Ilha. Por segurança, como aconteceu em todo Sul do país, temeroso aos espanhóis, o governo buscou povoar a região, através de incentivo de fundações de povoações na parte continental defronte a Ilha. O objetivo principal dessas povoações era dar guarita aos desterrenses, além de servir de escudo militar à Ilha no caso de novas invasões, tanto que Palhoça surgiu como uma área militar e com isso, conquistou sua autonomia geográfica dotada de uma grande extensão territorial.
 Conde de Resende - 13° Vice-Rei
do Brasil (1790-1801).
A necessidade de se criar um refúgio no continente, caso houvesse novos ataques à Ilha de Santa Catarina, fez com que o Governador da Província de Santa Catarina, Cel. João Alberto de Miranda Ribeiro enviasse uma correspondência ao Conde de Resende, vice-rei do Brasil, em 31 de julho de 1793, confirmando que Caetano Silveira de Matos construiria palhoças para guardar farinha na estrada que seguia até Lages. Esta data, 31 de julho de 1793, é considerada a data de fundação do povoado - embrião do que seria o município de Palhoça atual - portando, em 31 de julho de 2023, completam 230 anos deste feito histórico.
Antes deste tempo, as tropas de gado que abasteciam Nossa Senhora do Desterro desciam a estrada de Lages até o Morro do Tomé, de onde, margeando a praia, chegando até a foz do rio Imaruim, de onde, parte ia para a povoação de São José e parte, atravessava o canal até a povoação do Ribeirão da Ilha.
As tropas margeavam a praia, pois havia muita dificuldade para atravessar o mangue local, evitando também,  pagar pedágio em São José, na localidade de Passa Vinte. Por conta do aumento do trânsito local em função da demanda de alimentos provenientes do continente e a movimentação das tropas, foi construída uma estrada atravessando o mangue. Essa estrada contribuiu para o aumento da povoação e também, de sua população,  que se deslocou mais para o Sul, onde se desenvolveu a centralidade histórica de Palhoça
Em 1873, Palhoça foi elevada a condição de Distrito Policial e fazia parte do território de São José de Terra Firme que havia sido desmembrado de Nossa senhora do Desterro em 1833. 
Os primeiros colonizadores que chegaram à região foram os imigrantes portugueses e seus descendentes. Assentaram-se na Enseada de Brito e desse local - alguns buscaram sua propriedade nos arredores. Em fevereiro de 1747 chegaram imigrantes açorianos e da Ilha da Madeira na Ilha e de lá, algumas famílias migraram para a região de Palhoça. O objetivo do governo português D. João V em enviar casais açorianos e madeirenses, era de povoar as terras brasileiras e resolver o problema de excesso de população nos arquipélagos dos Açores e Madeira.
Palhoças de Pernambuco - semelhantes àquelas
construídas na foz do Imaruim.
Em
1824 teve início, em grupo organizado, a imigração alemã para o Brasil. Mais tarde, também chegaram no território de Palhoça. Acima de toda a argumentação sobre o que impulsionou a imigração alemã, destacamos a necessidade de se povoar o Sul do Brasil, subdesenvolvido e despovoado, por questões de segurança. Também fizeram parte da formação étnica de Palhoça, os italianos, que chegaram em 1790. 
O nome do município se deve às palhoças construídas no início de sua história. Edificações construídas com a técnica do pau-a-pique, cobertas com palhas, trazidas pelos descendentes de portugueses. Técnica semelhante àquela usada no embrião do enxaimel, ou, casas provisórias da região do Vale do Itajaí, pelos primeiros pioneiros alemães. Em Palhoça, foram construídas  na localidade da foz do Imaruim. 
Sua centralidade era bem definida sob o aspecto espacial, marcado pela presença da Igreja Matriz Senhor Bom Jesus de Nazaré, que tinha na sua frente a praça, semelhante ao Centro Histórico de São José. No lado direito da Igreja estava localizado o casarão da Prefeitura Municipal de Palhoça, também chamado de palacete.
A primeira nucleação urbana de Palhoça, onde denominamos de "Centro Histórico" de Palhoça, se encontra poucos resquícios de sua origem e como surgiu em torno de uma praça e de uma igreja, como acontecia na maioria das cidades de origens portuguesas e espanholas, a partir de suas colonizações, diferentemente de cidades de origem colonial alemã.
A primeira igreja - capela - de Palhoça foi construída em 1868. No final do mesmo ano, foi  iniciada a construção da Igreja Matriz, voltada para a nucleação urbana e para o mar. A matriz teve sua construção terminada em  1883, ainda sem as torres laterais. Embora houvesse sido construída, não foi logo provida de vigário. A paróquia foi oficialmente criada em 3 de maio de 1901, pela Cúria Diocesana de Florianópolis.
Em 1928, a Praça XV de Novembro já era abastecida de iluminação pública e de rede de telégrafos.
Primeira Capela de Palhoça construída em 1868, alvenaria com o campanário na torre junto ao corpo da edificação.
Em 1904, a Praça Sete de Setembro contava com sua primeira igreja, construída no estilo neoclássico. Construção que recebeu modificações posteriormente, como também, duas torres/campanários, um em cada um dos lados. Também é destacado o edifício de 1895, da antiga Prefeitura Municipal de Palhoça, ao lado direito da Igreja, construído por Antônio de Castro Gandra. Originalmente era uma característica construção neoclássica que sofreu descaracterizações, principalmente nas aberturas/janelas, que possuíam vergas retas, com o conjunto todo decorado com cimalhas e sem os arco existentes atualmente, passando a falsa ideia do estilo eclético.
Conjunto de arquitetura neoclássica.
Praça Sete de Setembro com eucaliptos - 1905. A igreja recebeu
 uma primeira torre no lado esquerdo. Acervo de Lupércio Lopes.
Curiosamente, em 1905, foram plantados  eucaliptos na praça, para "enxugar" o terreno local, em função da presença dos mangues.
Com isso, no entorno do vazio público - no local da futura Praça Sete de Setembro, surgem várias construções importantes,  que recebeu esse nome - como homenagem à passagem do Imperador Dom Pedro II e Imperatriz Tereza Cristina com sua comitiva em 7 de setembro de 1845. Na ocasião, foram visitar as Águas Termais de Santo Amaro do Cubatão que logo depois passou a se chamar de Santo Amaro da Imperatriz.
No início do século XX, surgiram construções em torno da praça para: comércio, escola, cinema, clube social, telefônica e residências de famílias mais abastadas - caracterizando e delimitando o espaço da centralidade. Nesse ano de 1905, também, foi implantada iluminação pública à base de querosene, substituída pela iluminação elétrica em 27 de novembro de 1932. Foram colocados cem postes para iluminação pública na centralidade de Palhoça.
A segunda igreja, a prefeitura e a Praça Sete de Setembro, Palhoça SC.


A praças e aos fundos, Prefeitura Municipal de Palhoça.

Google Earth 2023.


Fachada da antiga Prefeitura foi descaracterizada em alguma reforma.






A primeira escola de Palhoça foi construída em 1870. Era uma escola pública. Em 1872 o local passou a ser  um distrito Policial, com isso conquistando  a autonomia política-administrativa. Em 1894, Palhoça foi desmembrado de São José de Terra Firme sob os seguintes termos: 

Fica desmembrado da Parochia de São José, o Distrito Policial de Palhoça, para formar uma nova freguesia, sob a invocação de São Bom Jesus de Nazaré. A Praça recebe a denominação “Senhor Bom Jesus de Nazaré” .

Esse ato foi uma  represália política para São José. Como aconteceu no Vale do Itajaí, no período do Nacionalismo, em um ato de represália politica por parte do governador de Santa Catarina, que pretendeu mostrar sua "força" a São José de Terra Firme, em função do apoio que destinou, através de suas lideranças, aos monarquistas. que eram pessoas da sociedade catarinense e do Brasil que não aceitavam o golpe militar ocorrido no Brasil em 1889, conhecido na História, como Proclamação da República, o qual destituiu a monarquia na calada da noite por alguns parcos militares, fake news a traição.

Praça Sete de Setembro, em 1950 -  fotografada da Igreja Matriz.

Ocupação indiscriminada no entorno da praça.
Paisagem totalmente descaracterizada. Centro histórico de Palhoça.


Segunda Igreja Matriz Senhor bom Jesus de Nazaré.
Segunda Igreja Matriz Senhor Bom Jesus de
Nazaré demolida em 1984.
Arquiteto Wolfgang Ludwig Rau



A nova matriz e terceira Igreja Matriz Senhor Bom Jesus de Nazaré foi projetada pelo arquiteto suíço  Wolfgang Ludwig Rau  e  inaugurada em 6 de agosto de 1989, no dia do Padroeiro Senhor Bom Jesus de Nazaré. O arquiteto faleceu 20 anos após a inauguração.







Atual e terceira Igreja Matriz Senhor Bom Jesus de Nazaré - Google Earth 2023. Aspectos da arquitetura vernacular da região serrana de Urubici presentes nos adornos arquitetônicos como a rosácea e o revestimentos em forma de mosaico em dois elementos da fachada principal. Desprovida de torres e campanários no corpo do templo, este construído separadamente do corpo da igreja. Destaque para a poluição visual criada pela cabagem exposta nos postes - à frente da igreja.
"Palacete da administração municipal" em 22 de agosto de 1894.
A construção histórica - antiga Prefeitura de Palhoça, felizmente, ainda está presente na paisagem, ao contrário da antiga igreja matriz, construído originalmente no estilo neoclássico e depois sua arquitetura foi descaracterizada, quando fecharam parte do alto das janelas destacando os arcos. A antiga prefeitura, conhecida como "Palacete da administração municipal", foi projetada e construída por Antônio de Castro Gandra


Sua construção teve início em 1894, quando Palhoça oficialmente passou a existir em 24 de abril de 1894, como  Vila de Palhoça, sendo então desmembrada de São José. O "Palacete da administração municipal" foi inaugurado em 22 de agosto de 1895, completando nesse ano de 2023, 128 anos. 
Antônio de Castro Gandra residia em Tijucas e se casou com  Cantalicia Amália Varella em 6 de março de 1869, também em Tijucas. Foram pais de Antônio de Castro Gandra Filho, nascido nessa cidade. O mar, através das embarcações fluviais e marítimas, aproximava estas distâncias, ao contrário dos dias atuais, que a única opção de transporte é o rodoviário, há muito tempo colapsado.
Registro de casamento de Antônio - construtor da Prefeitura de Palhoça -  e Cantalicia Amália em Tijucas SC.


 
Registro de batismo de Antônio filho - em Tijucas.
A Prefeitura Municipal de Palhoça esteve instalada no  "Palacete da administração municipal" até 2004, quando oportunamente, para valorizar negócios fundiários de novos investimentos em novos loteamentos de alto padrão, o Centro Administrativo Municipal de Palhoça foi transferido para o Bairro Pagani. Este segregado do centro histórico de mais de 200 anos, pela rodovia intermunicipal BR 101, e contribuindo, ainda mais, para sua decadência, pois há marcas da ausência de planejamento urbano - no que tange a ocupação do solo nesse local. Também nesse lado da rodovia, onde estão "fabricando" novos "pedaços" de malha urbana muito valorizados, também surgiram outros loteamentos de alto padrão, como por exemplo o loteamento Pedra Branca.
O local construído, historicamente para receber a primeira prefeitura de Palhoça no final do século XX, inicialmente abrigava os três poderes municipais: a Superintendência (Prefeitura), a Delegacia de Polícia, o Juizado de Paz, a Cadeia Pública, o Conselho Municipal (atual Câmara de Vereadores) e o Tribunal de Júri. A Câmara foi oficialmente criada em 1947. Em 2000, a Biblioteca Municipal e o Procon foram transferidos para o local e atualmente é ocupado pela Secretaria da Assistência Social, totalmente destoante de sua vocação arquitetônica e histórica.
Construída por Antônio de Castro Gandra residia de Tijucas. Originalmente foi construída no estilo neoclássico. As marcas das aberturas retangulares ainda são perceptíveis nas fachadas. Foi descaracterizada.
As aberturas originais retangulares ainda são perceptíveis nas fachadas. Em 2023 - Google Earth. 
Nova Igreja Matriz e Antiga Prefeitura de Palhoça em tempos distintos.
Pedro Egydio Hoffmann
Alguns registros apontam que Palhoça teve somente dois cinemas. Matéria jornalística de ND+ aponta somente  o Cine Pax e o Cine Scharf. E onde está a memória do Cine Palhocense e o Cine Palece?
Mas antes do Cine Palace e outros, Palhoça teve um local onde se projetava o Cinema mudo - início do século XX, nas proximidades da praça. O cinema funcionava na casa do descendentes de imigrante alemão, nascido em São Pedro de Alcântara, Pedro Egydio Hoffmann casado com Maria Augusta Lehmkuhl. Residiam em São José da Terra Firme e depois em Palhoça, onde também foi prefeito. O cinema era conhecido como Cine Palhocense. Misteriosamente sofreu um incêndio.
Na década de 1920 foi aberto o segundo cinema de Palhoça, que durou até 1937, quando o edifício foi demolido para que no local fosse construído um local para o Clube Recreativo Sete de Setembro. Em 1939 iniciou a 2° Guerra Mundial.  Durante seu período, o edifício foi alugado  para receber o Cine Palace. Seu nome mudou, posteriormente, para  Cine Pax, que funcionou até 1971. Refletimos aqui que faltou em Palhoça, a figura de Gilberto Gerlach, responsável por manter viva a memória, na cidade vizinha, São José e também, o seu cinema.
Nessa edificação, também, funcionou a Biblioteca Pública Guilherme Wiethorn Filho criada em 1975. A impressão que se tem, dentro da realidade da cidade, é de que quando um edifício está vazio, mesmo que seja de grande valor histórico, ele é visto como um curinga útil. Mesmo que seu uso não seja adequado, é utilizado das mais diferentes maneiras, sem muita reflexão, criando o caos, quanto ao uso e a espacialização dentro do território do município. tornando sua arquitetura totalmente desqualificada e como consequência, em estado ruim de conservação e degradação. As novas construções, por sua vez, seguem o exemplo, gerando uma paisagem construída muito desconexa e feia.
Essa edificação foi demolida na década de 1980. Ninguém para tentar impedir. O que fez Gilberto Gerlach em São José, que hoje ostenta seu centro histórico orgulhosamente.
Johann Friedric Scharf.
O uso atual do Cine Palace é um banco. Para terminar, em 1967, foi inaugurado o Cine Scharf que exibiu filmes até 1981, quando Guilherme Scharf, seu fundador, faleceu. Guilherme Scharf, nascido em Palhoça, foi casado com  Antonietta Maria Pieri e faleceu em 26 de março de 1981. Guilherme era filho de Johann Friedric Scharf e de Anna Seemann. Residiam, também,  em Palhoça. 
Em 2010, o bairro "construído" Pagani,  que recebeu a nova Prefeitura de Palhoça, previu também,  a construção de Shopping Center e neste, um cinema.
A edificação do antigo Cine Scharf, já foi endereço de: supermercado, revenda de automóveis, banco, Lojas e atualmente, um supermercado novamente. Isso não é planejamento de cidade, dentro do seu Centro Histórico. Alguns historiadores locais lembram que a residência Scharf estava localizada junto à praça, até pouco tempo.
Centro Histórico de Palhoça descaracterizado e sem identidade.
Geograficamente, a região era uma região de mangue, tendo sido considerado a área com maiores  áreas de mangues da América do Sul. Pertinho da Praça Sete de Setembro havia um ribeirão chamado ribeirão Biguaçu que sempre tinha o nível de suas águas elevadas com chuvas mais fortes, com isso poucos moradores. As pessoas residiam habitualmente nos bairros vizinhos, como: Ponte do Imaruim, Passa Vinte, Aririú, Guarda do Cubatão e Barra do Aririú.
Ao longo do ribeirão Biguaçu localizado junto à Praça Sete de Setembro, atrás do Cine Palace, até meados do século XX, existia um  mercado com um porto de embarque para lanchões, uma banca para comercializar os peixes da região, e um pequeno açougue. Desse porto partiam as embarcações, todas as terças-feiras, transportando as pessoas e mercadorias oriundas de Lages, Bom Retiro, Rancho Queimado, Rio dos Bugres, Santo Amaro e do interior da freguesia, (trazidas pelos tropeiros) com destino à Nossa Senhora do Desterro.
Palhoça possuía o mangue que levava, através do rio Biguaçu, água para o oceano. É pertinente lembrar que Palhoça destacava-se no cenário nacional com um dos maiores ecossistemas costeiros, de transição entre o ambiente terrestre e o marinho da América do Sul. Atualmente é uma área naturalmente degradada. No mapa, onde está marcado Ribeirão - é a foz do Ribeirão Biguaçu.






Formação Administrativa de Palhoça

A povoação foi criada com a denominação de Senhor Bom Jesus de Nazaré da Palhoça, pela Lei Provincial n.º 949, de 8 de novembro de 1882, subordinado ao município de São José de Terra Firme. Depois, em 28 de setembro de 1886 se tornou distrito Senhor Bom Jesus de Nazaré da Palhoça, através da Lei Provincial n.º 1.141. Em 24 de abril de 1894 foi promovida à Vila de Palhoça, sendo então desmembrada de São José. Palhoça possuía 4 distritos: Palhoça, Enseada de Brito, Santo Amaro do Cubatão e Teresópolis. Sua instalação aconteceu em 27 de abril de 1894. Através da Lei Municipal n.º 8, de 22 de setembro de 1902 é criado o distrito de Santa Izabel e anexado ao município de Palhoça.
Em 1911, Palhoça possui 6 distritos: Palhoça, Enseada do Brito, Santo Amaro do Cubatão, Teresópolis, Santa Izabel e Santa Tereza. Em 29 de março de 1917 recebe o distrito de Núcleo Anitápolis e em 23 de novembro deste mesmo ano distrito de São Bonifácio do Capivari.
Se tornou cidade em 22 de agosto de 1919, sob a Lei Estadual n.º 1.245. Em 1920, Palhoça possuía  8 distritos: Palhoça, Santo Amparo do Cubatão, Enseada do Brito, Teresópolis, São Bonifácio do Capivari, Santa Isabel, Núcleo Anitápolis, e Santa Teresa. Em 4 de outubro de 1922, Bom Retiro (Santa Tereza), que tinha se limite junto à Blumenau e fazia parte de seu território até Urubici, é desmembrado do território de Palhoça. Esse desmembramento aconteceu sob a Lei Estadual n.º 1.048.
Em 11 de dezembro de  1930 o município de Garopaba é extinto, sob o Decreto Estadual n.º 25. Seu  território e o distrito de Paulo Lopes foram anexados ao território do município de Palhoça.
Em 1° de dezembro de 1938 sob o Decreto Estadual n.º 238, o distrito de Santa Isabel passou a se chamar Rancho Queimado que é desmembrado de Palhoça em 31 de dezembro de 1943, sob o Decreto-lei, para formar o novo município de São José. Sob o mesmo decreto anterior, o distrito de Santo Amaro passou a se chamar Cambirela e o distrito de Teresópolis passou a se chamar Queçaba.
Em 30 de dezembro de 1948, sob a Lei Estadual n.º 247, o distrito de Cambirela passou a se chamar  Santo Amaro da Imperatriz,. A divisão territorial datada de 1950, Palhoça tem 8 distritos: Palhoça, Anitápolis, Enseada do Brito, Garopaba, Paulo Lopes, Queçaba, Santo Amparo da Imperatriz (ex-Cambirela) e São Bonifácio, quando em 6 de junho de 1958, sob a Lei Estadual n.º 344, são desmembrados de Palhoça, os distritos de Santo Amaro da Imperatriz, Anitápolis e Queçaba para formar o novo município de Santo Amaro da Imperatriz.
Em 1960, o município possui 5 distritos: Palhoça, Enseada do Brito, Garopaba, Paulo Lopes e São Bonifácio. Em 19 de dezembro de 1961, sob a Lei Estadual, o distrito de Paulo Lopes é desmembrado de Palhoça e na mesma data sob a Lei Estadual n.º 795, o distrito Garopaba. Também é 23 de agosto de de 1962 é vez do distrito de São Bonifácio ser desmembrado sob a Lei Estadual n.º 840.
Em 1963, Palhoça possuía somente 2 distritos: Palhoça e Enseada do Brito, configuração atual.

Alguns registros atuais da malha urbana mais antiga de Palhoça
A imagens comunicam...














Novos bairros, cuidar da cidade de maneira "descartável".





Paisagem natural, mesmo depois de tanta degradação, ainda é exuberante. Morro do Cambirela que separa a cidade de São Bonifácio, que já foi seu distrito.

Paisagem natural, mesmo depois de tanta degradação, ainda é exuberante. Morro do Cambirela que separa a cidade de São Bonifácio, que já foi seu distrito.















Um  registro para a História.
Sob Revisão...
Referências
  • BAUER, Jonei; SOHN, Ana Paula Lisboa. O Caminho das Tropas Desterro-Lages e o legado patrimonial: potencialidades para o desenvolvimento do seu turismo cultural. Interações (Campo Grande), v. 19, n. 3, p. 655-677, 2018.
  • BAUER, Jonei; Turismo Cultural pelo Caminho das Tropas Desterro-Lages - Disponível em: https://www.portaldorancho.com.br/portal/turismo-cultural-caminho-das-tropas-desterro-lages . Acesso em 24 de junho de 2023 - 2h11.
  • COELHO, Neusa Bernado. As Primeira Praças de Palhoça. História em foco com Neusa Coelho. Portal Palhoça. Disponível em: https://portalpalhoca.com.br/coluna/historia-em-foco-com-neusa-coelho/as-primeiras-pracas-de-palhoca . Acesso em 23 de junho de 2023 - 16h45.
  • LOPES, José Lupércio. Monografia do Município de Palhoça. Cysne: Florianópolis, 1919.
  • OLIVEIRA, Alessandra. ND+, 30/07/2011 - 14h15. Palhoça SC. Disponível em: https://ndmais.com.br/cinema/palhoca-teve-dois-cinemas-mas-ficou-sem-nenhum/ - acesso em 23 de junho de 2013, 13h36.
  • SILVEIRA, Claudir. Palhoça. Edição do Autor: Palhoça, 1980.
  • ZACCHI, Giancarlo Philippe. Retratos de Palhoça. Edição do Autor. Florianópolis, 1991.
Eu sou Angelina Wittmann, Arquiteta e Mestre em Urbanismo, História e Arquitetura da Cidade.
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