quinta-feira, 14 de julho de 2022

Altona no início do século XX Ilustrada em uma Fotografia Panorâmica


Encontramos em uma parede, passando despretensiosamente e de maneira desapercebida - de repente sem mais ser reconhecido os locais,
este registro foi feito após a inauguração da ferrovia Estrada de Ferro Santa Catarina EFSC e antes da fundação da Electro Aço Altona, pois nela está somente a residência de Karl Ernst Auerbach que iniciou a fundição e a oficina que deu origem a firma da Altona e também conta com a linha da ferrovia. Registro importante , inédito e panorâmico, coisa incrível para o tempo histórico. 
Também sobre a foto e com a o auxílio do Mapa desenhado pelo Professor Marx Humpl, é possível destacar alguns residentes, personalidades da história local, da época e pontos, como a Escola Alemã - Deutschschule - atual Escola Machado de Assis, bem como o leito do Ribeirão do Tigre.

Relembrando...

A comunidade Altona foi fundada em 1866 por imigrantes, oriundos da região próxima a Hamburg, norte da atual Alemanha. Altona, no dialeto hamburguês "All-zu-nah”, nome de um bairro perto de Hamburg, na Alemanha. E também assim era chamada Altona da Colônia Blumenau nas primeiras décadas de sua existência - no dialeto hamburguês
Posteriormente a região de Altona passou a se denominar de Itoupava Seca
No início da povoação - século XIX e início do século XX, haviam duas pequenas fundições. Uma de propriedade de Luis Altenburg Jr. e sócio Gotthilf Grall e outra, fundição de propriedade de Karl Ernst Auerbach, cuja propriedade está na fotografia histórica. A fundição de Auerbach, que fabricava pequenas máquinas, em 1923 se associou a oficina elétrica do Engenheiro Richard Paul Werner e após 10 anos, passou a se chamar Electro Aço Altona. 
Podemos afirmar que esta fotografia histórica foi feita entre 1909 e 1920. 
A região fotografada apresenta esta configuração na atualidade, detalhada neste Blog, nas postagens sobre a Kreutzkirche, Casa Salinger, Cervejaria de Otto Jennrich, Um Voltinha no Bairro de Itoupava Seca, entre outras. Estão listadas no final desta, para leituras complementares.
Local da fotografia - via Google Earth em 2022.




Se tiver interesse, clicar sobre a foto, que poderá observar inteira. Se não conseguir, acesse este link (Clicar sobre): Fotografia Histórica Altona.

Para facilitar a observação da fotografia histórica nesta página, dividimo-na em três partes:







Escola Alemã - Altona - Atual Machado de Assis. 



Blumenau, Itoupava Seca, 1890. Fundição e Oficina de Karl Ernst Auerbach. Auerbach adquiriu esta propriedade da  viúva Römer, então casada com Jakob Gräser. Depois ele vendeu para Gottlieb Reif e este para Luiz Probst, em 1899. À esquerda, construções que Auerbach vendeu para Christian Dittrich e Heinrich Probst e, em 1910, vendida para Luis Altenburg Jr.  Depois ficou residência, no local onde está atual Electro Aço Altona. Fonte da imagem: GERLACH, 2019.
Casa Salinger - importante Casa Comercial e Industrial com dezenas de foliais na Colônia Blumenau, cujo patrimônio edificado faz parte do patrimônio da FURB, nos últimos anos e está em estado de ruinificação.
A Fotografia Histórica um pouco maior, inteira, acompanhado do mapa desenhado pelo Professor Marx Humpl.




























Leituras Complementares - Clicar sobre o título escolhido:
Referências

BAUMGARTEN, Christina. A engenharia do sonho :registro histórico dos oitenta anos da Electro Aço Altona S.A. Blumenau: HB Editora, [2003] - 175 p. :il.

BRANDE. Altona: rumo aos 100 anos com muito orgulho!A empresa está comemorando 95 anos como uma das mais conhecidas globalmente no seu segmento. NSC +.08/03/2019 - 13h24 - Atualizada em: 11/03/2019 - 16h52. Disponível em:https://www.nsctotal.com.br/noticias/altona-rumo-aos-100-anos-com-muito-orgulho. Acesso em: 03 de julho de 2021 - 17:17h.

GERLACH, Gilberto Schmidt. Colônia Blumenau no sul do Brasil.  Gilberto Schmidt-Gerlach, Bruno Kilian Kadletz, Marcondes Marchetti, pesquisa; Gilberto Schmidt-Gerlach, organização; tradução Pedro Jungmann. – São José : Clube de Cinema Nossa Senhora do Desterro, 2019. 2 t. (400 p.) : il., retrs.

HUMPL, Max. Crônica do vilarejo de Itoupava Seca : Altona: desde a origem até a incorporação à área urbana de Blumenau 1.ed. Méri Frotschter  Kramer e Johannes Kramer (organizadores). Escrito em 2018. Blumenau: Edifurb, 2015. 227 p. : il.

MORETTI, Silvana Maria. Fábrica e Espaço Urbano: A influência da Industrialização na Formação dos Bairros e no Desenvolvimento da Vida Urbana em Blumenau. Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Geografia, Orientador: Prof. Msc. Luís Fugazzola Pimenta. Florianópolis/SC, janeiro de 2006.

SILVA, José Ferreira da. A História das antigas cervejarias de Blumenau. Blumenau, Revista Blumenau em Cadernos, Fundação Cultural de Blumenau, tomo III, n. 9, set. 1960.


Eu sou Angelina Wittmann, Arquiteta e Mestre em Urbanismo, História e Arquitetura da Cidade.
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