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Hermann Ernst Ludwig Wendeburg e a sua residência - atual edificação mais antiga na paisagem do Vale do Itajaí, construída em1858. Está localizada no Boulevard Wendeburg - Conhecida Rua das Palmeiras, no Centro Histórico de Blumenau - parte do Museu da Família Colonial. |
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Biblioteca Central da UFSC - Documentos e ofícios do século XIX advindos de Blumenau, endereçados a capital da Província. A doação do material foi feita pela família Renaux de Brusque à pesquisa. Até então era considerado material inédito. |
Ao pesquisarmos na Biblioteca da Universidade Federal de Santa Catarina - Setor de Documentos Raros - entre os documentos históricos da Colônia Blumenau encontramos muitos ofícios e documentos assinados pelo diretor interino da Colônia Blumenau - Hermann Wendeburg.
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Amostra, de um, de inúmeros ofícios oficiais assinados por Hermann Wendeburg entre os anos de 1865 e 1869, como dirigente da Colônia Blumenau. Trabalho esse que foi acompanhado de perto pelo governo brasileiro. |
Observando-se o conteúdo deles, é fácil perceber a dedicação e montante de problemas desse homem público, entre outras atividades, e de como se ateve a detalhes durante seu trabalho, que se iniciou no momento de sua chegada à Colônia, como o assessor do fundador dessa - Hermann Blumenau. Seu cargo era de guarda-livros, mais tarde, acumulando o de diretor interino da Colônia Blumenau, em suas primeiras décadas de história.
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Fotografia de documento assinado por Hermann Wendeburg, de julho de 1865, encontrado no Setor de Documentos Raros da Biblioteca da Universidade Federal de Santa Catarina-UFSC. Alguns de seus feitos. |
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Do livro: História de Blumenau,de José Ferreira da Silva. |
Trabalhou com os problemas de uma colônia "alemã" que estava sendo instalada do zero, durante a ausência de 4 anos do fundador.
De acordo com José Ferreira da Silva, na página 85 de sua publicação - História de Blumenau, Hermann Blumenau embarcou para a Europa - sem previsão de retorno - como representante do governo brasileiro, para contornar as denúncias de maus-tratos ao imigrante "alemão", principalmente nas fazendas de café, onde este vinha ocupando paulatinamente o lugar da mão de obra escrava. E também para apresentar, através de propaganda de convencimento, as "vantagens" para que os "alemães" migrassem para o Brasil e para a Colônia Blumenau.
Antes de embarcar, após sanadas algumas providencias e ter deixado Hermann Ernst Ludwig Wendeburg na direção da Colônia Blumenau, seu fundador partiu para Europa em 18 de março de 1865, onde permaneceu por 4 anos, tentando cumprir sua tarefa - tal qual fez Georg Anton Von Schäffer, a mando de José Bonifácio, na década de 1820. Hermann Wendeburg administrou a Colônia Blumenau durante sua ausência. Observando a história conhecida e as correspondências que encontramos no Setor de Documentos Raros da Biblioteca Central da Universidade Federal de Santa Catarina, Wendeburg cumpriu muito bem sua missão, sendo até mesmo responsável pela organização do pelotão que ficou conhecido como "Voluntários da Pátria", que esteve na Guerra do Paraguai. Wendeburg "furou" a onda.
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Fotografia de documento assinado por Hermann Wendeburg, encontrado no Setor de Documentos Raros da Biblioteca da Universidade Federal de Santa Catarina-UFSC. Muitos nomes de imigrantes alemães foram “abrasileirados”, como, por exemplo: Emil/Emílio; Franz/Francisco; Louis/Luiz; Karl/Carlos; Rudolph/ Rodolfo; Johann/João; Ernest/Ernesto; Willhelm/Guilherme; Heinrich/Henrique; Michael/Miguel; August/Augusto. Fotografia de 2015. |
Quem foi Hermann Ernst Ludwig Wendeburg que administrou a Colônia Blumenau entre 1865 e 1869?
Hermann Ernst Ludwig Wendeburg
Como acontecia nos primeiros anos da Colônia Blumenau, Hermann Wendeburg, como o chamaremos doravante, foi um imigrante "alemão" que migrou para o Brasil em 15 de julho de 1853, com 27 anos de idade. Seguindo a tradição, na intimidade, entre amigos e familiares, era chamado pelo segundo nome, então era conhecido como Ernst.
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Localização onde nasceu Hermann Wendeburg em 2 de fevereiro de 1826. |
Hermann Wendeburg nasceu em 2 de fevereiro de 1826 na cidade Groß Förste, Landkreis Hildesheim, Niedersachsen, no território que viria a pertencer à Alemanha, em 1871.
Wendeburg chegou a Blumenau no ano de 1853 e de imediato ocupou o cargo de Secretario-tesoureiro de Hermann Blumenau. A partir de 1860, passou também a exercer a função de guarda-livros - no qual permaneceu até falecer, no dia 13 de janeiro de 1881. Nesse ano, 1860, o Governo brasileiro encampou o empreendimento de Hermann Blumenau, sua colônia privada, que passou a ser uma colônia imperial. O fundador passou a ser funcionário público - no cargo de Diretor da Colônia. Foi mantido na sua direção até a elevação da colônia à categoria de município, em 1880.
Como diretor, em 1865, mais uma vez Hermann Blumenau viajou como agente público, só que agora, do Brasil para a Europa, representando o governo do Brasil. Na década de 1840, chegou ao Brasil, como agente que representava o governo "alemão", para averiguar a situação dos imigrantes "alemães" nas fazendas de café do Sudeste do Brasil. Retornou à Europa, para fazer o contrário daquilo que viera fazer, quando chegou ao Brasil.
Antes desta data de 1865, em 8 de novembro de 1857, Wendeburg se casou com a filha de Carl August Herbst e de Auguste Amalie Luise Rössel, Hulda Jeny Gertrud Herbst, nascida em 15 de junho de 1835 em Goldberg, Goldberg-Haynau, Liegnitz, Schlesien, Prussia, no território que pertenceria a Alemanha em 1871. Quem oficiou o casamento de Hermann Wendeburg e Hulda Jeny Gertrud Herbst foi o Pastor Oswald Hesse. O casal já tinha o primeiro filho Paul Eberhard Hermann, nascido em fevereiro desse mesmo ano.
Em 1858, a família Wendeburg construiu sua casa na Palmenalee - Rua das Palmeiras, podendo ser vista e visitada até o momento presente.
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Localização da Residência Wendeburg. |
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A Casa Wendeburg foi construída em 1858, no ano seguinte que Hermann Wendeburg se casou. Parte do "Museu Família Colonial" e muito pouco sobre sua história há no local, como também aqueles que lhes sucederam e são responsáveis pela preservação do patrimônio - Família Schwarzer, Rohkohl e Dietrich, gerações de uma mesma família. |
O casal Wendeburg teve 5 filhos:
- Paul Eberhard Hermann Wendeburg (17.02.1857)
- Clara Auguste Wilhelmine Wendeburg (03.04.1860) -
- Edith Julie Emmy Wendeburg (02.08.1863)
- Anna Eugenie Alma Wendeburg (15.03.1867)
- Hermann Oswald Wilhelm Wendeburg (31.07.1870)
Clara Auguste Wilhelmine Wendeburg, sua segunda filha, se casou com Joaquim José de Souza Corcoroca, que morreu afogado em uma estrada alagada de Itajaí, em agosto de 1877. O genro de Wendeburg trabalhava na Agência de Terras e Colonização e fazia parte da Comissão de Engenheiros da região.
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Hermann Wendeburg e Hulda Herbst com os primeiros filhos, Paul e Clara. |
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A Casa de Hermann Wendeburg na paisagem atual do Centro Histórico de Blumenau. |
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O livro Colônia Blumenau - Sul do Brasil apresenta este registro fotográfico feito no ano de 1867. A publicação de SANTIAGO 2001, Acib - 100 Anos Construindo Blumenau, publicou que a data dessa é 1860. Mas dá para ilustrar de como era a espacialização do Stadtplatz da Colônia Blumenau - durante a administração de Wendeburg e a localização de sua residência. |
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Capa do livro Fachwerk - a Técnica Construtiva Enxaimel - 2019. |
A casa de Hermann Wendeburg está na paisagem do Centro Histórico de Blumenau, antiga centralidade da Colônia Blumenau, até os dias atuais; e, por sua importância, sua fotografia ilustrou a capa de nosso livro sobre enxaimel Fachwerk - a Técnica Construtiva Enxaimel, publicado em 2019. Em 1880, a casa foi comprada pelo advogado Paul Schwarzer, um ano anterior ao do falecimento de Wendeburg, e ano da grande enchente. Fica uma lacuna em branco sobre como aconteceu a venda e compra do imóvel e por quê?
Por que não há mais dados sobre a vida dessa personalidade tão importante da história de Blumenau, e cujo trabalho é tão documentado, por meio de seus próprios trabalhos, textos oficiais que foram guardados fora de Blumenau?
A casa que foi sua e de sua família, compondo a paisagem da Colônia Blumenau, foi herdada pela filha de Schwarzer e esposa de Otto Rohkohl, primeiro diretor da EFSC. Essa família cuidou da casa até sua última herdeira repassar o imóvel para a municipalidade. Nela residiram o viúvo Rohkohl e sua filha, Renate Luise (Rohkohl) Dietrich e o marido Werner Dietrich. O casal Dietrich não teve filhos, e fez a doação do patrimônio histórico arquitetônico à cidade de Blumenau em 1964, com direito a usufruto, quatro anos antes do falecimento de seu pai, Otto Rohkohl.
Renate oficializou em cartório a doação de sua residência, construída em 1858 por Hermann Wendeburg, para a Fundação Cultural de Blumenau fazer uso após seu falecimento, que aconteceu em 1997, ocasião em que o patrimônio foi incorporado ao complexo do Museu da Família Colonial com todo o acervo familiar. Essa casa representa a história material dos primeiros anos de existência de Blumenau.
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A carismática Renate Luise Rohkohl, sentada a uma das portas da propriedade que pertenceu a Hermann Wendeburg, seu primeiro proprietário, e que fora adquirida por seu Opa e Oma, em 1880. Fonte: Fundação Cultural de Blumenau - Arquivo Histórico José Ferreira da Silva. |
Em 18 de março de 1865, conforme mencionado, com a partida do fundador Hermann Blumenau para a Europa, Hermann Wendeburg ficou com a reponsabilidade de administrar a Colônia Blumenau, que contava 15 anos de existência e deixou de ser uma colônia privada e passou a ser um colônia imperial. Wendeburg contava com a idade de 39 anos.
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Assinatura de Hermann Wendeburg nos documentos oficiais. |
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Comenda da Ordem da Rosa. Reconhecimento ao trabalho de Wendeburg. |
Dirigiu a Colônia Blumenau por 4 anos, e talvez tenha sido um dos grandes responsáveis pelo êxito de seu desenvolvimento. Enquanto isso, Hermann Blumenau estava na Europa fazendo contatos, merchandising e lobby para atrair imigrantes à Colônia Blumenau. Em sua vida particular, se casou com Bertha Louise Repsold, nascida em 22 de outubro de 1833, em Hamburg.Quando fazia mais de 2 anos que Hermann Blumenau estava na Europa, houve um reconhecimento do governo brasileiro ao trabalho de Hermann Wendeburg, a frente da administração da Colônia, que na região, na época, foi publicado pela Igreja Luterana Centro-Blumenau, como de fato aconteceu. Wendeburg recebeu do Imperador D. Pedro II, a comenda da Ordem da Rosa.
Uma curiosidade sobre esta comenda é de que foi criada em 17 de outubro de 1829 pelo Imperador Pedro I para homenagear sua segunda esposa, Amélia de Leuchtenberg. Dona Amália apreciava rosas e as cultivava.
Portanto, Hermann Wendeburg foi um Cavaleiro da Ordem da Rosa.
Por que aconteceu esse prêmio?
Foi resposta a uma iniciativa ousada de Hermann Wendeburg. De acordo com a publicação "ACIB - 100 anos Construindo Blumenau" (páginas 20 e 21), e também da publicação "História de Blumenau" de José Ferreira da Silva, o diretor interino da Colônia Blumenau, Hermann Wendeburg, em 1867 enviou para a Feira Internacional de Paris, relatórios, quadros estatísticos, mapas, curiosidades sobre a fauna e a flora e amostras de produtos agrícolas e manufaturados na Colônia Blumenau.
O Conjunto de Blumenau agradou tanto o corpo de jurados da feira francesa que concedeu ao mesmo, um dos doze prêmios distribuídos durante o evento de 1867: a grande medalha de ouro e dez mil francos em dinheiro. Restou ao Imperador D. Pedro II, igualmente, reconhecer o trabalho de Hermann Ernst Ludwig Wendeburg, com a comenda, tornando-o um Cavalheiro.
O Dr. Blumenau acha-se atualmente, há mais de três anos, na Alemanha para cuidar dos interesses de uma livre imigração alemã para o Brasil. Lá ele veio saber da gloriosa distinção, de que na Exposição Internacional de Paris em 1867, seu sistema de colonização, sua Colónia, recebeu a medalha de ouro; sempre mais e cada vez mais geral lhe está sendo proporcionado o reconhecimento, a tanto tempo retido, pelos esforços honestos e inteligentes que tem empregado.
Grande mérito lhe cabe também pelo fato de ter sabido escolher, principalmente no interesse da colónia, e tornar seus colaboradores, os seus funcionários, de forma que em consequência disso nosso atual Diretor, Hermann Wendeburg, que com orgulho se diz discípulo do Dr. Blumenau, dirige os negócios da colónia tão bem, que quase não se nota a ausência do Dr. Blumenau, tendo recebido por parte do Govêrno Imperial honroso reconhecimento (ele é Cavaleiro da Ordem de Rosas) e repetidos elogios e por parte dos colonos, provas de afetuosa gratidão e incondicional confiança. Nascido em Foerste, perto de Hildesheim, em 2 de fevereiro de 1826, chegou a Blumenau em 15 de julho de 1853, tendo dedicado durante 14 anos, sem esmorecimento, seus esforços à colónia, como Secretário, Guarda Livros e como Diretor. Página 37 - Pastor Max-Heinrich Fios, 1961
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Feira Internacional de Paris 1867. Napoleão III era o anfitrião. Fonte: Wikipédia. |
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Feira Internacional de Paris 1867. Napoleão III era o anfitrião. Fonte: Wikipédia. |
Durante seu governo, entre outras obras e feitos, foi aberto o primeiro caminho por terra, entre Blumenau e Itajaí. Quando Hermann Blumenau retornou à Colônia Blumenau, em 1869, Wendeburg continuou no cargo de guarda-livros, no qual permaneceu até falecer precocemente, em 13 de janeiro de 1881. Foi publicado um depoimento sobre estes dois "Hermanns" - Blumenau e Wendeburg, que de maneira sintética, ilustra a diferença entre estes dois personagens no âmbito da sociedade vigente na Colônia Blumenau.
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Fotografia rara com Hermann Blumenau, Hermann Wendeburg, junto com engenheiros agrimensores, no ano anterior ao falecimento de Wendeburg. Fonte: GERLACH, 2019. |
Nesta publicação é evidenciada que a Rua das Palmeiras, recebeu o nome de Boulevard Wendeburg em homenagem a Hermann Wendeburg feita pelo próprio fundador, Hermann Blumenau.
Hermann Wendeburg está sepultado no Cemitério Luterano Centro, Blumenau.
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Cemitério Luterano Centro - Blumenau. |
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Cemitério Luterano Centro - Blumenau. |
A Rua das Palmeiras, em homenagem a Wendeburg, passou a se chamar de Boulevard Wendeburg. Após a 2ª Guerra, quando já se chamava Alameda Dr. Blumenau, passou a se chamar Alameda Duque de Caxias.
Atualmente, o nome da Rua das Palmeiras poderia ser restaurado como Boulevard Wendeburg, sugestão de Hermann Blumenau.
Justa homenagem, alinhada ao patrimônio arquitetônico de 1858, sua residência, ainda presente na paisagem do Centro Histórico de Blumenau.
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Recebendo pavimentação asfáltica e o fluxo de Ônibus sentido Norte/Sul junto às edificações históricas, em 2014. |
Hermann Wendeburg e a Sociedade
Wendeburg foi atuante em sua vida social. Desde a sociedade fundada para efetuar melhorias da técnica agrícola e pastoril, até a Sociedade de Tiro, Stammtisch, Igreja, entre outras.
Sociedade de Canto
Wendeburg participava da Sociedade de Canto da Colônia Blumenau, fundada em 3 de agosto de 1863. Seus colegas de canto foram: Karl Wilhelm Friedenreich (Presidente), Victor Gärtner (secretário), Pastor Oswald Hesse (dirigente musical), Franz Sallentien, Georg Repsold, F. Löscke, Gustav Spierling, H. Breithaupt, Emil Odebrecht, Oswald Zwicker, Viktor von Gilsa, E. Meyer, Dr. Knoblauch, O. Kluge, H. Willerding, C. Sasse e Julius Baumgarten. Em 10 de agosto de 1865, passou a se chamar Sociedade de Canto Germania.
Kulturverein
De todas as sociedades fundadas pelos primeiros imigrantes "alemães" no Vale do Itajaí, a Kulturverein se destacou, porque mantinha relações com todas as áreas importantes de uma colônia em formação, a partir das ações de suas principais lideranças. A primeira preocupação dos pioneiros foi a de promover uma produção com base na propriedade agrícola (ideário de Quasnay), que rendesse uma quantia significativa em pouco espaço de tempo para compensar o trabalho nas propriedades com a melhor tecnologia e meios disponíveis. Com este objetivo, se organizaram a partir do Kulturverein, que propiciava fomentar um amplo debate entre os colonos (neste momento eram todos os primeiros imigrantes), sobre questões que trariam melhorias na produção agrícola através de novas tecnologias e novos produtos, bem como, a troca de ideias e experiências de cada um.
Wendeburg foi um dos entusiastas e um dos fundadores da Kulturverein. Junto com ele, estiveram entre os idealizadores: Willhelm Friedenreich, Rohlacher, Faust, Sametzkl, Baucke, Schäffer, Külps, G. Schäffer, L. Sachtleben, Benz, Lobedan, Wehmuth, Ernest, Henr, Weise, Breithaup, Lösecke e Johann Jarschow. A iniciativa foi de Willhelm Friedenreich, que convidou os demais para o ato de criação da Sociedade em sua residência, no dia 19 de julho de 1863.
O Conselho da Igreja Evangélica
O conselho da Igreja do Espírito Santo - Luterana Centro é composto por:
- Pastor Hesse, como Presidente
- Hermann Wendeburg, Diretor
- Heinrich Kohler,
- Reuss
- Peter Lucas (cunhado de Pedro Wagner, que também fazia parte dessa comunidade)
Conselho Colonial
O Conselho Colonial, criado de conformidade com a Ordem da Colónia, instituído por aviso Ministerial de 9 de janeiro de 1867, compõe-se do Diretor Hermann Wendeburg, como Presidente, do Dr. Bernhard Knoblauch, como médico da Colónia, e dos membros: Gustav Spierling, Christoph Baucke, Wilhelm Schreiber, August Müller, Carl Külps, Reinhold Freygang.
O cargo de Fiscal é exercido pelo carpinteiro Theodor Schroeder, nascido em Berlim, em 21 de outubro de 1819, formado na Escola Técnica Real de Berlim, residente em Blumenau, desde 20 de dezembro de 1856.
Traduzido por Frederico Kilian, do texto publicado em ,,Der Urwaldsbote", Almanaque para os alemães do Sul do Brasil, 1900.
Diário de August Müller - 29 e 30 de julho de 1877
Curiosidade - O Retrato de Hermann Wendeburg com paradeiro desconhecido
O renomado pintor "alemão" Hermann Wislicenus pintou um retrato de Hermann Wendeburg. O pintor tinha residência em Weimar e abriu seu estúdio de pintura. Em 1868, foi convidado para ser professor na Academia de Düsseldorf. Hermann Wislicenus ficou conhecido pelas pinturas murais que fez no Kaiserpfalz Goslar - Palácio Imperial de Goslar. Em 1877, Hermann Wislicenus integrou um concurso público para participar do restauro do Kaiserpfalz Goslar. Foi o vencedor, com a contribuição - na equipe - de seus alunos. Durante 20 anos, pintou uma série de 68 afrescos, apresentando a sequência do governo imperial - desde Charlemagne ao governo prussiano - Império Alemão. Durante o processo de unificação da Alemanha, o Palácio Imperial Kaiserpfalz Goslar, após um século de decadência, estava sendo restaurado - desde 1868. O pintor - a partir desse trabalho - tornou-se referência na arte da pintura romântica, principalmente, sob a ótica das referências medievais, cujas características contribuíam para a identidade do Reich - estado alemão criado em 1871.
Wislicenus pintou o retrato de Hermann Wenderburg para a então recém-inaugurada Câmara de Blumenau. A obra foi entregue em 1885. Não há vestígios dessa obra nos espaços públicos de Blumenau. Pelos registros da revista Blumenau em Cadernos, a obra de arte estava na sala do Prefeito de Blumenau. Era um patrimônio da cidade e uma peça histórica imensurável para Blumenau. A título de registro.
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Alguém tem conhecimento onde está esse retrato? É patrimônio público histórico de Blumenau. |
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