sexta-feira, 2 de junho de 2023

Grupo Sarandeiros - Belo Horizonte - MG 15° Festfolk

Na sequência das apresentações da noite de 30 de abril, do 15° Festfolk, na Vila Germânica, chega o momento do Grupo Sarandeiros  de Belo Horizonte se apresentar. Apresentaram coreografias de várias etnias, com danças de "Terreiros" que traz para a cena os Orixás das religiões de matrizes afrobrasileiras. A apresentação foi iniciada com a coreografia de Oxóssi, orixá caçador guardião das florestas. Depois foi apresentado os cortejos de Maracatu sob as bênçãos de Xangô e Iansã. Na sequência aconteceu a coreografia de Ogum em uma tradução do Maculelê através do orixá da guerra. E no final da apresentação um Xirê – uma roda onde os filhos dançam com e para os Orixás.
Sua apresentação durou em torno de 15 minutos. Seus coordenadores são  Petrônio Alves e Marcos Liparini

Um Comentário:
Tomamos como exemplo a apresentação do Grupo Sarandeiros para explicar e ilustrar alguns apontamentos que fazemos em alguns momentos e compartilhamos aqui, sobre a abordagem da cultura presente no grande continental Brasil.  As regiões de Minas Gerais, Bahia e Rio do Janeiro receberam grande influência da cultura da África, mais que outras regiões do país, por seu relevante papel político social e econômico dentro de um determinado período histórico, a partir da grande população dessa etnia presente em seus locais, e de sua cultura que faz parte da formação indentitária local, junto com a cultura portuguesa, elite neste mesmo período mencionado.  Isso explica, a presença de folcloristas no palco, durante essa apresentação, descendentes desse povo que trouxe esta cultura para o Brasil, com pessoas de outras etnias, sem causar estranheza, como muitas vezes causam, em Blumenau e região, quando observam pessoas que participam das práticas da cultura alemã ou italiana fazendo parte de práticas semelhanças. A censura não vem do lados das pessoas que praticam as atividades de maneira hereditária, mas sim, das comunidades externas e muitas vezes, da própria família daqueles que desejam contribuir e participar, com frases ditas, como por exemplo: "Por que participas, se tu nem és alemão!" Troquem a situação e afirmem dessa maneira às outras práticas étnicas, como essa do palco do grupo mineiro e diga: "Por que participas, se tu nem africano!". Por ser o Brasil um país com território tão grande, jovem e multiétnico, uma colcha de retalho cultural, é importante a prática regional da identidade de cada um dos seus lugares e o não  pertencimento formal deste ou daquela no grupo, não importa - sob aspecto étnico. As práticas locais de cada região, que são muitas no país, devem ser respeitadas e praticadas por quem desejar fazê-lo, independentemente de sua herança étnica, enaltecendo a cultura local, com TODOS participando, independente da cor dos olhos, cabelos e tez. Linda apresentação  Grupo Sarandeiros.

As imagens comunicam...
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Um registro para a História.
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Eu sou Angelina Wittmann, Arquiteta e Mestre em Urbanismo, História e Arquitetura da Cidade.
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